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Peculiaridades da linguagem literária e o papel da literatura na formação do leitor

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ESTRATÉGIAS DE LEITURA - AUTOATIVIDADES 
 
 
UNIDADE 1 
 
 
1. Questão discursiva 
Texto 1 
Os gêneros literários talvez sejam dos mais significativos para a formação de um 
acervo cultural consistente. De um lado, como os textos literários costumam 
propositadamente trabalhar com imagens que falam à imaginação criadora, muitas 
vezes escondidas nas entrelinhas ou nos jogos de palavras, apresentam o potencial de 
levar o sujeito a produzir uma forma qualitativamente diferenciada de penetrar na 
realidade. De outro, podem provocar no leitor a capacidade de experimentar algumas 
sensações pouco comuns em sua vida [...] 
SILVA, M. C.; MARTINS, M. R. Experiências de leitura no contexto escolar. In: Literatura : ensino fundamental - 
Brasília : Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2010. p 32. 
 
Texto 2 
Entendo aqui por humanização (já que tenho falado tanto nela) o processo que 
confirma no homem aqueles traços que reputamos essenciais, como o exercício da 
reflexão, a aquisição do saber, a boa disposição para com o próximo, o afinamento das 
emoções, a capacidade de penetrar nos problemas da vida, o senso de beleza, a 
percepção da complexidade do mundo e dos seres, o cultivo do humor. A literatura 
desenvolve em nós a quota de humanidade na medida em que nos torna mais 
compreensivos e abertos para a natureza, a sociedade e o semelhante. 
CANDIDO, Antonio. O direito à literatura. In: Vários escritos. Ouro sobre azul: Rio de Janeiro, 2011. p.174. 
Considerando as discussões apresentadas nos textos acima, redija um texto 
dissertativo-argumentativo que aborde os seguintes aspectos: 
a) as peculiaridades da linguagem literária; 
b) o papel da literatura na formação do leitor. 
 
 
2. Leia o poema a seguir, de Carlos Drummond de Andrade. 
 
 
Passagem da noite 
 
É noite. Sinto que é noite 
não porque a sombra descesse 
(bem me importa a face negra) 
mas porque dentro de mim, 
no fundo de mim, o grito 
se calou, fez-se desânimo. 
Sinto que nós somos noite, 
que palpitamos no escuro 
e em noite nos dissolvemos. 
Sinto que é noite no vento, 
noite nas águas, na pedra. 
E que adianta uma lâmpada? 
E que adianta uma voz? 
É noite no meu amigo. 
É noite no submarino. 
É noite na roça grande. 
É noite, não é morte, é noite 
de sono espesso e sem praia. 
Não é dor, nem paz, é noite, 
é perfeitamente a noite. 
 
Mas salve, olhar de alegria! 
E salve, dia que surge! 
Os corpos saltam do sono, 
o mundo se recompõe. 
Que gozo na bicicleta! 
Existir: seja como for. 
A fraterna entrega do pão. 
Amar: mesmo nas canções. 
De novo andar: as distâncias, 
as cores, posse das ruas. 
Tudo que à noite perdemos 
se nos confia outra vez. 
Obrigado, coisas fiéis! 
Saber que ainda há florestas, 
sinos, palavras; que a terra 
prossegue seu giro, e o tempo 
não murchou; não nos diluímos. 
Chupar o gosto do dia! 
Clara manhã, obrigado, 
o essencial é viver! 
 
 
ANDRADE, Carlos Drummond de. Reunião. 10.ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1980. p. 88. 
 
A respeito do poema, avalie as afirmações a seguir. 
 
I. As palavras noite e dia foram empregadas no sentido conotativo, expressando, 
respectivamente, sentimentos de desânimo e alegria. 
II. Nos trechos “Sinto que nós somos noite”, “Sinto que é noite no vento", "É noite no 
meu amigo”, a palavra noite foi utilizada no sentido figurado, diferente daquele que 
lhe é comum. 
III. No poema, a oposição entre dia e noite expressa a insatisfação do eu-lírico com a 
passagem do tempo e a desesperança com a vida. 
Está correto o que se afirma em: 
 
A) I, apenas. 
B) II, apenas. 
C) I e II, apenas. 
D) II e III, apenas. 
E) I, II e III. 
 
3. Para Roland Barthes, o texto quer dizer tecido, "mas enquanto até aqui esse tecido 
foi sempre tomado por um produto, por um véu todo acabado, por trás do qual se 
mantém, mais ou menos oculto, o sentido (a verdade), nós acentuamos agora, no 
tecido, a idéia gerativa de que o texto se faz, se trabalha através de um 
entrelaçamento perpétuo; perdido neste tecido – nessa textura – o sujeito se desfaz 
nele, qual uma aranha que se dissolvesse ela mesma nas secreções construtivas de sua 
teia”. Partindo da concepção de texto defendida pelo autor, avalie as afirmações a 
seguir. 
 
 BARTHES, Roland.O prazer do texto. São Paulo: Perspectiva, 1973. p. 82. 
 
I. O texto, como tecido de traços, reveste-se de outros fios que tecem outros textos. 
II. O texto é um produto discursivo homogêneo cujo sentido se mantém oculto. 
III. No texto há uma configuração de alternâncias, ou seja, há um espaço aberto de 
relações que geram novos textos e, por extensão, novas leituras. 
 
Está correto o que se afirma em: 
 
A) I, apenas. 
B) II, apenas. 
C) I e III, apenas. 
D) II e III, apenas. 
E) I, II e III.

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