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1º Exercício Avaliativo 2 2019

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS
CURSO DE DIREITO
DISCIPLINA: DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO
	1ª Exercício Avaliativo
	Acadêmico(a): Vitor Pinheiro Nunes Nota:
	Instruções:
O exercício deve ser feito individualmente
A entrega será na data de 21/10/2019
O exercício vale 20 pontos, sendo que as questões de 01 a 04 possuem o valor individual de 2,0 pontos. E as questões de 05 a 08, vaem 3,0 pontos cada
01) Tendo como fundamento a ideia de supremacia da Constituição, tem-se que as normas infraconstitucionais devem respeito ao texto constitucional. Daí a necessidade de implementar-se o controle de constitucionalidade de normas e atos normativos. A esse respeito, assinale a alternativa INCORRETA. 
A) A controvérsia em torno da incidência, ou não, do postulado da recepção, por não envolver qualquer juízo de inconstitucionalidade, mas, sim, quando for o caso, o de simples revogação de diploma pré-constitucional, dispensa a aplicação do princípio da reserva de plenário, legitimando a possibilidade de reconhecimento, por órgão fracionário do Tribunal, de que determinado ato estatal não foi recebido pela nova ordem constitucional, além de inviabilizar, porque incabível, a instauração do processo de fiscalização normativa abstrata.
B) A declaração de inconstitucionalidade de qualquer ato estatal, considerando a presunção de constitucionalidade das leis, só pode ser declarada pelo voto da maioria absoluta dos membros do Tribunal ou, onde houver, dos integrantes do respectivo órgão especial, sob pena de nulidade da decisão judicial que venha a ser proferida. 
C) A causa de pedir aberta das ações do controle concentrado de constitucionalidade torna desnecessário o ajuizamento de nova ação direta para a impugnação de norma cuja constitucionalidade já é discutida em ação direta em trâmite, proposta pela mesma parte processual.
D) O processo de controle normativo abstrato rege-se pelo princípio da indisponibilidade, o que impede a desistência da ação direta já ajuizada. A ação subsiste mesmo diante de revogação superveniente do ato estatal impugnado.
E) A declaração final de inconstitucionalidade, quando proferida em sede de fiscalização normativa abstrata, considerado o efeito repristinatório que lhe é inerente, importa em restauração das normas estatais anteriormente revogadas pelo diploma normativo objeto do juízo de inconstitucionalidade.
02) De acordo com a disciplina da Constituição Federal, em matéria de controle de constitucionalidade de atos normativos: 
A) o juiz de direito da Justiça Estadual não tem competência para afastar a aplicação, no caso concreto, de lei estadual que contrarie a Constituição Federal, mas apenas de lei estadual que contrarie a Constituição do Estado. 
B) o juiz federal não tem competência para afastar a aplicação, no caso concreto, de lei federal que contrarie a Constituição Federal, uma vez que essa atribuição é reservada ao plenário ou órgão especial dos tribunais, pelo voto da maioria absoluta de seus membros. 
C) o Tribunal Regional Federal não tem competência para julgar reclamação constitucional proposta em face de decisão judicial de primeiro grau que contrariar súmula vinculante do Supremo Tribunal Federal. 
D) cabe o ajuizamento de reclamação constitucional, perante o Supremo Tribunal Federal, contra lei federal que contrariar o enunciado de súmula vinculante editada pelo Tribunal. 
E) cabe o ajuizamento de ação declaratória de constitucionalidade, perante o Supremo Tribunal Federal, contra ato normativo estadual que contrariar a Constituição Federal, podendo ser proposta por quaisquer dos legitimados para a ação direta de inconstitucionalidade. 
03) A ação direta de inconstitucionalidade por omissão visa a: 
A) impugnar lei ou ato normativo federal ou estadual em face da Constituição Federal.
B) impugnar ato dos poderes estaduais ou distritais que infrinja princípio constitucional sensível, de maneira a promover a sua declaração de inconstitucionalidade perante o Supremo Tribunal Federal e a requisitar a decretação de intervenção federal ao Presidente da República.
C) adotar medida necessária para tornar efetiva norma constitucional federal. 
D) solucionar controvérsia judicial relevante sobre a aplicação de lei ou ato normativo federal em face da Constituição Federal.
E) evitar ou reparar lesão a preceito fundamental resultante de ato do Poder Público, bem como solucionar controvérsia constitucional a respeito de lei ou ato normativo federal, estadual ou municipal, incluídos os anteriores à Constituição da República.
