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Slide 4 Empresarial

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4. DireitoEmpresarial I
Profa. M.S. Letícia Neves
Da Sociedade
• A sociedade constitui-se
através de um contrato entre
duas ou mais pessoas, que se
obrigam a combinar esforços
ou recursos para atingir fins
comuns.
• O que mais diferencia as
sociedades comerciais umas
das outras é a forma de
responsabilidade dos seus
sócios , pois conforme o tipo
de sociedade, respondem eles
ou não com seus bens
particulares pelas obrigações
sociais.
Estabelecimento Empresarial
• O art. 1.142 do Código
Civil Brasileiro, o
estabelecimento
comercial será todo o
complexo de bens,
corpóreos (mercadorias,
mesas, mobílias, imóveis)
ou incorpóreos (nome
comercial, marca,
patente, direitos) que
possibilitam o
desenvolvimento da
atividade empresarial.
• Ronaldo Sales Cardoso
afirma que:
• “Os elementos do
estabelecimento
empresarial são os meios
através dos quais o
empresário irá exercer a
sua atividade econômica
para cumprir a sua
finalidade principal, a
obtenção de lucro”.
Elementos do Contrato Social
• 1. Pluralidade de sócios:
uma sociedade empresária
resulta da vontade de, no
mínimo, duas pessoas, que
poderão ser pessoas naturais ou
pessoas jurídicas;
• 2. Participação nos resultados;
• 3. Affectio societatis: diz respeito
a disposição que toda pessoa
manifesta ao ingressar em uma
sociedade comercial, de lucrar ou
suportar prejuízo em decorrência
do negócio comum.
• 4. Capital social: é o valor
que os sócios ou acionistas
estabelecem para sua empresa
no momento da abertura. É a
quantia bruta que é investida, o
montante necessário para iniciar
as atividades de uma nova
empresa, considerando o tempo
em que ela ainda não vai gerar
lucro suficiente para se sustentar.
Capital Social
• De acordo com o Art.
981. Celebram contrato
de sociedade as pessoas
que reciprocamente se
obrigam a contribuir,
com bens ou serviços,
para o exercício de
atividade econômica e a
partilha, entre si, dos
resultados
• O Capital Social consiste na
contribuição dos sócios para a
formação de um montante
pecuniário pertencente à
pessoa jurídica. Esta
contribuição pode se ocorrer
em espécie, bens ou créditos.
• Excepcionalmente, temos a
contribuição em forma de
serviços, caso único previsto
no Novo Código Civil, quando
dispõe o legislador a respeito
das sociedades simples. (art.
997, V do CC).
Direitos e Obrigações dos Sócios
Direitos
• A participação nos lucros;
• Assumir a função de sócio
administrador;
• Fiscalizar os administradores
das sociedades;
• Ter acesso aos dados
contábeis;
• Direito de retirada.
Obrigações
• Integralizar o Capital Social;
• Participar das perdas;
• Respeitar as cláusulas
pactuadas no Contrato
Social;
• Prestar contas quando
assumir a função de sócio
administrador.
Resolução ou Dissolução Parcial da 
Sociedade
• 1. Morte; (1.028 e
1.032 do CC)
• 2. Exercício Direito
Retirada; (1.029 CC)
• 3. Expulsão ou exclusão
de um sócio. (1.030 CC
e 1.085 CC)
• 4. Cessão de quotas
(1.031 CC).
• *OBS: Cessão a parte cedente se
compromete a transferir para parte
cessionária a parcialidade ou totalidade de
suas quotas.
• OBS: pode existir a
substituição do falecido,
por um herdeiro se
houver acordo e
vontade entre as partes,
pois ninguém é
obrigado a manter
sociedade sem que se
interesse por isso.
O Direito Societário segundo o Código 
Civil
• Sociedades não personificas
- Em conta de participação
- Em comum (chamada de irregular ou de fato)
• Sociedades personificadas
Sociedade em nome coletivo
Sociedade em comandita simples
Sociedade limitada
Sociedade em comandita por ações
Sociedade Anônima
Cooperativas
Sociedades não personificadas
(arts. 986 a 996 CC- não possuem personalidade jurídica, por não possuírem registro)
• 1.A sociedade em conta de
participação (art. 991 a 996 do
CC) não tem registro por conta
de interesse dos próprios
sócios, que costumam firmar
apenas um contrato de uso
interno.
• Nesse tipo de sociedade,
reconhece-se a existência de
duas espécies de sócios:
• 1. Ostensivo
• 2. Oculto (Participante).
• Sócio ostensivo, é o sócio que
se obriga perante terceiros nas
negociações. Em outras
palavras, é aquele que traz
para si todas as obrigações
contraídas em virtude da
execução do objeto social da
sociedade. Ele deve prestar
contas perante os demais
sócios.
• O sócio oculto ou participante
não aparece perante terceiros,
respondendo, apenas, perante
o sócio ostensivo, conforme
previsto em contrato.
• Importante mencionar que a SCP não
possui personalidade jurídica, o que
significa dizer que seu contrato de
constituição não necessita de registro
para sua existência, tampouco de
qualquer outra autorização ou
aprovação de qualquer órgão. Em
razão da ausência de personalidade
jurídica, o sócio ostensivo é quem
responde por suas atividades.
• No entanto, nada obsta que se efetue
o registro do ato constitutivo da
sociedade no Registro de Títulos e
Documentos, com a finalidade de
proteção dos interesses dos
envolvidos.
• Apesar da ausência de formalidades,
a SCP precisa ter uma escrituração
contábil específica, razão pela qual é
obrigatória a emissão de um Cartão
CNPJ.
• Possível citar como exemplo
desses negócios além das
incorporações prediais, os
loteamentos; as atividades
médico-hospitalares cujo
propósito é o tratamento
que dependa da aquisição
de um equipamento de alto
custo, por exemplo; a
exploração de artigos de
época (Páscoa, Natal, Dias
das mães, Carnaval, etc);
investimento em startups;
entre outros
• 2. A sociedade comum- art
986 a 990 do CC (irregular
de fato ou informal).
• Sócios constituíram,
assinaram um contrato
social, pactuaram a
constituição da sociedade,
só que não levaram o
instrumento para registro
no órgão competente.
Então perante terceiros ela
não existe formalmente (só
existe entre os sócios).
• É temporária pois entre
assinatura e registro, pois após o
registro ela passa a ser o tipo
societário que os sócios
escolheram.
• Nesse tipo de sociedade, os
sócios respondem de modo
solidário e ilimitado e solidária
pelas dívidas sociais.
• Exemplo: posso escolher LTDA,
faço o contrato social, assino e
enquanto não levar a registro ela
é comum. Após registro passa a
ser LTDA.
Sociedades Personificadas
• São as que possuem uma
personalidade diversa dos
sócios.
