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CLÍNICA MÉDICA E CIRÚRGICA DE ANIMAIS SILVESTRES – SALA 11 B3
	Aula – 18/02
Animal silvestre = selvagem = não é doméstico
Onça pintada (Panthera onca)
Leão (Panthera leo)
Tigre ( Panthera tigres)
Macaco prego (Cebus apela)
Elefante (Elephas maximus)
Papagaio verdadeiro (Amazona aestiva)
Animal doméstico
Marreco, ganso, pombo, pavão, canário belga, periquito australiano, camelo alpaca, chinchila, coelho, hamster, porquinho da índia, ferret
Animal Nativo
Do país, região, bioma (mata atlântica, cerrado...)
IN 7/2015 IBAMA – espécimes pertencentes a nativas ou migratórias, aquáticas ou terrestres de ocorrência natural em território brasileiros ou em água jurisdicionais brasileiras
Animal exótico
De outro país, região ou bioma
Que não inclui o território brasileiro ou que foram nele introduzido pelo homem ou expontaneamente e que competem com espécies nativas
	In-situ
Hábitat natural – “no lugar”
Jacaré no pantanal
	
	Ex-situ
Cativeiro – “fora do lugar”
Jacaré no zoológico
% atendimentos – a maior parte é de animais de pequeno porte – coelhos, hamsters, passeriformes, répteis, coruja, aves de rapina, serpentes, tartarugas...
Atendimento deve ser igualitário independente da espécie
	Conservação de animais silvestres
Animais silvestres – Médico Veterinário – Biólogo (essas duas profissões devem trabalhar unidas)
	Perfil profissional
Interpretação ambiental; reflexão; bom senso; trabalho multidisciplinar (boa educação ajuda); atenção; iniciativa; dedicação; bom entendimento de comportamento, manejo, profilaxia, fisiologia e farmacologia.
LAFEBERVet – site que ensina várias técnicas
LEGISLAÇÃO
Atendimento Médico Veterinário
	Resolução nº 829 de 25 de abril de 2006 do CFMV 
O atendimento clínico cirúrgico por médico veterinário de animais silvestres obtidos em discordância...
O atendimento de urgência ou emergência por med vet de animais silvestres mantidos em criadouros – estabelecidos em discordância com a legislação vigente – não se caracteriza como crime ambiental ou infração administrativa
A responsabilidade técnica por criadouros de animais silvestres estabelecidos em discordância com a legislação vigente, sujeita o med vet às sanções previstas pela lei uma vez que as citadas normas preveem a responsabilidade solidária para todos os tipos penais ali previstos.
Lei de crimes ambientais;
Definição de condutas para o cativeiro de animais silvestres;
Uso de animais;
Execução de pesquisas;
Autorização para controle populacional
	Legislação aplicada a fauna silvestre
MMA, portaria nº 53 de 20/02/2008 – SISFAUNA para registro
Definição legal brasileira – IN 07/2015 IBAMA – define o que é exótico, nativo, produto ou subproduto de fauna silvestre
IBAMA, IN 7, de 30 de abril de 2015 – institui e normatiza as categorias de uso da fauna silvestre em cativeiro no Brasil
	I – centro de triagem de fauna silvestre...
Criadouro científico para fins de conservação – reproduzir espécies ameaçadas de extinção
Criadouro científico para fins de pesquisa – pesquisas médicas, de vacinas...
Criadouro comercial – reproduzir fauna para vender
Centro de triagem de fauna silvestre – verifica condições de saúde dos animais e encaminha para lugares adequados
Centro de reabilitação – pode reintroduzir animais no ambiente natural
Jardim zoológico: Necessidades para montar zoo: autorização prévia (área de amortecimento – não pode ter parques ambientais próximos), autorização de instalação e de manejo
AMEAÇAS A BIODIVERSIDADE
Excessos consumo, desperdício, necessidades
Tipos de ameaça: aquecimento global, fragmentação de habitats (grandes áreas se tornando áreas pequenas), comércio ilegal, caça, atropelamentos, doenças, desconhecimento técnico.
Ararinha azul – espécie endêmica (somente em um local em pequena quantidade), rara, criticamente ameaçada, quase extinta
Quais espécies estão ameaçadas?