04) Assinale a alternativa que aponta um tipo de ato ou espécie normativa que, como regra, é passível de controle abstrato de constitucionalidade. Ao final, justifique sua resposta.
A) Regimentos Internos dos Tribunais.
B) Decreto regulamentar não autônomo do Chefe do Executivo. 
C) Súmula vinculante.
D) Normas constitucionais originárias.
E) Resolução que autoriza processo contra o Presidente da República.
05) A Lei nº 123/17 do Estado Ômega, dispôs que os estacionamentos explorados em caráter comercial deveriam cobrar valores proporcionais ao tempo de uso do respectivo espaço, nos termos do regulamento, vedada a cobrança de tarifa única. Com base nesse diploma normativo, foi editado o Decreto nº 45/17, que definiu, de modo proporcional ao tempo de uso, o escalonamento de valores a serem cobrados. Insatisfeito com esse estado de coisas, um legitimado à deflagração do controle concentrado de constitucionalidade perante o Supremo Tribunal Federal procurou você, como advogado(a), e formulou os questionamentos a seguir. 
A) É possível ajuizar a Ação Direta de Inconstitucionalidade apenas para impugnar o Decreto nº 45/17, não a Lei nº 123/17? Justifique. 
B) É possível ajuizar a Ação Direta de Inconstitucionalidade para impugnar a Lei nº 123/17 e o Decreto nº 45/17, que a regulamenta? Justifique.
06) O Supremo Tribunal Federal (STF), em decisão definitiva de mérito proferida em sede de Ação Direta de Inconstitucionalidade, declarou inconstitucional determinada lei do Estado Alfa. Meses após a referida decisão, o Estado Sigma, após regular processo legislativo e sanção do Governador, promulga uma lei estadual com teor idêntico àquele da lei federal que fora declarada inconstitucional pelo STF. Com base no ordenamento jurídico-constitucional vigente, os efeitos da decisão proferida em sede de Ação Direta de Inconstitucionalidade alcançaria a lei do Estado Sigma? Justifique.
07) Clésio, candidato ao cargo de Prefeito do município Capim Santo, ficou surpreso ao saber que o Tribunal Regional Eleitoral competente acabara de deferir o requerimento de registro da candidatura a esse mesmo cargo formulado por Mário. O requerimento fora indeferido em primeira instância sob o argumento de ser incompatível com a Constituição da República, tese objeto de amplo debate em segunda instância e que terminou por ser rechaçada. A razão da surpresa de Clésio decorria do fato de Mário ter sido Prefeito do município referido nas duas legislaturas imediatamente anteriores. Em razão disso, Clésio impugnou o registro da candidatura de Mário, tendo obtido decisão favorável em primeira instância. Contudo, o Tribunal Regional Eleitoral reformou a decisão, sob o fundamento de que seria plenamente legal e constitucional o registro da candidatura de Mário.
Considerando que essa decisão é incompatível com a Constituição da República, será possível impugná-la por meio da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental?
08) A ação direta de inconstitucionalidade por omissão e o mandado de injunção possuem pontos em comum, especialmente no que se refere ao objetivo dessas ações. No entanto, são medidas processuais com relevantes pontos que as distinguem entre si. No espaço abaixo, aponte as diferenças entre elas. 
Respostas 
 D
 C
 C
 A
Justificativas: Os atos normativos, segundo Alexandre de Moraes, podem ser as resoluções administrativasdos tribunais e os atos estatais de conteúdo meramente derrogatório, como as resoluções administrativas, desde que incidam sobre atos de caráter normativo. O autor valendo-se das palavras de Castanheira A. Neves, observa que poderá ser objeto de controle qualquer ''ato revestido de indiscutível caráter normativo", motivo pelo qual incluímos os regimentos internos dos tribunais.
A) Como a Ação Direta de Inconstitucionalidade se destina apenas ao controle de constitucionalidade dos atos normativos, nos termos do Art. 102, inciso I, alínea a, da CRFB/88, e não ao controle de legalidade, não seria possível utilizá-la para impugnar somente o Decreto nº 45/17.  Nesse caso, a ofensa à Constituição é apenas reflexa, não direta.
B) A Lei nº 123/17, por ser ato normativo estadual, pode ser impugnada via Ação Direta de Inconstitucionalidade, nos termos do Art. 102, inciso I, alínea a, da CRFB/88. O Decreto nº 45/17, por sua vez, apesar de encontrar o seu fundamento de validade na lei, pode ter a inconstitucionalidade declarada por arrastamento, o que possibilita a sua inclusão no objeto da ação.
