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Títulos Executivos e Princípios da Execução no Processo Civil

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Revisão processo civil 
1) Títulos executivos judiciais e extrajudiciais
A) Judiciais: Os títulos judiciais são aqueles formados mediante um processo, onde a execução é realizada com o cumprimento de sentença. Quanto ao meio de defesa do executado no cumprimento de sentença é a impugnação.
“Art. 515 do novo CPC: São títulos executivos judiciais, cujo cumprimento dar-se-á de acordo com os artigos previstos neste titulo:
I – as decisões proferidas no processo civil que reconheçam a exigibilidade de obrigação de pagar quantia, de fazer, de não fazer ou de entregar coisa;
II – a decisão homologatória de autocomposição judicial;
III – a decisão homologatória de autocomposição extrajudicial de qualquer natureza;
IV – o formal e a certidão de partilha, exclusivamente em relação ao inventariante, aos herdeiros e aos sucessores a título singular ou universal;
V – o crédito de auxiliar da justiça, quando as custas, emolumentos ou honorários tiverem sido aprovados por decisão judicial;
VI – a sentença penal condenatória transitada em julgado;
VII – a sentença arbitral;
VIII – a sentença estrangeira homologada pelo Superior Tribunal de Justiça;
IX – a decisão interlocutória estrangeira, após a concessão do exequatur à carta rogatória pelo Superior Tribunal de Justiça;”
§1. ° nos casos dos incisos VI e IX, o devedor será citado no juízo civil para o cumprimento da sentença ou para a liquidação no prazo de 15 dias.
§2.° A autocomposição judicial sobre relação jurídica que não tenha sido deduzida em juizo.”
B) Extrajudiciais: São títulos particulares ou públicos, autorizando a execução forçada.
Art. 784. São títulos executivos extrajudiciais:
I - a letra de câmbio, a nota promissória, a duplicata, a debênture e o cheque;
II - a escritura pública ou outro documento público assinado pelo devedor;
III - o documento particular assinado pelo devedor e por 2 (duas) testemunhas;
IV - o instrumento de transação referendado pelo Ministério Público, pela Defensoria Pública, pela Advocacia Pública, pelos advogados dos transatores ou por conciliador ou mediador credenciado por tribunal;
V - o contrato garantido por hipoteca, penhor, anticrese ou outro direito real de garantia e aquele garantido por caução;
VI - o contrato de seguro de vida em caso de morte;
VII - o crédito decorrente de foro e laudêmio;
VIII - o crédito, documentalmente comprovado, decorrente de aluguel de imóvel, bem como de encargos acessórios, tais como taxas e despesas de condomínio;
IX - a certidão de dívida ativa da Fazenda Pública da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, correspondente aos créditos inscritos na forma da lei;
X - o crédito referente às contribuições ordinárias ou extraordinárias de condomínio edilício, previstas na respectiva convenção ou aprovadas em assembleia geral, desde que documentalmente comprovadas;
XI - a certidão expedida por serventia notarial ou de registro relativa a valores de emolumentos e demais despesas devidas pelos atos por ela praticados, fixados nas tabelas estabelecidas em lei;
XII - todos os demais títulos aos quais, por disposição expressa, a lei atribuir força executiva.
§ 1º A propositura de qualquer ação relativa a débito constante de título executivo não inibe o credor de promover-lhe a execução.
§ 2º Os títulos executivos extrajudiciais oriundos de país estrangeiro não dependem de homologação para serem executados.
§ 3º O título estrangeiro só terá eficácia executiva quando satisfeitos os requisitos de formação exigidos pela lei do lugar de sua celebração e quando o Brasil for indicado como o lugar de cumprimento da obrigação.
2) Princípios da execução 
A) Princípio da nulla executio sine titulo: Exige, até os dias de hoje, que aquele que se diz credor de outra pessoa comprove a veracidade de sua própria situação jurídica, com a apresentação de um título, com todas as formalidades exigidas em lei.