Tipos de ameaça: regional, estadual, nacional, mundial
Pesquisa nas listas oficiais
Espécie não ameaçada – multa de 500 reais, se ameaçada = 5000 reais – olha no livro de espécies ameaçadas do estado (PR por exemplo)
	Ameaças à fauna
- Fragmentação e perda de hábitat: desmatamento, agricultura, pecuária, hidrelétricas, crescimento de cidades
- Atropelamentos 
- Comércio ilegal – 4ª atividade ilícita em volume financeiro do mundo
	- Postura do IBAMA sobre a posse de animais silvestres em cativeiro domiciliar – sobre apreensões – IBAMA só retira o animal do tutor se houver denúncias de maus tratos
	- Proporção de animais retirados da natureza que chegam ao cativeiro;
	- Sobrevivência no cativeiro: manejo, nutrição, sanidade, acompanhamento técnico, recomendações
Atuação do Médico veterinário – emissão de laudos e pareceres técnicos; tratamento dos animais feridos;
Brasil é o país com a maior biodiversidade do planeta
- Caças
	Pré-histórica
	Atualidade
	 	Funções da caça: povos indígenas
	Se encontrar uma carcaça, procurar pelos para identificação da espécie
	emissão de laudos e pareceres técnicos: conhecimento de anatomia e treinamento de necropsias
- Outras ameaças à fauna
	Poluição;
	Espécies domésticas e exóticas ao local (cães, gatos, caprinos, suínos, javalis, bovinos)
	Antibióticos pelo vaso sanitário – chegam aos rios e levam a resistência antimicrobiana nos animais desses rios
	Doenças;
	
AULA 2
Adaptação ambiental, extrapolação alométrica e nutrição de animais silvestres
Dose depende da metabolização do animal
Consumo energético de cada animal
Beagle (necessidade energética menor que Boxer)
	Conceitos
Sangue quente -> Homotérmico -> Endotérmicos
Sangue frio -> Pecilotérmico -> Ectotérmicos (insuficiência na produção de calor) – Répteis (não precisam se alimentar muito, porque não precisam de energia para gerar calor)
	Controle de temperatura corporal
Aves;
Mamíferos;
Poucos répteis e peixes.
Faixa de atividade: -2ºC à 50ºC
	Inatividade (dormência)
Temperatura e velocidade de reações químicas
	Inativação
	Temperatura alta = alta velocidade da reação e baixo tempo de vida da enzima
*Répteis (serpentes, cobras, crocodilos...) precisam se aquecer no começo do dia para passar o longo do dia, não comem no inverno, apenas se tem suporte humano, na natureza não come porque se não tiver calor não há digestão do alimento no TGI pelas enzimas e o alimento apodrece dentro do organismo.
Réptil fica 3x mais rápido a cada 10ºC de temperatura elevada.
Para anestesiar, ou para cicatrização – animal deve estar aquecido
Processo de aclimatação
	- Sapos (Scaphiopus couchi) – permanecem enterrados nas épocas mais secas e frias do ano
	- Lagartos de altitude – orientação ao sol para um rápido aumento de temperatura.
	Adaptação ambiental
Modificações
	Ecológicas, comportamentais, morfológicas, fisiológicas
*Aves perdem calor pela respiração e pela vascularização do bico – Tucano
* Bico aperto = estresse térmico
Intercâmbio de energia
	- Intercâmbio de calor com o ambiente
		Radiação, condução (bolsa de água quente/fria), convecção (passagem de massas de ar – maneira mais útil para aquecer o paciente) e evaporação
	- Energia química da dieta
*Cervídeos – miopatia de captura – super aquecem na manipulação, para perder calor, jogar água e ventilar, nunca colocar gelo porque causa vasoconstrição e calor não é eliminado
Superfície (área) corporal:
	- Razão entre superfície corporal e peso (não é somente área de superfície externa que vale para absorver calor, elefante/rato)
	- área corporal: perda de calor: relação com consumo de alimentação (se animal perde muita temperatura tem que comer muito para compensar)
*A área de 10kg de pele de ratos é muito maior que de um beagle de 10kg
	- É vantajoso que o animal endotérmico seja grande principalmente em ambientes frios onde a alimentação é escassa
	- Regra de Bergmann (quanto mais em direção aos polos maior o tamanho dos animais)
Produção de calor
	- musculatura, glândulas, fígado
	- calafrios
	- exercício
Manutençãode calor
	- aprisionamento de “ar morto” (armazena bolsas de ar para aquecimento)
- penas, pelos, gordura
Zona de tolerância
	- espécie-específica
	- tamanho
	- isolantes térmicos
Temperatura letal
	- morte por hipertermia ou por congelamento
	*não existe répteis em lugares com temperaturas baixas
	Adaptação a ambientes quentes
Ambiente seco (mais fácil do animal perder calor) 
Ambiente úmido (mais difícil para perder calor)
Evaporação
	Adaptação a ambientes frios
Migrações
Adaptação
Atividade e inatividade
	Hipernação x Dormência
Hibernação: Fenômeno periódico, no qual a temperatura corporal é reduzida a um nível baixo, aproximando-se da do meio ambiente, com diminuição da frequência cardíaca, taxa metabólica e outras funções fisiológicas
- despertar espontâneo
- Risco de congelamento – aumento da taxa metabólica ou o animal despertará
Dormência 
	Répteis – animal não acorda quando há risco de congelamento, e acaba morrendo. Eles não hibernam, apenas entram em dormência
Extrapolação alométrica para o cálculo de doses
Taxa metabólica basal: qtd de energia em quilocalorias que um animal precisa em um período de 24h para se manter vivo (em repouso).
