Buscar

Farmacopeia Portuguesa 9 0 Métodos Analíticos

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 356 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 356 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 356 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

MENU 9.0 • CAPÍTULOS GERAIS • MÉTODOS ANALÍTICOS (ÍNDICE)
2.
 M
ét
od
os
An
al
ít
ic
os
2. MÉTODOS 
ANALÍTICOS
FARMACOPEIA PORTUGUESA 9.014
2. M
étodos
Analíticos
1. Prescrições gerais
MENU9.0 • CAPÍTULOS GERAIS • MÉTODOS ANALÍTICOS (ÍNDICE)MENU 9.0 • CAPÍTULOS GERAIS • MÉTODOS ANALÍTICOS (ÍNDICE)
FARMACOPEIA PORTUGUESA 9.0
2.
 M
ét
od
os
An
al
ít
ic
os
15
MENU 9.0 • CAPÍTULOS GERAIS
2. MÉTODOS 
ANALÍTICOS 
2.1. Aparelhos 17
2.2. Métodos físicos e físico-químicos 23
2.3. Identificação 113
2.4. Ensaios limire das impurezas inorgânicas 121
2.5. Métodos de doseamento 147
2.6. Métodos biológicos 167
2.7. Aferições biológicas 229
2.8. Métodos de farmacognosia 275
2.9. Métodos de farmacotecnia 289
FARMACOPEIA PORTUGUESA 9.016
2. M
étodos
Analíticos
1. Prescrições gerais
MENU9.0 • CAPÍTULOS GERAIS • MÉTODOS ANALÍTICOS (ÍNDICE)MENU 9.0 • CAPÍTULOS GERAIS • MÉTODOS ANALÍTICOS (ÍNDICE)
FARMACOPEIA PORTUGUESA 9.0
2.
 M
ét
od
os
An
al
ít
ic
os
17
MENU 9.0 • CAPÍTULOS GERAIS • MÉTODOS ANALÍTICOS (ÍNDICE)
2.1. APARELHOS 
2.1. Aparelhos 19
 2.1.1. Conta-gotas 19
 2.1.2. Quadro de comparação dos filtros de vidro 
 poroso 19
2.1.3. Lâmpadas de radiação ultravioleta para análise 19
2.1.4. Tamises 20
2.1.5. Tubos para ensaios comparativos 20
2.1.6. Tubos detectores de gás 20
FARMACOPEIA PORTUGUESA 9.018
2. M
étodos
Analíticos
MENU 9.0 • CAPÍTULOS GERAIS • MÉTODOS ANALÍTICOS (ÍNDICE) • 2.1 APARELHOS (ÍNDICE)
2.1.3. Lâmpadas de radiação ultravioleta para análise 
MENU 9.0 • CAPÍTULOS GERAIS • MÉTODOS ANALÍTICOS (ÍNDICE) • 2.1 APARELHOS (ÍNDICE)
FARMACOPEIA PORTUGUESA 9.0
2.
 M
ét
od
os
An
al
ít
ic
os
19
MENU 9.0 • CAPÍTULOS GERAIS • MÉTODOS ANALÍTICOS (ÍNDICE) • 2.1 APARELHOS (ÍNDICE)
2.1.3. Lâmpadas de radiação ultravioleta para análise 
2.1. APARELHOS 
2.1.1. CONTA-GOTAS 
O termo «gotas» designa gotas ditas normais debitadas por 
um conta-gotas normal abaixo definido. 
O conta-gotas normal (ver figura 1) é de vidro praticamente 
incolor. A sua extremidade inferior apresenta um orifício 
circular de escoamento de bordo plano, perpendicular ao eixo 
do conta-gotas. 
FIGURA 1 – Conta-gotas normal 
Dimensões em milímetros 
Podem ser utilizados outros conta-gotas com a condição de 
satisfazerem ao ensaio seguinte: 
20 gotas de água R a 20  1°C que se escoam em queda livre 
de um conta-gotas normal conservado em posição vertical, 
com um débito constante de uma gota por segundo, pesam 
1000  50 mg, tendo o conta-gotas sido lavado 
cuidadosamente antes do emprego. Com um dado conta-gotas, 
execute pelo menos 3 determinações; nenhum resultado se 
afasta mais de 5 por cento da média das 3 determinações. 
2.1.2. QUADRO DE COMPARAÇÃO DOS 
FILTROS DE VIDRO POROSO (1) 
QUADRO 1 – Usos especiais 
Número de 
porosidade 
(F.P.) (2) 
Diâmetro máximo 
dos poros em 
micrómetros 
Alemanha França Reino Unido 
1,6 inferior a 1,6 5f – – 
– 1 – 2,5 5 – 5 
4 1,6 – 4 – – – 
– 4-6 – 5 – 
10 4-10 4f – 4 
16 10-16 4 4 – 
40 16-40 3 3 3 
– 40-50 – – 2 
100 40-100 2 2 – 
– 100-120 – – 1 
160 100-160 1 1 – 
– 150-200 0 0 – 
250 160-250 – – – 
– 200-500 – 00 – 
Diâmetro em micrómetros 
< 2,5 filtração bacteriológica 
4 – 10 filtração ultrafina, separação de microrganismos de 
grande diâmetro 
10 – 40 filtração analítica, filtração muito fina de mercúrio, 
dispersão muito fina de gases 
40 – 100 filtração fina, filtração de mercúrio, dispersão fina de 
gases 
100 – 160 filtração de materiais grosseiros, dispersão e lavagem de 
gases, suporte para outros materiais de filtração 
160 – 500 filtração de materiais muito grosseiros, dispersão e 
lavagem de gases. 
2.1.3. LÂMPADAS DE RADIAÇÃO 
ULTRAVIOLETA PARA ANÁLISE 
Utilize, como fonte de radiação ultravioleta, uma lâmpada de 
quartzo de vapor de mercúrio. Um filtro apropriado permite 
eliminar as radiações visíveis do espectro emitidas por esta 
lâmpada. 
Quando se prescreve na Farmacopeia que o exame é feito 
com luz ultravioleta de 254 nm ou de 365 nm, utilize um 
dispositivo composto de uma lâmpada de vapor de mercúrio e 
de um filtro cujo espectro apresente uma banda de intensidade 
máxima na vizinhança de 254 nm ou de 365 nm. A lâmpada 
deve revelar com segurança uma mancha padrão de salicilato 
de sódio de cerca de 5 mm de diâmetro, numa placa de gel de 
sílica g R, colocada numa posição normal à radiação. 
Prepare para este efeito uma solução de salicilato de sódio 
R em etanol a 96 por cento R (3)
 
a 0,4 g/l para exame em 254 
nm e a 2 g/l para exame em 365 nm. Deposite sobre a placa 
5 μl de cada solução. A distância entre a lâmpada e a placa 
a examinar num ensaio prescrito na Farmacopeia, não é 
superior à distância usada no controlo acima descrito.
 
(1) Os limites indicados são apenas aproximados. 
(2) A Farmacopeia Portuguesa adoptou o sistema proposto pela 
Organização Internacional de Normalização (ISO). 
(3) Verifique que o etanol a 96 por cento R utilizado não é fluorescente. 
FARMACOPEIA PORTUGUESA 9.020
2. M
étodos
Analíticos
MENU 9.0 • CAPÍTULOS GERAIS • MÉTODOS ANALÍTICOS (ÍNDICE) • 2.1 APARELHOS (ÍNDICE)
2.1.6. Tubos detectores de gás
2.1.4. TAMISES 
Os tamises são fabricados com materiais apropriados e 
têm malhas quadradas. Para operações não destinadas à 
análise, podem ser utilizados tamises de malhas circulares 
cujo diâmetro interior seja igual a 1,25 vezes a largura das 
malhas quadradas do tamis correspondente (quadro 2). 
Não pode ocorrer nenhuma reacção entre os produtos 
a tamisar e o material usado na tamisação. 
O grau de divisão prescrito na monografia é designado 
pelo número do tamis que indica a largura das malhas em 
micrómetros e figura entre parêntesis a seguir ao nome da 
substância. 
Tolerância máxima(4)
 
