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Prof. Dr. Adilson Prizmic Prof. Vinícius Albuquerque Geopolítica e as Ciências Humanas 1º bloco: o poder burguês, criação de Estados nacionais, Revolução Industrial. 2º bloco: 1ª Guerra Mundial, crise entre as Grandes Guerras, 2ª Guerra Mundial. 3º bloco: a Guerra Fria, teorias pós-modernas, multipolaridade. Esta abordagem se constitui de três blocos: Autonomia política (reconhecimento internacional da legitimidade de país independente, com seu chefe de Estado e sistema de governo). Exército poderoso. Território além de uma territorialidade. Referências patrióticas compartilhadas por uma coletividade, configurando uma unidade nacional. Status de Estado-Nação requer soberania nacional O sentimento nacionalista é consequência da ideologia burguesa, que processou a mudança de representatividade da sociedade. Na Idade Média e durante boa parte da Modernidade, a sociedade era dirigida por uma corte real, mas os reinos se transformam em Estados-nação, sobretudo a partir do século XVIII, quando a classe burguesa, à medida que ascende economicamente, assume cada vez mais a liderança política, impondo seus valores. Nacionalismo resultante de uma manipulação ideológica HOBSBAWM, Eric & RANGER, Terence. A invenção das tradições. São Paulo: Paz e Terra, 3ed. 2012. Coleção Pensamento Crítico, v.55, Trad. Celina Cardim Cavalcante. ANDERSON, Benedict. Comunidades imaginadas: reflexões sobre a origem e a difusão do nacionalismo. São Paulo: Companhia das Letras, 2008. Trad. Denise Bottman. A construção das nacionalidades Rotas marítimas do que podemos chamar de 1ª Etapa da Globalização Fonte: www1.educação.pe.gov.br A ascensão econômica da burguesia na Idade Moderna (séculos XV a XVIII). Ideologia burguesa construída para que reinos fossem transformados em Estados nacionais onde burgueses assumem o poder como representantes do povo. Montesquieu – O Espírito das Leis. Jean Jaques Rousseau – O Contrato Social. O parlamento inglês: mais forte que o rei desde o século XVII. Com a Revolução Francesa de 1789, o rei é guilhotinado. Geopolítica a partir do Estado-Nação Império Habsburgo se denomina Império Áustro-Húngaro a partir de 1868. Friedrich Ratzel e sua teoria do Espaço Vital. 1870: guerra franco-prussiana (França perde Alsácia e Lorena). 1871: Criação dos novos Estados nacionais: Alemanha e Itália. Vidal de La Blache criticava o serviço de Ratzel para o Estado alemão e legitimava a invasão francesa na África: “levar a civilização europeia aos primitivos africanos”. 1848: Primavera dos povos Império Austro-Húngaro Fonte: Pinterest.com.mx Prússia legitima apropriar-se de áreas ricas em carvão para desenvolver sua indústria, colocando em prática a Teoria do Espaço Vital, formulada por Ratzel. França perde Alsácia-Lorena. França alimenta revanchismo para recuperar as regiões tomadas. Guerra franco-prussiana (1870) Formação do Estado alemão Fonte: Cotrim (2002, p.323) O almirante inglês Mackinder formula uma Area Pivot: o Heartland Fonte: realpolitikmag.org Comente os argumentos formulados por: Friedrich Ratzel (atuando em prol do Estado alemão) e Vidal de La Blache (defendendo interesses da França) para legitimar a expansão territorial empreendida por seus respectivos desígnios imperialistas. Atividade para o intervalo que antecede o 2º Bloco: Ratzel teorizou o Espaço Vital: Para o crescimento da Alemanha, torna-se imprescindível usar a força para apropriar-se de terras cujos recursos garantem a força bélica e o desenvolvimento