10 kg seria o equivalente a 400 camundongos
	Requerimento energético em repouso (Taxa metabólica basal)
- TMB
Repouso? Raro animal estar em repouso, sempre está fazendo alguma coisa;
Ave, mamífero, réptil?
Crescimento, reprodução, lactação, idoso?
Fórmula:
	TMB = K x M elevado a 0,75
K= constante
M= massa em kg elevada a 0,75
Valor da constante K:
	Aves passeriformes (aves abaixo de 100g) = 129
	Aves não passeriformes = 78
	Mamíferos placentários = 70
	Mamíferos marsupiais (preguiça, gambá, tamanduás, tatu, animais mais lentos) = 49
TMB de mamífero de 10kg = 393,63
	Extrapolação alométrica – dose total
Etapas
	1 Calcular a TMB para o animal modelo e animal alvo
	2 Montar regra de três
		
		TMB modelo .... Dose total modelo
		TMB alvo .... X= dose total modelo
Ex: 
	393,63 - 100mg
	187,85 - X = 47,72 mg totais
Intervalo entre doses:
	TME = TMB/Massa
Etapas:
	1 Calcular TME (Taxa metabólica específica) para animal modelo e alvo
	2 Multiplicar a TME do animal modelo pelo intervalo de adm do fármaco à este animal em horas
	3 Divide-se o resultado pela TME do animal alvo
	4 O resultado obtido é o intervalo de adm do fármaco em horas para o animal alvo.
Ex:
TME elefante = 41622 / 5000 = 8,32
TME camundongo = 176
TME cão (animal modelo) = 393,63 / 10 = 39,36
	Intervalo de 24h do fármaco
	39,36 x 24 = 944,7
3ª etapa:
	944,7 / 176 = 5,36hrs (6 hrs de intervalo da dose para o camundongo)
	944,7 / 8,32 = 113hrs (cada 4 dias aplica dose no elefante)
NUTRIÇÃO DE ANIMAIS SILVESTRES
- Alimentar (fornecer alimento mas não significa que é dieta boa), diferente de nutrir, que é fornecer alimentação balanceada e adequada para o animal
- Fornecer proteínas, carboidratos, vitaminas e minerais
Alimentos x nutrientes
Valor energético
	1 g de carboidrato e proteínas = 4kcal
	1 g de gordura = 9kcal
Necessidade nutricional
	Ave, mamífero, réptil
	Crescimento, reprodução, lactação, idoso?
Em répteis cálculo de TMB é diferente
	TMB = 32 x M elevado a 0,77
TMB serpente = 46,83 kcal
Que alimento fornecer? Rato ou camundongo
Quanto um rato fornece em energia?
