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PERFURO CORTANTE

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ACIDENTES PERFUROCORTANTES 
Pérfuro-cortantes 
O que são Pérfuro-cortantes? 
 Todo material que possa provocar cortes ou 
perfurações. 
Causas dos Acidentes de Trabalho 
 
 
 Ato inseguro 
 
 Condição insegura do ambiente 
 
 Fator pessoal de insegurança 
EPIDEMIOLOGIA 
• 600.000 a 800.000 ACIDENTES POR ANO - USA 
• METADE DESSES ACIDENTES NÃO SÃO COMUNICADOS 
• ACIDENTES COMUNICADOS ENVOLVEM EQUIPE ENFERMAGEM 
• 30 ACIDENTES COM AGULHA PARA CADA 100 LEITOS POR ANO 
• AGULHAS - PRINCIPAIS CAUSAS DE ACIDENTES PERCUTÂNEOS 
NIOSH - NATIONAL INSTITUTE FOR OCCUPATIONAL SAFETY AND HEALTH /CDC -Alert Preventing 
Needlestick Injuries in Health Care Settings - Publication No. 2000 - 108, November 1999. 
BRASIL ??? 
Introdução 
• As exposições ocupacionais a materiais biológicos 
(MB) potencialmente contaminados continuam 
representando um sério risco aos profissionais da 
área da saúde (PÁS), no seu local de trabalho. Apesar 
de muitos estudos desenvolvidos nesta área, os 
acidentes envolvendo sangue e outros fluidos 
orgânicos correspondem às exposições mais 
freqüentemente relatadas. 
• Os ferimentos com agulhas e materiais 
perfurocortantes, em geral, são considerados 
extremamente perigosos por serem 
potencialmente capazes de transmitir mais de 
vinte tipos de patógenos diferentes, sendo os 
vírus da Imudodeficiência Humana (HIV), da 
Hepatite B e da Hepatite C os agentes infecciosos 
mais comumente envolvidos 
• Evitar a exposição ocupacional é o principal caminho pra 
prevenir a transmissão dos vírus das Hepatites B e C e o 
do HIV. Entretanto a imunização contra a Hepatite B e o 
atendimento adequado pós-exposição são componentes 
integrais para um programa completo de prevenção 
destas infecções e elementos importantes para a 
segurança do trabalho 
14/08/2019 9 
Hepatites virais e AIDS 
• São os agentes mais importantes das infecções causadas por lesão 
por perfurocortantes 
• longos períodos sem sinais ou sintomas clínicos 
14/08/2019 10 
RISCO DE TRANSMISSÃO 
• Quando um trabalhador de saúde sofre uma lesão por 
perfurocortante contaminado, existe o risco de transmissão de: 
• Hepatite B: 1 a cada 3 exposições 
• existe vacina! 
• Hepatite C: 1 a cada 30 exposições 
• AIDS: 1 a cada 300 exposições 
ACIDENTES DO TRABALHO 
• As atividades de atenção à saúde com cuidados 
diretos à pacientes e manuseio de material destes 
pacientes não previamente esterilizados, traz uma 
carga de risco de acidentes muito grande para o 
trabalhador. O principal e mais evidente, é o risco 
de acidentes com materiais perfurocortantes 
(PFC´s): agulhas, gelcos, lâminas, ganchos, 
tesouras, etc. 
SETORES DE MAIOR INCIDÊNCIA 
• Serviço de enfermagem, Laboratórios de Anatomia e 
Patologia, Lavanderia, Serviço de limpeza, Banco de 
Sangue, Coleta de Sangue, entre outros. Por 
manterem contato direto habitual e permanente com 
material biológico na execução das atividades diárias. 
COMO OCORRE 
 A EXPOSIÇÃO 
• Preparação, 
• Administração, 
• Descarte, 
• Transporte, 
• Limpeza , 
• Manuseio de excretas, 
• Manipulação de fluidos, 
• Separação e transporte de lixo 
A exposição mais severa poderá 
ocorrer durante os seguintes 
procedimentos: 
ACIDENTES COM MATERIAL BIOLÓGICO 
• 1. Acidentes com instrumentos perfurocortantes (agulhas, Lâminas 
de bisturi, etc.) visivelmente ou potencialmente contaminados. 
 
• 2. Acidente com sangue e seus derivados ou fluídos corporais, que 
tenham contato com a pele integra ou em solução de continuidade 
da pele, ou com a mucosa do acidentado. 
Riscos Biológicos em Serviços de Saúde 
Relação entre vias de contaminação e doenças 
• Via aérea: tuberculose, varicela, rubéola, sarampo, 
influenza, viroses respiratórias, doença 
meningocócica 
• Exposição ao sangue e fluidos orgânicos: HIV, 
hepatites B e C, raiva 
• Transmissão fecal-oral: hepatite A, poliomielite, 
gastroenterite, cólera 
• Contato com o paciente: escabiose, pediculose, 
colonização por stafilococos 
 
Meios de contaminação: 
• Contato direto com material biológico, contato 
indireto através de Perfurocortantes ou ainda pelo 
contato com o ambiente contaminado (bacilo da 
Tuberculose). 
Causas mais freqüentes : 
• a pressa, que tira a atenção e leva os profissionais a cometerem 
erros graves como o descarte inadequado; 
• o esquecimento de perfurocortantes em locais impróprios como 
macas ou balcões; 
• utilização errada dos coletores, 
• reencape de agulhas, 
• derrubada de agulhas no chão, 
• quebra de ampolas sem proteção para as mãos, 
Causas mais freqüentes : 
• a falta de equipamentos adequados, 
• iluminação deficiente nos ambientes de trabalho, 
• pacientes agressivos ou descontrolados, 
• falta de funcionários causando sobrecarga de 
serviço, 
14/08/2019 38 
Acidentes com perfurocortantes 
• EUA: cerca de 1.000 exposições percutâneas (parenterais) a 
material biológico por dia em hospitais 
• Europa: cerca de 1 milhão de ferimentos por agulhas por ano 
• Números reais difíceis de estimar 
• evolução silenciosa e demorada das doenças, dificultando o nexo causal 
• trabalhador da saúde não reconhece o trabalho como possível agente 
causal de agravos a sua saúde 
• várias dificuldades para relatar e registrar acidentes 
Trabalhos estatísticos 
ACIDENTES MAIS FREQUENTES NA ÁREA DA SAÚDE 
• entre Agosto/1998 e Agosto1999, ocorreram 2.196 acidentes, 
• entre uma população de 17.046 trabalhadores, 
• em 14 entidades paulistas do setor de assistência à saúde, 
• Deste total de acidentes 38% representou os acidentes com PFC´s. 
 