B) Princípio da unilateralidadade do interesse na atividade executória: A execução deve-se realizar apenas no interesse do credor; em outras palavras, por força do título executivo, o credor é o titular do direito de executar seu credito em face de seu devedor. Isso significa que quem deve iniciar e dar prosseguimento a execução é tão somente o credor, com o auxílio do poder judiciário e de eventuais auxiliares do juízo (judiciais ou não);
C) Princípio da menor onerosidade possível: A execução não é instrumento de exercício de vingança privada, como amplamente afirmado, nada justificando que o executado sofra mais do que o estritamente necessário na busca da satisfação do direito do exequente. Gravames desnecessários à satisfação do direito devem ser evitados sempre que for possível satisfazer o direito por meio da adoção de outros mecanismos.
D) Princípio da Disponibilidade da Execução: Assegura ao exequente, o direito de dispor, de desistir voluntariamente da execução ou de algumas de suas medidas executórias, a qualquer tempo sem precisar da autorização do seu executado. Não há necessidade de que o devedor aquiescer com eventual desistência integral ou parcial do direito de crédito por parte do credor, pois o crédito é de interesse unicamente do credor. Há desistência, não irá atingir os atos judiciais já operados no processo. Se houver alguma impugnação em sentido lato, à execução iniciada pelo credor, só será extinta juntamente com a execução, sem necessitar o executado concordar.
E) Princípio da Fungibilidade do Meio Executório: Permite a busca do melhor meio para a execução do crédito pelo magistrado, pois não é a providência jurisdicional pleiteada pelo exequente que identifica a demanda executória e sim, a prestação constante do título. Não se confunde a escolha de melhor forma de execução pelo magistrado com a violação ao principio da inércia, pois não se trata necessariamente de atuação de oficio do juízo, mas de ato processual de efetividade da prestação jurisdicional praticado pelo juiz sobre o ato anteriormente praticado pelo credor.
4) Atos ilicitos praticados pelo devedor
# Fraude à execução e fraude contra credores
A) Fraude contra credores
O patrimônio do devedor é a garantia de satisfação do direito do credor, o que, porém, não impede que os bens sejam do patrimônio de terceiro, desde que haja previsão, e sua ulterior alienação. Assim, qualquer alienação ou oneração de bens representa um potencial risco à execução, que pode vir a ser frustrada por tais atos.
A fraude contra credores é instituto de direito material e tem sua previsão no art. 158, CC, quando o executado, dolosamente, aliena a integralidade de seu patrimônio para frustrar o pagamento dos credores.
Para a sua caracterização devem estar presentes os pressupostos objetivos e subjetivos, respectivamente: a existência de dano aos credores, isto é, a alienação ou oneração do bem ocasiona a insolvência do devedor (eventus damni) e o propó- sito de fraudar os créditos por meio do negócio jurídico com a ciência do terceiro beneficiário (consilium fraudis).
Nesse instituto, violam-se interesses privados dos seus credores, o que dá a essa figura tratamento menos severo do que o dispensado à fraude à execução. Portanto, a sua ocorrência constitui hipótese de anulabilidade do negócio jurídico.
O reconhecimento da fraude contra credores ocorre por meio da ação pauliana, na qual o autor (credor quirografário) tem o ônus de demonstrar a existência de tais requisitos, não se presumindo sua existência.
Já o polo passivo é formado pelo devedor e pelo terceiro adquirente, devendo o juiz averiguar se este estava ou não de boa-fé. Em transmissões gratuitas, presume-se a má-fé, a qual, porém, deve ser provada nas onerosas, consoante art. 159, CC.
Contudo, é possível sustentar que o consilium fraudis não constitui mais elemento caracterizador da fraude contra credores, sendo relevante apenas para caracterizar o tipo penal do art. 168 da Lei n. 11.101/2005. De acordo com esse raciocínio, para a fraude contra credores bastaria que a disposição do patrimônio ensejassea insolvência do devedor.