• Possuem personalidade
jurídica própria que não
se confunde com a
personalidade dos sócios
(duas entidades
diferentes a da sociedade
e dos sócios)
• São constituídas
mediante contrato
escrito; particular ou
público; levado
obrigatoriamente ao
órgão de registro
competente no prazo
máximo de 30 dias após
sua assinatura.
• Podem ser divididas em
simples ou empresárias:
Simples
• Será constituída mediante contrato por
escrito, particular ou público, devendo
conter além das cláusulas livremente
pactuada entre os sócios:
- Nome, nacionalidade, estado civil,
profissão, residência;
- Objeto social, sede e prazo de duração
da sociedade
- Capital social em moeda corrente;
- Quota de cada sócio e integralização
- Prestações de cada sócio no capital
social
- Poderes atribuídos a cada sócio
- Participação dos lucros e perdas de
cada sócio
- Forma de responsabilidade dos sócios
Empresárias
• Pessoa jurídica que explora a empresa.
• 1. Quanto a responsabilidade dos
sócios:
- Ilimitada: Respondem de forma
solidária e ilimitada pelas obrigações
sociais. (ex: em nome coletivo- art.
1.039 CC)
- Limitada: Respondem até certo limite
da contribuição para o capital social (ex:
Sociedades por Ações e Ltda).
- Mista: Alguns sócios respondem de
forma ilimitada pelas obrigações da
sociedade; outros de forma limitada
(ex: Sociedade em comandita simples-
art. 1.045 CC)
• 2. Quanto a forma de constituiçãoe
dissolução:
- Contratual: Através contrato social (ex:
sociedade em nome coletivo,
comandita simples e limitada)
- Institucional: Regulamentada a partir de
um estatuto social (ex: comandita por
ações e anônima).
*Em nome coletivo
• Sociedade de pessoas na qual todos
os sócios tem responsabilidade
solidária e ilimitada pelas obrigações
sociais (art. 1039 CC).
• Somente pessoas físicas podem
participar, sejam empresárias ou não.
• A administração compete aos sócios,
não admitindo delegação de poderes
a terceiros.
• Dissolução: findo o prazo estipulado
de sua duração; pela vontade
unânime dos sócios; deliberação da
maioria absoluta dos sócios (art.
1044 CC)
*Em comandita simples
• Há duas categorias de sócios:
• 1. Comanditados: Pessoas físicas
com responsabilidade solidária e
ilimitada pelas obrigações sociais
• 2. Comanditários: Pessoas físicas
ou jurídicas com responsabilidade
limitada ao valor de sua quota
(art. 1045 CC).
• Dissolução: vencimento prazo,
vontade unanime, deliberação da
maioria, por falta de pluralidade
de sócios no prazo de 180 dias,
cassação de autorização para
funcionar, falência.
*Sociedade Limitada
• Considerada uma das sociedades
mais usuais no Direito Brasileiro,
uma vez que a responsabilidade
dos sócios está restrita ao valor de
suas quotas, estabelecendo nítida
separação entre o patrimônio da
sociedade e o patrimônio pessoal
dos sócios, que não podem ser
atingidos pelas obrigações sociais.
• Capital Social: É a contribuição
inicial dos sócios para a formação
da sociedade. O ato inicial para a
contribuição do capital social (ou
subscrição) representa uma
manifestação de vontade em
tornar-se sócio da sociedade,
podendo a subscrição ocorrer de
imediato ou em até 180 dias.
*Sociedade em comandita por 
ações
• A Sociedade em comandita por
ações, é aquela em que o capital
social é dividido em ações, sendo
que os acionistas respondem
apenas pelo valor delas subscritas
ou adquiridas, mas tendo os
administradores (diretores),
responsabilidade subsidiária,
ilimitada e solidária, em razão das
obrigações sociais.
• * Subsidiário: obrigado a complementar o que o
causador do dano (débito) não foi capaz de
arcar sozinho.
*Sociedade Anônima
• É regida pela Lei 6.404/76, usualmente
utilizada para constituição de sociedade
que necessita de grandes investimentos.
Por disposição legal, será sempre
mercantil, independente de seu objeto
social. (art 2ª, LSA).
• Capital Social: Divide-se em ações, as
quais representam valores mobiliários,
que limitam a responsabilidade do
acionista. O limite desta é o preço de
emissão (subscrição).
- Sociedade anônima aberta: seus valores
mobiliários encontra-se em negociação no
mercado de valores mobiliários, a cargo
do mercado de balcão ou das bolsas de
valores.
- Sociedade anônima fechada: seus valores
mobiliários não estão em negociação
nestes mercados (art. 4ª LSA).
Cooperativas
• As Sociedades Cooperativas
estão reguladas pela Lei 5.764,
de 16 de dezembro de 1971,
além do Código Civil Brasileiro.
• Cooperativa é uma associação
de pessoas com interesses
comuns, economicamente
organizada de forma
democrática, isto é, contando
com a participação livre de
todos e respeitando direitos e
deveres de cada um de seus
cooperados, aos quais presta
serviços, sem fins lucrativos.
Responsabilidade da sociedade e dos 
sócios
• Os sócios respondem por seus atos
perante terceiros, desde o primeiro
momento em que se inicia a operação
negocial.
• O Código Civil regula, nos artigos 1.001 a
1.009, a responsabilidade dos sócios em
relação aos direitos e obrigações entre si e
terceiros, que devem ser cumpridas
durante todo tempo em que a relação
jurídica que foi firmada.
• As obrigações dos sócios começam
imediatamente com o contrato, se este
não fixar outra data, e terminam quando,
liquidada a sociedade, se extinguirem as
responsabilidades sociais.
• O sócio não pode ser substituído no
exercício das suas funções, sem o
consentimento dos demais sócios,
expresso em modificação do contrato
social.
• Os sócios são obrigados, na forma e prazo previstos,
às contribuições estabelecidas no contrato social, e
aquele que deixar de fazê-lo, nos 30 dias seguintes
ao da notificação pela sociedade, responderá
perante esta pelo dano emergente da mora.
• O que no caso de incorrer a mora, poderá a maioria
dos demais sócios preferir, à indenização, a exclusão
do sócio remisso, ou reduzir-lhe a quota ao
montante já realizado, o que deverá ser observado
a situação do capital social em relação a quota do
sócio remisso.
• Visto que nos casos em que a sociedade se resolver
em relação a um sócio, o valor da sua quota,
considerada pelo montante efetivamente realizado,
liquidar-se-á, salvo disposição contratual em
contrário, com base na situação patrimonial da
sociedade, à data da resolução, verificada em
balanço especialmente levantado.
• O capital social sofrerá a correspondente redução,
salvo se os demais sócios suprirem o valor da quota.
• Pela regra do artigo 977 do
Código Civil, faculta-se aos
cônjuges contratar sociedade,
entre si ou com terceiros, desde
que não tenham casado no
regime da comunhão universal de
bens, ou no da separação
obrigatória. Na infringência desta
norma, torna-se ilimitada a
responsabilidade, por clara
infringência à lei.