econômico. Por isso, tomou Alsácia e Lorena da França. La Blache foi mais brando, mas não menos imperialista para justificar as incursões francesas na África, alegando que os franceses estavam levando a “civilização” aos africanos. Respondendo à atividade do bloco anterior: 1ª Guerra Mundial 2º Bloco: Os conflitos recorrentes nas Grandes Guerras do século XX Fonte: slideshare.net Políticas de alianças Tríplice Aliança ou Potências Centrais: Alemanha, Áustria- Hungria, antes do início do conflito recebiam o apoio da Itália. Tríplice Entente ou Aliados: Inglaterra (Grã-Bretanha), França; a Itália passou a fazer parte da aliança no início do conflito, a Rússia permaneceu na aliança até o último ano de guerra, 1918, se retirando devido à consolidação do governo revolucionário de Lênin. Os EUA entraram decisivamente no conflito em 1918, ao lado da Entente. A geopolítica de guerras espelha imposição e eliminação de poder Fonte: projetomedicina.com.br Mapa I – A Europa em 1914, às vésperas da I Guerra Mundial Alianças Militares na 1ª Guerra Mundial Fonte: politize.com.br (adaptado) Alianç a Militar Paí ses Participantes Trí plice alianç a Alemanha Impé rio Otomano Itá lia (mudou de lado em 1915) Bulgá ria (entrou na guerra em 1915) Trí plice Entente e aliados Franç a Impé rio Russo Itá lia (a partir de 1915) Canadá Sé rvia Bé lgica Japã o Austrá lia Nova Zelâ ndia Reino da Romê nia (a partir de 1916) Brasil (a partir de 1917) Reino de Montenegro Polô nia Gré cia (a partir de 1917) África do Sul (colô nia britâ nica) Causas da 1ª Guerra Mundial: França queria recuperar Alsácia-Lorena desde a guerra Franco-Prussiana. Alemanha: inconformada com a maior influência de ingleses e franceses na África. O império austro-húngaro temia um separatismo pan-eslavista. O arruinado império turco, semifeudal, estava disposto a qualquer aliança que pudesse sustentar seu domínio sobre povos balcânicos: sérvios, búlgaros, gregos, romenos e outros. Ingleses temiam que sua hegemonia internacional fosse ameaçada por uma potencial aliança entre russos e germânicos. (Uma vez que estes invadiram território francês dentro da própria França, uma tradicional potência europeia, qualquer ponto do vasto império britânico poderia ser também cobiçado.). A competição pela hegemonia imperial Final do século XIX: colonização da África pelas potências europeias Fonte: ufmg.br Diversidade étnica nos Balcãs Fonte: Le Monde Diplomatique Antes e depois da 1ª Guerra Mundial Fonte: http://arturpeixoto.blogspot.com/2014/05/primeira-guerra-mundial-1914-1918.html A 2ª Guerra Mundial é essencialmente uma continuação da 1ª Guerra. Considerando que a Alemanha desrespeitou o compromisso assumido após o término da 1ª Guerra, comprometendo-se a não investir na indústria bélica. Hitler testou seus aviões de guerra na Guerra Civil Espanhola (1936-1939). Hitler ganhou a adesão da população germânica, colocando suas ações como possibilidade para acabar com o desemprego e a fome que tomou conta da Europa arruinada após a 1ª Guerra. Tal contexto de miséria e revolta se intensificou com a crise do capitalismo pela quebra na bolsa de valores de Nova Yorque. Houve uma intervenção do Estado na economia. A livre participação da doutrina liberal é questionada. O socialismo de Lênin contornou a crise social e seu sucessor, Stálin, fortaleceu a intervenção do Estado. O mesmo sucedeu no totalitarismo de Hitler e Mussolini. Período entre guerras e 2ª Guerra Mundial Esfera de influência japonesa (1868 – 1939) Fonte: marcosbau.com.br