	Cada grama tem 5,5 kcal
Um rato com 250g terá
	g na MS= peso rato x MS
		 250 x 0,339 = 84,75g
1g na MS ... 6,37 kcal
84,75g na MS ... x= 539,85 kcal
TMB= 46,83
01/04 – CLÍNICA DE RÉPTEIS
Herpetologia
	Répteis, anfíbios
	Popularização – procura e rotina de atendimento
	Longevidade e fidelização – bom retorno financeiro (jabuti)
Classe de répteis
Ordem
Chelonia – Cryptodira, Pleurodira
Aproximadamente 10700 sp de répteis
BR: 795 sp
	Quelônios: tartarugas, cágados e jabutis
	Anatomia
Escamas ou escudos
Cavidade celomática – não tem diafragma
Sistema porta-renal
Coração tricavitário – 2 átrios e 1 ventrículo (crocodilos tem 4 cavidades apenas)
Cloaca
	Urodeu – excretas nitrogenadas
	Coprodeu – terminação do sistema digestório
	Proctodeu – são armazenados e eliminados em uma única saída
	Fisiologia
Termorregulação 
ectotérmicos, não tem mecanismo para manter temperatura corporal
	Se hipotérmico não tem circulação de O2 adequada
	Tartaruga de couro gigante e Python molorus são os que conseguem produzir um pouco de calor, a Python para chocar os ovos, produz calor através de contrações musculares
	Temp ótima: 18-34ºC
	Estresse térmico: +35ºC, de 38-44 = óbito
		10ºC – dormência/hipobiose (não consegue acordar, só quando aumenta temperatura)
		4ºC = óbito
	Radiação, condução e convecção = meios pra ganhar temperatura
	Ectotermia
		Vantagens: não há gasto energético para manutenção da tºC
		Desvantagens: atividades limitadas pela temperatura ambiente. Ex: digestão, respiração (carreamento de O2)
	Sistema porta-renal
Dizem que anatomicamente existe mas fisiologicamente não interfere
Alguns medicamentos podem agir nesse sistema porta-renal
É um desvio das veias caudais do corpo (cauda e membro pélvico)
Nos répteis o sangue passa por dentro do rim ao ascender pela veia cava e é filtrado pelo rim – medicamentos aplicados na parte caudal podem ser filtrados pelo rim antes da sua ação no organismo ou medicamentos nefrotóxicos.
Fármacos devem ser adm na parte anterior do corpo, MT principalmente
Acetilcolina interfere na abertura/ fechamento desse sistema
Fluidoterapia é a única coisa que faz caudal, em MP, não tem problema
	Anatomia
Pele espessa
Presença de escamas – parte da pele
Placa óssea – derme
Pouco subcutâneo
Beta queratina (dura, não perfura) e alfa queratina (parte mais elástica, onde são feitas as incisões)
	Escudos
Quelônios – proteção
Parte superior – carapaça (cervical, vertebral, pleural, marginal)
Ponte óssea – entre as partes
Parte ventral – Plastrão (gular, humeral, pectoral, abdominal, femoral e anal)
Muda de pele/troca de pele – lagartos e serpentes
Crescimento animal
Ocorrência – 3 a 4 vezes por ano
	Cavidade celomática
Dividido em 3 porções entre a cabeça e cloaca (na serpente)
1ª parte – pulmões, coração, fígado, esôfago
2ª parte – estômago, vesícula biliar, pâncreas
3ª parte – rins, trato reprodutivo
Não tem vesícula urinária
No jabuti
	Pulmão – dorsal
	Vesícula urinária
	Não tem diafragma, nunca vira jabuti de cabeça para baixo e não consegue respirar
Lagartos
	Tem vesícula urinária, pulmões dorsais, não tem diafragma
	Cavidade oral
Jabuti – tem bico e não dentes
Tecodontes – jacarés
Acrodontes – lagartos, dentes fixos
Pleurodontes – serpentes
Dentição de serpentes:
	Importante para identificar se é peçonhenta ou não
	Áglifa – 1ª dentição – sucuris – dentes todos do mesmo tamanho e não produzem peçonha. Ex: jiboia
	Opstoglifa – produzem um pouco de peçonha. Dentes pequenos e dente um pouco maior na região caudal. Ex: cobra verde
	Proteróglifa – dentição das corais verdadeiras, dente fixo, o dente rostral é maior que os dentes caudais. Não tem canal verdadeiro, tem sulco na lateral no dente por onde escorre a peçonha (dente sulcado)
	Solenóglifa – cascavel, urutu, naja - dente com canal por onde passa a peçonha e é semelhante a uma agulha. Duas presas.