• No caso de existirem débitos
trabalhistas; e ainda na
ocorrência de fraude contra
credores da sociedade, a
responsabilidade social também é
ilimitada.
Princípio da Autonomia Patrimonial
• O princípio da autonomia
patrimonial enuncia que o
patrimônio da sociedade
empresarial não se confunde com
o de seus sócios. Desta forma, as
obrigações da sociedade não
podem ser cobradas de seus
sócios. Uma exceção esse
princípio é a desconsideração da
personalidade jurídica.
• O ilustre doutrinador Fábio Ulhôa
Coelho delineia o fundamento
doutrinário para a aplicação
desse instituto:
• "Em razão do princípio da autonomia patrimonial, as
sociedades empresárias podem ser utilizadas como
instrumento para a realização de fraude contra os
credores ou mesmo abuso de direito. Na medida em
que é a sociedade o sujeito titular dos direitos e
devedor das obrigações, e não os seus sócios,
muitas vezes os interesses dos credores ou terceiros
são indevidamente frustrados por manipulações na
constituição de pessoas jurídicas, celebração dos mais
variados contratos empresariais, ou mesmo realização
de operações societárias, como as de incorporação,
fusão, cisão. Nesses casos, alguns envolvendo elevado
grau de sofisticação jurídica, a consideração da
autonomia da pessoa jurídica importa
a impossibilidade de correção da fraude ou do abuso.
Quer dizer, em determinadas situações, ao se
prestigiar o princípio da autonomia da pessoa jurídica,
o ilícito perpetrado pelo sócio permanece oculto,
resguardado pela licitude da conduta da sociedade
empresária. Somente se revela a irregularidade se o
juiz, nessas situações (quer dizer, especificamente no
julgamento do caso), não respeitar esse princípio,
desconsiderá-lo. Desse modo, como pressuposto da
repressão a certos tipos de ilícitos, justifica-se
episodicamente a desconsideração da
personalidade jurídica da sociedade empresária."
• COELHO, Fábio Ulhôa. Curso de direito comercial. v II.
São Paulo: Saraiva, 2012.
Desconsideração da Personalidade 
Jurídica
• A teoria da desconsideração da
personalidade jurídica ("Disregard
theory") é o instrumento
utilizado, no direito civil e do
consumidor, para que, em casos
de fraude ou abuso da
personalidade jurídica, possa o
devedor ou consumidor não
somente alcançar os bens da
empresa, bem como os bens
daqueles que a utilizaram de
modo fraudulento.
• A desconsideração somente pode
ser realizada mediante decisão
judicial, e possui previsão no art.
50, do CC:
• Art.50. Em caso de abuso da
personalidade jurídica,
caracterizado pelo desvio de
finalidade, ou pela confusão
patrimonial, pode o juiz decidir, a
requerimento da parte, ou do
Ministério Público quando lhe
couber intervir no processo, que
os efeitos de certas e
determinadas relações de
obrigações sejam estendidos aos
bens particulares dos
administradores ou sócios da
pessoa jurídica.
Exemplo
• No direito brasileiro, não só as
pessoas naturais são sujeitos de
direitos e deveres, as pessoas
jurídicas também.
• É o caso de quando duas pessoas se
unem para formar uma sociedade.
Eles criam uma pessoa jurídica com
patrimônio distinto da dos sócios em
decorrência do Princípio da
Autonomia Patrimonial . Dessa forma
no caso da empresa ter uma dívida,
ela vai ser cobrada do patrimônio da
pessoa jurídica e não do patrimônio
dos sócios.
• Essa autonomia patrimonial entre a
pessoa jurídica e a pessoa física dos
sócios é importante para estimular a
atividade empresarial e comercial,
no entanto não pode servir como
passaporte para o cometimento de
fraudes.
• Exemplo: Sócios de uma empresa
que vão contraindo uma série de
dívidas em nome da empresa e
enriquecendo, ao final quem vai
cobrar a dívida se depara com a
seguinte situação: a empresa não
tem mais bens! Nesta situação que
entra a DESCONSIDERAÇAO DA
PESONALIDADE JURÍDICA, na qual vai
poder ser afastada a autonomia
patrimonial da empresa e cobrado
diretamente dos sócios as dívidas da
pessoa jurídica.
• Art. CDC
• Lei de Crimes Ambientais
• Art. 50 CC
• Art. 133 CPC
Nome Empresarial
• Todo empresário, seja pessoa física ou jurídica
necessariamente tem um nome empresarial tanto para que
possa exercer atividade econômica quanto para
identificação do mesmo, ou seja, é o elemento de
identificação do empresário ou da sociedade empresaria.
• De maneira que essa designação serve para indicar o nome
do empresário e também o seu ramo de atuação, podendo
ser ele um empresário individual (pessoa física ou natural)
ou uma firma social quando tratar-se de uma sociedade
empresária, é a maneira como a empresa se apresenta em
as suas relações negociais, antes da lei 8934/94 o nome
empresarial era chamado de nome comercial.
• Firma Individual: Seguindo o disposto no
C. C:
• Art. 1.156 - O empresário opera sob
firma constituída por seu nome,
completo ou abreviado, aditando-lhe, se
quiser, designação mais precisa da sua
pessoa ou do gênero de atividade.
• Desse modo no que se refere à
estrutura, a firma individual somente
poderá operar tendo por base o nome
civil do empresário individual, note que
nesse caso o artigo diz respeito somente
ao empresário e não a sociedade
empresarial, ou seja, este artigo aplica-
se somente a firma individual, assim
sendo o nome empresarial dessa
espécie sempre será composto pelo
nome civil, poderá ainda o empresário
utilizar esse nome de forma completa ou
mesmo abreviada.
• É possível ainda em casos específicos
fazer uso de apelidos, quando o
empresário possuir um nome muito
comum como João da Silva, poderá
ele utilizar-se de um apelido pelo
qual já tem certo reconhecimento,
por exemplo: “alemão” para que
possa haver uma distinção maior de
seu nome empresarial como dispõe o
parágrafo único do artigo 1.163 C. C.:
• Art. 1.163. O nome de empresário
deve distinguir-se de qualquer outro
já inscrito no mesmo registro.
• Parágrafo único. Se o empresário
tiver nome idêntico ao de outros já
inscritos, deverá acrescentar
designação que o distinga.
• Ex: Maria Santos Comércio de Doces
Existem no Direito, conforme o disposto no artigo 1.155 do Código Civil duas 
espécies de nome empresarial são elas: a firma e a denominação. 
• Outra questão
importante a respeito da
firma individual é que o
empresário não é
obrigado a colocar no
nome empresarial o
ramo de atividade
exercido por sua
empresa, sendo assim a
designação do objeto
facultativa. Para Fran
Martins:
• É o nome comercial formado
do nome patronímico ou de
parte desse nome de um
comerciante ou de um ou mais
sócios de sociedade comercial,
acrescido ou não, quando se
trata de sociedade, das
palavras e companhia.