para uma abertura (+ X): nenhuma 
dimensão da abertura ultrapassa a dimensão nominal de mais 
de X com 
w = abertura da malha 
Tolerância para a média das aberturas (Y): a abertura média 
não se afasta da abertura nominal mais de  Y com 
Tolerância intermédia (+ Z): não mais de 6 por cento do 
total das aberturas do tamis tem dimensões compreendidas 
entre os limites do «nominal + X» e do «nominal + Z» com 
(4) Veja-se a norma ISO 3310/1 (1975). 
Diâmetro do fio d: os diâmetros dos fios dados no quadro 
aplicam-se à tela metálica montada num caixilho. As 
dimensões nominais recomendadas dos diâmetros dos fios 
podem afastar-se destes valores dentro dos limites dmáx e dmim. 
Estes limites correspondem a um intervalo de 15 por cento 
em relação às dimensões nominais recomendadas. Num 
tamis padrão, os fios da trama e da urdidura têm o mesmo 
diâmetro nominal. 
2.1.5. TUBOS PARA ENSAIOS 
COMPARATIVOS 
Os tubos para ensaios comparativos são tubos calibrados de 
vidro incolor, de diâmetro interno uniforme e cujo fundo é 
transparente e plano. 
Examine a coluna de líquido segundo o eixo vertical do 
tubo, sobre fundo branco ou, se necessário, sobre fundo 
negro. Aprecie a tonalidade em luz difusa. 
Utilizam-se tubos de 16 mm de diâmetro interno. Podem 
igualmente ser utilizados os tubos com diâmetro interno 
superior a 16 mm mas, neste caso, o volume de líquido 
examinado é maior para que a espessura da camada nos tubos 
não seja inferior à obtida quando se usa o volume prescrito de 
líquido e tubos de diâmetro interno de 16 mm. 
2.1.6. TUBOS DETECTORES DE GÁS 
Os tubos detectores de gás são tubos cilíndricos selados, 
constituídos por um material inerte transparente e 
construídos de maneira a permitirem a passagem de um gás. 
Contêm os reagentes adsorvidos sobre suportes inertes 
apropriados à revelação da substância a detectar e, se 
necessário, camadas preliminares e/ou filtros adsorventes 
destinados à eliminação de substâncias interferentes com 
a substância a detectar. A camada indicadora contém, quer 
um reagente único para a detecção de uma dada impureza, 
quer vários reagentes para a detecção de várias substâncias 
(tubo detector monocamada e multicamada). 
QUADRO2 – Valores em micrómetros 
Número 
dos tamises 
(Dimensões 
nominais das 
aberturas) 
Tolerância das aberturas Diâmetro do fio 
Tolerância 
máxima para 
uma abertura 
Tolerância 
para a média das 
aberturas 
Tolerância 
intermédia 
Dimensões 
nominais 
recomendadas 
Dimensões limites 
admissíveis 
+X ±Y +Z d d máx d mín 
11 200
8000
5600
4000
2800
2000
1400
1000
710
500
355
250
180
125
90
63
45
38 
770
600
470
370
290
230
180
140
112
89
72
58
47
38
32
26
22 
– 
350
250
180
130
90
70
50
30
25
18
13
9,9
7,6
5,8
4,6
3,7
3,1
 – 
560
430
320
250
190
150
110
90
69
54
43
34
27
22
18
15
13 
– 
2500
2000
1600
1400
1120
900
710
560
450
315
224
160
125
90
63
45
32
30 
2900
2300
1900
1700
1300
1040
820
640
520
360
260
190
150
104
72
52
37
35
2100
1700
1300
1200
950
770
 600 
480
380
270 
190 
130 
106 
77 
54 
38 
27 
24 
FARMACOPEIA PORTUGUESA 9.0
2.
 M
ét
od
os
An
al
ít
ic
os
21
MENU 9.0 • CAPÍTULOS GERAIS • MÉTODOS ANALÍTICOS (ÍNDICE) • 2.1 APARELHOS (ÍNDICE)
2.1.6. Tubos detectores de gás
Realize o ensaio fazendo passar o volume requerido do gás 
a analisar pelo tubo indicador. O comprimento da camada 
corada ou a intensidade de uma coloração desenvolvida 
sobre escala graduada fornece indicações relativas às 
impurezas presentes no gás a analisar. 
A verificação da calibração dos tubos detectores é efectuada 
segundo as instruções do fabricante. 
Método. Opere segundo as instruções do fabricante 
ou proceda como segue: 
O recipiente da amostra é ligado a um regulador de pressão 
apropriado e a uma válvula de agulha. Ligue o tubo flexível, 
munido de uma peça em «Y» à válvula e ajuste o fluxo do 
gás em análise a fim de purgar o tubo para obter um débito 
apropriado (ver figura 2). Prepare o tubo indicador e ligue-o 
à bomba doseadora em conformidade com as instruções do 
fabricante. Ligue a extremidade aberta do tubo indicador ao 
segmento curto do tubo e accione a bomba para fazer passar 
no tubo um volume apropriado do gás a analisar. Determine 
o valor correspondente ao comprimento da camada corada 
ou de intensificação da coloração desenvolvida sobre a 
escala graduada. Se o resultado for negativo, verifique os 
tubos indicadores com um gás de calibração que contenha a 
impureza apropriada. 
Devido à grande diversidade de óleos para compressores, é 
necessário verificar a reactividade dos tubos detectores de 
óleo para o óleo utilizado. O folheto fornecido com cada tubo 
recipiente do gás 1. 
regulador de pressão 2. 
válvula de agulha 3. 
peça em «Y» 4. 
tubo indicador 5. 
bomba do tubo indicador 6. 
extremidade aberta para o ar livre 7. 
FIGURA 2 – Aparelho para os tubos detectores de gás 
dá informações sobre a sua reactividade para os diferentes 
óleos. Se o óleo utilizado não aparecer citado, o fabricante do 
tubo verifica a sua reactividade e, se necessário, fornece um 
tubo específico para aquele óleo. 
Tubo detector de dióxido de carbono. Tubo de vidro selado 
contendo filtros adsorventes e suportes apropriados para os 
indicadores hidrazina e violeta de cristal. O valor mínimo 
indicado é de 100 ppm, com um desvio padrão relativo 
máximo de 15 por cento. 
Tubo detector de dióxido de enxofre. Tubo de vidro selado 
contendo filtros adsorventes e suportes apropriados para o 
indicador iodo-amido. O valor mínimo indicado é de 0,5 ppm 
com um desvio padrão relativo máximo de 15 por cento. 
Tubo detector de óleo. Tubo de vidro selado contendo filtros 
adsorventes e suportes apropriados para o indicador ácido 
sulfúrico. O valor mínimo indicado é de 0,1 mg/m3 com um 
desvio padrão relativo máximo de 30 por cento. 
Tubo detector de monóxido de azoto e de dióxido de azoto. 
Tubo de vidro selado contendo filtros adsorventes e suportes 
apropriados para uma camada oxidante (sal de Cr(VI)) e para 
o indicador difenilbenzidina. O valor mínimo indicado é de 
0,5 ppm, com um desvio padrão relativo máximo de 15 por 
cento. 
Tubo detector de monóxido de carbono. Tubo de vidro 
selado contendo filtros adsorventes e suportes apropriados 
para os indicadores pentóxido de diiodo, dióxido de selénio e 
ácido sulfúrico fumante. O valor mínimo indicado é igual ou 
inferior a 5 ppm, com um desvio padrão relativo máximo de 
 15 por cento. 
Tubo detector de sulfureto de hidrogénio. Tubo de vidro 
selado contendo filtros adsorventes e suportes apropriados 
para o indicador de chumbo apropriado. O valor mínimo 
indicado é igual ou inferior a 1 ppm com um desvio padrão 
relativo máximo de 10 por cento. 
Tubo detector de vapor de água. Tubo de vidro selado 
contendo filtros adsorventes e suportes apropriados para o 
indicador perclorato de magnésio. O valor mínimo indicado 
é igual ou inferior a 67 ppm, com um desvio padrão relativo 
máximo de 20 por cento. 
FARMACOPEIA PORTUGUESA 9.022
2. M
étodos
Analíticos
MENU9.0 • CAPÍTULOS GERAIS • MÉTODOS ANALÍTICOS (ÍNDICE)MENU 9.0 • CAPÍTULOS GERAIS • MÉTODOS ANALÍTICOS (ÍNDICE) • 2.1 APARELHOS (ÍNDICE)
FARMACOPEIA PORTUGUESA 9.0
2.
 M
ét
od
os
An
al
ít
ic
os
23
MENU 9.0 • CAPÍTULOS GERAIS • MÉTODOS ANALÍTICOS (ÍNDICE)
2.2. MÉTODOS FÍSICOS 
E FÍSICO-QUÍMICOS
2.2. Métodos físicos e físico-químicos 25
 2.2.1. Limpidez e grau de opalescência 
 dos líquidos 25
 2.2.2. Grau de coloração dos líquidos 27
 2.2.3. Determinação potenciométrica do pH 28
 2.2.4. Correspondência entre a reacção do meio, 
 o pH aproximado e a coloração de alguns 
 indicadores 30
 2.2.5. Densidade 30
 2.2.6. Índice de refracção 31
 2.2.7. Poder rotatório 31
 2.2.8. Viscosidade 32
 2.2.9. Viscosidade – método do tubo capilar 32
 2.2.10. Viscosidade – método do viscosímetro 
 rotativo 33
 2.2.11. Intervalo de destilação 35
 2.2.12. Ponto de ebulição 35
 2.2.13. Determinação da água por arrastamento 36
 2.2.14. Ponto de fusão – método do tubo capilar 37
 2.2.15. Ponto de fusão – método do tubo capilar 
 aberto 37
 2.2.16. Ponto de fusão – método da fusão 
 instantânea 37
 2.2.17. Ponto de gotejamento 38
 2.2.18. Ponto de solidificação 39
 2.2.19. Titulações amperométricas 39
 2.2.20. Titulações potenciométricas 40
 2.2.21. Fluorimetria 40
 2.2.22. Espectrometria de emissão atómica 41
 2.2.23. Espectrometria de absorção atómica 42
 2.2.24. Espectrofotometria de absorção 
 no infravermelho 45
 2.2.25. Espectrofotometria de absorção no 
 ultravioleta e no visível 47
 2.2.26. Cromatografia em papel 49
 2.2.27. Cromatografia em camada fina 49
2.2.28. Cromatografia em fase gasosa 51
2.2.29. Cromatografia líquida 53
2.2.30. Cromatografia de exclusão 54
2.2.31. Electroforese 55
2.2.32. Perda por secagem 60
2.2.33. Espectrometria de ressonância magnética 
 nuclear 61
2.2.34. Análise térmica 62
2.2.35. Osmolalidade 64
2.2.36. Determinação potenciométrica da concentração
 iónica com eléctrodos de membrana 
 selectivos 65
2.2.37. Espectrometria de fluorescência-X 66
2.2.38. Condutividade 67
2.2.39. Determinação da massa molecular 
 dos dextranos 68
2.2.40. Espectrofotometria no infravermelho 
 próximo 69
2.2.41. Dicroísmo circular 74
2.2.42. Massa volúmica de um sólido 75
2.2.43. Espectrometria de massa 76
2.2.44. Carbono orgânico total na água para uso
 farmacêutico 79
2.2.45. Cromatografia em fase supercrítica 80
2.2.46. Técnicas de separação cromatográfica 81
2.2.47. Electroforese capilar 86
2.2.48. Espectrometria de Raman 91
2.2.49. Viscosidade – método do viscosímetro de 
 queda de esfera 93
2.2.54. Focalização isoeléctrica 93
2.2.55. Cartografia peptídica 96
2.2.56. Análise de aminoácidos 99
2.2.57. Espectrometria de emissão atómica com
 plasma de acoplamento indutivo (IPC-AES) 108
2.2.58. Espectrometria de massa com plasma
 de acoplamento indutivo (ICP-MS) 110
FARMACOPEIA PORTUGUESA 9.024
2. M
étodos
Analíticos
MENU 9.0 • CAPÍTULOS GERAIS • MÉTODOS ANALÍTICOS (ÍNDICE) • 2.2 MÉTODO FÍSICOS E FÍSICO-QUÍMICOS (ÍNDICE)MENU 9.0 • CAPÍTULOS GERAIS • MÉTODOS ANALÍTICOS (ÍNDICE) • 2.2 MÉTODO FÍSICOS E FÍSICO-QUÍMICOS (ÍNDICE)
FARMACOPEIA PORTUGUESA 9.0
2.
 M
ét
od
os
An
al
ít
ic
os25
MENU 9.0 • CAPÍTULOS GERAIS • MÉTODOS ANALÍTICOS (ÍNDICE) • 2.2 MÉTODO FÍSICOS E FÍSICO-QUÍMICOS (ÍNDICE)
2.2.1. Limpidez e grau de opalescência dos líquidos
2.2. MÉTODOS FÍSICOS 
E FÍSICO-QUÍMICOS 
2.2.1. LIMPIDEZ E GRAU 
DE OPALESCÊNCIA DOS LÍQUIDOS 
MÉTODO VISUAL 
Em tubos de ensaio idênticos, de vidro neutro, incolor e 
transparente, com diâmetro interno de 15 a 25 mm e de 
fundo plano, compare o líquido em ensaio com a suspensão 
de referência abaixo descrita, preparada extemporaneamente, 
fazendo a observação numa camada de líquido com 40 mm 
de profundidade. Cinco minutos depois da preparação da 
suspensão de referência, observe os líquidos segundo o eixo 
do tubo, sobre fundo negro e à luz natural difusa. 
A difusão da luz é tal que permita distinguir facilmente 
a suspensão de referência I da água R e a suspensão de 
referência II da suspensão de referência I. 
Um líquido é considerado como límpido quando a sua limpidez 
corresponde à da água R ou à do solvente utilizado, nas 
condições operatórias indicadas acima ou se a sua opalescência 
não é mais pronunciada que a da suspensão de referência I. 
REAGENTES 
Solução de sulfato de hidrazina. Dissolva 1,0 g de sulfato de 
hidrazina R em água R e complete 100,0 ml com o mesmo 
solvente. Deixe em repouso durante 4 a 6 h. 
Solução de hexametilenotetramina. Num balão de 100 ml 
com rolha dissolva 2,5 g de hexametilenotetramina R em 
25,0 ml de água R. 
Suspensão-mãe de opalescência (suspensão de formazina). 
Tome 25,0 ml da solução de sulfato de hidrazina, introduza-
-os no balão contendo a solução de hexametilenotetramina e 
misture. Deixe em repouso durante 24 h. Esta suspensão pode 
ser conservada durante 2 meses num recipiente de vidro com 
superfície sem defeitos. A suspensão não adere às paredes do 
recipiente e é cuidadosamente misturada antes do emprego. 
Padrão de opalescência. Tome 15,0 ml da suspensão-mãe 
de opalescência e complete 1000,0 ml com água R. Esta 
suspensão é preparada no momento do emprego e pode ser 
conservada durante 24 h, no máximo. 
Suspensões de referência. Prepare as suspensões de referência 
segundo o quadro 1 A. Misture e agite antes do emprego. 
QUADRO 1 A 
I II III IV 
Padrão de opalescência 5,0 ml 10,0 ml 30,0 ml 50,0 ml
Água R 95,0 ml 90,0 ml 70,0 ml 50,0 ml 
Padrão de turbidez. A suspensão de formazina preparada por 
mistura de volumes iguais de solução de sulfato de hidrazina 
e solução de hexametilenatetramina é definida como padrão 
primário de 4000 UTN (unidades de turbidez nefelométrica). 
Os valores das suspensões padrão I, II, III e IV são, 
respectivamente, de 3 UNT, 6 UNT, 18 UNT e 30 UNT. Existem 
no comércio suspensões de formazina estabilizadas que 
podem ser utilizadas para preparar padrões de turbidez 
diluídos estáveis, após comparação com os padrões 
preparados como se descreveu. 
A variados títulos, a formazina é um excelente padrão de 
turbidez. Pode ser preparada de modo reprodutível a partir 
de matérias-primas doseadas. As suas características físicas 
fazem dela um padrão bem adaptado às determinações 
de difusão da luz. Na forma polimérica é composta por 
cadeias de diferentes comprimentos com configurações 
aleatórias. Daqui resulta uma grande diversidade das formas e 
configurações das partículas que permite a análise de diversos 
tipos de partículas que poderão estar presentes nas amostras 
reais. A reprodutibilidade da preparação da formazina, as suas 
propriedades de difusão e a sua capacidade de representação 
gráfica fazem dela o padrão geralmente utilizado para 
estabelecer os algoritmos de padronização dos instrumentos 
e critérios de «performance». 
MÉTODOS INSTRUMENTAIS 
INTRODUÇÃO 
O grau de opalescência pode igualmente ser determinado 
por métodos instrumentais que se baseiam no efeito de 
absorção ou de difusão da luz resultante da existência 
de zonas de não homogeneidade de densidade óptica, 
à escala submicroscópica, nas soluções e suspensões 
opalescentes. A nefelometria e a trubidimetria são duas das 
técnicas utilizadas para este fim. Para as determinações 
turbidimétricas de amostras coradas são utilizadas a 
turbidimetria de «ratio» e a nefelometria em modo de «ratio». 
O efeito de difusão da luz pelas partículas em suspensão 
pode ser determinado por observação da luz transmitida 
(turbidimetria) ou da luz difundida (nefelometria). A 
turbidez de «ratio» combina os princípios da nefelometria 
e da turbidimetria. A turbidimetria e a nefelometria são 
utilizadas para as determinações a obter nas suspensões de 
opalescência ligeira. Necessitam da utilização de suspensões 
padrão preparadas em condições bem definidas. Para as 
determinações quantitativas, é indispensável construir uma 
curva de calibração porque a relação entre as propriedades 
ópticas da suspensão e a concentração da fase dispersa é, 
quando muito, semi-empírica. 
A determinação do grau de opalescência dos líquidos corados 
efectua-se com o auxílio de um turbidímetro de «ratio» ou de 
um nefelómetro em modo de «ratio». A coloração, ao atenuar 
a luz incidente ou a luz difundida, introduz, com efeito, uma 
interferência negativa e diminui a turbidez determinada. A 
amplitude deste efeito, mesmo nas amostras pouco coradas, 
impede a utilização de nefelómetros convencionais. 
Para a avaliação da limpidez e da opalescência a técnica 
instrumental constitui um método de ensaio mais 
discriminante que o exame visual e não depende da acuidade 
visual do analista. A obtenção de resultados numéricos 
é sobretudo útil para a avaliação da qualidade e do 
controlo dos processos, em particular quando dos estudos 
de estabilidade. Pode, por exemplo, projectar-se dados 
numéricos precedentemente obtidos sobre a estabilidade 
para determinar se um dado lote de uma formulação ou de 
uma substância activa corre o risco de se encontrar fora das 
especificações antes da data de expiração do seu prazo de 
utilização. 
FARMACOPEIA PORTUGUESA 9.026
2. M
étodos
Analíticos
MENU 9.0 • CAPÍTULOS GERAIS • MÉTODOS ANALÍTICOS (ÍNDICE) • 2.2 MÉTODO FÍSICOS E FÍSICO-QUÍMICOS (ÍNDICE)
2.2.1. Limpidez e grau de opalescência dos líquidos
NEFELOMETRIA 
Quando uma suspensão é examinada em ângulos 
perpendiculares à direcção da luz incidente, o sistema 
torna-se opalescente devido à reflexão de luz nas 
partículas presentes na suspensão (efeito de Tyndall). O 
feixe incidente que penetra num líquido turvo é em parte 
transmitido, em parte absorvido e em parte difundido 
pelas partículas em suspensão. Se a determinação 
é efectuada num ângulo de 90° em relação ao feixe 
incidente, a luz difundida pelas partículas permite 
determinar a sua concentração desde que o número e 
tamanho das partículas que influenciam a difusão se 
mantiverem constantes. As suspensões padrão devem 
apresentar um nível constante de turvação e serem 
preparadas nas mesmas condições que as amostras. O 
efeito de Tyndall depende do número e do tamanho das 
partículas. As determinações nefelométricas são mais 
fiáveis quando a turvação é ligeira, em que exista uma 
relação linear entre a turbidez expressa em unidade de 
turbidez nefelométrica (UTN) e o sinal relativo emitido 
pelo detector. Quando o nível de turbidez aumenta, surge 
como consequência um duplo problema: algumas das 
partículas não são expostas ao feixe incidente e o raio 
difundido pelas outras partículas é impedido de alcançar 
o detector. Os valores nefelométricos máximos que 
podem ser determinados de modo fiável são da ordem 
de 1750-2000 UTN. Convém estabelecer a linearidade 
construindo a curva de calibração a partir de, pelo 
menos, 4 concentrações. 
TURBIDIMETRIA 
A turbidimetria exprime a propriedade óptica que faz 
que, dada a interacção entre a luz e as partículas em 
suspensão num líquido, a luz seja difundida e absorvida 
de preferência a ser transmitida em linha recta através 
da amostra. Permite determinar a quantidade de matéria 
sólida em suspensão pela medida da intensidade da luz 
transmitida. Obtém-se uma relaçãolinear entre a turbidez 
e a concentração quando o tamanho das partículas em 
suspensão é uniforme e homogéneo. Esta condição só 
se realiza nas suspensões muito diluídas e que contêm 
partículas de tamanho pequeno. Convém estabelecer a 
linearidade da relação turbidez-concentração construindo 
uma curva de calibração a partir de, pelo menos, 4 
concentrações. 
TURBIDIMETRIA DE «RATIO» 
Em turbidimetria de «ratio» determina-se a relação entre 
a determinação da luz transmitida e a determinação da 
luz difundida a 90º. Esta aproximação permite compensar 
o enfraquecimento do sinal, consequência da coloração 
da amostra. Pode igualmente eliminar-se a influência 
da coloração utilizando como fonte luminosa um díodo 
electroluminiscente emitindo no infravermelho (LED-IR) 
em 860 nm. Os detectores de fotodíodo do instrumento 
recebem e medem, por um lado, a luz emergente difundida 
num ângulo de 90°, por outro lado, a luz difundida cerca 
da frente da amostra (luz reflectida) e a luz transmitida 
directamente através da amostra. Os resultados da 
determinação, expressos em UTN («ratio») são obtidos por 
cálculo da relação entre os valores determinados para a luz 
difundida a 90° e para a soma dos compostos de difusão 
cerca da frente e da transmissão. Em turbidimetria de 
«ratio» a influência da luz parasita torna-se negligenciável. 
Os nefelómetros são utilizados para medir o grau de 
opalescência dos líquidos incolores. 
As determinações efectuadas nas suspensões padrão I-IV 
com um turbidímetro de «ratio» mostram a existência de 
uma relação linear entre as concentrações e os valores UTN 
obtidos. As suspensões I-IV da Ph. Eur. podem ser utilizadas 
para a calibração dos instrumentos. 
QUADRO 1 B 
Suspensões de formazina Valores de opalescência (UTN) 
Supensão padrão I 3
Suspensão padrão II 6
Suspensão padrão III 18
Suspensão padrão IV 30
Padrão de opalescência 60
Suspensão-mãe de opalescência 4000
DETERMINAÇÃO INSTRUMENTAL DA OPALESCÊNCIA 
As exigências das monografias são expressas pela 
referência ao método visual e por comparação com as 
suspensões padrão definidas. Entretanto, os métodos 
instrumentais podem igualmente ser utilizados 
para verificar a conformidade com as exigências das 
monografias, desde que a adequação do instrumento (ver 
adiante) seja estabelecida e que tenha sido padronizado 
com as suspensões padrão I-IV e com a água R ou o 
solvente utilizado. 
Aparelhagem. Os turbidímetros de «ratio» ou os 
nefelómetros que possuam um modo de «ratio» utilizam 
como fonte luminosa quer uma lâmpada de filamento 
de tungsténio tendo uma sensibilidade espectral de 
cerca de 550 nm e operando a uma temperatura de 
cor de 2700 K, quer uma LED-IR tendo uma emissão 
máxima a 860 nm e uma largura de banda espectral de 
60 nm. Podem igualmente ser utilizadas outras fontes 
luminosas apropriadas. Os fotodíodos de silício e os 
fotomultiplicadores são correntemente empregados 
como detectores e registam as variações de intensidade 
luminosa difundida ou transmitida pela amostra. A luz 
difundida a 90 ± 2,5° é detectada pelo detector primário 
enquanto que outros detectores servem para determinar 
a radiação rectrodifundida ou difundida para diante bem 
como a luz transmitida. Os instrumentos utilizados são 
calibrados por meio de preparações de turvação conhecida 
e permitem determinações automáticas da turvação. Os 
resultados expressos em UTN são directamente fornecidos 
pelo instrumento e comparados com as especificações da 
monografia considerada. Os instrumentos que satisfaçam 
às especificações seguintes são apropriados. 
– Unidades de medida: UTN; a UTN é definida a partir 
da turvação de um padrão primário de formazina. As 
unidades UTF (unidade turbidimétrica formazina) e a 
UNF (unidade mefelométrica formazina) são igualmente 
utilizadas e são equivalentes à UTN nas baixas regiões 
(até 40 UTN). Estas unidades são utilizadas para os 3 
métodos instrumentais (nefelometria, turbidimetria e 
turbidimetria de «ratio»). 
– Intervalo de medida: 0,01 – 1100 UTN. 
– Resolução: 0,01 UTN no intervalo de 1 UTN a 10 UTN, 
0,1 UTN no intervalo de 10 UTN a 100 UTN e 1 UTN a 
FARMACOPEIA PORTUGUESA 9.0
2.
 M
ét
od
os
An
al
ít
ic
os
27
MENU 9.0 • CAPÍTULOS GERAIS • MÉTODOS ANALÍTICOS (ÍNDICE) • 2.2 MÉTODO FÍSICOS E FÍSICO-QUÍMICOS (ÍNDICE)
2.2.2. Grau de coloração dos líquidos 
partir de 100 UTN; o instrumento é calibrado e regulado 
com o auxílio de padrões de formazina. 
– Exactidão: 0-10 NTU: ±(2 por cento do valor lido +0,01) 
UTN. 10-1000 UTN ±5 por cento. 
– Repetibilidade: 0-10 UTN: ±0,01 UTN. 10-1000 UTN: ± 2 
por cento do valor determinado. 
– Calibração: com 4 suspensões padrão de formazina 
compreendidas no intervalo de medida; utilize as 
suspensões padrão descritas no presente capítulo ou podem 
ser utilizados padrões apropriados estabelecidos em relação 
às suspensões padrão primárias. 
– Luz parasita: fonte de erro significativo nos baixos níveis 
de turvação; a luz parasita atinge o detector do sistema 
óptico sem provir da amostra; ≤ 0,15 UTN no intervalo de 
0-10 UTN, ≤ 0,5 UTN no intervalo de 10-1000 UTN. 
O emprego de instrumentos que respondam a estes critérios 
e verificados por meio de suspensões padrão descritas no 
método visual pode substituir o exame visual para avaliação 
da conformidade com as exigências das monografias.
Instrumentos que apresentem características (intervalo de 
medida, resolução, exactidão, repetibilidade) diferentes das 
mencionadas podem igualmente ser utilizados desde que se 
tenha feito uma validação suficiente e sejam adaptados ao 
uso considerado. A metodologia utilizada para a substância 
ou produto a analisar deve igualmente ser objecto de uma 
validação das suas potencialidades analíticas. O instrumento 
e a metodologia devem ser adaptados às propriedades do 
produto a analisar.
2.2.2. GRAU DE COLORAÇÃO 
DOS LÍQUIDOS 
Para apreciar o grau de coloração dos líquidos nas cores 
castanho-amarelo-vermelho, utilize dos 2 métodos 
abaixo descritos, o que for indicado na monografia. 
Uma solução diz-se incolor se tem o aspecto da água R 
ou do solvente, ou se não é mais corada que a solução de 
referência C9. 
MÉTODO I 
Em tubos de ensaio idênticos, de vidro neutro, incolor e 
transparente, com diâmetro exterior de 12 mm, compare 
2,0 ml do líquido em ensaio com 2,0 ml de água R, do 
solvente ou da solução de referência (ver quadros das 
soluções de referência) prescrita na monografia. Aprecie as 
tonalidades à luz natural difusa, observando horizontalmente 
sobre fundo branco. 
MÉTODO II 
Em tubos de ensaio idênticos, de vidro neutro, incolor e 
transparente, com diâmetro interior de 15 a 25 mm e de 
fundo plano, compare o líquido em ensaio com a água 
R, o solvente ou a solução de referência (ver quadros das 
soluções de referência) prescrita na monografia, sob uma 
espessura de 40 mm. Aprecie as tonalidades à luz natural 
difusa, observando segundo o eixo do tubo sobre fundo 
branco. 
REAGENTES 
Soluções primárias 
Solução amarela. Dissolva 46 g de cloreto férrico R em 
cerca de 900 ml de uma mistura de 25 ml de ácido clorídrico 
R e 975 ml de água R e complete 1000,0 ml com a mesma 
mistura. Titule e ajuste a solução para 45,0 mg de FeCl3, 
6H2O por mililitro, por adição da mesma mistura ácida. 
Conserve ao abrigo da luz. 
Titulação. Num matrás de 250 ml com rolha, introduza 
10,0 ml da solução, 15 ml de água R, 5 ml de ácido 
clorídrico R e 4 g de iodeto de potássio R. Rolhe o balão, 
deixe em repouso na obscuridade durante 15 min e junte 
100 ml de água R. Titule o iodo libertado com tiossulfato 
de sódio 0,1 M em presença de 0,5 ml de solução de amido 
R adicionada perto do final da titulação. 
1 ml de tiossulfato de sódio 0,1 M corresponde a 27,03 mg de 
FeCl3, 6H2O. 
Solução vermelha. Dissolva 60 g de cloreto de cobalto R 
em cerca de 900 ml de uma mistura de 25 ml de ácido 
clorídrico R e 975 ml de água R e complete 1000,0 ml com 
a mesma mistura. Titule e ajuste a solução para 59,5mg 
de CoCl2, 6H20 por mililitro, por adição da mesma mistura 
ácida. 
Titulação. Num matrás de 250 ml com rolha, introduza 
5,0 ml da solução, 5 ml de solução diluída de peróxido de 
hidrogénio R e 10 ml de solução de hidróxito de sódio R 
a 300 g/l. Faça ferver lentamente durante 10 min, deixe 
arrefecer e junte 60 ml de ácido sulfúrico diluído R e 
2 g de iodeto de potássio R. Rolhe o balão e dissolva o 
precipitado agitando suavemente. Titule o iodo libertado 
com tiossulfato de sódio 0,1 M até coloração rósea, em 
presença de 0,5 ml de solução de amido R adicionada no 
final da titulação. 
1 ml de tiossulfato de sódio 0,1 M corresponde a 23,79 mg de 
CoCl2, 6H2O. 
Solução azul. Dissolva 63 g de sulfato de cobre R em cerca de 
900 ml de uma mistura de 25 ml de ácido clorídrico R e 
975 ml de água R e complete 1000,0 ml com a mesma 
mistura. Titule e ajuste a solução para 62,4 mg de CuSO4, 
5H2O por mililitro, por adição da mesma mistura ácida. 
Titulação. Num matrás de 250 ml com rolha, introduza 
10,0 ml da solução, 50 ml de água R, 12 ml de ácido 
acético diluído R e 3 g de iodeto de potássio R. Titule o 
iodo libertado com tiossulfato de sódio 0,1 M até fraca 
coloração castanha clara, em presença de 0,5 ml de 
solução de amido R adicionada no final da titulação. 
1 ml de tiossulfato de sódio 0,1 M corresponde a 24,97 mg de 
CuSO4, 5H2O. 
Soluções padrão 
A partir das 3 soluções primárias, prepare 5 soluções 
padrão como se indica: 
FARMACOPEIA PORTUGUESA 9.028
2. M
étodos
Analíticos
MENU 9.0 • CAPÍTULOS GERAIS • MÉTODOS ANALÍTICOS (ÍNDICE) • 2.2 MÉTODO FÍSICOS E FÍSICO-QUÍMICOS (ÍNDICE)
2.2.3. Determinação potenciométrica do pH 
QUADRO 2 
Volumes em mililitros 
Solução padrão Solução amarela 
Solução 
vermelha 
Solução 
azul 
Ácido clorídrico a 
10 g/l de HCl 
C (castanha) 3,0 3,0 2,4 1,6 
Ac (amarela 
 acastanhada) 2,4 1,0 0,4 6,2 
A (amarela) 2,4 0,6 0,0 7,0 
Avd (amarela 
 esverdeada) 9,6 0,2 0,2 0,0 
V (vermelha) 1,0 2,0 0,0 7,0 
Soluções de referência utilizadas nos métodos I e II 
A partir destas 5 soluções padrão, prepare as soluções de 
referência seguintes: 
QUADRO 3 – Soluções de referência C 
Volumes em mililitros 
Solução 
de referência 
Solução 
padrão C 
Ácido clorídrico 
a 10 g/l de HCl 
C1 75,0 25,0 
C2 50,0 50,0 
C3 37,5 62,5 
C4 25,0 75,0 
C5 12,5 87,5 
C6 5,0 95,0 
C7 2,5 97,5 
C8 1,5 98,5 
C9 1,0 
99,0 
QUADRO 4 – Soluções de referência Ac 
Volumes em mililitros 
Solução 
de referência 
Solução 
padrão Ac 
Ácido clorídrico 
a 10 g/l de HCl 
Ac1 100,0 0,0 
Ac2 75,0 25,0 
Ac3 50,0 50,0 
Ac4 25,0 75,0 
Ac5 12,5 87,5 
Ac6 5,0 95,0 
Ac7 2,5 97,5 
QUADRO 5 – Soluções de referência A 
Volumes em mililitros 
Solução 
de referência 
Solução 
padrão A 
Ácido clorídrico 
a 10 g/l de HCl 
A1 100,0 0,0 
A2 75,0 25,0 
A3 50,0 50,0 
A4 25,0 75,0 
A5 12,5 87,5 
A6 5,0 95,0 
A7 2,5 97,5 
QUADRO 6 – Soluções de referência Avd 
Volumes em mililitros 
Solução 
de referência 
Solução 
padrão Avd 
Ácido clorídrico 
a 10 g/l de HCl 
Avd1 25,0 75,0 
Avd2 15,0 85,0 
Avd3 8,5 91,5 
Avd4 5,0 95,0 
Avd5 3,0 97,0 
Avd6 1,5 98,5 
Avd7 0,75 99,25 
QUADRO 7 – Soluções de referência V 
Volumes em mililitros 
Solução 
de referência 
Solução 
padrão V 
Ácido clorídrico 
a 10 g/l de HCl 
V1 100,0 0,0 
V2 75,0 25,0 
V3 50,0 50,0 
V4 37,5 62,5 
V5 25,0 75,0 
V6 12,5 87,5 
V7 5,0 95,0 
CONSERVAÇÃO 
Para o Método I, as soluções de referência podem ser 
conservadas em tubos de ensaio de vidro neutro, incolor e 
transparente, de 12 mm de diâmetro exterior, selados e ao 
abrigo da luz. 
Para o Método II, prepare as soluções de referência 
imediatamente antes do emprego a partir das soluções 
padrão. 
2.2.3. DETERMINAÇÃO 
POTENCIOMÉTRICA DO pH 
O pH é o número que representa convencionalmente a 
concentração dos iões hidrogénio numa solução aquosa. Por 
razões práticas, a sua definição é experimental. O pH de uma 
solução é expresso em relação ao de uma solução de referência 
(pHs) segundo a equação:
em que E é a tensão, expressa em volts, da célula contendo 
a solução problema, Es a tensão, expressa em volts, da célula contendo a solução de referência de pH conhecido (pHs) e 
k a variação da tensão por variação de uma unidade de pH, 
expressa em volts e calculada pela equação de Nernst.
 