DIAS PERDIDOS : 5.590 
FONTE : COMISSÃO DE EPIDEMIOLOGIA HOSPITALAR - HOSPITAL SÃO PAULO - UNIFESP - JUNHO 2001 
ACIDENTES COM MATERIAL BIOLÓGICO HOSPITAL SÃO PAULO - JAN 1994 A JUN 2000 n= 1767 
CARACTERÍSTICAS Nº (%) 
SEXO 
FEMININO 1263 71,5
MASCULINO 504 28,5
ATIVIDADE
ENFERMAGEM 779 44,1
MÉDICOS 140 7,9
RESIDENTES (MEDICINA E ENFERMAGEM) 320 18,1
ALUNOS 161 9,1
LIMPEZA 236 13,4
LABORATÓRIO 64 3,6
OUTROS 43 2,4
IGNORADOS 17 1,0
LOCAL
PRONTO-SOCORRO 259 14,7
UNIDADES CLÍNICAS 529 29,9
UNIDADES CIRÚRGICAS 317 17,9
UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA 164 9,3
CENTRO CIRÚRGICO 132 7,5
OUTROS 226 12,8
DESCONHECIDOS 133 7,5
CARACTERÍSTICAS Nº (%) 
DISPOSITIVO
AGULHA 1238 70,1
LÂMINA 133 7,5
OUTROS 292 16,5
IGNORADO 97 5,5
MOMENTO DO ACIDENTE
SELF-INDUCED 655 37,1
MOVIMENTO DO PACIENTE 124 7,0
MOVIMENTO DE COLEGA 106 6,0
REENCAPE 184 10,4
DESCARTE INADEQUADO 433 24,5
USO DE EPI
SIM 932 52,7
NÃO 706 40,0
FLUIDO BIOLÓGICO
SANGUE 1319 74,6
OUTROS 186 10,5
DESCONHECIDO 255 14,4
14/08/2019 42 
Custos dos ATs e seus efeitos 
• Para a sociedade: perda de profissionais 
especializados (e caros) em um setor de grande 
importância social e aumento dos gastos com 
benefícios previdenciários e tratamento dos 
trabalhadores acidentados 
• Para os trabalhadores da saúde: aquisição de doença 
grave, diminuindo sua expectativa e qualidade de vida 
e com prejuízos também à sua família (questões 
afetivas e financeiras) 
ALGUNS EXEMPLOS 
ESTATÍSTICOS 
14/08/2019 47 
Perfurocortantes envolvidos 
14/08/2019 48 
Risco de AT por perfurocortante 
Outros resultados 
• dos 398 acidentes ocupacionais notificados oficialmente, 125 (30 a 
40%) foram perfurocortantes e 89 (71,20%) ocorreram entre 
trabalhadores de enfermagem e, na maioria dos casos, no período 
diurno (79,53%). Os maiores causadores de acidentes foram as agulhas 
(47,24%). As situações mais freqüentes de ocorrência se deram quando 
da administração de medicamentos (25,78%). 
• Concluiu-se que os trabalhadores de enfermagem foramos mais 
atingidos pelos acidentes ocupacionais envolvendo material 
perfurocortante. 
FORMAS DE PREVENÇÃO. 
USO DE EPI´S 
FORMAS DE PREVENÇÃO. USO DE EPI´S 
¨ Conscientização do 
Profissional quanto a sua 
segurança e ao risco que está 
exposto; 
 
¨ Utilização de EPI’s aplicáveis a 
cada função e atividade; 
 
• ¨ Realização de exames 
médicos específicos 
(periódico) para cada tipo de 
atividade e exposição; 
 
• ¨ Fixação do Mapa de Risco 
em todos as áreas, 
informando ao funcionário os 
riscos a que está exposto: 
 
FORMAS DE PREVENÇÃO. USO DE EPI´S 
FORMAS DE PREVENÇÃO. 
 USO DE EPI´S 
• Reciclagem periódica para 
os profissionais; 
• Conhecimento das técnicas 
de trabalho; 
• Conhecimento dos limites 
técnicos e do ambiente; 
 
FORMAS DE PREVENÇÃO. 
 USO DE EPI´S 
• Manutenção correta de material e 
equipamento. 
• Adoção de Vacinas contra Hepatite, 
Tétano, etc. 
• Modernização de equipamentos; 
• Melhoria da condições de trabalho; 
Outras orientações 
• a) Máxima atenção durante a realização dos 
procedimentos; 
 
• b) Jamais utilizar os dedos como anteparo durante a 
realização de procedimentos que envolvam 
materiais perfurocortantes; 
 
Outras orientações 
• c) As agulhas não devem ser reencapadas, 
entortadas, quebradas ou retiradas da seringa 
com as mãos; 
 
• d) Não utilizar agulhas para fixar papéis; 
Outras orientações 
• e) Todo material perfuro-cortante (agulhas, 
seringas, scalp, laminas de bisturi, vidrarias, 
entre outros), mesmo que esterilizados, 
devem ser desprezados em recipientes 
resistentes à perfuração e com tampa; 
 
Outras orientações 
• f) Os recipientes específicos para descarte 
de materiais não devem ser preenchidos 
acima do limite de 2/3 de sua capacidade 
total e devem ser colocados sempre 
próximos do local onde é realizado o 
procedimento 
DE QUEM E RESPONSABILIDADE ? 
 
¨ Empresa 
¨ Profissional 
¨ Chefias diretas 
¨ CIPAS 
¨ Sindicatos 
INFORMAÇÃO A IMEDIATA DA EXPOSIÇÃO 
• Dentre as formas de prevenção, está a 
comunicação de exposição a material biológico 
de forma imediata, para dar tempo de serem 
tomadas medidas de ação preventiva contra a 
contaminação por HIV ou Hepatite, que será 
determinado pelo Médico do Trabalho ou 
Médico Infectologista. 
 