• O comerciante individual, por
realizar o comércio sozinho,
naturalmente terá uma firma
composta de seu nome
patronímico, usado por
extenso ou abreviadamente...
Não pode usar um nome de
fantasia como nome
comercial.
• Firma social ou como também
é chamada a razão social,
nomenclatura essa utilizada
somente para designar a
sociedade, na composição da
firma social somente poderá
figurar os nomes dos sócios
que compõe a sociedade,
somente estes nomes poderão
fazer parte da firma social,
então temos:
• Ex: Santos, Souza & Cia.
Comércio de Doces
• Ex: Os sócios de uma empresa se
chamam Michael Jackson e Elvis
Presley, a firma social poderia ser
a junção desses dois nomes,
ficando “Michael Jackson e Elvis
Presley Ltda” se a
responsabilidade desses sócios
for limitada o que é mais comum
atualmente ou ainda a firma
social poderá ser formada pelas
abreviaturas dos nomes “Jackson
& Presley Ltda.”
• Existe ainda uma outra
possibilidade que é a utilização
do nome de apenas um dos
sócios ou mesmo dois, seguido da
expressão “Companhia ou Cia”,
• O artigo 1.157 C. C.
Dispõe a respeito da
firma social de
responsabilidade
ilimitada e delimita que
nesse tipo de
responsabilidade
somente poderá operar a
sociedade empresário sob
firma social (nomes dos
sócios que compõe a
sociedade).
• Nos casos de sociedade
limitada poderá operar a
firma social sob uma
denominação, não sendo
necessária a utilização
dos nomes dos sócios. A
denominação é o nome
empresarial de fantasia (o
famoso nome fantasia) ou
tirado do objeto social da
sociedade empresarial
• Nas sociedade anônima, as
famosas “S. A.”, não deverá o
nome empresarial conter nome
dos sócios, cabendo apenas
nesses casos a denominação, no
entanto cabe aqui também uma
exceção, admite-se a utilização do
nome de um sócio se tiver como
objetivo homenagear um sócio,
por exemplo aquele sócio que
fundou a sociedade ou que fez
com que a empresa prosperasse,
nesse caso específico a lei admite
um nome de sócio na
denominação.
• Art. 1.160. A sociedade anônima
opera sob denominação
designativa do objeto social,
integrada pelas expressões
"sociedade anônima" ou
"companhia", por extenso ou
abreviadamente.
• Parágrafo único. Pode constar da
denominação o nome do
fundador, acionista, ou pessoa
que haja concorrido para o bom
êxito da formação da empresa.
• A sociedade cooperativa,
necessariamente deverá
constituir o seu nome
empresarial sob denominação
social, acrescido da expressão
“cooperativa”.
• Exemplo: Cooperativa de
Reciclagem de São Paulo.
Como podemos constatar no
artigo 1.159 C. C.:
• Art. 1.159. A sociedade
cooperativa funciona sob
denominação integrada pelo
vocábulo "cooperativa".
• Temos ainda uma
nomenclatura diferente
utilizada na sociedade
comandita por ações como
dispõe o artigo 1.161 C. C.
• Art. 1.161. A sociedade em
comandita por ações pode, em
lugar de firma, adotar
denominação designativa do
objeto social, aditada da
expressão "comandita por
ações".
• A denominação é o
nome adotado pela
empresa individual de
responsabilidade
limitada e pela
sociedade empresária
para o exercício de sua
atividade, nome pelo
qual se identifica no
mundo empresarial.
• Identifica as sociedades por
quotas de responsabilidade
limitada e as sociedades por
ações. É constituída por
NOME FANTASIA, devendo
designar o objeto da
sociedade.
• Ex: Armazém São Judas;
Padaria Irmãos Santos.
EIRELI
Empresa Individual de Responsabilidade Limitada
• Empresa Individual de
Responsabilidade Limitada (Eireli) é
uma categoria empresarial que
permite a constituição de uma
empresa com apenas um sócio: o
próprio empresário.
• Essa modalidadefoi criada em 2011 e
surgiu com o propósito de acabar
com a figura do sócio “fictício”,
prática comum em empresas
registradas como sociedade limitada,
que antes só poderiam ser
constituídas por, no mínimo, duas
pessoas, e agora podem ser abertas
com um único sócio.
• A Eireli permite a separação entre o
patrimônio empresarial e privado. Ou
seja, caso o negócio contraia dívidas,
apenas o patrimônio social da
empresa será utilizado para quitá-las,
exceto em casos de fraude.
• Isso é garantido pela exigência de um
capital mínimo de 100 vezes o valor
do salário-mínimo no momento do
registro da empresa.
• Por muito tempo, empreendedores
que criavam micro e pequenas
empresas, as MPEs, escolhiam a
sociedade limitada. Agora, a Eireli é
mais vantajosa para eles.
Regras gerais sobre a formação do 
nome empresarial
• 1. Veracidade 
• Deve ser verdadeiro o nome do sócio,
tanto na firma, como na
denominação social, e sincera a
indicação da atividade que venha a
incorporar o nome (deve estar
explicitada no objeto social), desse
modo não se poderia chamar uma
panificadora de “drogal” por
exemplo, estaria o empresário
induzindo o consumidor a erro, pois
faltaria veracidade nesse nome
empresarial. Ressalta-se também os
casos da firma social que só pode
possuir o nome dos sócios, o que
ocasionalmente pode causar alguns
problemas, como demonstrado a
seguir:
• Ex: Osama Bin Laden e Saddam
Hussein atuam sob a firma social de
“Bin Laden & Hussein Ltda.”, com a
morte de Saddam Hussein,
necessariamente Osama Bin Laden
terá de tirar o nome do sócio
falecido, pois quando o nome do
sócio é colocado no nome
empresarial, quem contrata com essa
sociedade presume que está
contratando com os sócios quando
isso não é mais verdadeiro, ferindo
dessa forma o principio da
veracidade.
• Art. 1.165. O nome de sócio que vier
a falecer, for excluído ou se retirar,
não pode ser conservado na firma
social.
• 2. Novidade
• Deve ser adotado um nome
novo e diferente de outro já
existente a fim de evitar erros
e confusões nas identificações
das empresas, portanto é
necessário que se faça uma
busca prévia na Junta
Comercial, para verificar se o
nome empresarial escolhido
não esta sendo utilizado, caso
não haja, você fará o registro
do mesmo na Junta Comercial
é o princípio da novidade.
• Art. 1.163. O nome de
empresário deve distinguir-se
de qualquer outro já inscrito
no mesmo registro.
• Parágrafo único. Se o
empresário tiver nome idêntico
ao de outros já inscritos,
deverá acrescentar designação
que o distinga.
• 3. Identificação do tipo
• Deve o nome
empresarial identificar
o tipo jurídico da EIRELI
ou da sociedade.