QUADRO 8 – Valores de k a diferentes temperaturas: 
 Temperatura °C k(V)
15 0,0572 
20 0,0582 
25 0,0592 
30 0,0601 
35 0,0611 
FARMACOPEIA PORTUGUESA 9.0
2.
 M
ét
od
os
An
al
ít
ic
os
29
MENU 9.0 • CAPÍTULOS GERAIS • MÉTODOS ANALÍTICOS (ÍNDICE) • 2.2 MÉTODO FÍSICOS E FÍSICO-QUÍMICOS (ÍNDICE)
2.2.3. Determinação potenciométrica do pH 
QUADRO 9 – Variação do pH das soluções tampão em função da temperatura
A determinação potenciométrica do pH é efectuada medindo 
a diferença de potencial entre 2 eléctrodos judiciosamente 
escolhidos mergulhados na solução; um destes é um 
eléctrodo sensível aos iões hidrogénio (o mais das vezes, um 
eléctrodo de vidro) e o outro um eléctrodo de referência (por 
exemplo, um eléctrodo de calomelanos saturado). 
Aparelho. O aparelho de medida é um voltímetro 
habitualmente graduado em unidades de pH. A sua 
resistência de entrada é, pelo menos, 100 vezes superior à dos 
eléctrodos utilizados e a sua sensibilidade é, no mínimo, de 
0,05 unidades de pH ou 0,003 V. 
Método. Salvo indicação em contrário na monografia, 
efectue todas as medições à mesma temperatura (20 
a 25°C). Indicam-se no quadro 9 os valores de pH de 
algumas soluções tampão de referência preconizadas 
para a calibração, em função da temperatura. Para uma 
eventual correcção da temperatura, recomenda-se seguir as 
instruções do construtor. Calibre o aparelho com a solução 
tampão de ftalato ácido de potássio (padrão primário) e 
uma outra solução tampão de pH diferente (de preferência 
uma das que figuram no quadro 9). O pH de uma terceira 
solução tampão de pH intermédio lido na escala não difere 
de mais de 0,05 unidades de pH do valor correspondente a 
essa solução. Mergulhe os eléctrodos na solução problema 
e efectue a leitura nas mesmas condições das soluções 
tampão. 
Em caso de utilização frequente do aparelho, efectue o 
controlo regularmente. No caso contrário, é indispensável 
efectuá-lo antes de cada determinação. 
Todas as soluções a analisar e as soluções tampão de referência 
são preparadas com água isenta de dióxido de carbono R.
PREPARAÇÃO DAS SOLUÇÕES TAMPÃO DE REFERÊNCIA 
Tetraoxalato de potássio 0,05 M. Dissolva 12,61 g de 
C4H3KO8,2H2O em água isenta de dióxido de carbono R 
e complete 1000,0 ml com o mesmo solvente. 
Tartarato ácido de potássio, saturado a 25°C. 
Agite vigorosamente um excesso de C4H6KO6 
com água 
isenta de dióxido de carbono R a 25°C. Filtre ou decante. 
Preparação extemporânea. 
Citrato monopotássico 0,05 M. Dissolva 11,41 g de C6H7KO7 em água isenta de dióxido de carbono R e complete 1000,0 ml 
com o mesmo solvente. Preparação extemporânea. 
Ftalato ácido de potássio 0,05 M. Dissolva 10,13 g de 
C8H5KO4, previamente seco a 110 ± 2°C durante 1 hora, em 
água isenta de dióxido de carbono R e complete 
1000,0 ml com o mesmo solvente. 
Fosfato monopotássico 0,025 M + Fosfato dissódico 
0,025 M. Dissolva 3,39 g de KH2PO4 
e 3,53 g de Na2HPO4, 
previamente secos a 120 ± 2°C durante 2 horas, em água 
isenta de dióxido de carbono R e complete 1000,0 ml com o 
mesmo solvente. 
Fosfato monopotássico 0,0087 M + Fosfato dissódico 
0,0303 M. Dissolva 1,18 g de KH2PO4 
e 4,30 g de Na2HPO4, 
previamente secos a 120 ± 2°C durante 2 horas, em água 
isenta de dióxido de carbono R e complete 
1000,0 ml com o mesmo solvente. 
Tetraborato dissódico 0,01 M. Dissolva 3,80 g de Na2B4O7,10H2O 
em água isenta de dióxido de carbono R e complete 1000,0 ml 
com o mesmo solvente. Conserve ao abrigo do dióxido de 
carbono do ar. 
Carbonato de sódio 0,025 M + Bicarbonato de sódio 
0,025 M. Dissolva 2,64 g de Na2CO3, e 2,09 g de NaHCO3, 
em água isenta de dióxido de carbonoR e complete 1000,0 ml 
com o mesmo solvente. Conserve ao abrigo do dióxido de 
carbono do ar.
Hidróxido de cálcio, saturado a 25°C. Agite um excesso de 
hidróxido de cálcio R com água isenta de dióxido de carbono 
FARMACOPEIA PORTUGUESA 9.030
2. M
étodos
Analíticos
MENU 9.0 • CAPÍTULOS GERAIS • MÉTODOS ANALÍTICOS (ÍNDICE) • 2.2 MÉTODO FÍSICOS E FÍSICO-QUÍMICOS (ÍNDICE)
2.2.5. Densidade 
R. Deixe decantar a 25°C e separe o sobrenadante. Conserve 
ao abrigo do dióxido de carbono do ar. 
CONSERVAÇÃO 
Conserve as soluções em recipientes estanques e quimicamente 
inertes apropriados, por exemplo, frascos de vidro de tipo I 
ou recipientes de material plástico apropriados para soluções 
aquosas. 
2.2.4. CORRESPONDÊNCIA ENTRE A 
REACÇÃO DO MEIO, O pH APROXIMADO 
E A COLORAÇÃO DE ALGUNS 
INDICADORES 
A 10 ml da solução problema, adicione 0,1 ml do indicador, 
salvo indicação em contrário do quadro 10. 
2.2.5. DENSIDADE 
A densidade d
t1
t2
 de uma substância é a relação entre 
a massa de um dado volume dessa substância a uma 
temperatura t
1
e a massa de igual volume de água a uma 
temperatura t
2
. 
Salvo indicação em contrário, utiliza-se a densidade
 
