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Doenças Cardiovasculares As doenças cardiovasculares afetam o sistema circulatório, ou seja, o coração e os vasos sanguíneos (artérias, veias e vasos capilares). Constituem uma importante causa de morte nos países desenvolvidos e também naqueles em desenvolvimento. As manifestações clínicas das DCVs são: infarto do miocárdio, acidente vascular encefálico e doença vascular periférica e são advindas de processos ateroscleróticos , com a formação de placas gordurosas na camada íntima da aorta e nas coronárias. Estudos epidemiológicos sugerem que os vegetais, cereais, leguminosas, frutas em geral, verduras e legumes podem reduzir os riscos para doenças não transmissíveis por conter fibras alimentares, potássio e componentes antioxidantes e fotoquímicos. Cacau O cacau e seus derivados, como o chocolate rico em cacau e cacau em pó concentrado, são importantes fontes de compostos fenólicos. Os flavonoides que predominam em sua composição pertencem à classe dos flavanóis, em sua maioria, na forma de catequinas (35%). A concentração de epicatequinas do cacau é aproximadamente duas vezes superior às concentrações do vinho tinto e, praticamente, o triplo das encontradas no chá-verde. Entre os benefícios atribuídos ao cacau se encontram sua ação antioxidante, anti-inflamatória e proteção cardiovascular. O cacau pode contribuir para a modulação do processo inflamatório e auxiliar na redução do risco de doenças cardiovasculares por atuar no metabolismo do óxido nítrico e leucotrienos e ajudar na inibição da enzima LOX-5, conferindo efeitos anti-inflamatórios, vasoprotetores e capacidade antibroncoconstritora. Farinha da uva Dentre tantas frutas com características funcionais, encontra-se a uva, considerada um alimento com propriedades funcionais devido à presença do resveratrol. O resveratol é um composto fenólico, antioxidante, que pode auxiliar na prevenção de cânceres e doenças cardiovasculares pela ação anti-inflamatória e inibição da enzima lipoxigenase. Farinha de trigo integral Os cereais integrais contêm vasta variedade de componentes fitoquímicos com atividade bioativa. Estudos epidemiológicos sugerem que o consumo de grãos integrais pode reduzir a incidência de doenças relacionadas com a dieta, como doenças cardiovasculares, diabetes tipo II, alguns tipos de câncer e morte prematura . Na farinha de trigo integral, as frações do germe e do farelo contribuem com 83% do total de compostos fenólicos, 79% do total de flavonóides, 78% do total de zeaxantina, 51% do total de luteína e 42% do total de criptoxantina. Cebola (Quercetina) A Quercetina é um flavonóide e antioxidante polifenólico natural presente nos vegetais, frutas e sucos. São encontradas altas concentrações de Quercetina em maçãs, cebolas, chá e vinho tinto. Nos alimentos a Quercetina ocorre na forma de glicosídeo. Quimicamente, é uma aglucona da rutina e de outros glicosídeos. É também um poderoso antioxidante e antirradicais livres. Tem atividade cardiovascular, reduzindo o risco de morte por doenças coronárias e diminuindo a incidência de enfarto do miocárdio. O possível mecanismo pelo qual os flavonóides mantêm a integridade vascular têm conduzido aos estudos sobre o sequestro de radicais livres, inibição da peroxidação lipídica, atividades da lipogenase, da ciclooxigenase e da fosfolipase A. Os flavonoides também inibem a oxidação da LDL, a agregação plaquetária, a atividade da proteína quinase C e promovem vasodilatação. BARRETO SM, Pinheiro ARO, Sichieri R, Monteiro CA, Batista Filho M, Shimidt M, et al. Análise da estratégia global para alimentação, atividade física e saúde da Organização Mundial da Saúde. Epidemiol Serv Saude. 2005; 14(1):41–68. BEHLING, E. V. et al. Flavonóide quercetina: aspectos gerais e ações biológicas. Alimentos e Nutrição Araraquara, v. 15, n. 3, p. 285-292, 2008. REI, J., MEDEIROS, F. Chocolate e os benefícios cardiovasculares. Rev Hosp Univers Pedro Ernesto, v.10, n. 03, p. 54-59, 2011. SEIXAS, D. Compostos Bioativos dos alimentos. São Paulo: VP, 2015. SAUTTER, Cláudia K. et al. Determinação de resveratrol em sucos de uva no Brasil. Ciência e Tecnologia de Alimentos, v. 25, n. 3, p. 437-442, 2005. Referências
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