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PORTIFÓLIO CICLO 1 E 2

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CLARETIANO CENTRO UNIVERSITÁRIO
PEDAGOGIA (LICENCIATURA)
PORTIFÓLIO CICLO 1 E 2
EDUCAÇÃO DE CRIANÇAS, JOVENS E ADULTOS E PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO
ZULMIRA SILVA GONÇALVES MOREIRA – RA 8068337
GOIÂNIA
2018
Na psicologia da educação existem duas teorias muitos importantes sobre o desenvolvimento humano, o construtivismo de Piaget e o interacionismo de Vygotsky. Piaget e Vygotsky nasceram no mesmo ano (1896), mas em contextos diferentes que o levaram a pensar o desenvolvimento humano sobre diferentes visões. 
A formação inicial de Piaget em biologia o levou a considerar impossível a separação do desenvolvimento orgânico do psicológico da criança, ou seja, o desenvolvimento psíquico infantil é comparável ao crescimento orgânico, evoluindo na direção de uma forma de equilíbrio final. Desta forma a aprendizagem se dá por meio do desenvolvimento mental, através da linguagem, das brincadeiras e da compreensão, em outras palavras um processo que se dá de fora para dentro. Assim, na teoria construtivista a criança é levado a encontrar as respostas a partir de seus próprios conhecimentos e de sua interação com a realidade e com os colegas.
Por sua vez, Vygotsky, por ter nascido na Bielorússia, sofreu influência do marxismo na construção de sua teoria. Para ele o desenvolvimento psíquico se dá por meio da interação social, em que, no mínimo, duas pessoas estão envolvidas ativamente trocando experiência e ideias, gerando novas experiências e conhecimento. Assim, a aprendizagem se dá através da experiência social, mediada pela utilização de instrumento e signos. Um signo, de acordo com a teoria de Vygotsky, é algo que significa alguma coisa, como a linguagem falada e a escrita. Nesse sentido, a aprendizagem é uma experiência social de interação pela linguagem e pela ação. Sendo a interação social a origem e motor da aprendizagem e do desenvolvimento intelectual, se dando de fora para dentro ao contrário da teoria construtivista. 
O desenvolvimento humano, para fins de estudo, pode ser dividido em quatro fases: infância, adolescência, vida adulta e velhice. A fase da infância por sua vez pode ser subdividida em primeira, segunda e terceira infância.
A segunda infância (anos pré-escolares) se dá por volta dos dois anos de idade e termina aos 6 ou 7 anos quando começa o primeiro ano do ensino fundamental. Nessa fase a criança adquire habilidades psicomotoras relacionadas à representação corporal, à lateralidade e à representação espaço-temporal. O desenvolvimento da linguagem oral é muito rápido, iniciando-se com a chamada "fala telegráfica", sem artigos, preposições etc., combinando somente verbo e nome, evoluindo gradativamente até o uso incompleto da voz passiva e das conexões adverbiais. O desenvolvimento cognitivo, segundo a teoria de Piaget, encontra-se na fase pré-operatória, marcada pelo uso de símbolos para representar objetos e acontecimentos. As principais características do pensamento da referida fase são: o egocentrismo, a centração e a aparência tomada como realidade. Fase considerada crucial para a estruturação da personalidade. O autoconceito da criança está em plena elaboração. Começam a compreender as características daqueles com quem convivem, as relações ligadas a eles, experimentam concretamente os papéis sociais por meio dos jogos de fantasia. Apoiam-se em características físicas, externas e concretas, sem perceber outras mais abstratas, concebem as relações interpessoais como impostas pelo poder da autoridade sem discussão da superioridade ou da liderança do outro. Compreende como família todos aqueles que moram juntos, até mesmo os empregados ou os animais. Nessa fase também está presente a formação da consciência moral, das noções de comportamento correto e incorreto.
Embora o direito das crianças pequenas à educação tenha sido contemplado na nossa Lei Maior, garantindo o atendimento em creches e pré-escolas às crianças de zero a cinco anos de idade, na prática este direito não vem sendo efetivado satisfatoriamente, devido ao descaso do poder público e a falta de investimentos. Na cidade de Goiânia, que é a capital do estado de Goiás, existe um déficit de creches e escolas públicas voltadas para crianças dessa faixa etária, sendo que as existentes não comportam o número de crianças de 0 a 5 anos residentes na cidade, tendo os cuidadores que procurar a rede privada, quando sua condição financeira lhe permite. Soma-se a isso a falta de infraestrutura das prédios existentes, não estando preparados para receber adequadamente às crianças, funcionando muitas vezes no improviso e precariedade, a falta de funcionários para trabalharem nas instituições, desde pedagogos até funcionários administrativos, a baixa qualificação dos profissionais aprovados nos concursos públicos e contratados, baixos salários entre outros fatores. Por tais motivos, somada às políticas de atenção à infância, que carregaram uma visão assistencialista, infelizmente, nas creches e pré-escolas tem prevalecido tão visão.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília, DF. Senado Federal.
ANDRADE, L. B. P.; Souza T. N. Fundamentos da Educação Infantil. Batatais: Claretiano, 2013.
CAMPOS, J. A. P. P.; BACARJI, K. M. G. D’AVILA; SOUZA, T. N.; PARREIRA, V. L. C. Psicologia da Educação. Batatais: Claretiano, 2013.

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