• 4. Proteção à moral
• É vedado o uso de
palavras ou expressões
atentatórias à moral e
aos bons costumes na
composição do nome
empresarial.
• 5. Vedação a siglas e
denominações de órgãos
públicos
• Vedação do uso de siglas
ou denominações de
órgãos públicos da
administração direta ou
indireta e de organismos
internacionais e aquelas
consagradas na lei e atos
regulamentares
emanados do Poder
Público.
Proteção do Nome Empresarial
• A proteção do nome
empresarial dá-se por meio do
registro efetuado na Junta
Comercial, feito isso não
poderá nenhum outro
individuo utilizar-se desse
nome no âmbito estadual, pois
a Junta Comercial é órgão
estadual, portanto essa
proteção é válida somente no
estado em que foi efetuado o
registro, caso o empresário
queira que essa proteção seja
efetiva em todo o país, esse
registro deverá ser feito em
todas as unidades federativas.
• Art. 1.166. A inscrição do
empresário, ou dos atos
constitutivos das pessoas
jurídicas, ou as respectivas
averbações, no registro
próprio, asseguram o uso
exclusivo do nome nos limites
do respectivo Estado.
• Parágrafo único. O uso
previsto neste artigo estender-
se-á a todo o território
nacional, se registrado na
forma da lei especial
• OBS: INPI- Instituto Nacional
da Propriedade Industrial
• Importante ainda é também
ressaltar a inalienabilidade
do nome empresarial visto
que este, diferentemente
do nome fantasia, que pode
ser vendido, denomina o
empresário, ou seja, é
elemento de identificação
do empresário individual ou
coletivo. O nome
empresarial deve seguir
uma série de regras e
princípios como o da
veracidade.
• Art. 1.164. O nome
empresarial não pode ser
objeto de alienação.
• Parágrafo único. O
adquirente de
estabelecimento, por ato
entre vivos, pode, se o
contrato o permitir, usar o
nome do alienante,
precedido do seu próprio,
com a qualificação de
sucessor.
Estabelecimento Empresarial
• Entende-se por
estabelecimento empresarial o
conjunto de bens (como
máquinas, marca, tecnologia,
imóvel, etc.) que o empresário
ou sociedade empresária
reúne para a exploração da
atividade econômica.
• A definição legal de
estabelecimento empresarial
encontra-se disposta no artigo
1.142 do Código Civil, que
assim disciplina a matéria:
• “Considera-se
estabelecimento todo
complexo de bens
organizado, para
exercício da empresa
(atividade), por
empresário (pessoa
física), ou por
sociedade empresária
(pessoa jurídica).
• Para Fábio Ulhoa Coelho o
estabelecimento empresarial “é o
conjunto de bens que o empresário
reúne para exploração de sua
atividade econômica.” (COELHO,
2009, p. 96)
• Trata-se do conjunto dos bens
indispensáveis à atividade principal e
ao desenvolvimento da empresa; tais
como mercadorias em estoque,
máquinas, veículos, marca e outros
sinais distintivos, tecnologia etc., de
sorte que este conjunto de
elementos constitui parte essencial e
indissociável à empresa.
• A empresa, portanto, não subsiste
sem estabelecimento empresarial.
Isso porque não há como produzir e
fazer circular bens ou serviços sem o
conjunto de bens destinados à
atividade empresarial que o
estabelecimento comercial
representa. Ainda que empresa e
estabelecimento empresarial sejam
indissociáveis, o elo entre eles
residirá somente na vontade do
empresário que poderá alterar a
composição destes bens quando
assim desejar. Contudo, é importante
ressalvar que estes bens comporão o
patrimônio próprio da empresa, que
irá utilizá-los para exercer a atividade
econômica a qual ela se destina, não
podendo confundi-los com os bens
próprios do empresário.
Elementos Constitutivos do 
Estabelecimento Comercial
• a) bens corpóreos:
mercadorias do
estoque, terrenos,
edifícios, construções,
usinas, armazéns,
máquinas,
equipamentos,
produtos acabados,
balcões, mobiliário,
veículos, etc.; e ainda
• b) bens incorpóreos: nome
comercial objetivo, título e
insígnia do estabelecimento,
patentes de invenção, de
modelos de utilidade, registro
de desenhos industriais;
marcas de produto ou serviço,
marcas de certificação, marcas
coletivas, obras literárias,
artísticas, científicas,
estratégia, logística, nome
empresarial, titulo do
estabelecimento, know how,
ponto comercial e o
aviamento.
• O estabelecimento empresarial, como já observamos, compõe-se da
reunião de bens necessários à consecução do objetivo empresarial. A
doutrina costuma dividir os referidos bens em materiais e imateriais. Os
bens materiais são representados pelos bens tangíveis, tais como o
estoque, os mobiliários, os utensílios, veículos, maquinaria e todas as
demais coisas utilizadas na atividade empresária (COELHO, 2009). Assim,
temos que os elementos corpóreos (ou materiais) serão aqueles cuja
utilização é possível para realizar a exploração econômica. Já os elementos
incorpóreos (ou imateriais) são frutos da inteligência ou do conhecimento
do homem e principalmente, não ocupam espaço no mundo, eles
consistem naqueles bens de propriedade do empresário que não são
suscetíveis de apropriação física e que são frutos da inteligência ou do
conhecimento humano, como é o caso dos bens integrantesda
propriedade industrial (patente de invenção, modelo de utilidade,
desenho industrial e a marca), o segredo industrial, o nome empresarial e
o ponto (local onde o empresário está localizado) (BERTOLDI. 2003).
As 4 unidades do Estabelecimento 
Empresarial
• 1. Teoria Geral do
Estabelecimento
Empresarial
- Matriz, Filial e Sucursal
- Trespasse de
Estabelecimento
• 2. Qualidades do
Estabelecimento
Empresarial
- Aviamento e Clientela
• 3. Ponto Empresarial
• 4. Direito de Propriedade
Industria
- Patente de Invenção
- Desenho Industrial
- Marcas
- Cessão de Uso e licenças
- Licença Compulsória
- Extinção dos Direitos de
Propriedade Industrial
1. Trespasse de Estabelecimento
• Trata-se de um contrato oneroso de
alienação/transferência do
estabelecimento empresarial. Nota-
se que a condição de eficácia perante
terceiros é o registro do contrato de
trespasse na Junta Comercial e a sua
posterior publicação. O trespasse
acarreta a transferência do conjunto
de bens organizados pelo alienante
ao adquirente, para que este, no
lugar do primeiro, prossiga com a
exploração da atividade empresarial.
Ao assumir a posição de empresário,
o adquirente deve arcar com todos
os contratos celebrados pelo
alienante, por força da atividade
exercida.