.
A densidade é também correntemente expressa em . Pode 
igualmente ser utilizada a massa volúmica 20, definida como 
a massa de uma unidade de volume da substância a 20°C. 
Exprime-se em quilogramas por metro cúbico ou em gramas 
por centímetro cúbico (1 kg m–3 10–3g.cm–3). Estas grandezas 
estão relacionadas pelas equações seguintes nas quais a massa 
volúmica é expressa em gramas por centímetro cúbico: 
Determine a densidade ou a massa volúmica com o número de 
casas decimais prescrito na monografia usando um picnómetro 
(sólidos ou líquidos), uma balança hidrostática (sólidos), um 
areómetro (líquidos) ou um densímetro digital munido de um 
captor de tubo oscilante (líquidos e gases). Se a determinação 
for feita por pesagem, não considere a flutuabilidade do ar 
que pode ser uma causa de erro de 1 unidade na terceira casa 
decimal. Se utilizar um densímetro, a flutuabilidade do ar não 
tem nenhuma influência. 
Densímetro munido de um captor de tubo oscilante. O 
aparelho é constituído pelos elementos seguintes: 
– um tubo em U, geralmente de vidro borossilícico que 
contém o líquido em ensaio, 
– um sistema de excitação electromagnética ou piezoeléctrica 
que faz vibrar o tubo como uma espécie de oscilador a uma 
frequência característica que depende da massa volúmica 
do líquido em ensaio, 
– um instrumento de medida do período da oscilação (T) 
que pode ser convertido pelo aparelho para fornecer uma 
leitura directa da massa volúmica ou que pode servir para 
calcular a massa volúmica com o auxílio das constantes A e 
B descritas mais adiante. 
A frequência da ressonância (f) é uma função da constante do 
impulso (c) e da massa do sistema (m):
ou
M = massa do tubo, 
V = volume interior do tubo.
A introdução das 2 constantes A = c/(4H2 V) e B = M / V 
permite obter a equação clássica relativa ao captor de tubo 
oscilante: 
Determine as constantes A e B enchendo o tubo do aparelho 
em U com 2 amostras diferentes de massa volúmica 
conhecida como, por exemplo, água R desgasificada e ar. 
Efectue medidas de controlo quotidianas utilizando a água 
R desgasificada. Os resultados obtidos para a medida do 
controlo com a água R desgasificada não devem desviar- 
-se mais do que o erro específico para o valor de referência 
(20 
0,998203 g.cm-3; =
 