Aquisição ocupacional acidental de HIV 
• OMS 
• 103 casos documentados de soroconversão 
• 219 casos prováveis 
 
• EUA 
• 56 casos documentados 
• 49 relacionados a exposição a sangue 
• 46 relacionados a acidentes pérfuro-cortantes 
• 22 enfermeiros, 16 técnicos de coleta, 6 médicos 
 
 
• Soroconversão entre 2 e 6 semanas após acidente 
 
• MMWR 2001;50 (RR-11) 
• Ministério da Saúde; 2004 
LEGISLAÇÃO 
• Para situações semelhantes, o acidentado deve 
comunicar à sua chefia direta ou à Medicina do 
Trabalho, relatando detalhadamente o ocorrido 
(Relatório de Acidentes). 
• E os infectantes não perfurocortantes? Segundo 
a mesma Resolução, são os materiais que 
contenham sangue ou fluidos corpóreos. No 
caso das farmácias e drogarias são os algodões 
com sangue. 
MEDIDAS LOCAIS 
• Devem ser aplicadas imediatamente após todos os 
acidentes com material biológico: 
1. Contato em pele integra: Lavar a região atingida com 
água e sabão e aplicar álcool etílico a 70% ou povidine. 
2. Contato com mucosa: Lavar a parte atingida com água 
corrente ou solução fisiológica. 
3. Perfurocortantes: Promover o sangramento 
pressionando a área vizinha, lavar com água e sabão, 
aplicar álcool etílico a 70% ou povidine. 
- O que fazer após a exposição acidental a 
material biológico? 
Recomendações CDC-2001 e MS-2004 
Material = sangue, 
 fluidos com sangue 
ou fluidos de risco 
Sim 
Exposição de mucosa 
ou pele lesada 
Volume 
Pequeno 
(poucas gotas, 
curta duração) 
CE 1 
Grande 
(muitas gotas e/ou 
 longa duração) 
CE 2 
Exposição * 
de pele íntegra 
Sem PPE 
Exposição 
percutânea 
Gravidade 
Menos grave 
(agulha sólida, 
arranhão) 
CE 2 
Mais grave 
(agulha oca, 
profundo, sg visível, 
proc vascular) 
CE 3 
Não 
Sem PPE 
Determinar a Categoria de Exposição 
Recomendações CDC-2001 e MS-2004 
Fonte de exposição 
HIV negativo 
Sem PPE 
HIV positivo 
Exposição a títulos baixos 
baixos (assintomático, 
CD4 alto) 
 HIV SC 1 
Exposição a títulos altos 
(AIDS avançado, HIV 
agudo, CV crescente, 
CD4 baixo) 
HIV SC 2 
Status ou fonte 
desconhecida 
HIV SC 
desconhecida 
Determinar a Categoria de Status - HIV 
INDICAÇÕES DE ANTI-RETROVIRAIS 
AVALIAÇÃO DE QUIMIOPROFILAXIA (QP) PARA O HIV 
MATERIAL BIOLÓGICO DE RISCO? SOROLOGIA ANTI-HIV CONHECIDA ? 
SIM NÃO 
HIV 
NEGATIVO 
HIV 
POSITIVO 
PACIENTE - FONTE 
COM SOROLOGIA 
DESCONHECIDA 
PACIENTE -FONTE 
DECONHECIDO 
(LIXO,ETC) 
TIPO DE EXPOSIÇÃO 
QP 
DESNECESSÁRIA 
VOLUME DE 
MATERIAL BIOLÓGICO 
MUCOSA OU 
PELE NÃO ÍNTEGRA 
GRAVIDADE 
PERCUTÂNEA 
PELE 
ÍNTEGRA 
HIV DESCONHECIDO 
ALTA CARGA VIRAL 
BAIXA CARGA 
VIRAL 
C 
1 2 3 
A B 
QP 
DESNECESSÁRIA 
1 + A OU 1 + C QP NÃO RECOMENDADA 
1 + B OU 2 + C OU 3 + C CONSIDERAR QP BÁSICA 
2 + A RECOMENDAR QP BÁSICA 
RECOMENDAR QP EXPANDIDA 2 + B OU 3 + A OU 3 + B 
PEQUENO GRANDE 
PEQUENO 
RISCO 
GRANDE RISCO 
 QUIMIOPROFILAXIA BÁSICA = AZT + 3TC 
Indicada em exposições com risco conhecido de transmissão 
 
 
 QUIMIOPROFILAXIA EXPANDIDA = AZT + 3TC + IP (IDV ou NFV) 
Indicada em exposições com risco elevado de transmissão pelo HIV 
 
 
• Quimioprofilaxia = potencial de toxicidade, então: 
não é indicada em exposições com risco desprezível de transmissão 
e o esquema expandido não é recomendado para todos os tipos de 
exposição 
QUIMIOPROFILAXIA PARA HIV 
 
 
MEDICAMENTOS USADOS NA PROFILAXIA APÓS 
EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL 
AZT cap. 100 mg - 2 cap., 8/8h ou 3 cap., 12/12h 
 
eventos adversos: anemia, neutropenia, leucopenia, plaquetopenia, 
náuseas,vômitos, astenia, cefaléia, miopatia, pigmentação ungueal 
e de mucosas 
 
3TC comp. 150mg - 2 comp., 12/12h 
 
eventos adversos: pancreatite, diarréia, dor abdominal, anemia, 
neutropenia 
 
MEDICAMENTOS UTILIZADOS NA PROFILAXIA APÓS EXPOSIÇÃO 
OCUPACIONAL 
IDV cap. 400mg - 2 cap., 8/8h (com ingestão de líquidos > 1,5litros/dia) 
 
eventos adversos: nefrolitíase, hematúria, cefaléia, insônia, náuseas, 
vômitos, astenia, fadiga, dist.do paladar, pele e boca secas, 
dor abdominal, plaquetopenia, hiperbilirrubinemia indireta assintomática, 
hipercolesterolemia, aumento de TGL, hiperglicemia e diabetes 
 