• Artigos 1.144 a 1.149 do Código Civil
2. Qualidades do Estabelecimento 
Empresarial: Aviamento e Clientela
• O aviamento corresponde à
potencialidade do
estabelecimento empresarial
gerar lucro, estando diretamente
relacionado à clientela: quanto
maior a clientela, maior o
aviamento. Não se pode
considerar o aviamento um bem
integrante do estabelecimento,
corresponde a um atributo dele,
sua capacidade de gerar lucros.
Esse é o atual entendimento da
doutrina. Nesse sentido, Marcelo
de Andrade Féres destaca:
• “o aviamento constitui um atributo do
estabelecimento, e não da empresa, como
pretende parte da doutrina. Inegavelmente,
o aviamento é o sobre valor que se confere
ao estabelecimento bem
organizado. Suponha-se que um empresário,
que vende no varejo calçados de luxo, tenha
dois estabelecimentos empresariais, um
situado num bairro nobre e outro numa
localidade humilde. No primeiro ponto, ele
tem ótima clientela, as vendas são
significativas. No segundo, o movimento não
é suficiente para o pagamento dos custos
operacionais. Com certeza, o aviamento não
pode estar relacionado à empresa
(atividade), pois ela é idêntica em ambas as
situações. A capacidade de gerar lucro,
assim, decorre diretamente da articulação
dos elementos do estabelecimento, inclusive
o espacial, o que torna patente que cada
azienda tem seu aviamento” (FÉRES, 2007,
p.34)
• Clientela, por seu turno e,
segundo a doutrina de Oscar
Barreto Filho, pode ser
compreendida como o conjunto
de pessoas que, de fato, mantém
com a casa de comércio relações
contínuas para aquisição de bens
ou serviços. Ela recebe proteção
legal em relação à práticas
abusivas e este fato pode causar
problemas de interpretação, pois
parte da doutrina também
classifica a clientela como bem
imaterial, o que não se deve
admitir, conforme veremos a
seguir
• A clientela é um resultado de
uma situação de fato, fruto da
melhor organização do
estabelecimento, do melhor
exercício da atividade, decorrente
do desempenho da empresa, que
não pode, no entanto, ser
confundido como um elemento
do estabelecimento, como
veremos, a clientela é composta
de pessoas, e como tal, não pode
ser alvo de apropriação ou
propriedade por parte de alguém
• O fato da clientela de um
determinado estabelecimento
empresarial ser protegida
juridicamente contra práticas
abusivas de eventuais concorrentes
não significa que a clientela se tornou
elemento do estabelecimento
empresarial ou propriedade do
empresário (COELHO 2009).
• Segundo a doutrina de Ricardo
Negrão, “nem a clientela nem o
aviamento integram o
estabelecimento empresarial,
porque não se subsomem ao
conceito de coisa, suscetível de
domínio.”
• Tanto o aviamento quanto a clientela,
por não serem considerados coisa, ou
objeto de direito, não podem ser
transferidas ou vendidas. De acordo
com os ensinamentos de Oscar
Barreto Filho: “o aviamento existe no
estabelecimento, como a beleza, a
saúde ou a honradez existem na
pessoa humana, a velocidade no
automóvel, a fertilidade no solo,
constituindo qualidades incindíveis
dos entes a que se referem. O
aviamento não existe como elemento
separado do estabelecimento, e,
portanto, não pode constituir em si e
por si objeto autônomo de direitos,
suscetível de ser alienado, ou dado
em garantia.”
3. Ponto Empresarial
• O ponto é local exato em que está
constituído o estabelecimento, local este que
interfere diretamente no sucesso ou não do
estabelecimento. Se o empresário for
proprietário do imóvel o direito de
propriedade tutela seus interesses, mas se
ele é locatário, este interesse em ficar no
imóvel é protegido pela locação empresarial,
disciplinada pela lei 8.245/91, (artigo 51) que
requer contrato escrito por prazo
determinado, vínculo locatício por pelo
menos cinco anos (renováveis por mais
cinco) e ainda, que o empresário exerça a
mesma atividade por pelo menos três anos.
• Importante ressaltar que o Ponto
Empresarial pertence à pessoa que explora a
atividade, e não ao proprietário do imóvel,
sendo que ambos consideram-se diversos. O
Ponto Empresarial não existe por si só, ele
depende do exercício e da exploração da
empresa e é fruto dela; uma consequência
do trabalho desenvolvido.
• As exceções de retomar o imóvel são
(art. 52 e 72).
• 1. a insuficiência da proposta do
comerciante;
• 2. melhor proposta de um terceiro;
• 3. realização de obras de valorização;
• 4. exigências do poder público,
transferência do estabelecimento
comercial existente a mais de um ano
que opera em ramo diferente do
locatário, e que pertença a
ascendente, descendente, cônjuge
ou sociedade do locador
• 5. Pode, ainda, retomar o imóvel o
proprietário nos casos de uso
próprio.
• Caso a ação renovatória seja
improcedente caberá
indenização pela perda do
ponto nos seguintes casos:
• Quando não houver melhor
proposta de terceiro; se as
obras a serem realizadas não
tiverem inicio dentro de três
meses; ou se no local for
explorado o mesmo ramo do
comércio, exceto em casos de
locação gerência, aquela onde
ocorre a locação do imóvel e
do estabelecimento comercial.
Estabelecimento Empresarial e Fundo 
de Comércio
• Nos termos do art. 1.142 do Código Civil, o
estabelecimento comercial é todo o
complexo de bens organizado para exercício
da empresa, seja por empresário, seja por
sociedade empresária, sem o qual não é
possível exercer a atividade empresarial.
• Art. 1142 - Considera-se estabelecimento
todo complexo de bens organizado, para
exercício da empresa, por empresário, ou por
sociedade empresária.
• É, portanto, um conjunto de meios
destinados ao exercício da atividade
comercial, que constitui uma universalidade
de fato, pois é composto pela reunião de
bens, não decorrente de determinação legal,
mas sim de vontade do seu titular(1).
• Os bens que constituem o estabelecimento
comercial podem ser corpóreos ou
incorpóreos.
• Fábio Ulhoa Coelho, "ao organizar o estabelecimento, o
empresário agrega aos bens reunidos um sobre valor.
Isto é, enquanto esses bens permanecem articulados
em função da empresa, o conjunto alcança, no
mercado, um valor superior à simples soma de cada um
deles em separado".
• Esse valor agregado é chamado de goodwill, goodwill of
trade, fundo de comércio, fundo de empresa ou
aviamento.
• Em suma, o estabelecimento comercial é o conjunto de
bens materiais ou não de que o empresário se utiliza
para exercer a sua atividade comercial. Por outro lado,
o valor desse conjunto de bens é o fundo de comércio.
• OBS: Embora não haja um conceitouniforme de fundo
de comércio, tem-se reconhecido, segundo consenso
geral, que é ele composto de um conjunto de bens
corpóreos ou incorpóreos que facilitam o exercício da
atividade mercantil. No Brasil, emprega-se, também, a
expressão estabelecimento comercial para denominar
o fundo de comércio.