Fosseta loreal – caça das presas
Fossetas labiais – também para localizar presas
Órgão vomeronasal – captam as substâncias do ambiente para transformar em informações neuronais, por isso abrem a boca
Lagartos e serpentes tem fenda palatina presente, exceto os crocodilos
	
	MANEJO GERAL DOS RÉPTEIS
Aspectos importantes: 
umidade - saber diferenciar de acordo com a sp, aquática ou terrestre; Fonte: por aspersão, lagos, ou borrifar (camaleão, lagarto) – borrifa água na planta pra ele tomar, porque animal não toma do pote
temperatura – gradiente, sp procura melhor temperatura pra ele. Serpentes: Cuidar para não se enrolar no cabo do aquecedor e nemingerir colchão térmico
iluminação – fotoperíodo importante para mudanças fisiológicas do animal (noturno e diurno). Fontes: exposição direta ou por lâmpadas UVB.
Nutrição: hábitos alimentares e origem dos alimentos
Alimentação: vida livre x cativeiro
Ex: biotina – avidina – Varanus sp.
Animais de cativeiro que se alimentavam de ovo tinham deficiência de biotina porque ovos que não são embrionados não tem biotina
Substrato
CONTENÇÃO FÍSICA
Serpente deve ser capturada no começo da manhã que está mais letárgica, pois a cada 10ºC mais aquecida está mais rápida
Para cada 1m de serpente = 1 pessoa para conter
Para conter lagartos/jacarés deve passar o cambão em diagonal (pela cabeça e por um dos membros torácicos)
Avaliação externa: palpa escamas, vê se há lesão/aumento de volume
Desidratação – escamas mais opacas e muco da cavidade oral fica mais espesso
Ausculta
	Umedece gaze (camaleão) ou joga compressa úmida sobre o jabuti
	Pulmonar e cardíaca
	Em serpentes com o Doppler consegue auscultar FC
Cavidade oral – deve fazer sempre a avaliação
	PRINCIPAIS AFECÇÕES CLÍNICAS E CIRÚRGICAS
	ECTOPARASITAS
Afecção comum – mais relacionados a animais de cativeiro
	Quarentena limitada, maior densidade populacional
Difícil controle, deve entender ciclo do ectoparasita
Ophionyssus natricis
	Ácaro – piolho de cobras
hematófago, cosmopolita
	Vetor – Aeromonas hydrophila
	Pneumonia, septicemia hemorrágica
	Zoonose
	Anemia devido hematofagia
	Ciclo de 40 dias: ácaro adulto fêmea – ovoposição no ambiente – larvas – protoninfas sobem na serpente e desce – deutoninfa – adultos voltam para serpente
	Manifestações clínicas: prurido, dermatite, letargia, emagrecimento progressivo, Disecdise (falha na muda de pele) e anemia, maior tempo na água na tentativa de tentar se livrar dos ectoparasitas
	Estratégia terapêutica 
uso de antiarasitários – Fipronil, Ivermectina, banhos de solução de triclorfon
		Controle biológico com Hypoaspis sp que é um predador natural do ácaro
	Alterações em esqueleto e ranfoteca
Função Ca
	Crescimento do esqueleto
	Carapaça e plastrão
	Mecanismos celulares
Etiologia
	Deficiência de Ca ou Ca:P dieta
	Baixa exposição UVB
	Deficiência de vitamina D – aumenta fosfato levando a hipocalcemia
	Doença renal
	Dietas rica em proteínas
Patogenia
	Deficiência de Ca -> diminuição do Ca sérico -> paratireoide aumenta secreção de paratormônio (PTH) aumentando a reabsorção óssea
	Se não tem vtm D não tem absorção de Ca
	Raios UVB 
	Função renal – fosfato alto
Manifestações clínicas
	Anorexia/ letargia
	Crescimento de bico/unhas
	Alterações ósseas: densidade óssea diminuída, fraturas espontÂenas, deformação carapaça
	Tremores musculares – paralisia de membros
	Coprostasia
	Aumento de volume devido substituição por tecido fibroso
	Crescimento piramidal da carapaça = devido deficiência de Ca
	Tamanho entra plastrão e carapaça alterado, não há crescimento adequado e animal não se desenvolve
Diagnóstico
	Manifestações clínicas
	RX, tomografia
	Dosagem de Ca, P e vtm D
	Perfil renal
Conduta terapêutica:
	Nutrição/ manejo
	Hipocalcemia (tremor etc) – adm gluconato de Ca
	Crescimento piramidal – não há o que fazer