1,000000). Por exemplo, um 
aparelho cujo erro é especificado em 0,0001 g.cm3
 
deve 
apresentar 0,9982 0,0001 g.cm-3
 
para ser apropriado para 
medidas ulteriores. Caso contrário, torna-se necessário um 
ajustamento. Pratique regularmente uma calibração com 
materiais de referência certificados. Efectue as determinações 
FARMACOPEIA PORTUGUESA 9.0
2.
 M
ét
od
os
An
al
ít
ic
os
31
MENU 9.0 • CAPÍTULOS GERAIS • MÉTODOS ANALÍTICOS (ÍNDICE) • 2.2 MÉTODO FÍSICOS E FÍSICO-QUÍMICOS (ÍNDICE)
2.2.7. Poder rotatório
utilizando o mesmo procedimento que para a padronização. 
Se necessário, equilibre o líquido em ensaio num termostato 
a 20°C antes de o introduzir no tubo, para evitar a formação 
de bolhas e reduzir o tempo necessário para a determinação. 
Os factores que afectam a exactidão da medida são: 
– a uniformidade da temperatura ao longo do tubo, 
– a não linearidade num intervalo do valor da massa 
volúmica, 
– os efeitos parasitas da ressonância, 
– a viscosidade que para as soluções que têm uma viscosidade 
superior à viscosidade do padrão apresentam um valor da 
massa volúmica superior ao valor real. 
Os efeitos da não linearidade e da viscosidade podem ser 
evitados utilizando padrões com massa volúmica e com 
viscosidade próximos dos valores da amostra ( 5 por cento 
para a massa volúmica,  50 por cento para a viscosidade). 
Certos densímetros dispõem de funções que permitem a 
correcção automática da viscosidade e a correcção dos erros 
ligados às variações da temperatura e da não linearidade. 
A fidelidade (precisão) é função da repetibilidade e da 
estabilidade da frequência do oscilador que depende da 
estabilidade do volume, da massa e da constante de actividade 
da célula. 
Os densímetros permitem determinações com um erro da 
ordem de 110-3
 