Shopping Center
• Segundo doutrina de Orlando
Gomes, da Escola de Magistratura
Nacional, jurisprudências colhidas em
vários Tribunais, bem como em vários
livros que abrangem tal tema, o
"shopping center" é um
empreendimento de um só
empreendedor sendo este o único
proprietário de todas as unidades,
única e exclusivamente de uso
comercial, que formam um todo
incindível, dá unidades em locação
em troca do faturamento da
atividade comercial exercida pelo
lojista que ele também incrementa,
têm a administração única e
centralizada, todos os contratos são
padrão, entre suas diversas outras
características jurídicas próprias de
Shopping Center.
• É uma organização da competição no
interior do prédio realizada pelo
proprietário (tenant mix), que coloca
a marca ou loja que ele julga
interessante colocar dentro do
prédio.
• Alguns entendem que o contrato
entre o lojista e o proprietário do
shopping é de locação, mas apesar
do parecido não é porque o ponto é
do shopping, o dono da loja
remunera o mesmo para estar
naquele ponto que o proprietário
criou, pagando ainda condomínio,
luvas porcentagem de lucro e
mensalidade da associação do
logista. (ver lei 8.245/90, art. 52, II)
Valor para alugar no Shopping
• 1. Existem duas
modalidades de aluguel:
• A- Aluguel percentual
sob suas vendas (7 a 8%
das vendas)
• B- Aluguel mínimo.
• OBS: No aluguel é
utilizado sempre o maior
entre eles. Exemplo:
época de vendas é o
percentual, férias é o
mínimo.
• 2. Condomínio:
geralmente é 80% do
valor do aluguel. OBS: em
SP (2018) o preço do
aluguel é 500 reais o
metro quadrado em
bairros nobres.
• 3. Fundo de promoção:
para divulgar o Shopping,
valor 20% do aluguel
mínimo.
• https://noticias.r7.com/re
cord-News 26.07.2018
Domicilio do Estabelecimento Principal
• Considera-se domicílio para o direito
empresarial, o local onde o empresário exerce
suas atividades.
• Há, entretanto, a possibilidade de que o
administrador utilize mais de um
estabelecimento empresarial, surgindo, com
isto, a ideia de estabelecimento principal, cuja
solução se mostra importante para a fixação do
juízo competente para a declaração de falência.
De acordo com Ricardo Negrão, domicílio é
aquele em que se encontra a centralização das
ocupações empresariais, isto é, o local de onde
emanam as ordens e se realizam as atividades
mais intensas da empresa. Todavia,
contrariamente a esta posição, mas não
revogando a lei especial falimentar, o código civil
considera, na hipótese de existir mais de um dito
estabelecimento comercial, cada um deles será
considerado domicilio dos atos neles praticados
• Cabe-nos, ainda, considerar a
completude do que entende ser a sede
administrativa, Miranda Valverde, que
nos ensina que a sede administrativa é,
como efeito, o ponto central dos
negócios, de onde partem todas as
ordens, que imprimem e regularizam o
movimento econômico dos
estabelecimentos produtores. Na sede
da administração é que se faz a
contabilidade geral das operações,
onde, por isso, devem estar os livros
legais da escrituração, os quais, mais
do que o valor pecuniário, ou a
importância do estabelecimento
produtor, interessam, na falência ou
concordata, à Justiça.
Estabelecimento Empresarial Virtual
• Nossos dias são marco de
revolução tecnológica constante,
em que a Internet tornou-se
parte da vida de todos, inclusive
no que se refere a negócios
empresariais, ao que se chama e-
commerce. A possibilidade de
fazer compras por meio da rede
mundial de computadores
também tem sido cada vez mais
utilizada devido, principalmente,
à comodidade de não ser preciso
sair de casa para adquirir o
produto desejado.
• O comércio eletrônico consiste na realização
de transações por meio do chamado
estabelecimento virtual. Este tipo de
estabelecimento é o propulsionador de
transações comerciais feitas por meio da
Internet, desde o comércio até a prestação
de serviços.
• O jurista Fábio Ulhoa Coelho faz esta
apresentação em seu livro, segundo o qual
comércio eletrônico ”é a venda de produtos
(virtuais ou físicos) ou a prestação de
serviços realizadas em estabelecimento
virtual. A oferta e o contrato são feitos por
transmissão e recepção eletrônica de dados.
• O comércio eletrônico pode realizar-se
através da rede mundial de computadores
(comércio internetenáutico) ou fora dele [...]
estabelecimento virtual é “uma nova espécie
de estabelecimento, fisicamente inacessível:
o consumidor ou adquirente devem
manifestar a aceitação por meio da
transmissão eletrônica de dados.” (COELHO,
2009)
• A este respeito, vale ainda reforçar o fato
de que a transação não exige que haja um
deslocamento físico do comprador até o
espaço do vendedor para realizar a
compra, que é realizada de forma
eletrônica, mas exige, contudo, que tal
estabelecimento virtual seja registrado da
mesma forma como ocorre com o
estabelecimento tradicional.
• Portanto, o empresário de um
estabelecimento virtual deverá dirigir-se à
Junta Comercial e inscrever-se no CNPJ
para que sua empresa possa começar a
atuar configurada como um
estabelecimento virtual.
• Na definição disciplinada pelo Código Civil em seu
artigo 1.142, que conceitua estabelecimento não
há nenhuma referência ao espaço físico como
essencialidade para a configuração de um
estabelecimento, sendo necessário apenas um
complexo de bens que também não são
determinados enquanto corpóreos ou incorpóreos.
• Dessa forma, a legislação não exclui a possibilidade
de admitir-se que seria possível que um site de
vendas de dados eletrônicos, sem possuir nenhum
aspecto físico, seja caracterizado estabelecimento
empresarial, uma vez que houve uma organização
de bens em uma localidade, ainda que virtual.
• Doutrinadores, como Aldemario Araújo Castro,
entendem que, como o Código Civil não faz
nenhuma menção ao caráter obrigatório do estado
físico do estabelecimento, o ponto comercial do
estabelecimento virtual pode ser considerado como
o endereço eletrônico do mesmo (site), sendo
também este um local, só que virtual.
4. Direito a Propriedade Industrial 
• Os direitos que decorrem da proteção à
propriedade imaterial estão previstos na
Lei 9.279 de 1996 (Código da Propriedade
Industrial).
• A competência para a concessão da
patente ou do registro da propriedade
industrial é do Instituto Nacional da
Propriedade Industrial – INPI e não da
Junta Comercial.
• Em suma, o direito industrial é o ramo do
direito comercial que visa resguardar os
interesses de empresários, designers e
inventores relativamente às marcas,
desenho industrial, modelo de utilidade e
invenções.
• O direito de propriedade industrial,
compreende o conjunto de regras e
princípios que conferem tutela
jurídica específica aos elementos
imateriais do estabelecimento
empresarial, como as marcas e
desenhos industriais registrados e as
invenções e modelos de utilidade
patenteados.