NFV comp. 250mg - 3 comp., 8/8h 
 
eventos adversos: diarréia, exantema, flatulência, náuseas, dor muscular, fraqueza, aumento de 
TGL, hipercolesterolemia, hiperglicemia e diabetes 
1- Cuidados locais com a área exposta devem ser 
iniciados imediatamente após o acidente. Recomenda-
se lavar exaustivamente o local com água e sabão, em 
casos de exposição percutânea. Não há evidencias 
reais da vantagem em se usar soluções anti-sépticas 
(PVP – Iodo ou Clorexidina) em substituição ao sabão. 
Em casos de exposições de mucosas, a lavagem deve 
ser feita com água ou solução fisiológica. Não utilizar 
éter, hipoclorito ou glutaraldeido, pois podem causar 
irritação local e aumentar ou mascarar a área exposta. 
Não efetuar cortes ou injeções locais; 
• 2- Sendo um acidente no local de trabalho, recomenda-se 
procurar o Setor de Recursos Humanos ou Departamento de 
Pessoal para que seja feito o encaminhamento ao serviço de 
medicina do trabalho. Geralmente este encaminhamento é feito 
para serviçospúblicos credenciados para este tipo de 
atendimento através do preenchimento, pela empresa, do 
formulário chamado CAT (Comunicação de Acidente de 
Trabalho). A legislação atual determina que a comunicação pelas 
empresas privadas seja feita em no máximo 24 horas após o 
acidente. Nos serviços públicos, o prazo é de até 10 dias. Para os 
profissionais autônomos, recomenda-se contato direto com um 
médico do trabalho, o qual poderá orientar diretamente quais as 
medidas necessárias. O tempo decorrido entre o acidente e o 
encaminhamento deve ser o menor possível, para que a 
avaliação médica e a profilaxia sejam iniciadas imediatamente; 
• 3- É ideal que o laboratório proceda imediatamente a testes 
sorológicos do paciente e do acidentado. Os testes rápidos (tipo 
“pack” ou “sabonete”) são os mais recomendados, dados a 
necessidade de se estabelecer o status da sorologia de ambos 
para o HIV e as Hepatites B e C, o qual determinará as medidas 
profiláticas necessárias. Testes mais detalhados devem ser 
realizados concomitantemente para se determinar com maior 
fidelidade à situação sorológica, mesmo para outras patologias. 
Infelizmente, nem sempre há tempo ou condições para que os 
exames sejam realizados no intervalo de uma a duas horas após 
o acidente. Nestes casos, quando existe o risco de se ultrapassar 
o tempo limite para inicio da profilaxia, o médico costuma adotar 
as condutas considerando-se o paciente-fonte como provável 
soro-positivo para as doenças de risco 
• 4- A quimioprofilaxia para o HIV costuma ser empregada 
baseando-se na avaliação médica criteriosa do risco de 
transmissão em função do tipo de acidente, da condição 
sorológica do paciente-fonte, do volume e tipo de material 
biológico envolvido. Quando indicado o uso profilático dos anti-
retrovirais, a quimioprofilaxia deverá ser iniciada o mais rápido 
possível, dentro de uma a duas horas após o acidente. Estudos 
com animais demonstraram ineficácia se o tratamento for 
iniciado de 24 a 36 horas após a exposição. Geralmente é 
empregada uma combinação de AZT e Lamivudina (3TC), estando 
disponíveis outras combinações e esquemas alternativos quando 
necessário. O tratamento costuma ser empregado por um 
período de quatro semanas, existindo efeitos colaterais 
geralmente leves e transitórios controlados com outros 
medicamentos; 
• 5- A profilaxia para a Hepatite B geralmente emprega 
Gamaglobulina Hiperimune (HBIG), aplicada via intramuscular, 
sendo mais eficiente se empregada dentro de 24 a 48 horas após 
o acidente. O status sorológico do paciente-fonte e do próprio 
profissional vão determinar a necessidade de sua utilização. Caso 
o profissional tenha sido vacinado anteriormente e tenha uma 
resposta imune vacinal conhecidamente adequada, geralmente 
não é aplicada a HBIG, mesmo que o paciente-fonte tenha HbsAg 
positivo. Caso o profissional acidentado não seja vacinado ou 
tenha resposta imune vacinal inadequada, o HBIG é empregado, 
principalmente se o paciente fonte tenha HbsAg positivo ou 
desconhecido 
• 6- Quanto à Hepatite C não existe nenhuma medida 
especifica que reduza o risco de transmissão viral 
após exposição ocupacional. Portanto, é apenas por 
meio da prevenção que tem-se como combater esta 
patologia. Após um acidente, o acompanhamento 
futuro do profissional soro-negativo par Hepatite C, 
anteriormente à sua exposição, é importante para 
caracterizar-se o acidente de trabalho e entrar com 
medicamentos o mais precocemente possível 
- Acompanhamento do 
profissional acidentado: 
 
• período de 6 meses, se material fonte- infectado ou com pacientes-
fonte desconhecido 
 
• se paciente-fonte HIV negativo, somente se houver risco de janela 
imunológica 
 
• rastreamento de síndrome “mono-like” (80% dos profissionais que 
soroconvertem) 
 
• rastreamento de sinais de intolerância medicamentosa, inclusive 
com exames laboratoriais 
 
• efeitos colaterais são geralmente leves e transitórios e os mais 
graves se resolvem com a suspensão das medicações 
ACOMPANHAMENTO DO PROFISSIONAL 
• acompanhamento sorológico: no momento do acidente, 6 e 12 
semanas e 6 meses após o mesmo 
 
• período de 12 meses, se sintomas de infecção aguda pelo HIV 
ou passado sugestivo de deficiência de resposta imune ou 
exposição simultânea ao HCV 
 
• orientação quanto às medidas de prevenção durante o 
acompanhamento (preservativos; contra-indicados doação de 
sangue/órgãos, gravidez e aleitamento materno) 
ACOMPANHAMENTO DO PROFISSIONAL 
MEDIDAS ESPECÍFICAS DE QUIMIOPROFILAXIA PARA HEPATITE B 
Vacina (preferencialmente como prevenção) 
Gamaglobulina Hiperimune (maior eficácia se recebida dentro de 24 a 48h) 
Profissional de Saúde 
exposto: 
Paciente-fonte: 
HBsAg positivo 
HBsAg negativo HBsAG desconhecido 
Ou não testado ## 
Não Vacinado HBIG
*
 + iniciar vacinação Iniciar vacinação Iniciar vacinação 
Previamente vacinado 
 Com resposta vacinal 
conhecida e 
adequada
1
 
 Sem resposta vacinal 
 Resposta vacinal 
desconhecida 
Nenhuma medida 
específica 
HBIG* + 1 dose da vacina 
contra hepatite B 
2 
ou 
HBIG (2x) 
3 
Testar o profissional de 
saúde: 
Se resposta vacinal 
adequada: nenhuma 
medida específica 
Se resposta vacinal 
inadequada: HBIG* + 1 
dose da vacina contra 
hepatite B 
2 
ou HBIG* (2x) 
3
 
Nenhuma medida 
específica 
Nenhuma medida 
específica 
Nenhuma medida 
específica 
Nenhuma medida 
específica 
Se fonte de alto risco
4
, 
tratar como se fonte 
HBsAg positivo 
Testar o profissional de 
saúde: 
Se resposta vacinal 
adequada = nenhuma 
medida específica 
Se resposta vacinal 
inadequada: aplicar 1 
dose da vacina contra 
hepatite B 
2 
ou HBIG* (2x) 
3
 
 
MANUAL DE CONDUTAS EM EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL A MATERIAL BIOLÓGICO - MINISTÉRIO DA SAÚDE - 13/06/01 
http: www.aids.gov.br/assistencia/manual_exposicao_ocupa.html 
A única medida eficaz é a prevenção da ocorrência do acidente! 
 