g.cm-3 a 110-5
 
g.cm-3 e uma repetibilidade 
de 110-4
 
g.cm-3 a 110-6
 
g.cm-3. 
2.2.6. ÍNDICE DE REFRACÇÃO 
O índice de refracção de um meio referido ao ar é igual à 
relação entre o seno do ângulo de incidência de um raio 
luminoso no ar e o seno do ângulo de refracção do raio 
refractado no meio considerado. 
Salvo indicação contrária, o índice de refracção é 
determinado a 20  0,5°C e referido à risca D do sódio 
(589,3 nm); o símbolo é então .
Os refractómetros correntes determinam o ângulo limite. 
Nestes aparelhos, a parte essencial é um prisma de índice de 
refracção conhecido, em contacto com o líquido em ensaio. 
Calibre o aparelho com o auxílio de materiais de referência 
certificados. 
Se se usa luz branca, o refractómetro está munido de um 
sistema de compensação. O aparelho dá leituras exactas até 
à terceira casa decimal, no mínimo, e possui um dispositivo 
que torna possível operar à temperatura prescrita: o 
termómetro permite a leitura com a aproximação de, pelo 
menos, 0,5°C. 
2.2.7. PODER ROTATÓRIO 
O poder rotatório é a propriedade que apresentam as 
substâncias quirais de desviar o plano de polarização da luz 
polarizada. 
O poder rotatório é considerado como positivo (+) para 
as substâncias dextrógiras (isto é, as que desviam o plano 
de polarização no sentido dos ponteiros do relógio) e 
negativo (–) para as substâncias levógiras. 
O poder rotatório específico é a rotação, expressa em 
radiano (rad), medida à temperatura t e no comprimento 
de onda , provocada por uma camada com 1 metro de 
espessura de um líquido ou de uma solução contendo 
1 quilograma de substância opticamente activa por metro 
cúbico da solução. Por razões práticas, o poder rotatório 
específico é expresso correntemente em miliradiano-
metros quadrados por quilograma (mrad.m2.kg–1). 
A Farmacopeia adopta as definições convencionais 
seguintes: O ângulo de rotação óptica de um líquido é o 
ângulo de rotação , expresso em graus (°), do plano de 
polarização no comprimento de onda da risca D do sódio 
( = 589,3 nm) medido a 20°C sob a espessura de 1 
decímetro. No caso de uma solução, o método de preparação 
é prescrito na monografia. 
O poder rotatório específico de um líquido é definido 
pelo ângulo de rotação , expresso em graus (°), do plano de 
polarização no comprimento de onda da risca D do sódio 
( = 589,3 nm) medido a 20°C numa solução da substância 
em ensaio, referido a uma espessura de camada de 1 
decímetro e dividido pela massa volúmica expressa em 
gramas por centímetro cúbico. 
O poder rotatório específico de uma substância em 
solução é definido pelo ângulo de rotação , expresso em 
graus (°), do plano de polarização no comprimento de ondada risca D do sódio ( = 589,3 nm) medido a 20°C numa 
solução da substância em ensaio, referido a uma espessura 
de camada de 1 decímetro e à concentração de 1 grama de 
substância por mililitro. O poder rotatório específico de 
uma substância em solução é sempre definido em relação a 
determinado solvente e a uma dada concentração. 
No sistema convencional adoptado pela Farmacopeia, 
o poder rotatório específico é expresso pela forma de 
valor sem unidade; a unidade efectiva, grau-mililitro por 
decímetro e por grama [(°).ml.dm–1.g–1] é subentendido. 
O factor de conversão do Sistema Internacional para o 
da Farmacopeia é o seguinte: 
 =  0,1745 
Em certos casos indicados expressamente na monografia, 
o ângulo de rotação pode ser medido a temperaturas 
diferentes de 20°C e em outros comprimentos de onda. 
O polarímetro permite leituras com a aproximação de 0,01°. 
O controlo da escala do aparelho é geralmente efectuado 
por meio de lâminas de quartzo certificadas. A linearidade 
da escala pode ser verificada com o auxílio de soluções de 
sacarose. 
Método. Determine o zero do polarímetro e o ângulo de 
rotação da luz polarizada no comprimento de onda da risca 
D do sódio (589,3 nm) a 20  0,5°C salvo indicação em 
contrário. Não efectue as medidas a outra temperatura senão 
quando a monografia indicar a correcção de temperatura 
a aplicar ao poder rotatório medido. Determine o zero do 
aparelho com o tubo fechado, vazio no caso de substâncias 
líquidas, e cheio com o solvente prescrito no caso de 
substâncias sólidas. 
Calcule o poder rotatório específico por meio das 
fórmulas abaixo indicadas. 
Para as substâncias líquidas não diluídas: 
FARMACOPEIA PORTUGUESA 9.032
2. M
étodos
Analíticos
MENU 9.0 • CAPÍTULOS GERAIS • MÉTODOS ANALÍTICOS (ÍNDICE) • 2.2 MÉTODO FÍSICOS E FÍSICO-QUÍMICOS (ÍNDICE)
2.2.9. Viscosidade – método do tubo capilar
Para as substâncias em solução: 
em que c é a concentração em g/l do sólido na solução. 
As fórmulas seguintes permitem calcular o teor (c) em g/l ou 
o teor (c’) em percentagem m/m de uma substância 
dissolvida: 
2.2.8. VISCOSIDADE 
A viscosidade dinâmica ou coeficiente de viscosidade  é a 
força tangencial por unidade de superfície, designada por 
tensão cortante  e expressa em pascal, necessária para 
deslocar paralelamente ao plano de deslizamento uma 
camada de líquido de 1 metro quadrado a uma velocidade (v) 
de 1 metro por segundo em relação a uma camada paralela 
situada à distância (x) de 1 metro.
A relação dv/dx constitui um gradiente de velocidade, 
representando a velocidade de corte D expressa em 
segundos recíprocos (s-1), de modo que   /D. No Sistema 
Internacional, a unidade de viscosidade dinâmica é o pascal-
-segundo (Pa.s) sendo o submúltiplo mais correntemente 
utilizado o milipascal-segundo (mPa.s).
A viscosidade cinemática v, expressa em metros quadrados 
por segundo, obtém-se dividindo a viscosidade dinâmica  
pela massa volúmica  do líquido, expressa em quilogramas 
por metro cúbico e medida à mesma temperatura, v /. A 
viscosidade cinemática é a maior parte das vezes expressa 
em milímetros quadrados por segundo.
Pode usar-se um viscosímetro de tubo capilar para a 
determinação da viscosidade de líquidos newtonianos e um 
viscosímetro rotativo para a determinação da viscosidade de 
líquidos newtonianos e não-newtonianos.
Além dos viscosímetros abaixo descritos, podem ser utilizados 
outros, desde que a exactidão e a precisão não sejam 
inferiores às obtidas com aqueles.
2.2.9. VISCOSIDADE – MÉTODO 
DO TUBO CAPILAR 
A determinação da viscosidade usando um viscosímetro de 
tubo capilar é efectuada a 20 0,1°C, se não for indicada 
outra temperatura. O tempo necessário para que o nível do 
líquido desça de uma marca a outra é medido por meio de 
um cronómetro com uma aproximação de 1/5 de segundo. 
O resultado só é válido se duas leituras consecutivas não 
diferirem de mais de 1 por cento. A média de, pelo menos, 
três leituras dá o tempo de escoamento do líquido em ensaio. 
FIGURA 1 – Viscosímetro de tubo capilar 
Dimensões em mililitros 
Calcule a viscosidade dinâmica  em milipascal-segundo 
usando a fórmula: 
  k .  . t
k = constante do viscosímetro, expressa em milímetros quadrados 
por segundo quadrado,
 = massa volúmica do líquido em ensaio, expressa em miligramas 
por centímetro cúbico, obtida multiplicando a densidade ( ) 
por 0,9982,
t = tempo de escoamento, em segundos, do líquido em ensaio.
A constante k é determinada usando um líquido de referência 
para a calibração de viscosímetros.
Para calcular a viscosidade cinemática (mm2.s–1), usa-se a 
fórmula v  k.t.
As determinações são efectuadas com um aparelho 
apropriado, tendo as características mencionadas no quadro 
nº 11(1).
O tempo de escoamento mínimo é de 350 s para o tamanho 
nº 1 e de 200 s para todos os outros.
(1) Descreve-se o sistema proposto pela Organização Internacional de 
Normalização (ISO).
FARMACOPEIA PORTUGUESA 9.0
2.
 M
ét
od
os
An
al
ít
ic
os
33
MENU 9.0 • CAPÍTULOS GERAIS • MÉTODOS ANALÍTICOS (ÍNDICE) • 2.2 MÉTODO FÍSICOS E FÍSICO-QUÍMICOS (ÍNDICE)
2.2.10. Viscosidade – método do viscosímetro rotativo 
Método. Introduza no viscosímetro através do tubo L uma 
quantidade de líquido em ensaio, levado previamente a 20°C 
se não houver outra indicação, necessária para encher a 
dilatação A, mas tendo o cuidado de que o nível do líquido 
na dilatação B fique abaixo da saída do tubo de ventilação M. 
Mergulhe o viscosímetro num banho de água a 20 ± 0,1°C, se 
não for indicada outra temperatura, mantenha-o na posição 
vertical durante, pelo menos, 30 min que seja atingido o 
equilíbrio térmico.
Feche o tubo M e faça subir o nível do líquido no tubo N até 
cerca de 8 mm acima da marca E. Mantenha o líquido neste 
nível, fechando o tubo N, e abra o tubo M. Abra em seguida 
o tubo N e determine o tempo necessário para que o nível do 
líquido desça da marca E até à marca F. 
2.2.10. VISCOSIDADE – MÉTODO 
DO VISCOSÍMETRO ROTATIVO
PRINCÍPIO 
O método consiste em determinar a força (binário) que se exerce 
sobre um corpo posto em rotação num líquido a uma velocidade 
angular (velocidade de rotação) constante. Os viscosímetros 
rotativos (ou de corpo móvel) permitem determinar a 
viscosidade de líquidos newtonianos (cuja viscosidade é 
independente do corte) ou não newtonianos (cuja viscosidade é 
dependente do corte, designada viscosidade aparente). Podem 
dividir-se em 2 grupos: os viscosímetros de tipo absoluto e os 
de tipo relativo. Nos viscosímetros absolutos, dada a geometria 
de determinação adoptada, o escoamento é bem definido; os 
resultados são os valores absolutos da viscosidade e podem 
ser comparados a outros valores absolutos. Nos viscosímetros 
relativos, pela geometria de determinação que possuem, o 
escoamento não é bem definido; os resultados são valores 
relativos da viscosidade e não é possível a sua comparação com 
os valores absolutos nem com outros valores relativos que não 
tenham sido determinados pelo mesmo método viscosimétrico. 
Existem diferentes sistemas para determinação podendo 
trabalhar-se com certas viscosidades e com diferentes 
velocidades de rotação. 
APARELHAGEM 
Os tipos de aparelhos a seguir descritos são os mais usados.
VISCOSÍMETROS DE CILINDROS CONCÊNTRICOS 
(VISCOSÍMETRO ABSOLUTO) 
FIGURA 1 
FIGURA 2 
Nos viscosímetros de cilindros concêntricos (ou coaxiais), o 
líquido cuja viscosidade se pretende determinar é introduzido 
no espaço entre o cilindro interno e o cilindro externo. Para 
determinar a viscosidade, pode pôr-se em rotação o cilindro 
interno (viscosímetros tipo Searle, ver figura 1), ou o cilindro 
externo (viscosímetros tipo Couette, ver figura 2). Em regime de 
escoamento laminar, a viscosidade (ou a viscosidade aparente)  
expressa em pascal.segundos, é dada pela seguinte fórmula: 
M = binário exercido na superfície do cilindro, em newton-metros, 
 = velocidade angular, em radianos por segundo, 
h = profundidadede imersão do cilindro interno no meio líquido, 
 em metros, 
Ri = raio do cilindro interno, em metros, 
Ro = raio do cilindro externo, em metros, 
k = constante do viscosímetro, em radianos por metro cúbico. 
FARMACOPEIA PORTUGUESA 9.034
2. M
étodos
Analíticos
MENU 9.0 • CAPÍTULOS GERAIS • MÉTODOS ANALÍTICOS (ÍNDICE) • 2.2 MÉTODO FÍSICOS E FÍSICO-QUÍMICOS (ÍNDICE)
2.2.10. Viscosidade – método do viscosímetro rotativo 
No caso dos líquidos não newtonianos, é essencial precisar 
por qual dos parâmetro, tensão de corte  ou velocidade 
de corte , a viscosidade é determinada. Quando se 
trabalha em condições de espaço muito limitado (como as 
condições dos viscosímetros absolutos), existem relações de 
proporcionalidade entre M e  e entre  e : 
  AM   B 
onde A e B são 2 constantes do viscosímetro cujas expressões 
são dadas pelas seguintes relações: 
– para os cilindros concêntricos: 
– para os cone-prato: 
M = binário exercido na superfície do cilindro do prato ou do cone, 
em newton-metros, 
 = velocidade angular, em radianos por segundo,
R
i 
= raio do cilindro interno, em metros,
R
0 
= raio do cilindro externo, em metros,
R = raio do cone, em metros,
h = profundidade de imersão do cilindro interno no meio líquido, 
em metros, 
 = ângulo formado pelo prato e pelo cone, em radianos, 
 = tensão de corte, em Pascal (Pa), 
 = velocidade de corte em segundos recíprocos (s-1). 
VISCOSÍMETRO CONES-PRATO (VISCOSÍMETRO ABSOLUTO) 
Nos viscosímetros cone-prato, o líquido é introduzido no 
espaço que separa um disco plano (prato) e um cone, que 
formam entre eles um ângulo definido. Para determinar a 
viscosidade, põe-se em rotação o cone ou o prato (ver figuras 
3 e 4, respectivamente). Em regime de escoamento laminar, 
a viscosidade (ou a viscosidade aparente), expressa em pascal.
segundos, é dada pela seguinte fórmula: respectivamente). 
M = binário exercido na superfície do prato ou do cone, em 
newton-metros, 
 = velocidade angular, em radianos por segundo,
 = ângulo formado pelo prato e pelo cone, em radianos, 
R = raio do cone, em metros, 
k = constante do viscosímetro, em radianos por metro cúbico. 
A e B são constantes do viscosímetro (ver em Viscosímetros 
de cilindros concêntricos). 
FIGURA 3 
FIGURA 4 
VISCOSÍMETROS DE AGULHA (VISCOSÍMETRO RELATIVO) 
Nos viscosímetros de agulha, põe-se em rotação no 
líquido cuja viscosidade se pretende determinar, uma 
agulha, por exemplo em forma de cilindro ou de disco 
(ver figura 5 e 6 respectivamente). Os valores relativos 
da viscosidade (ou viscosidade aparente) são calculados 
directamente por intermédio de factores de conversão 
a partir da leitura na escala, para dada velocidade 
de rotação. De um modo geral, a constante  do 
viscosímetro pode ser determinada a diversas velocidades 
de rotação, usando um líquido certificado para aferição 
dos viscosímetros. A viscosidade  é obtida através da 
relação seguinte:
 =  M
MÉTODO 
Determine a viscosidade (ou a viscosidade aparente) de 
acordo com as instruções do viscosimetro rotativo. A 
temperatura para a determinação da viscosidade é indicada 
na monografia. Para os sistemas não newtonianos, a 
monografia indica o tipo de viscosímetro a usar e, no 
caso dos viscosímetros absolutos, a velocidade angular 
ou a velocidade de corte a aplicar. Se é impossível obter 
exactamente a velocidade de corte indicada, aplique um valor 
ligeiramente superior e um valor ligeiramente inferior e faça 
uma interpolação. 
No caso do viscosímetro relativo, a velocidade de corte na 
amostra não é homogénea, sendo impossível 
FARMACOPEIA PORTUGUESA 9.0
2.
 M
ét
od
os
An
al
ít
ic
os
35
MENU 9.0 • CAPÍTULOS GERAIS • MÉTODOS ANALÍTICOS (ÍNDICE) • 2.2 MÉTODO FÍSICOS E FÍSICO-QUÍMICOS (ÍNDICE)
2.2.12. Ponto de ebulição
defini-la. Nestas condições, se o líquido é não newtoniano, a 
viscosidade determinada pela aplicação da relação anterior, 
possui uma característica relativa, que depende da natureza 
da agulha, da velocidade angular e das dimensões do 
recipiente ( = 80 mm, no mínimo) que contém a amostra e 
a profundidade de imersão da agulha. Os valores obtidos não 
são comparáveis se não se trabalhar exactamente nas mesmas 
condições experimentais.
 
