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O princípio da boa fé objetiva nas relações contratuais

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O princípio da boa fé objetiva nas relações contratuais
INTRODUÇÃO
Tratar do conceito de “boa-fé” nos leva a considerações éticas e morais, devido ao caráter aberto de suas diversas e apresentadas definições doutrinárias; em rudimentar e coloquial primeira impressão, a boa-fé se coloca como contraponto da má-fé, ou seja, esta expressão nos remete a atrelá-la aos ideais de confiabilidade.
O princípio da boa-fé aplicado às relações contratuais é exatamente a imposição do uso de um atributo simples de convivência humana: o atributo da honestidade – traduzido, segundo DA SILVA e ADAMS (2015), em “fidelidade, lealdade, cooperação e cuidado entre as partes integrantes do contrato (...)”.
Segundo esse princípio, as partes deverão agir com lealdade e confiança recíprocas, auxiliando-se mutuamente na formação e na execução do contrato, para garantir a segurança das relações jurídicas. Assim, em decorrência da necessidade do equilíbrio contratual na sociedade de consumo, o direito
passa a proteger certas necessidades sociais, entre elas a confiança entre as partes como expectativa de boa-fé entre os contratantes.
DESENVOLVIMENTO
O princípio da boa-fé está previsto no artigo 422 do Código Civil, o qual menciona: “Os contratantes são obrigados guardar, assim na conclusão do contrato, como em sua execução, os princípios de probidade e boa-fé”.
 Maria Helena Diniz discorre :
Segundo esse princípio, na interpretação do contrato, é preciso ater-se mais a intenção do que o sentido literal da linguagem, e, em prol do interesse social de segurança das relações jurídicas, as partes deverão agir com lealdade e confiança recíprocas, auxiliando-se mutuamente na formação e na execução do contrato. Daí está ligado ao principio da probidade [1].
GAGLIANO e PAMPLONA FILHO (2009) afirmam que “a boa-fé é, antes de tudo, uma diretriz principiológica de fundo ético e espectro eficacial jurídico”; e continuam: “a boa-fé se traduz em um princípio de substrato moral, que ganhou contornos e matiz de natureza jurídica cogente”.
Portanto, para melhor tratar do princípio da boa-fé, importa esclarecer que a ‘boa-fé’ pode ser subjetiva ou objetiva.
Boa-fé objetiva significa, portanto, uma atuação ‘refletida’, pensando no outro, no parceiro atual, respeitando seus interesses legítimos, suas expectativas razoáveis, seus direitos, agindo com lealdade, sem abuso, sem obstrução, sem causar lesão ou desvantagem excessiva, gerando para atingir o bom fim das obrigações: o cumprimento do objetivo contratual e a realização de interesses das partes.
Com isso, a mais célebre das cláusulas gerais é exatamente a boa-fé objetiva nos contratos, sendo esta mais útil que deficiente, uma vez que a boa-fé é um fato e uma virtude (que é moral). 
Dessa forma, o novo Código Civil expressa que é necessária a boa-fé objetiva em todas as fases contratuais sob pena de viciar o contrato, uma vez que é um dos princípios sociais norteadores do contrato.
CONCLUSÃO
Pode sentir a real necessidade da presença da boa-fé nos contratos atuais, em virtude da massificação dos contratos, fazendo com que este instituto jurídico possa realmente atingir a sua finalidade, que nada mais é do que a formalização das vontades de ambas as partes contratantes, baseando-se no consensualismo, para que aquilo pactuada possa ter realmente a validade (fazer lei entre as partes).
É lógico que esse acordo deve possuir limites arraigados as suas raízes, na intenção de não sobrepor o interesse maior de todo o Ordenamento Jurídico, que é o bem-estar social em todas as esferas.
REFERENCIAS
GAGLIANO, Pablo Stolze; PAMPLONA FILHO, Rodolfo. Novo curso de direito civil – contratos: teoria geral. 5. ed. São Paulo: Saraiva, vol.IV, tomo 1.
DINIZ, Maria Helena. Curso de direito civil brasileiro. Teria das Obrigações Contratuais e Extracontratuais. 24˚ ed. São Paulo: Saraiva, 2008. v.3.
SILVA, Clóvis do Couto e. O princípio da boa-fé e as condições gerais dos negócios. In: Anais Jurídicos. Curitiba: Juruá, 1988.
 RUBIK, Eduardo Medeiros; COSTA , Karine Viviane de Andrade - ALGUMAS RELAÇÕES ENTRE A SELIC-over E O CDI. 
LEI N o 10.406, DE 10 DE JANEIRO DE 2002 - Acesso ao Planalto 23/10/2019 ás 15:00h

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