• A investigação do paciente-fonte e o acompanhamento sorológico do profissional de saúde 
é importante para a caracterização de uma doença ocupacional 
 
 
• Se paciente-fonte desconhecido, realizar sorologia do profissional (anti-HCV) no momento e 
6 meses após o acidente 
 
 
• dosagem de TGO/TGP no momento, 6 semanas e 6 meses após o acidente 
 
 
• Se paciente-fonte HCV positivo, oferecer PCR em serviços de referência para diagnóstico 
precoce do profissional 
MEDIDAS ESPECÍFICAS PARA HEPATITE C 
 
 Privada - comunicação até 24h, através do CAT 
 
 
 Pública - comunicação até 10 dias (RJU, lei nº 8112/90, arts. 211-4) 
 
 
 Serviços Estaduais e Municipais - regimes jurídicos específicos 
 
 
• Quimioprofiláticos, vacina Hep.B e HBIG devem ser disponibilizados 
pelos locais de trabalho, públicos ou privados (estes, sob suas expensas) 
ORIENTAÇÕES GERAIS QUANTO À LEGISLAÇÃO 
 
 O IMPACTO EMOCIONAL DE UM ACIDENTE COM 
AGULHA PODE SER FORTE E DURADOURO, MESMO 
QUANDO NÃO HÁ CONTAMINAÇÃO DO 
PROFISSIONAL DE SAÚDE 
O DESCONHECIMENTO DA SOROLOGIA DO PACIENTE- 
FONTE ACENTUA AINDA MAIS O ESTRESSE DO 
PROFISSIONAL ACIDENTADO, DA SUA FAMÍLIA E 
DOS SEUS COLEGAS DE TRABALHO 
FATOR EMOCIONAL 
NIOSH - NATIONAL INSTITUTE FOR OCCUPATIONAL SAFETY AND HEALTH /CDC -Alert Preventing Needlestick Injuries in Health Care Settings - Publication No. 2000 - 
108, November 1999. 
• Após um acidente ocupacional com material 
infectado ou proveniente de paciente-fonte 
desconhecido, o profissional de saúde deverá ser 
acompanhado por um período de seis a doze 
meses, pelo menos. Caso o paciente-fonte seja 
comprovadamente soro-negativo, para as doenças 
de risco, é indicado um acompanhamento de três a 
seis meses, para cobrir-se a possibilidade deo 
paciente-fonte estar no período de janela 
imunológica. 
• É ideal a avaliação clínica periódica nos dois primeiros 
meses, com o objetivo de detectar sinais e sintomas 
de infecção aguda pelo HIV, que usualmente ocorrem 
de três a quatro semanas após a exposição em 80% 
dos pacientes. A avaliação clinica associada a exames 
laboratoriais, permitem também a observação de 
efeitos adversos à quimioprofilaxia para o HIV, se 
esta houver sido empregada. 
• A sorologia para HIV deve ser realizada no momento 
do acidente e repetido após 6 a 12 semanas e após 6 
meses. Caso tenham existido sintomas de possível 
infecção aguda pelo HIV nos primeiros 6 meses, 
história clinica prévia de deficiência imunológica ou 
exposição simultânea ao vírus da Hepatite C, o 
acompanhamento clinico e sorológico devem ser 
ainda mais rigorosos 
• Para a Hepatite B, caso o profissional apresente 
imunidade vacinal anterior ao acidente, não há 
necesidade de acompanhamento sorológico. Caso 
contrario, determinar HbsAg e Anti-Hbc após seis 
meses se o paciente-fonte for HbsAg positivo ou 
desconhecido. Caso tenha sido empregada a profilaxia 
com HBIG, determinar também o Anti-Hbs após 12 
meses 
• Para a Hepatite C, caso o paciente-fonte tenha Anti-HCV 
positivo ou desconhecido, o profissional acidentado 
necessita realizar o anti-HCV no momento do acidente e 
após seis meses. É ideal o acompanhamento com 
dosagens de TGP no momento, seis semanas e seis 
meses após o acidente, a fim de auxiliar o diagnostico 
precoce de soroconversão (algumas vezes a TGP se eleva 
e o Anti-HCV continua dando resultados falso-negativos 
por um certo período). Se disponível, realizar também 
técnicas de Biologia Molecular (PCR) para detecção 
precoce da soroconversão, caso o paciente-fonte seja 
soro-positivo para Hepatite C. 
• Como existe o risco de transmissão destas patologias 
por via sexual, os profissionais acidentados devem ser 
orientados para utilizar-se de meios preventivos que 
evitem uma possível contaminação de seus parceiros. 
O uso de camisinhas é aplicável nas relações sexuais, 
principalmente durante o período onde não se possa 
descartar completamente a chance de aquisição da 
AIDS e das Hepatites após o acidente 
DIRETRIZES NO USO DE 
PERFUROCORTANTES 
14/08/2019 130 
Diretrizes no uso de perfurocortantes 
• Envolvimento da gestão nos programas de segurança 
• Garantir boa posição e reconhecimento para os responsáveis pelos 
programas 
• Bons programas de capacitação em segurança e de comunicação 
em segurança 
• Boa organização e ordenação das tarefas e atividades 
• Ênfase em reconhecer e premiar o desempenho individual seguro 
ao invés de só empregar medidas punitivas 
• Participação do trabalhador no planejamento do programa 
• influência das opiniões e crenças dos colegas 
• situar as práticas no contexto específico 
• Hierarquia de controles 14/08/2019 131 
Diretrizes no uso de perfurocortantes 
• Identificar as circunstâncias, categorias e materiais 
implicados nos ATs 
• Identificar os padrões de ocorrência e tendências 
• Comparar os dados entre instituições 
• Definir critérios de seleção e avaliação de perfurocortantes 
com dispositivos de segurança 
• Substituir perfurocortantes convencionais por modelos 
com dispositivos 
• realizar a capacitação 
• avaliar a eficácia da substituição 
14/08/2019 132 
Diretrizes no uso de perfurocortantes 
• Ambiente de trabalho 
• Materiais acessíveis, em quantidade suficiente, bem distribuídos e 
sinalizados: EPIs, recipientes para descarte 
• Instalações favoráveis ao uso seguro de perfurocortantes: 
circulação, disposição de móveis, iluminação 
• Organização do trabalho: aspectos psicossociais e clima de 
trabalho 
• Tempo 
• Divisão adequada das tarefas 
• Melhoria no trabalho em equipe 
14/08/2019 133 
Diretrizes no uso de perfurocortantes 
• Capacitar nas precauções padrão de forma inicial e continuada 
• Estimular e exigir a completa adesão a elas 
• monitorar a adesão às precauções padrão 
• divulgar resultados da eficácia da adoção das medidas 
• Estimular a adesão à vacinação contra hepatite B 
• Estimular e exigir que comuniquem todo e qualquer AT 
• divulgar os resultados do monitoramento dos ATs 
• Realizar a vigilância de saúde e estimular que prossigam no 
tratamento pós-exposição 
• Exigir o uso adequado de calçados fechados, EPIs, dispositivos de 
segurança (quando presentes) 
ACIDENTE DE TRABALHO? 
 