FIGURA 5
FIGURA 6 
2.2.11. INTERVALO DE DESTILAÇÃO 
O intervalo de destilação é o intervalo de temperaturas, 
corrigidas para 101,3 kPa (760 Torr) no qual um líquido 
ou uma determinada fracção de um líquido, destila nas 
condições descritas seguidamente. 
Aparelho. O aparelho (ver figura 2) é constituído por um 
balão de destilação (A), um refrigerante tubiforme (B) que 
se adapta ao tubo lateral do balão e uma alonga curva (C) 
fixada na extremidade do tubo do refrigerante. A extremidade 
inferior do tubo do refrigerante pode também ser alongada e 
encurvada, substituindo a alonga. No colo do balão insere-se 
um termómetro, de forma a que a extremidade superior do 
reservatório de mercúrio se localize 5 mm abaixo do ponto 
de junção da parede inferior do tubo lateral. A escala do 
termómetro é graduada em 0,2°C e abrange um intervalo 
de cerca de 50°C. Durante a determinação, utiliza-se um 
anteparo, de forma a proteger o balão e o seu colo de 
correntes de ar. 
Método. Introduza no balão (A) 50,0 ml da amostra e alguns 
fragmentos de um material poroso. O destilado é recolhido 
numa proveta de 50 ml graduada em 1 ml. O arrefecimento 
por circulação de água é indispensável para os líquidos que 
destilam abaixo de 150°C. Aqueça rapidamente à ebulição 
e observe a temperatura à qual a primeira gota de destilado 
cai na proveta. Regule o aquecimento de forma a que 
o líquido destile à velocidade constante de 2 a 3 ml por 
minuto. Registe a temperatura quando a totalidade ou a 
fracção prescrita do líquido, medida à temperatura de 20°C, 
tenha destilado. 
Corrija as leituras em função da pressão atmosférica, 
utilizando a fórmula: 
t1  t2  k (101,3 – b) 
t
1 
= temperatura corrigida,
t
2 
= temperatura observada à pressão atmosférica b,
k = factor de correcção (ver quadro 13), a menos que este factor 
 não seja considerado,
b = pressão atmosférica, expressa em quilopascals, durante a 
destilação. 
QUADRO 12 – Correcção da temperatura em função da pressão 
Temperatura de destilação Factor de correcção k 
até 100°C 
acima de 100°C e até 140°C 
acima de 140°C e até 190°C 
acima de 190°C e até 240°C 
acima de 240°C 
0,30 
0,34 
0,38 
0,41 
0,45 
2.2.12. PONTO DE EBULIÇÃO 
O ponto de ebulição é a temperatura corrigida à qual 
a pressão de vapor de um líquido é igual a 101,3 kPa. 
Aparelho. O aparelho é o utilizado na determinação do 
intervalo de destilação (2.2.11), exceptuando o facto de o 
termómetro se encontrar colocado de forma a que a parte 
inferior do reservatório de mercúrio se encontre ao nível 
do bordo inferior do colo do balão de destilação, o qual está 
colocado sobre uma placa de um material isolante com um 
orifício de 35 mm de diâmetro. 
Método. No balão (A) introduza 20 ml da amostra e alguns 
fragmentos de um material poroso. Aqueça de forma a atingir 
rapidamente o ponto de ebulição e observe a temperatura à 
qual o líquido começa a escoar-se do tubo lateral do balão 
para o refrigerante. 
FARMACOPEIA PORTUGUESA 9.036
2. M
étodos
Analíticos
MENU 9.0 • CAPÍTULOS GERAIS • MÉTODOS ANALÍTICOS (ÍNDICE) • 2.2 MÉTODO FÍSICOS E FÍSICO-QUÍMICOS (ÍNDICE)
2.2.13. Determinação da água por arrastamento 
Corrija a temperatura observada em função da pressão 
atmosférica, utilizando a fórmula: 
t1  t2  k (101,3 – b) 
t
1 
= temperatura corrigida,
t
2 
= temperatura observada à pressão atmosférica b,
k = factor de correcção (ver quadro 13 em «Intervalo de 
 destilação»),
b = pressão atmosférica, expressa em quilopascals, durante a 
 determinação. 
2.2.13. DETERMINAÇÃO DA ÁGUA 
POR ARRASTAMENTO 
Aparelho. O aparelho é constituído por um balão de vidro (A) 
ligado a um dispositivo, também de vidro,constituído por 
três partes: um tubo encurvado (D), uma cabeça cilíndrica 
(B) e outro tubo, graduado em 0,1 ml (E), servindo de 
colector. Ao topo da parte B liga-se um refrigerante de refluxo 
(C). O balão (A) é aquecido de preferência numa manta 
eléctrica munida de um reóstato ou num banho de óleo. A 
parte superior do balão e o tubo de ligação encurvado podem 
ser isolados. 
Método. Lave cuidadosamente o balão, o tubo colector e o 
refrigerante, passe-os por água e seque-os. 
Introduza no balão 200 ml de tolueno R e cerca de 2 ml de 
água R; destile durante 2 h, deixe arrefecer durante cerca de 
30 min e leia o volume de água arrastada, com a aproximação, 
por estimativa, de 0,05 ml. Desmonte o balão e introduza uma 
quantidade da amostra, pesada com a aproximação de 1 por 
cento, susceptível de conter 2 a 3 ml de água, aproximadamente. 
Se se tratar de uma substância pastosa, pese-a numa naveta 
constituída por uma folha metálica ou num pequeno recipiente 
de vidro. Introduza alguns fragmentos de um material poroso, 
adapte o balão ao dispositivo e aqueça a temperatura baixa 
durante cerca de 15 min. Quando o tolueno começar a ferver, 
regule o aquecimento de forma a que a velocidade de destilação 
corresponda a cerca de 2 gotas por segundo até que a maior 
parte da água seja arrastada e depois aumente a velocidade de 
destilação até 4 gotas por segundo. Quando toda a água tiver 
destilado, introduza no refrigerante cerca de 10 ml de tolueno R, 
FIGURA 3 – Aparelho para a determinação da água por 
arrastamento (Dimensões em milímetros) 
FARMACOPEIA PORTUGUESA 9.0
2.
 M
ét
od
os
An
al
ít
ic
os
37
MENU 9.0 • CAPÍTULOS GERAIS • MÉTODOS ANALÍTICOS (ÍNDICE) • 2.2 MÉTODO FÍSICOS E FÍSICO-QUÍMICOS (ÍNDICE)
2.2.16. Ponto de fusão – método da fusão instantânea
de modo a lavar as suas paredes. Continue a destilação durante 
mais 5 min, remova o sistema de aquecimento e arrefeça o 
dispositivo de que faz parte o colector até à temperatura do 
laboratório, fazendo deslocar, com uma vareta, quaisquer 
gotículas de água aderentes às paredes. Após separação 
completa da água e do tolueno, leia o volume da água e 
calcule a sua percentagem na amostra utilizando a expressão: 
m = massa da amostra, em gramas,
n1 
 = número de mililitros de água obtidos na primeira destilação, 
n2 = número total de mililitros de água obtidos nas duas 
 destilações.
2.2.14. PONTO DE FUSÃO – MÉTODO 
DO TUBO CAPILAR 
O ponto de fusão determinado pelo método do tubo capilar 
corresponde à temperatura à qual passa ao estado líquido a 
última partícula sólida da substância introduzida num tubo 
em coluna compacta. 
Se a monografia o prescrever, o mesmo aparelho e o mesmo 
método serão utilizados na determinação de outros factores, 
tais como a formação do menisco ou o intervalo de fusão, que 
caracterizam o comportamento de fusão da substância. 
O aparelho é constituído por: 
– um vaso de vidro apropriado contendo o líquido do banho 
(por exemplo: água, parafina líquida ou óleo de silicone) e 
um dispositivo de aquecimento apropriado, 
– um dispositivo de agitação mecânica que permita assegurar 
a uniformidade da temperatura do banho, 
– um termómetro adequado graduado em intervalos que 
não ultrapassem 0,5°C, munido de uma marca de imersão; 
a gama de temperaturas visível no termómetro não é 
superior a 100°C, 
– tubos capilares de vidro de elevada resistência térmica e 
isento de álcali, com um diâmetro interno de 0,9 a 
1,1 mm, com parede de 0,10 a 0,15 mm de espessura, 
fechados numa extremidade. 
Método. Salvo indicação em contrário na monografia, 
seque a substância finamente pulverizada a pressão 
reduzida e sobre gel de sílica anidra R durante 24 horas. 
Num tubo capilar introduza uma quantidade suficiente 
para formar uma coluna compacta com uma altura de 
4 a 6 mm. Aqueça até atingir uma temperatura cerca de 
10°C abaixo do ponto de fusão presumível e regule em 
seguida a velocidade de aquecimento para 1°C por minuto, 
aproximadamente. Quando a temperatura for inferior 
em cerca de 5°C ao ponto de fusão esperado, introduza 
correctamente o tubo capilar no aparelho. No caso do 
dispositivo descrito acima, coloque o tubo capilar de modo 
que a sua extremidade fechada se encontre a meia altura 
do reservatório de mercúrio e que o traço de referência 
de imersão do termómetro esteja ao nível da superfície 
do líquido. Anote a temperatura à qual a última partícula 
passa ao estado líquido. 
Calibração do aparelho. O aparelho pode ser calibrado 
utilizando substâncias de referência para o ponto de fusão, 
tais como as da Organização Mundial de Saúde ou outras 
substâncias apropriadas. 
2.2.15. PONTO DE FUSÃO – MÉTODO 
DO TUBO CAPILAR ABERTO 
Para certas substâncias o método seguinte é aplicado para 
determinar o ponto de fusão. 
Utilize tubos capilares de vidro, abertos nas duas 
extremidades, com cerca de 80 mm de comprimento, 1,4 
a 1,5 mm de diâmetro externo e 1,0 a 1,2 mm de diâmetro 
interno. 
Em 5 destes tubos introduza a substância, previamente 
tratada de acordo com as condições prescritas, em 
quantidades suficientes para formarem, em cada tubo, 
colunas com cerca de 10 mm de altura. Mantenha os tubos à 
temperatura e durante o tempo indicados. 
Salvo indicações em contrário, as substâncias de consistência 
cerosa são fundidas em banho de água, com precaução e 
completamente, antes de serem introduzidas nos tubos 
capilares. Deixe em repouso os tubos a 2-8°C durante 2 h. 
Fixe um dos tubos a um termómetro graduado em 0,2°C, 
de forma a que a substância esteja próxima do reservatório 
de mercúrio. Introduza o termómetro e o tubo capilar 
num recipiente cilíndrico de forma a que a distância entre 
o fundo deste e a extremidade do reservatório de mercúrio 
seja de 1 cm. Introduza água no recipiente, até 5 cm do 
fundo. Aumente progressivamente a temperatura da água, à 
velocidade de 1°C por minuto. 
A temperatura à qual a substância começa a elevar-se no tubo 
capilar é considerada como a temperatura de fusão. 
Repita a operação com cada um dos 4 tubos capilares 
restantes e calcule o resultado, considerando a média das 5 
leituras. 
2.2.16. PONTO DE FUSÃO – MÉTODO 
DA FUSÃO INSTANTÂNEA 
O ponto de fusão instantânea é dado pela expressão 
t1 + t2
2, 
em que t
1 
e t
2 
correspondem às temperaturas fixadas nas 
condições abaixo indicadas. 
Aparelho. O aparelho é constituído por um bloco de metal 
ou uma liga metálica inatacável (latão, por exemplo), 
bom condutor do calor e cuja face superior, plana, é 
cuidadosamente polida. O bloco é aquecido uniformemente 
em toda a sua extensão por intermédio de um sistema de 
microchamas de gás ou de um dispositivo eléctrico que 
permita uma regulação exacta da temperatura. O bloco 
possui uma cavidade cilíndrica de diâmetro suficiente para 
conter um termómetro, que se mantém à mesma altura 
durante a calibração do aparelho e a determinação do ponto 
de fusão da amostra. A cavidade cilíndrica é paralela à face 
polida superior do bloco e está colocada a cerca de 3 mm 
desta. O aparelho é calibrado com substâncias de referência 
apropriadas, de ponto de fusão conhecido. 
Método. Aqueça o bloco rapidamente até uma temperatura 
inferior em cerca de 10°C ao ponto de fusão esperado. Regule 
seguidamente a velocidade de aquecimento, de forma a que 
esta corresponda ao aumento de 1°C por min; com intervalos 
de tempo regulares, coloque no bloco, na proximidade do 
reservatório do termómetro e limpando a superfície depois 
FARMACOPEIA PORTUGUESA 9.038
2. M
étodos
Analíticos
MENU 9.0 • CAPÍTULOS GERAIS • MÉTODOS ANALÍTICOS (ÍNDICE) • 2.2 MÉTODO FÍSICOS E FÍSICO-QUÍMICOS (ÍNDICE)
2.2.17. Ponto de gotejamento 
de cada ensaio, algumas partículas da amostra pulverizada 
e, quando indicado, previamente seca, preparada como 
no método do tubo capilar. Registe a temperatura t1 a que 
a substância funde instantaneamente após o primeira 
contacto com o metal. Suspenda o aquecimento. Durante o 
arrefecimento, coloque no bloco, comintervalos de tempo 
regulares, algumas partículas da substância, limpando a 
superfície metálica após cada ensaio. Registe a temperatura 
t2 à qual a substância deixa de fundir instantaneamente após 
contactar com o metal. 
Calibração do aparelho. O aparelho pode ser calibrado 
utilizando substâncias padrão para ponto de fusão, como 
as da Organização Mundial de Saúde ou outras substâncias 
apropriadas. 
2.2.17. PONTO DE GOTEJAMENTO 
O ponto de gotejamento é a temperatura à qual, em 
condições definidas, a primeira gota da amostra fundida se 
desprende de um receptáculo côncavo. 
Se a monografia não indicar o método a utilizar, usa-se o 
método A. Qualquer alteração do método A para o método B 
tem de ser objecto de uma validação.
MÉTODO A
Aparelho. O aparelho é constituído (ver figura 1) por duas 
bainhas metálicas (A) e (B) aparafusadas uma à outra. 
A bainha (A) é fixada a um termómetro de mercúrio. 
Um receptáculo metálico côncavo (E) encontra-se ligado 
à parte inferior da bainha metálica (B) por intermédio de 
duas linguetas móveis (E). Dois suportes (D) com 2 mm de 
comprimento condicionam a posição exacta do receptáculo 
côncavo e a adaptação, bem centrada, do termómetro. Um 
orifício (C), existente na parede (B), permite o equilíbrio da 
pressão. A superfície de escoamento do receptáculo côncavo 
é plana e os bordos do orifício de saída formam com ele 
ângulos rectos. A parte inferior do termómetro tem a forma 
e as dimensões indicadas na figura; permite leituras de 
0 a 110°C e, correspondendo a 1°C na escala, a distância 
de 1 mm. O reservatório de mercúrio tem o diâmetro de 
3,5  0,2 mm e a altura de 6,0  0,3 mm. O conjunto 
do aparelho, colocado no eixo de um tubo de ensaio com 
cerca de 200 mm de comprimento e com cerca de 40 mm 
de diâmetro externo, encontra-se fixado a este tubo por 
intermédio de uma rolha com uma ranhura lateral e 
atravessada pelo termómetro. O orifício do receptáculo 
côncavo encontra-se a 15 mm do fundo do tubo de ensaio. 
O conjunto é introduzido num copo, de cerca de 1 litro, cheio 
de água. O fundo do tubo de ensaio encontra-se a cerca de 
25 mm do fundo do copo. O nível da água atinge a parte 
superior da bainha metálica (A). Utiliza-se um agitador para 
assegurar a homogeneidade da temperatura do banho. 
Método. Prepare a amostra de acordo com as instruções da 
monografia. Encha completamente o receptáculo côncavo 
com a amostra. Retire, com uma espátula, qualquer porção 
da substância que exceda os bordos do receptáculo. Fixadas 
as bainhas (A e B), faça penetrar o receptáculo no lugar 
apropriado da bainha (B), até atingir os suportes. Retire, com 
uma espátula, a substância deslocada pelo termómetro 
Coloque o aparelho no banho de água, nas condições acima 
descritas. Aqueça o banho e, quando a temperatura
 