Na crise do liberalismo capitalista, o Estado retoma o controle social Fonte: pt.slideshare.net Geopolítica da 2ª Guerra Mundial Fonte: slideplayer.com.br Bipolaridade após a 2ª Guerra Mundial Fonte: slideplayer.com.br Aponte três causas comuns para a ocorrência das 1ª e 2ª Guerras Mundiais. Atividadepara reflexão durante intervalo antes do 3º Bloco Podemos considerar causas comuns motivadoras das 1ª e 2ª Guerras Mundiais: A corrida armamentista; A disputa territorial das potências imperialistas; O revanchismo; A militância nacionalista / Determinação da soberania nacional. Resposta da atividade para reflexão antes do 3º Bloco Guerra Fria (Pós-Segunda Guerra Mundial até 1991). EUA presta auxílio financeiro à Europa Ocidental e cria a OTAN. Rússia amplia sua esfera de ação enquanto União Soviética e comanda o Pacto de Varsóvia. 1947: Estados Unidos oferecem respaldo para a criação do Estado de Israel. 3º bloco: Guerra Fria, Pós-Modernidade e Multipolaridade Bipolaridade da Guerra Fria em 1980 Fonte: en.wikipedia.org União Europeia. Neo-eurasianismo, servindo aos interesses da Rússia (Aleksandr Dugin). Atlantismo, servindo aos interesses da OTAN (Hausshofer). China. BRICS. A Multipolaridade: choque de civilizações 1989: Nações desgarradas da ex-União Soviética se aliam à União Europeia Fonte: geopolitical-maps Sociedades em Redes (Manuel Castells). O Fim dos Territórios (Bertrand Badie). Império (Antonio Negri e Michael Hardt). Pós-modernistas e a Globalização Liberalismo e Keynesianismo Fonte: slideplayer.com.br AFINAL, O QUE É NEOLIBERALISMO? PRIMEIRAMENTE SURGIU 0 LIBERALISMO ECONÔMICO, DO ECONOMISTA ADAM SMITH NO SÉCULO XVIII, BASEADO NA LEI DA OFERTA E DA PROCURA, LEI DA LIVRE - CONCORRÊNCIA, O TRABALHO COMO ÚNICA FORMA DE RIQUEZA E A NÃO INTERFERÊNCIA DO ESTADO NA ECONOMIA. CONTRAPONTO O LIBERALISMO ECONÔMICO, OUTRO ECONOMISTA BRITÂNICO, CHAMADO JOHN KEYNES, CRIOU A TEORIA DO NEOCAPITALISMO OU KEYNESIANISMO, AFIRMANDO QUE O ESTADO DEVERIA DESENVOLVER POLÍTICAS DE CONTROLE DA ECONOMIA, ESTIMULANDO A CRIAÇÃO DE EMPRESAS ESTATAIS. Neoliberalismo Fonte: cultura.culturamix.com Europa no século XXI Fonte: pt.slideshare.net ONU na Guerra do Golfo Fonte: slideplayer,com.br A teoria do Meridionalismo: o Sul se une na luta contra o Norte Fonte:pt.slideshare.net Legenda O “Sul” meridionalista Potências meridionais Zonas de transição Projeção Geopolítica Brasileira Linha Norte-Sul Meridionalismo: É a negação das duas anteriores. Reinvindica uma redistribuição do poder mundial em favor dos povos do Sul. Procura acabar com a dependência tecnológica e militas dessas nações mediante a cooperação Sul-Sul (industrial, tecnológica e comercial) e a segurança coletiva Militares argentinos desconfiaram da Hidrelétrica de Itaipu? Hugo Chávez, da Venezuela, adotou uma postura de líder regional. Chile comercializa e se integra mais em outras parcerias com países de outros blocos do que com o Mercosul. Acordos Boeing–Embraer ofuscam o poder bélico do Brasil (que é pequeno). Pré-sal demanda importação de submarino nuclear francês. Quando o Brasil vai se garantir com tecnologia própria de armamento nuclear? Mercosul: quem assume a hegemonia? O pós-modernismo expõe o fim do Estado-nação diante da Globalização, ou seja, uma nova concepção de mundo, sem fronteiras, espaços compartilhados, operações militares envolvendo mais de um país... Você concorda com tal posicionamento? Orientação para a atividade do chat ATÉ A PRÓXIMA!
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