 
São os acidentes ocorridos dentro da Empresa ou a seu 
serviço, em horário normal de trabalho, ou horário 
extraordinário, na execução das tarefas atinentes ao 
cargo, causados por terceiros, ou força maior 
(natureza). 
Definição legal: 
Lei 6.367 de 19 de Outubro de 1976 
• Art. 2º Acidentes do Trabalho é aquele que ocorre pelo exercício do trabalho a 
serviço da empresa, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que 
cause a morte ou perda, ou redução, permanente ou temporária , da 
capacidade de trabalho. 
a) Equiparam-se ao acidente do trabalho, para fins desta lei: 
I- A doença profissional ou do trabalho assim entendida a inerente ou peculiar 
a determinado ramo de atividade e constante de relação organizada pelo 
Ministério da Previdência e Assistência Social (MPAS).... 
II- O acidente que, ligado ao trabalho embora não tenha sido causa única , haja 
contribuído diretamente para a morte, ou a perda , ou redução da capacidade 
para o trabalho 
Definição legal: 
Lei 6.367 de 19 de Outubro de 1976 
• III- O acidente sofrido pelo empregado no local e no horário do trabalho, em conseqüência 
de: 
a) ato de sabotagem ou de terrorismo praticado por terceiro, inclusive companheiro de 
trabalho; 
b) ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por motivo de disputa relacionada com o 
trabalho; 
c) ato de imprudência, de negligencia ou imperícia de terceiro, inclusive companheiro de 
trabalho; 
d) ato de pessoa privada do uso da razão; 
e) desabamento, inundação ou incêndio; 
f) outros casos fortuitos ou decorrentes de força maior, 
IV- a doença proveniente de contaminação acidental de pessoal de área médica, no exercício 
de sua atividade. 
V- o acidente sofrido pelo empregado ainda que fora do local e horário de trabalho: 
... d) no percurso de sua residência para o trabalho ou deste para aquela. 
ACIDENTES DE TRAJETO: 
• São os acidentes ocorridos no deslocamento do funcionário, dentro do itinerário 
habitual, de sua Residência para Empresa e vice-versa, desde que não interrompido por 
motivo alheio ao trabalho. 
 
Obs: Para caraterização do acidente de trajeto e importante a apresentação de B.O. 
(Boletim de Ocorrência Policial) ou B.A. (Boletim de Atendimento Médico) no prazo de 
24 horas (dias úteis) do ocorrido, ou ainda a apresentação de duas (02) testemunhas 
(não parentes) constando Nº de RG e endereço completo para confirmação do INSS. 
Caso o funcionário não puder comparecer, deverá enviar o B.O. ou B.A. por intermédio 
de outra pessoa, preferencialmente familiar, a fim de caracterizar o acidente dentro do 
prazo legal. 
1. COMO PROCEDER 
• FUNCIONÁRIO: Todos os caso de Acidente do Trabalho devem ser 
comunicados imediatamente a empresa. 
O funcionário acidentado não deverá ausentar da empresa, sem 
registar e quando for o caso, sem receber o atendimento no dia do 
acidente, caso contrário, poderá ser descaracterizado como 
acidente de trabalho, perdendo dessa forma os direitos 
assegurados na CAT. 
• Em qualquer situação de acidentes perdem, a empresa com indenizações, 
contratação de novos funcionários, etc., o empregado com a redução da 
sua renda, com a perda de sua capacidade física para o trabalho, o risco 
de contaminação, e o restante dos trabalhadores e a nação. 
Buscar a redução de acidentes do trabalho e suas conseqüências,deve ser 
objetivo comum entre os seguimentos sociais. 
Porem o trabalho de prevenção, estará sempre atrelado ao nível de 
informação profissional, a periodicidade com que ele é reciclado e como é 
avaliado mediante execução das tarefas. As campanhas de vacinação são 
muito importantes, bem como os períodos de integração do funcionário 
ao trabalho. 
 
• Combater a sonegação de informações sobre os acidentes ocorridos, é outra 
forma de realmente conhecer o universo que deve ser alvo de dos cuidados 
e esforços direcionados nos níveis de competência legal, profissional e 
social. 
Em se tratando de risco BIOLÓGICO e com o aparecimento da “Síndroma da 
Imunodeficiência Adquirida” – AIDS, sua repercussão e letalidade obrigou o 
profissional da área de saúde a realizar procedimentos com alto nível de 
segurança, 
Os EPI’s, treinamento, conscientização poderão não ser suficientes, pois 
nosso inimigo é invisível e quando se manifestar poderá ser o fim. 
Cabe ao profissional estar sempre atento aos riscos relacionados ao seu 
trabalho, procurando aprimorar os serviços e atendimentos, realizando-os 
de forma a evitar possíveis acidentes, promovendo deste modo a sua 
SEGURANÇA NO TRABALHO 
 
Lixo Hospitalar COLETA SELETIVA 
• É recolher os resíduos separadamente, 
conforme a natureza do material, para 
posterior reciclagem. 
 