FIGURA 1 – Aparelho para a determinação do ponto de gotejamento. 
Dimensões em milímetros
atingir um valor inferior em cerca de 10°C ao ponto de gota 
esperado, regule a velocidade de aquecimento para cerca 
de 1°C por minuto. Registe a temperatura no momento 
em que se desprende a primeira gota. Efectue, pelo menos, 
três determinações, renovando as amostras em cada uma. 
A diferença entre os valores encontrados não é superior a 
3°C. A média das três temperaturas corresponde ao ponto de 
gotejamento da substância. 
MÉTODO B - MÉTODO AUTOMATIZADO
Aparelho. O aparelho (ver figura 2) é constituído por um 
cartucho composto por um porta-amostras no qual a cúpula 
da amostra é fixada de forma amovível e por uma manga 
colectora munida de uma fenda luminosa horizontal fixada sob 
a cúpula. Este conjunto é colocado num bloco de aquecimento. 
O bloco é um cilindro metálico atravessado por um orifício 
cilíndrico axial no qual é colocado o cartucho. Uma sonda de 
temperatura é colocada num outro orifício cilíndrico mais 
estreito ao nível da cúpula da amostra. O bloco de aquecimento 
é rodeado por um sistema de aquecimento eléctrico. Uma 
lâmpada é montada sob o bloco de aquecimento de modo a 
permitir a passagem de um feixe luminoso através da manga 
colectora e da fenda luminosa até um captor óptico em posição 
oposta. O sistema de aquecimento permite manter o bloco de 
aquecimento a uma temperatura exacta pré-definida e de o 
aquecer a uma velocidade pré-definida exacta e regular após 
um período inicial isotérmico.
Método. Funda a amostra e introduza-a na cápsula de acordo 
com as prescrições da monografia. Proceda de seguida como se 
indica a seguir ou segundo as instrucções do fabricante. Elimine 
com uma espátula o excesso de material nas 
2 extremidades da cúpula. Antes de efectuar a determinação, 
execute as especificações de acondicionamento da amostra 
(temperatura e duração) prescritas na monografia. Introduza 
a cúpula no porta-amostras e fixe a manga colectora sobre a 
cúpula. Coloque o conjunto com o cartucho assim formado no 
FARMACOPEIA PORTUGUESA 9.0
2.
 M
ét
od
os
An
al
ít
ic
os
39
MENU 9.0 • CAPÍTULOS GERAIS • MÉTODOS ANALÍTICOS (ÍNDICE) • 2.2 MÉTODO FÍSICOS E FÍSICO-QUÍMICOS (ÍNDICE)
2.2.19. Titulações amperométricas
bloco de aquecimento. Ajuste o instrumento para as condições 
isotérmicas iniciais e regule a velocidade de aquecimento 
posterior, de acordo com as prescrições da monografia referente 
à amostra. Inicie o programa de temperatura. Quando a 
primeira gota da amostra fundida cai através do orifício situado 
no fundo da cúpula da amostra, o feixe luminoso é interrompido 
e o sinal emitido pelo captor óptico provoca o registo automático 
da temperatura do bloco de aquecimento.
Calibração. Utilize o aparelho de acordo com as instrucções 
do fabricante e efectue as operações de calibração prescritas 
e os ensaios de eficácia do sistema com intervalos regulares, 
segundo a utilização do aparelho e as substâncias a ensaiar. O 
ácido benzóico e a benzofenona são geralmente certificadas 
como substâncias de referência.
Podem ser usadas outras substâncias na condição de não 
apresentarem polimorfismo.
Proceda como indicado a seguir ou de acordo com as 
instruções do fabricante. Prepare 3 cúpulas da amostra 
para cada uma das 2 substâncias de referência certificadas. 
Coloque as cúpulas sobre uma superfície própria. Introduza 
uma pequena quantidade da amostra nas cúpulas e 
calque-as com a ajuda de uma vareta de cerca de 4,5 mm 
de diâmetro. Verifique que a abertura fica completamente 
cheia. Encha cerca de metade da cúpula com a amostra e 
comprima com uma vareta de cerca de 9 mm de diâmetro. 
Encha completamente a cúpula e comprima a amostra. Junte 
e comprima a quantidade de amostra necessária para encher 
completamente a cúpula. Programe a temperatura para o 
ácido benzóico: temperatura inicial = 118,0ºC, velocidade 
de aquecimento = 0,2ºC/min e temperatura final de 126,0ºC. 
Após a cúpula atingir 118 ºC, programe um tempo de espera 
de 30 s antes de iniciar o aquecimento.
Programa de temperatura para a benzofenoma: temperatura 
inicial = 44,0ºC, velocidade de aquecimento = 0,2ºC/min 
e temperatura final = 56,0ºC. Após a cúpula atingir 44 ºC, 
programe um tempo de espera de 30 s antes de iniciar o 
aquecimento. Verifique os 3 resultados individuais: o ensaio 
só é válido se os 3 resultados não se afastarem mais de 0,3ºC 
do valor médio.
A. cúpula da amostra D. fonte luminosa G. amostra K. sonda de temperatura
B. bloco de aquecimento E. cartucho H. captor óptico
C. fonte luminosa F. sistema de J. manga colectora
 aquecimento 
FIGURA 2 – Exemplo de aparelho de medida automático 
do ponto de gortejamento
Calcule a temperatura média corrigida T2 usando a expressão
T1 – F
 
T1 = temperatura média do ponto de gota das 3 amostra, em ºC,
F = factor de correcção aplicado para compensar a diferença de 
temperatura entre a amostra e o ponto do bloco de aquecimento 
onde é determinada a temperatura. Este factor varia segundo 
o modelo de instrumento automático de medida do ponto de 
gotejamento e é fornecido pelo fabricante.
Tendo em conta o gotejamento T0 da substância de

Continue navegando