	Crescimento da ranfoteca – é possível correção, desgaste do bico
	Gota úrica
Metabolismo proteico: proteína de origem animal e vegetal
Gota: frequente em herbívoros, animais terrestres
Dificuldade em excretar essas proteínas
Excreção: túbulos renais
Ácido úrico: pouco solúvel mas se precipita e sedimenta (formando cristais)
Etiologia
	Excesso proteico
	Desidratação 
	Nefropatia – não conseguem excretar ácido úrico
Patogenia
	Excesso proteico, desidratação e nefropatia -> aumenta ácido úrico e sais de uratos -> sangue (hiperuricemia) e fluidos corporais (liquido sinovial) -> precipitados insolúveis – cristais -> aumento da articulação, dor, gota visceral (se deposita nos órgãos... )
Manifestações clínicas
	Imobilidade – dor articular
	Anorexia
	Serpentes tem mais gotas viscerais e não articular
Diagnóstico
	Histórico: dieta, água, umidade e temperatura
	Dosagem de ácido úrico
		Ureia e creatinina pouco valor em répteis
		Identificação dos cristais de sinóvia
	RX – áreas líticas perto das articulações
	US
	Biópsia – coletar sempre em álcool
Estratégia terapêutica
	Correção fatores iniciais, hidratar o paciente
	Manejo da dor – evitar AINES, usar corticoides*
	Drogas hipouricêmicas – Alopurinol (reduz a formação de ácido úrico por inibiar a xantina oxidase)
	Abordagem cirúrgica – retirada dos cristais – não realizado
	Hipovitaminose A
Função vitamina A
	Manutenção do tecido epitelial, visão e imunidade
Etiologia
	Dietas pobres em vtm A e ricas em ptn
	Manifestam depois dos 6 meses pois até aí tem reservas vitelínicas
Patogenia:
	Vtm A regula revitalização do epitélio -> célula passa a crescer de forma desorganizada – deixa de ser colunar
	Leva a ação inibitória da queratinização
	Diferenciação e crescimento das células epiteliais – deixa de ser colunar e passa a ter conformação diferente
	Induz e controla secreção de muco ao sistema respiratório
	METAPLASIA ESAMOSA E HIPERQUERATOSE
Manifestações clínicas
	Blefaroedema – deposição de queratina
	Secreção nasal e oral
	Abscesso aural
	Letargia, anorexia, discdise, hiperqueratose
	Edema inguinal e axilar – devido problema renal
Diagnóstico
	Mensuração de retinol plasmático
	RX
Estratégia terapêutica
	Terapia de suporte – controle de otite e abscessos orais, tratar pneumonia
	Correção dietética
	Vitamina A (500-5000 Ui/Kg 1 semana) – excesso de vtm A pode levar ao desprendimento da pele
AULA 02/04/19
	Falhas na muda (disecdise)
Muda de pele:
	Crescimento do animal – serpentes e lagartos – répteis nunca param de crescer
	Ocorrência de 3 – 4 vezes ao ano
	Animais mais irritados
	Muda craniocaudal
	A muda começa com a opacidade do escudo ocular, passa a não enxergar direito por isso fica mais irritado, pele vai ficando mais opaca
Etiologia
	Fatores ambientais: baixa umidade, ausência de substrato, temperatura inadequada, desnutrição (não conseguem sintetizar uma nova pele devido falta de proteínas), manipulação nos dias que precedem a muda
	Afecções:
		Infestação por ácaros (Ophionyssus natricis)
		Dermatites bacteriana ou fúngica
		Cicatrizes (feridas ou queimaduras) – retenção de escamas/pele na cicatriz
		Problemas neurológicos – não tem coordenação de serpentear sobre os objetos para retirar a pele antiga
Patogenia
	Depende da etiologia
	Falha na muda
		Haja aderência da pele antiga, solução da continuidade na pele (manipulação), incoordenação ao esfregar-se, hipoproteinemia
Manifestações clínicas
	Escamas retidas
	Descamação anormal
	Retenção de escudo ocular – pode levar a problema oftálmico, predispõe a infecção
	Comprometimento vascular – garroteamento em digito e ponta de cauda levando a necrose
Diagnóstico
	Avaliação física e histórico do animal
Estratégia terapêutica
	Falhas na muda: correção dos fatos primários (manejo e ambientação)
	Remoção da pele retida: 