Grupo D – Resíduos Comuns 
Grupo E – Resíduos Perfurocortantes 
• Lâminas bisturi e barbear; 
• Agulhas; escalpes; 
• Ampolas de vidro; 
• Lâminas e lamínulas... 
Grupo E – Resíduos Perfurocortantes 
• Devem ser descartados separadamente, no local de sua geração, 
imediatamente após o uso. 
 
• Recipientes rígidos, sendo proibido o seu reaproveitamento. 
 
• Identificação. 
 
• Tratamento. 
 
Grupo E – Resíduos Perfurocortantes 
 
Caixa Coletora 
ACONDICIONAMENTO 
• Embalar os resíduos segregados, em sacos ou recipientes que evitem 
vazamentos e resistam às ações de punctura e ruptura. A capacidade 
dos recipientes de acondicionamento deve ser compatível com a 
geração diária de cada tipo de resíduo. 
 
IDENTIFICAÇÃO 
• Medidas que permitem o reconhecimento dos resíduos contidos nos 
sacos e recipientes, fornecendo informações ao correto manejo dos 
RSS. 
 
• NBR 7.500/94 da ABNT. 
 
TRANSPORTE INTERNO 
• Translado dos resíduos dos pontos de geração 
até local destinado ao armazenamento 
temporário ou armazenamento externo com a 
finalidade de apresentação para a coleta. 
 
ARMAZENAMENTO TEMPORÁRIO 
• Guarda temporária dos recipientes contendo os resíduos já 
acondicionados, em local próximo aos pontos de geração, visando agilizar a 
coleta dentro do estabelecimento e otimizar o deslocamento entre os 
pontos geradores e o ponto destinado à apresentação para coleta externa. 
Não poderá ser feito armazenamento temporário com disposição direta 
dos sacos sobre o piso, sendo obrigatória a 
 conservação dos sacos em 
 recipientes de acondicionamento. 
ARMAZENAMENTO EXTERNO 
• Guarda dos recipientes de 
resíduos até a realização da etapa 
de coleta externa, em ambiente 
exclusivo com acesso facilitado 
para os veículos coletores. 
 
COLETA E TRANSPORTE EXTERNOS 
• Remoção dos RSS, do abrigo de resíduos (armazenamento externo), 
até a unidade de tratamento ou disposição final, utilizando-se técnicas 
que garantam a preservação das condições de acondicionamento e a 
integridade dos trabalhadores, da população e do meio ambiente, 
devendo estar de acordo com as orientações dos órgãos de limpeza 
urbana. 
COLETA E TRANSPORTE EXTERNOS DISPOSIÇÃO FINAL 
• Disposição dos resíduos no solo, previamente preparado para 
recebê-los, obedecendo a critérios técnicos de construção e 
operação, e com licenciamento ambiental de acordo com a 
Resolução CONAMA nº 237/97. 
 
De acordo com a Resolução, os resíduos serão 
classificados como: 
 • Grupo A (potencialmente infectantes) - que tenham presença de 
agentes biológicos que apresentem risco de infecção, como bolsas de 
sangue contaminado; 
• Grupo B (químicos) - que contenham substâncias químicas capazes 
de causar risco à saúde ou ao meio ambiente, independente de suas 
características inflamáveis, de corrosividade, reatividade e toxicidade. 
Por exemplo, medicamentos para tratamento de câncer, reagentes 
para laboratório e substâncias para revelação de filmes de Raio-X; 
De acordo com a Resolução, os resíduos serão 
classificados como: 
 • Grupo C (rejeitos radioativos) - materiais que contenham 
radioatividade em carga acima do padrão e que não possam ser 
reutilizados, como exames de medicina nuclear; 
• Grupo D (resíduos comuns) - qualquer lixo que não tenha sido 
contaminado ou possa provocar acidentes, como gesso, luvas, gazes, 
materiais passíveis de reciclagem e papéis; 
• Grupo E (perfurocortantes) - objetos e instrumentos que possam 
furar ou cortar, como lâminas, bisturis, agulhas e ampolas de vidro. 
 
Dicas de Treinamento e 
Biosegurança: 
Dicas de Treinamento e Biosegurança: 
• 1- Mostre todos os materiais considerados perfurocortantes e 
informe a necessidade de serem descartados imediatamente após o 
uso; 
• 2- O local adequado para o descarte de infectantes 
perfurocortantes deve ser em recipientes estanques, rígidos, com 
tampa e identificados (tipo DESCARTEX), localizados no local de 
sua geração; 
Dicas de Treinamento e Biosegurança: 
• 3- O funcionário deve ser informado como montar 
o recipiente rígido (tipo DESCARTEX) e qual o 
melhor local para coloca-lo (não deixa-lo no chão, 
em local úmido ou passível de respingamento) 
Dicas de 
Treinamento e 
Biosegurança: 
• 4- O local adequado para o descarte de infectantes não 
perfurocortantes deve ser o saco branco leitoso. Estes 
sacos são padronizados pela ABNT - NBR. 9190 e NBR 9191 
de 1993. A lixeira da sala de aplicação deve dispor de pedal 
para evitar o contato manual com a tampa; 
Dicas de 
Treinamento e 
Biosegurança: 
• - Azul: papel/papelão 
- Vermelho: plástico 
- Verde: vidro 
- Amarelo: metal 
- Preto: madeira 
- Laranja: resíduos perigosos 
- Branco: resíduos ambulatoriais e de serviços da saúde 
- Roxo: resíduos radioativos 
- Marrom: resíduos orgânicos 
- Cinza: resíduo geral não reciclável ou misturado, 
ou contaminado não passível de separação. 
 
 
 
