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Giovanna de Freitas Ferreira – Medicina UFR – T5 1 Bases Celulares e Moleculares do Câncer − CA é uma doença genética que pode ser hereditária e esporádica, que ocorre através de eventos genéticos (alteram a SEQUÊNCIA GÊNICA específica) e eventos epigenéticos (OCORREM FORA DO GENE específico) − GENE: segmento útil de DNA transcrito em RNA e contem a informação necessária para síntese de uma proteína − Mutações passageiras: fazem parte do processo de expansçao clonal mas não guiam a oncogênese − Mutações condutoras: dispara o processo de oncogênese, conferem vantagem seletiva de crescimento e são selecionadas positivamente − Tumores malignos: massa anormal de células que se divide de forma desenfreada e pode causar ocmpressao de nervos, infiltração em vasos e metástase − Tumores benignos: são células modificadas que não realizam suas funções vitais. Sua estrutura é diferenciada porque estão envolvidos por camadas semelhantes a capsulas que evitam o espalhamento do material − Evolução depende da: • Velocidade do crescimento tumoral • Do órgão • De fatores individuais de cada ser • Fatores ambientais − Podem ser detectados em: • Fase pré-neoplásica (antes da doença se desenvolver) • Fase pré-clinica ou microscópica (quando ainda não há sintomas) • Fase clinica (há sintomas) − Carcinogênese: é o resultado de diversas alterações nos genes que atuam direta ou indiretamente no controle do ciclo celular − Oncogenes e supressores de tumor: controlam diretamente a proliferação celular − Genes de reparo: presentes no ciclo celular e replicação → controlam as taxas de mutações (Ex: p53 – apoptose) EVOLUÇÃO DO CÂNCER − Celula normal → mutação gene A → proliferação aumentada → mutação gene B → inicio da neoplasia → mutação gene C → aumento das aneuploidias cromossômicas → carcinoma → metástase − Estagio de iniciação: genes sofrem ação dos agentes carcerígenos − Estagio de promoção: agentes oncopromotores atuam na celula já alterada − Estagio de progressão: caracterizado pela replicação desregulada e irreversível da celula TUMORES SÃO CLONAIS − Tumor monoclonal: originado dos clones de uma única celula − Tumor Policlonal: tumor originado de clones de diferentes células CANCER FAMILIAR OU HEREDITÁRIO − Quando a mutação do gene ocorre nas células reprodutivas − Genes que predispõe ao cancer podem ser mutados na linhagem germinativa. Eles estimulam a tumorogenese de modo indireto porque depende de outra mutações somáticas para acontecer GENES RELACIONADOS A CARCIGONÊNESE − Oncogêneses, supressores de tumor, genes de reparo − RB: regula ciclo celular − P53: parada do ciclo celular e iniciação da apoptose quando não gouver reparo do dna − APC: inibição do crescimento celular MUTAÇÕES FORMADORAS DOS ONCOGENES − Adquiridas ou ao acaso, uma vez que ocorre na linhagem germinativa (herdadas) e são letais para o embrião. São vários os tipos de mutações que formam oncogenes FUNÇÕES DOS ONCOGENES − Estimulo da proliferação − Inibição da apoptose − Inibição da diferenciação ONCOGENES − Formas alteradas dos protooncogenes − Promovem crescimento anormal − Efeito dominante na celula − Altera o fenótipo e provoca transformação celular − Identificados inicialmente em retrovírus GENES SUPRESSORES DE TUMOR − Genes normais que retardam a divisão celular, reparam erros e promovem apoptose − Quando não funcionam, pode levar ao cancer − Ele impede que a celula se divida rapidamente. Quando há mutação, some o “freio” e a celula se replica descontroladamente − Herança dominante de gene de suceptibilidade ao cancer. Um alelo mutado confere suceptibilidade − Comportamento recessivo de desenvolvimento. Dois alelos mutados necessários para a oncogênese HIPÓTESE DE KNUDSON − Mutações devem provocar perda de função