		Manejo gentil com pinça
		Hidratação da pele: banhos 20 min a 30ºC ou banhos de 60 minutos a 30ºC
	Toalhas molhadas
	Supervisão dos animais submetidos a banhos para não se afogarem
	Remoção do escudo ocular
		Na dúvida espera pela próxima muda para ter certeza que está retido
		Remoção gentil com pinça
		Hidratação do escudo com água morna, lágrima artificial ou solução de N-acetil-cisteína 10%
		Uso de hastes flexíveis
		Pinças oculares ou fitas adesivas
	Ambiente adequado
	Mordeduras por presas
Animais cativos – uso de alimento vivo
Quando excede tempo de 10-15 minutos para dar o bote é porque não está com fome, deve retirar as presas
Animais não comem as presas:
	Temperatura inadequada
	Falta de esconderijo
	Manipulação excessiva
	Período de muda de pele
	Animais gestantes
	Período de dormência, animais doentes
Etiologia – uso de presas vivas (roedores, coelhos) – podem arranharou morder as serpentes
Patogenia
	Serpentes anoréxicas -> manutenção da presa viva -> privação alimentar do rato, é onívoro e começa a morder serpente -> mordeduras
	Serpentes muito novas (inexperientes) -> dificuldade em dar o bote na presa -> mordedura
Manifestações clínicas
	Lacerações/ soluções de continuidade
	Réptil demora para perceber que está sofrendo lesões e mordeduras
Diagnóstico
	Avaliação física e história clínica
Estratégia terapêutica
	Limpeza das feridas/ lesões com solução fisiológica NaCl, remoção dos tecidos necrosados, suturas são difíceis de fazer porque pele não é elástica, deixa cicatrizar por segunda intenção
	Curativos: pomadas ou açúcar, troca 1 a 2 dias, matriz biocompatível 
	Analgesia, sedação, anestesia
	Antibióticos sistêmicos e tópicos
	Corticoides - em caso de mordeduras na língua que levam a glossite e aumento de volume, leva a dificuldade para respirar, por isso administrar corticides
	Durante o tratamento retirar substrato para evitar contaminação da ferida
	Orientar o tutor para dar presas abatidas e não vivas
	Estomatites
Maior prevalência em serpentes e lagartos
Fatores predisponentes: estresse, imunossupressão, traumas, má nutrição (deficiência de Vitamina C (antioxidante) e A (alterações em epitélio)).
Etiologia
	Aeromonas hydrophila, Pseudomonas aeruginosa, Klebisiella pneumoniae, Salmonella sp, Proteus sp
	Mycoacteirum sp, DRC
Patogenia
	Trauma primário
	Imunossupressão
	Deficiência de vtm A
Patogenia
	Retirada de peçonha predispõe a estomatite
	Sondagem para alimentação podem levar mucosa
Manifestações clínicas
	Sialorreia, perda de dentes
	Gengivite, petéquias/equimose/hemorragias
	Respiração com a boca aberta
	Anorexia
	Lesões crônicas: glossite, pneumonia e abscessos/ granulomas; lesões ulcerativas e necróticas; osteomielite; placa de caseo na cavidade oral
Répteis não tem neutrófilo e sim heterofilos que não tem enzima que origina pus que é mais líquido, por isso eles não tem pus e sim caseo, mais consistente
Em caso de lesão e osteomielite usar abre bocas mais maleáveis como palito de madeira, e não de metal para evitar lesão
Diagnóstico
	Avaliação clínica
	Hemograma
		Anemia, infecções
		Bioquímico – diferencial para DRC – dosa ácido úrico
	Cultura e antibiograma
	Citologia (pode ser neoplásico), estudos radiográficos
	Buscar a causa primária
Estratégia terapêutica
	Terapia geral: correção da causa base (temperatura, umidade, deficiência de vtm A)
	Suporte ao paciente: alimentação, hidratação
	Debridar e limpar as feridas: clorexidina 0,05% PVPI 1%
	Casos leves: terapia tópica com pomadas de sulfa
	Casos moderados: tópica + sistêmica
	Casos severos: tópica + sistêmica + cirúrgica
	Pneumonia
Primárias – 
Secundárioas – manejo (criação, sanitário e nutricional)
Sepses, estomatites e parasitismo
Etiologia
	Bacteriana: Klebisiella pneumoniae, Pseudomonas, Aeromonas, Proteus
	Virais: Paramyxovirus, herpesvirus, retrovírus