• 5- O funcionário deve ser informado para lavar as mãos antes e 
após aplicar injeção; 
• 6- O uso de luvas é opcional, pois os riscos maiores ocorrem no 
caso de perfurações; 
• 7- Enfatizar que é expressamente proibido o esvaziamento desses 
recipientes para o seu reaproveitamento 
• 8- Orientar que as agulhas 
descartáveis devem ser 
desprezadas juntamente com 
as seringas, sendo proibido 
reencapá-las ou proceder a 
sua retirada manualmente. 
Caso seja indispensável, a sua 
retirada só é permitida 
utilizando-se procedimento 
mecânico. 
Os equipamentos de 
proteção individual são: 
luvas máscaras, gorros, óculos, capotes (aventais) e botas, e atendem 
às seguintes indicações: 
• - Luvas: sempre que houver possibilidade 
de contato com sangue, secreções e 
excreções, com mucosas e com áreas da 
pele não íntegra (ferimentos, escaras, 
feridas cirúrgicas e outros); 
• - Máscaras, gorros e óculos de proteção: 
durante a realização de procedimentos em 
que haja possibilidade de respingo de 
sangue e outros fluidos corpóreos, nas 
mucosas da boca, nariz e olhos do 
profissional; 
• - Capotes (aventais): devem ser 
utilizados durante os procedimentos 
com possibilidade de contato com 
material biológico, inclusive em 
superfícies contaminadas; • - Botas: proteção dos pés em locais úmidos ou com quantidade 
significativa de material infectante (centros cirúrgicos, áreas de 
necropsias e outros). 
A melhor maneira de diminuir o risco de doença 
ocupacionala que todos os profissionais da saúde 
estão expostos, em maior ou menor grau conforme 
seu campo de atuação, é não dar chance ao azar, 
utilizando-se de todas as medidas preventivas 
disponíveis e lutando pela implantação daquelas 
ainda indisponíveis. 
Somos os maiores interessados em nossa saúde, 
portanto devemos cuidar dela. Não somos imunes às 
doenças e muito menos aos acidentes que podem 
promove-las. Os atos mais simples às vezes podem 
se tornar os mais perigosos se não forem tratados 
com o devido cuidado e respeito 
Título: Needle stick injuries in country general practice 
Autores: D.Lum; Z Mazon; G.Meyer-Rochon; G.Neveldsen; M.Siriwardena; 
P.Turner; H.Firth 
Fonte: NZ Med J 110: 122-5, 1997 
ARTIGOS RELACIONADOS À BIOSSEGURANÇA 
Resultados: 87 acidentes em 65 (22%) profissionais com taxas por categorias: 
25/100médicos/6sem e 17/100enf./6sem (p=0,11) 
 
• Procedimento mais comum: sutura (médicos) e injeções (enfermeiras) 
 
•fator “reencape de agulhas” (RR=2,64 CI95 1,09-6,40) 
 
•Percepção de risco como médio/alto: 36% médicos e 17% enfermeiras 
1 
Título: Accidental blood contact during orthopedic surgical procedures 
Autores: A. C. Folin & G. M. Nordström 
Fonte: Infec Control Hosp Epidemiol 18: 244-6, 1997 
ARTIGOS RELACIONADOS À BIOSSEGURANÇA 
Resultados: 
• 88 contatos com sangue em 83 profissionais, durante 65 acidentes 
• 78 profissionais incluídos com 93 sítios de exposição ao sangue, 
 sendo os mais frequentes: face, mãos e braços 
 
• 79% dos acidentes envolveram respingos de sangue e/ou irrigação 
de fluidos com exposição da pele íntegra 
 
• 13% acidentes pérfuro-cortantes, sendo mais frequentes nos 
•quirodáctilos esquerdos (todos destros) e o procedimento envolvido 
•mais comum foi a sutura 
2 
Título: Sharps disposal in the emergency department: simple 
techniques and equipment 
 
Autor: T. Zimmers 
 
Fonte: Am J Emerg Med 17: 53-4, 1999 
 
Nota Clínica: lembrar que nunca devemos reencapar agulhas mas 
sim depositá-las usando apenas uma das mãos; os locais de 
depósitos devem ser inclusos nas bandejas de procedimentos; 
tais depósitos provisórios devem ser facilmente visíveis a todos os 
profissionais de saúde (por ex.: frascos vazios de medicações de 
uso parenteral ou pequenos copos de plástico resistentes) 
 
ARTIGOS RELACIONADOS À BIOSSEGURANÇA 
3 
ARTIGOS RELACIONADOS À BIOSSEGURANÇA 
Título: Application of continuous quality improvement tools to the 
reduction in risk of needlestick injury 
 
Autores: L. Burnett & D. Chesher 
 
Fonte: Infec Control Hosp Epidemiol 16: 503-5, 1995 
 
Resultados: redução de cinco vezes no número de seringas para 
gasometria que chegavam ao laboratório ainda contendo suas agulhas 
 
Conclusões: o risco de acidentes com agulhas entre profissionais 
de laboratório pode ser reduzido através da oferta de seringas para 
gasometria previamente heparinizadas e encapadas às equipes 
clínicas, sem o incremento do risco de acidentes para estas últimas 
 
4 
Título: The routine wearing of gloves: impact on the frequency of 
needlestick and percutaneous injury and on surface contamination 
in the operating room 
Autores: B. Ben-David & L. Gaitini 
Fonte: Anesth Analg 83: 623-8, 1996 
RESULTADOS: No período I, houve 2855 procedimentos anestésicos, 
com 8 acidentes com agulhas e um percentual total de acidentes 
pérfuro- cortantes de 0,6% 
 
•No período II, houve 2953 procedimentos, 3 acidentes com agulhas 
(sendo 1 em profissional sem luvas) e um percentual total de 0,27% 
p = 0,06 (incluindo o acidente sem luvas no período II) e p < 0,05 
(excluíndo o mesmo) 
ARTIGOS RELACIONADOS À BIOSSEGURANÇA 
5 
RESULTADOS (CONTINUÇÃO) 
• Em relação aos sítios pesquisados para sangue oculto, no ambiente 
de trabalho dos anestesistas, houve 28 com pesquisas positivas no 
período I, 16 no período II e 47 com pesquisas negativas, em ambos 
os períodos (p = 0,07) 
 
• A pesquisa adicional de sangue oculto em objetos pessoais dos 
anestesistas (total de 12 canetas e 6 óculos para leitura) revelou 
28% de contaminação no período I e 16,7%, no período II 
 
• Os comentários favoráveis à regulamentação do uso rotineiro de 
luvas foram nitidamente mais frequentes entre os médicos mais 
jovens, ao contrário dos mais antigos, cuja principal reclamação 
foi a dificuldade para tomar notas com luvas. 
ARTIGOS RELACIONADOS À BIOSSEGURANÇA 
5 1) Cite três setores de maior 
incidência por acidentes por 
perfurocortantes 
2) Cite cinco formas de prevenção 
de acidentes por perfurocortantes 
3) Explique com suas palavras o 
maior percentual de contaminação 
por Hepatite B por perfurocortantes 
4) Cite cinco cuidados que o 
enfermeiro deve ter com um 
funcionário de sua equipe quando 
este acabou de se machucar com 
um perfurocortante 
5) cite três dicas de treinamento e 
biosegurança que você implantaria 
no seu local de trabalho para 
prevenir acidentes com 
perfurocortantes

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