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O nome da rosa

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FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS
Turma: 027202A07
RA: 2098593
Nome: Monique Santos de Souza
Resenha O nome da Rosa
Disciplina: História Medieval Ocidental
CURSO: HISTÓRIA PERIODO: NOITE
SÃO PAULO – SP
2018
O Nome da Rosa é um filme baseado no romance de Umberto Eco o qual foi lançado em 1980, é uma narrativa da vida religiosa. O filme nos leva à uma imersão na Idade Média, fazendo-nos transitar por diversos temas e fases da história. O suspense se situa no ano de 1327 depois de Cristo (século XI até o século XV), baixa idade média, na Itália, no início do período renascentista, a qual é marcada pela desintegração do feudalismo e formação do capitalismo na Europa Ocidental, época em que a Igreja Católica era dona de um poder maior que o de estado, onde mortes misteriosas acontecem de maneiras imprevisíveis. 
No filme, a trama se dá em um mosteiro, onde o monge franciscano Willian de Baskerville (Sean Connery) também chamado de Irmão Guilherme e seu noviço aprendiz Adso de Melk (Christian Slater) chegam ao mosteiro para participar de um conclave (a reunião de cupula da igreja), se deparam com uma serie de assassinatos. Onde sete religiosos são assassinados em sete noites de forma misteriosa, onde os corpos eram encontrados com a língua e os dedos roxos. Esse mosteiro abriga uma imensa biblioteca formada por inúmeros livros e pergaminhos, que eram classificados como proibidos, onde poucos monges tinham acesso a eles, devido ao conteúdo de suas informações. 
O filme não é só sobre as mortes que acontecem, há toda uma discussão filofica historica atrelado no enredo. Pois, Baskerville representa novas ideias, o humanismo, antropocentrismo, o homem renascentista; e o renascimento beba na fonte da cultura grego-romana que defende a razão, que defende o homem no centro do universo. E o mosteiro é o contrario disso tudo, pois o filme se passa quando o pensamento do santo Agostinho norteava todo pensamento da igreja catolica, pensamento mistico, sobrenatural, a defesa da predestinação, tudo era divino e ligado a Deus; e o Aristoteles era contrario era o pensamento humano. 
Então, Baskerville vai investigar os crimes de forma racional e mostrando que valoriza a racionalidade humana, não acreditava que aquelas mortes ocorriam devido a fatos ligados ao demônio, portanto preferia buscar os fatos e analisar as circunstâncias como faziam os filósofos gregos usando os princípios lógicos propostos por Aristóteles, buscava pistas que não eram visíveis às outras pessoas, como as frases no pergaminho apagadas com suco de limão que revelaram-se sob a chama de uma vela. Ele acreditava que tinha alguem matando os freires porque as mortes eram muito semelhantes, as características sintomáticas comuns eram dedos e línguas roxos, o que apontava evidencias de que as mortes eram causadas pelo mesmo motivo: a leitura do livro envenenado, que fora escrito por Aristóteles e que exaltava a subliminaridade do riso. E essa leitura quebraria todo um alicerce dogmático que a igreja católica afirmava, tanto que o acesso a este livro era restrito, por ser considerado um ameaça à doutrina cristã. 
Na verdade, a biblioteca era secreta, porque ela incluia obras que não estavam devidamente interpretadas no contexto do cristianismo medieval. O acesso à ela era restrito, porque o conhecimento que tinha ali era pagão e que poderia ameaçar a doutrina cristã. E isso impedia que o conhecimento fosse acessível a quem quer que seja, salvo alguns privilegiados. As questões que rondavam pela detenção do conhecimento iam muito alem da obediência e do temor, eram de caráter social e econômico. O que se aprisionou por séculos nas bibliotecas foi muito mais que livros, foram verdades, que possibilitariam ao povo da época sair da escuridão.
Ao contrario de Baskerville, o monsteiro credita as mortes ao diabolico, ao sobrenatural. Visto que a igreja católica buscava uma imagem de santidade, uma série de assassinatos que trouxe uma atmosfera negativa ao ambiente espiritual do mosteiro não era bem visto. Por isso, essas mortes foram creditadas como “obra do diabo”, pois na igreja tinham a crença de que a fé não poderia se dominar pela razão. Era a idade das Trevas, em que se deixava todos os outros na ignorância.
No final, Baskerville, revela que as paginas do livro de Aristóteles foram envenenadas por um dos monges que odiava a comédia e via no riso uma possibilidade de duvida sobre Deus.
O filme é uma critica ao poder e dos valores imposto pela igreja nisso temos o embate entre os franciscanos e os representantes da Inquisição, também observamos a defesa da ciencia que auxilia no caminho que leva a verdade e ao conhecimento, e que a religião exigia uma devoção cega e quem questionasse ou fosse contra dos dogmas da igreja era severamente punido pela inquisição que fora criada para garantir que a igreja, que estreitava laços com o poder monárquico, permanecesse no topo da pirâmide socioeconômica da época. Temos assim então, um cenário que retrata um ambiente com contradições e oposições justificam as ações humanas.

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