	Fúngicas: Aspergillus, Mucor, Candida
	Parasitárias: Rhabdias sp, Porocephalus crotali
Manifestações clínicas
	Secreção nasal, respiração pela boca, sons respiratórios, apatia
	Posição ortopneica, alterações de mucosa, anorexia, desequilíbrios natatórios
	Glândula sal – iguanas, para excretar sal e manter homeostase, pode acumular umas secreções em iguanas mas na verdade é sal
Teste do nado:
	Flutua se tudo normal
	Se tem acúmulo de caseo no pulmão vai ter um desvio na linha da água, fazendo com que uma parte do animal fique mais alta e a parte com cáseo mais baixa
Diagnóstico
	Manifestações clínicas e teste de nado
	RX, endoscopia, lavado traqueal (cultura e antibiograma, PCR)
	Exame de fezes e necropsia
	Lavado traqueal: 1% do PV com solução estéril e manipulação gentil
Estratégia terapêutica
	Correção manejo – umidade, temperatura
	Manutenção:
		Oxigenioterapia – 30 a 40% - réptil não pode ter 100% de O2, se tiver entra em apneia e não respira
		Hidratação 1-2% PV
		Temperatura e umidade
	Transfuão sanguínea ajuda na sua recuperação
	Bacterianas: atb terapia injetável e nebulização
	Virais: nenhuma até o momento (isolamento e eutanásia)
	Fúngicas: cetoconazol/ intraconazol, inalação com anfotericina B
		Remoção cirúrgica e nebulização
	Parasitárias: ivermectina/ Levamizol
	Enterites
Causa comum de mortalidade em répteis
Bacterinas: salmonella
Parasitárias: eimeria
Viral: parvovirus
Iatrogênica – erro de temperatura – animais muito frios ou muito quentes
Patogenia
	Inerente ao agente causador
		Disbiose – toxinas
		Lesões na mucosa – parasitárias, bacteriana e viral
	Corpos estranhos - motilidade
	Amebíase ou disenteria amebiana
Manifestações clínicas
	Alterações nas excretas
	Edema
	Distenção abdominal – comum de cryptosporidium
	Prolapso de cloaca/ coprodeu – diferenciar de obstrução
Diagnóstico
	Exames coproparasitológicos
	Hemogramas
	RX e necropsia
Estratégia terapêutica
	Manutenção: temperatura, fluidoterapia e alimentação (espera vomito passar)
	Inerentes a agentes: antiparasitários, antibióticos, correção da dieta
	Cuidado com frutas (fermentam no calor), alface (muita água e fibra pode predispor)
	Queimaduras
Afecção mais comum
Animais mais propensos a queimaduras
Suplemento de calor
Troca de calor: condução, convecção e radiação (mais comum queimadura)
Etiologia
	Térmica (mais comum)
	Elétrica, química, radiação
Patogenia
	Tempo, condutividade térmica do material
Manifestações clíncias
	Graus: I, II III/IV
	Grau I e II = maior dor (quanto mais externo mais receptores)
	Vermelhidão, bolhas, exsudação de soro
	Deslocamento de tecidos (pele)
	Exposição de subcutâneo
	Emagrecimento da pele
	Lesão e exposição de músculos e ossos
	Avaliar a extensão da necrose tecidual – evolução da necrose
Diagnóstico: histórico clínico e exame físico
Estratégia terapêutica:
	1º grau: limpeza com água fria + compressas frias + anaçgésicos e atb se necessário
	2º grau e 3º: analgesia (morfina, butorfanol, AINES), atb (sistêmicos e tópicos), debridamento feridas, curativos/ bandagens, fluido e nutrição
	Abscesso Aural
Quelônios e lagartos
Fatores predisponentes: nutricional (hipovitaminose A), temperatura, higiene
Etiologia
	Bactérias gram negativas
	Proteus morganni, Pasteurella sp, Pseudomonas sp
Patogenia
	Bactérias colonizam cavidade oral e ascendem para a orelha média e a colonizam levando ao acúmulo de material caseoso
Manifestações clínicas
	Aumento de volume da membrana timpânica – pode ser uni ou bilateral
	Relutância em abrir a boca – hiporexia/anorexia
	Material caseoso na cavidade oral
Diagnóstico
	CAAF, exame físico e RX
Estratégia terapêutica
	Cirúrgica – retirada do material caseoso
	Correção dos fatores primários – hipovitaminose A
	antibioticoterapia

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