Reconhecida a fraude contra credores, não haverá a nulidade do ato entre o devedor e o terceiro, mas apenas sua ineficácia perante o credor.
B) Fraude a execução
Já a fraude à execução é vício mais grave, que afeta diretamente a autoridade do Estado concretizada no exercício jurisdicional.
Seu reconhecimento depende da existência de uma ação contemporaneamente ao ato de diminuição patrimonial. Portanto, a fraude à execução não se limita a gerar efeito no campo processual, sendo também tipificada como delito (art. 179, CP).
Pode ser reconhecida nos próprios autos, através de mera petição, sendo desnecessária a ação pauliana, exigida no caso da fraude contra credores.
A lei dispensa a prova da intenção de fraudar (consilium fraudis). Bastará a ocorrência do fato – estabelecido em lei – para estar configurada a fraude à execução.
O art. 792, do CPC, dispõe sobre a fraude à execução, entendendo a ocorrente na alienação ou oneração de bens:
I. Quando sobre o bem pender ação fundada em direito real ou com pretensão reipersecutória, desde que a pendência do processo tenha sido averbada no respectivo registro público, se houver;
II. Quando tiver sido averbada, no registro do bem, a pendência do processo de execução, na forma do art. 828;
III. Quando tiver sido averbado, no registro do bem, hipoteca judiciária ou outro ato de constrição judicial originário do processo onde foi arguida a fraude; 
IV. Quando, ao tempo da alienação ou da oneração, tramitava contra o devedor ação capaz de reduzi-lo à insolvência;
V. Nos demais casos expressos em lei.
Primeiro, determina-se como efeito da fraude à execução a ineficácia da alienação ou oneração quanto ao exequente (art. 792, § 1o). Fixa-se, ainda, (art. 792, § 2o) o ônus do terceiro adquirente de provar que adotou todas as cautelas que poderiam lhe ser razoavelmente exigidas para aquisição do bem.
Tal prova se faz mediante a exibição das certidões pertinentes, obtidas no domicílio do vendedor e no local onde o bem está. Assim procedendo, demonstra o terceiro sua boa-fé na realização do negócio jurídico.
Implementa também medidas em prestígio ao contraditório e à cooperação entre os sujeitos processuais.
O art. 792, § 3o, determina o momento a partir do qual a alienação ou oneração de bem por pessoa atingida pela desconsideração da personalidade jurídica de outra será considerada fraude à execução, qual seja, a citação da parte cuja personalidade se pretende desconsiderar.
Por fim, o art. 792, § 4o, estatui que é necessária a intimação prévia do terceiro adquirente para que ele, se quiser, oponha seus embargos de terceiro no prazo de 15 dias.
O NCPC, dessa forma, prestigia a presunção absoluta de má-fé advinda da averbação.
5) Embargos a execução 
Em síntese: os embargos são uma ação autônoma e incidente ao processo de execução, na qual o executado manifesta sua oposição e defesa, que não poderia fazer na ação de execução, visto que esta não admite cognição. Os embargos buscam uma sentença que desconstitua o título (constitutiva negativa).
Caracteristicas
Para que os embargos sejam recebidos, é preciso atender a certos requisitos.
Assim, os embargos do devedor só poderão ser recebidos se forem tempestivos. Contudo, se liminarmente indeferidos, são indevidos honorários advocatícios.
Os embargos serão propostos no prazo de quinze dias, contados da juntada aos autos do mandado de citação, consoante o art. 915.
Parcelamento
- Deve ser realizado no prazo para apresentar os embargos;
- É direito do devedor.
Procedimento
Se for deferido o processo de execucao ficara suspenso 
Art. 916. No prazo para embargos, reconhecendo o crédito do exequente e comprovando o depósito de trinta por cento do valor em execução, acrescido de custas e de honorários de advogado, o executado poderá requerer que lhe seja permitido pagar o restante em até 6 (seis) parcelas mensais, acrescidas de correção monetária e de juros de um por cento ao mês.

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