dos dois alelos − Essas mutações tem caráter recessivo uma vez que o único alelo mutado não é capaz de induzir uma neoplasia − Hipótese: herda-se um gene mutado e ao longo da vida ocorre outra mutação que inativa a copia restante do gene, causando perda de função total do gene e ausência de expressão de proteínas PERDA DE HETEROZIGOSIDADE − Comportamento recessivo + perda de função − Relacionado ao comportamento recessivo celular e não gênico. − Modelo haploinsuficiene − Apenas um alelo mutado − Insuficiência proteica − Bloqueio da atividade normal − Inibição do alelo mutado por mutações em outro locus − Alterações essenciais no CA − Autossuficiência de fatores de crescimento − Insensibilidade aos sinais inibidores do crescimento − Evasão da apoptose − Potencial de replicação ilimitado − Angiogênese induzida − Capacidade de invadir e metastizar − Defeitos no reparo do dna e no ciclo celular Bases genéticas da carcinogênese TUMORIGÊNESE − CONCEITO SEQUENCIAL: acumulo de alterações genéticas sucessivas que levam à transformação progressiva das células normais em células tumorais − CONCEITO COOPERATIVO: acumulo de alterações genéticas e epigenéticas que permite que as células librem0se de uma rede que controla o equilíbrio homeostático entre a proliferação celular e a morte celular − EPIGENÉTICA: fatores que interferem na expressão gênica − Tumorigênese relacionada a: − Danos ao DNA, mutações, translocações, ... − Metilação de DNA − Modificação nas histonas, entre outros − Quanto mais alterações, há, maior a chance de haver acumulo de modificações na célula, podendo levar a u processo cancerígeno − Tumorigênese: massa única de tecido que permanece confinada em seu local original → benigno Giovanna de Freitas Ferreira – Medicina UFR – T5 2 CARCINOGÊNESE − Carcinogênese: massa que invade tecidos normais vizinhos e pode se espalhar pelo corpo (sist.. Linfático e circulatório) causando tumores secundário → maligno − Agente carninogenico (INÍCIO) → altera metabolismo → altera DNA → cria mutações e defeitos genéticos → ocorre modificação da estrutura da célula (PROMOÇÃO) → gera proliferação celular descontrolada (PROGRESSÃO) − Representa uma fase inicial do tumor, benigno − Processo lento, gradual e complexo, onde funções celulares são alteradas acarretando no surgimento de um tumor − Processo de múltiplas etapas no qual ocorrer mutações herdadas ou somáticas − Tem: • Crescimento autônomo • Instabilidade genética • Invasibilidade • Angiogênese • Potencial replicativo ilimitado − Tem relação com um tumor maligno, em estagio mais avançado FATORES QUE EXPÕE A CÉLULA A ALTERAÇÕES − Epigenética − Alimentação não saudável − Tabagismo, alcoolismo, sedentarismo − Exposição a raios UV − Estresse COMO SE DESENVOLVE O CÂNCER − As células cumprem um ciclo em que se multiplicam, crescem, diferenciam e morrem obedecendo um controle genético e um sistema complexo de sinais bioquímicos − Cancer: Conjunto de mais de 100 doenças que tem como caraceteristica comum o crescimento desordenado de células − Possui: • Instabilidade genética • Perda de inibição por contato → crescimento ilimitado • Evasão de processos apoptóticos • Elevação da capacidade de evasão • Quantidade anormal de cromossomos (aneuplóides) • Autonomia na sinalização de crescimento • Indiferença à inibição do crescimento • Potencial da angiogênese • Alteração morfológica e desdiferenciarão − Quando a célula sofre alterações genéticas, ela desprograma o controle de seu ciclo celular e começa a se multiplicar descoordenadamente • Isso é uma sequencia de alterações genéticas, epigenéticas e ambientais que levam ao desenvolvimento de uma célula tumoral PREDIÇÃODE CONCEITOS − Cromossomos estimuladores de crescimento – oncogenes − Cromossomos inibitórios: genes supressores tumorais − Controle do ciclo celular − Predisposição genética − Perda de adesão e metástase − Instabilidade genética − Origem clonal TIPOS DE CÂNCER − Variam de acordo com o local, tipo de tecido, aparência histológico, grau de malignidade • Células epiteliais → carcinomas (correspondem a 90% dos canceres humanos) • Tecidos conjuntivos: musculo, ossos, cartilagem → sarcomas (tumores raros) • Órgãos hematopoiéticos (células formadoras de sangue) → leucemias • Tecido linfático → linfomas • Células da glia do SN → gliomas − Todo câncer é originado de uma mutação, pois o câncer é uma doença de origem genética MUTAÇÃO − Mutação genômica: numero de cromossomos − Mutação cromossômica: alteração de genes − Mutação é decorrente de agentes naturais (raios UV), artificiais (radiação), ..., causa alteração de genes, causam uma proteína variante (proteína que não tem origem genética especificada) − Genes que causam câncer • Oncogenes, genes de reparo de DNA, genes supressores de tumor • Com o gene mutado, pode haver: perda ou ganho de função, aquisição de uma propriedade nova ou expressão anômala do gene • Os genes mais conhecidos são: ✓ TP53 → guardião do DNA ✓ K-ras ✓ HERB2 → membrana plasmática ✓ BRCA-1 e 2 → câncer de mama/ovário/outros GENES DE REPARO DO DNA TP53 • Primeiro gene supressor de tumor identificado • Ativado frente a um dano do DNA • Ele consegue mobilizar outros genes de reparo • Impede que a célula prossiga com o processo de mitose até que o dano seja reparado ou então, a célula segue para apoptose − Erros durante a replicação do DNA ou induzidos por exposição a mutágenos − Genes de reparo de mau pareamento (MLH1, MSH2) − Genes de reparo por excisão de bases (XPA, XPB) − Gene de reparo por excisão de nucleotídeos (XP) − Gene de reparo por recombinação homologa (BRCA1-2, ATM) − Dano ao DNA → apoptose ou parar o ciclo celular para reparação SINAIS DE ERRO NO DNA − Dupla hélice distorcida − Bloqueio na transcrição e replicação − Existe grupos de enzimas de reparo que garantem a manutenção e a transmissão fiel da informação genética de geração em geração FORMAS DE REPARO − Reparo direto • Dna polimerase, hexonucleases, ligases, ... − Reparo de pareamento errôneo • MISMATCH, envolve genes: MSH2-3-6, MLH1, PMS2 • Reconhece o dano e corta a cadeia filha • Faz excisão do fragmento contendo a base incorreta, síntetiza dna e liga a fita reparada − Reparo de excisão de bases • Ocorre quando há uma base danificada estruturalmente, não tem relação com pareamento errôneo • Envolve AP endonuclease, DNA polimerase beta, DNA ligase 3 − Reparo de excisão de nucleotídeos • NER = nucleotide excision repair • Subdividido em 2 tipos ✓ REPARAÇÃO GLOCAL DO GENOMA (GGR): Continuamente vigia o genoma e vai reparando o que encontra errado ✓ REPARAÇÃO ACOPLADA A TRANSCRIÇAÕ DE RNA: Repara preferencialmente os genes que estão sendo transcritos • É a única forma de reparo de dímeros de pirimidina em mamiferos − Reparo de quebras maiores da fibra dupla de DNA • Quando as duas partes da molécula se rompem, as proteínas desse gene reconhece e une as partes novamente • Os genes BRCA-1-2 promove a recombinação das fitas quebradas Giovanna de Freitas Ferreira – Medicina UFR – T5 3 IMPORTÂNCIA DO REPARO DE DNA − O DNA é reparado e a maioria das moléculas são substituídas e reparadas − Há mais de 100 genes cujos produtos estão envolvidos na reparação de DNA − O câncer é consequência primária de falhas no reparo de DNA Predisposição hereditária ao câncer − O câncer pode ser familiar em 5-10% dos casos de câncer − Há alterações de múltiplos genes de pequenos efeitos ou de um único gene presente em células somáticas ou germinativas. Além disso há influencia de fatores ambientais/epigenéticos − Deve avaliar quais mutações ocorrem, onde ocorreram, quais os efeitos