Não, os efeitos da decisão proferida em sede de Ação de Direta de Inconstitucionalidade não alcançaria a lei do Estado Sigma. Isso ocorre por que a decisão na qual declara a inconstitucionalidade da lei do Estado Alfa, proferida pelo STF, apenas vincularia os demais órgãos do pode judiciários e a administração publica indireta e direta, não o poder Legislativo em sua função típica de legislar. Desta maneira, tal decisão não alcançaria a lei do estado Sigma, devendo ser proposta uma nova ADI em relação a ex Lei do Estado Sigma. 
 Neste caso, não será possível impugná-la por meio da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental. Isso por que da decisão do tribunal ainda cabe Recurso Especial. Caso este, em que observando o requisito da subsidiariedade, não se permitirá ADPF quando existir qualquer outro meio possível para que seja sanado a lesividade em questão.
 1- O mandado de injunção é uma ação constitucional de garantia de Direitos, tanto que está previsto no art. 5º, LXXI; enquanto a ação direta de inconstitucionalidade por omissão é uma ação constitucional de garantia da Constituição, uma vez que se encontra estabelecida no art. 103, § 2º.
2- Consequentemente, o mandado de injunção destina-se a tornar imediatamente viável o exercício de direitos fundamentais, ao passo que a ação direta de inconstitucionalidade por omissão presta-se a tornar efetiva uma norma constitucional, independentemente de o enunciado definir um direito ou não. Quanto a essa distinção, percebe-se que a atividade normativa supletiva do Poder Judiciário, no mandado de injunção, é um meio para a garantia de viabilidade e exercício do direito, enquanto na ação direta de inconstitucionalidade por omissão é o próprio fim para a concretização da norma constitucional.
3- No mandado de injunção, a omissão inconstitucional obstaculiza o exercício de um direito fundamental. Isso quer dizer que, sem aquela relação de causalidade entre a omissão do poder público e a impossibilidade do gozo de um direito fundamental, não se admite a ação de injunção. Assim, só se aceita a impetração da injunção se, em decorrência da falta de norma regulamentadora (causa), tornar-se inviável o exercício de algum direito (efeito). Já na ação direta de inconstitucionalidade por omissão, a omissão impede a efetividade de qualquer norma constitucional, quer diga respeito a um direito fundamental ou não. Desse modo, a única relação de causalidade que se exige é entre a omissão do poder público e a não efetividade de qualquer norma constitucional.
4- Em razão da distinção acima, o manejo da ação de injunção não depende de expiração de nenhum prazo para a caracterização da omissão. No mandado de injunção, esta omissão se dará desde o momento em que, desejando alguém exercer um direito, tal não for possível em decorrência da falta de norma regulamentadora. Na ação direta de inconstitucionalidade por omissão, todavia, o decurso de um prazo razoável para caracterização da omissão inconstitucional é fundamental para sua admissibilidade.
5- Na medida em que o mandado de injunção é ação de controle concreto, que instaura uma relação jurídica entre pessoas definidas, os efeitos da decisão judicial limitam-se às partes desta relação processual, ou seja, são inter partes. Na ação direta de inconstitucionalidade por omissão, em face de sua natureza abstrata e objetiva, onde não há partes materiais nem qualquer controvérsia, os efeitos da decisão judicial são erga omnes.
6- A legitimidade ativa no mandado de injunção difunde-se entre toda e qualquer pessoa que titulariza um direito que se pretende exercer. Já na ação direta de inconstitucionalidade por omissão, a legitimidade ativa está reservada exclusivamente aos entes, autoridades e órgãos arrolados, taxativamente, no art. 103, incisos I a IX, da Constituição Federal.
7- No que tange ao mandado de injunção, a competência para processá-lo e julgá-lo é partilhada entre vários órgãos judiciários: Supremo Tribunal Federal (CF, art. 102, I, q e II, a), Superior Tribunal de Justiça (CF, art. 105, I, h), Superior Tribunal Militar, Tribunal Superior Eleitoral e Tribunal Superior do Trabalho (CF, art. 102, II, a), Órgãos da Justiça Militar, da Justiça Eleitoral, da Justiça do Trabalho e da Justiça Federal (CF, art. 105, I, h), Tribunais Regionais Eleitorais (CF, art. 121, § 4º, V), além dos Órgãos da Justiça dos Estados, conforme dispuserem suas Constituições e leis de organização judiciárias. De referência à ação direta de inconstitucionalidade por omissão, a competência é exclusivamente do Supremo Tribunal Federal ou dos Tribunais de Justiça dos Estados (nas omissões contestadas perante as Constituições estaduais).

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