• A invenção – O art. 8° da LPI (Lei
Propriedade Industrial) dispõe que “É
patenteável a invenção que atenda
aos requisitos de” novidade,
atividade inventiva e aplicação
industrial.” Portanto, se a invenção
não possuir um destes três requisitos,
não será patenteada.
• Nossa Lei de Propriedade Industrial é
fundamentada nos princípios da
prioridade e assimilação, devido a forte
influência que teve de um tratado
internacional aderido pelo Brasil cujo
nome era Convenção da União de Paris,
que deu origem ao que hoje é chamado
Sistema Internacional da Propriedade
Industrial.
• O princípio da prioridade trata sobre o
fato de que qualquer cidadãode país
signatário da Convenção da União de
Paris pode vir a reivindicar prioridade de
patente ou registro industrial no Brasil.
• “Art. 3º Aplica-se também o disposto
nesta lei: I – Ao pedido de patente ou
de registro proveniente do exterior e
depositado no País por quem tenha
proteção assegurada por tratado ou
convenção em vigor no Brasil”.
• Quanto ao princípio da assimilação
trata de igualar os países aderentes à
União de Paris em direitos e prazos.
Traz a lei nº 9.279 o seguinte texto:
• “Art. 3º, II – Aos nacionais ou pessoas
domiciliadas em país que assegure
aos brasileiros ou pessoas
domiciliadas no Brasil a reciprocidade
de direitos iguais ou equivalentes”.
• Os bens protegidos pelo regulamento
são:
• Art. 2º A proteção dos direitos
relativos à propriedade industrial,
considerado o seu interesse social e o
desenvolvimento tecnológico e
econômico do País, efetua-se
mediante:
• I - concessão de patentes de 
invenção e de modelo de utilidade; 
• II - concessão de registro de desenho 
industrial; 
• III - concessão de registro de marca; 
• IV - repressão às falsas indicações 
geográficas; e 
• V - repressão à concorrência desleal. 
• Art. 3º Aplica-se também o disposto 
nesta Lei:
• I - ao pedido de patente ou de
registro proveniente do exterior e
depositado no País por quem tenha
proteção assegurada por tratado ou
convenção em vigor no Brasil; e
• II - aos nacionais ou pessoas
domiciliadas em país que assegure
aos brasileiros ou pessoas
domiciliadas no Brasil a reciprocidade
de direitos iguais ou equivalentes.
• Art. 4º As disposições dos tratados
em vigor no Brasil são aplicáveis, em
igualdade de condições, às pessoas
físicas e jurídicas nacionais ou
domiciliadas no País.
Ato Constitutivo da Sociedade
• Duas são as formas de
constituição de sociedades,
Contratual e Institucional.
• A sociedade contratual tem
a sua constituição e
dissolução regidas pelo
Código Civil de 2002,
enquanto que a sociedade
institucional rege-se, neste
ponto, pelas normas da Lei
n. 6.404 /76.
• As sociedades contratuais têm como
ato constitutivo e regulamentar o
contrato social.
• Para a dissolução deste tipo de
sociedade não basta a vontade
majoritária dos sócios, a
jurisprudência reconhece o direito de
os sócios, mesmo minoritários,
manterem a sociedade, contra a
vontade da maioria;
• Há causas específicas de dissolução
desta categoria de sociedades, como
a morte ou a expulsão de sócio. São
sociedades contratuais: em nome
coletivo, em comandita simples e
limitada.
• As sociedades institucionais, por sua
vez, têm como ato regulamentar o
estatuto social.
• Estas sociedades podem ser
dissolvidas por vontade da maioria
societária e há causas dissolutorias
que lhes são exclusivas como a
intervenção e liquidação
extrajudicial.
• São institucionais a sociedade
anônima e a sociedade em
comandita por ações.
• São elementos comuns a ambas as
modalidades de constituição os 3
requisitos exigidos para os contratos
em geral.
• 1. Agente Capaz: artigos 3ª, 4ª e 974
do CC.
• 2. Objeto lícito, possível,
determinado ou determinável: a
determinação ou possibilidade de se
determinar o objeto completa a
exigência legal porque não é possível
constituir sociedade sem se saber ao
certo a finalidade pela qual se unem
pessoas e capital.
• 3. Forma Prescrita ou não defesa em
lei: Para os contratos e estatutos de
constituição de sociedade, a lei exige
forma solene, escrita e plural.
Agentes Societários
• São Direitos dos Sócios:
a participação nos
lucros, assumir a função
de sócio administrador,
fiscalizar os
administradores das
sociedades, terem
acesso aos dados
contábeis e o direito de
retirada.
• São Obrigações dos
Sócios: integralizar o
Capital Social, participar
das perdas, respeitas as
cláusulas pactuadas no
Contrato Social, prestar
contas quando assumir
a função de sócio
administrador.
• Ocorre a resolução
(dissolução) do sócio
perante a sociedade de
quatro formas distintas:
• Pela morte do sócio;
• Forma voluntária;
• Cessão de suas quotas a
terceiros;
• Exclusão (obrigatória).
• Pode ocorrer a exclusão dos
sócios, nos casos de:
• sócio remisso; falta grave
via ação judicial;
incapacidade superveniente
via ação judicial; justa
causa, para sociedades
limitadas ou por via
administrativa, desde que
haja previsão contrato
social ou pela penhora das
quotas, art. 655 do CPC
Referências
• https://lfg.jusbrasil.com.br
• http://www.crcba.org.br/boletim/edicoes/materia03_bol95.htm
• https://www.campograndenews.com.br/artigos/as-sociedades-em-conta-de-participacao-e-os-
negocios-imobiliarios
• http://www.ebah.com.br/content/ABAAAA1OkAJ/direito-empresaial
• http://www.normaslegais.com.br/guia/sociedade-cooperativa.htm
• https://www.perguntedireito.com.br/803/o-que-e-desconsideracao-da-personalidade-juridica
• https://jus.com.br/artigos/3104/a-desconsideracao-da-personalidade-juridica
• https://evertonjbrito.jusbrasil.com.br/artigos/417393297/nome-empresarial-firma-e-denominacao
• https://ronaldosalescardoso.jusbrasil.com.br/artigos/336871571/o-estabelecimento-empresarial
• https://samsilvestre2.jusbrasil.com.br/artigos/341123783/direito-de-propriedade-industrial
• https://sarahtomazeli.jusbrasil.com.br/artigos/338911341/sociedades-direito-societario
• http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/entenda-o-que-e-uma-
eireli,4fe2be300704e410VgnVCM1000003b74010aRCRD
• https://www.paginasdedireito.com.br/index.php/artigos/65-artigos-mai-2008/6054-registro-da-
propriedade-industrial
• https://jus.com.br/artigos/23908/notas-introdutorias-sobre-a-propriedade-industrial

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