da mutação para o paciente e para a família? − Câncer Familiar → são canceres ocorrendo em uma família → pode ser 1 ou vários tipos de CA → esses canceres podem ser esporádicos ou estarem relacionadas a mutações aleatórias − Câncer hereditário → é um tipo de câncer apenas, ou cânceres relacionados, como apenas câncer de mama ou mama+ovário ocorrendo em varias pessoas da família → relacionado a uma mutação especifica e determinada herdada nas células germinativas PREDISPOSIÇÃO AO CÂNCER − Pessoa com predisposição hereditária ao câncer tem riscos maiores de desenvolvem múltiplos rumores em idade jovem − Varias pessoas de uma família podem ter o risco hereditário para o câncer: familiares diretos tem até 50% de chance de estar em risco − Hoje é possível identificar uma mutação genética antes mesmo do câncer se manifestar, possibilitando, assim, estratégias de prevenção − o câncer esta relacionado a síndromes? A malformações? FATORES DE CONFUSÃO − Heterogeneidade genética, expressividade variável, não penetrância, mosaicismo somático e gonadal, idade de inicio variável ou tardia, mutações novas, limitação do sexo, fenocópias não genéticas − 5-10% dos CA mama estão relacionados a fatores hereditários − Pode haver predisposição herdada, exposição a carcinógenos, etc Aconselhamento Genético − Inclui uma discussão sobre abordagens possíveis para diminuir ou reduzir o risco para doenças hereditárias − Objetiva fornecer informações e apoio a famílias sob o risco ou que já tenham uma doença genética — Ajuda a: ➔ Compreender o diagnostico, evolução da doença e possíveis tratamentos ➔ Compreender as condutas para se lidar com o risco de se ter a doença ➔ Ajudar o paciente a tomar uma decisão sobre seu futuro reprodutivo ➔ Fazer o encaminhamento para especialistas ou grupos de apoio se necessario — Quem faz: Pode ser realizado por um medico, enfermeiros especializados em genética ou outros profissionais — Como faz: ➔ Coleta informações sobre histórico familiar ➔ Faz avaliação com exame físico e exames laboratoriais do paciente ou da família ➔ Avalia com os exames o risco real de se ter a doença ➔ Ajuda o paciente a compreender sua doença, assim como a evolução e o prognostico ➔ Informa sobre testes pré-natais ou exames que futuramente possam fazer ➔ Faz encaminhamento para outros profissionais ➔ Faz avaliação continuada, mesmo com ou sem o diagnostico definido, mesmo após o paciente já ter decidido sobre as condutas a se tomar, continua com a avaliação do paciente ➔ Oferece apoio psicossocial se necessário ➔ Fornece subsidio para escolha da conduta pela família — Pergunta-se sobre o histórico familiar, consanguinidades, aconselham sobre os riscos genéticos para o paciente e familiares, ajudem a delimitar as opções de tratamento para reduzir o risco de incidência da doença ENVOLVE — Existência previa ou estabelecimento de diagnostico de determinada doença — Interpretação de achados e estimativas de riscos genéticos para pessoas clinicamente normais com familiares que apresentam diagnostico de doença rara documentada — Transmissão das informações relativas a etiologia, a evolução, ao prognostico e ao risco de recorrência — Estratégias de tratamento e prevenção, além de recomendações para acompanhamento e elaboração de relatório final a ser entregue ao consulente INDICAÇÕES PARA O ACONSELHAMENTO GENÉTICO — Geralmente o próprio paciente, ou os pais de uma criança acometida que procuram o aconselhamento genético — O aconselhamento tambem faz parte de programas de triagem e pre natal— É recomendado o aconselhamento genético tambem para pessoas que: ➔ Já tiveram filhos com alguma doença genética ou anomalias congênitas ➔ Tenham histórico pessoal de doença genética ➔ Consanguinidade ➔ Exposição a teratógenos, como álcool, drogas, fármacos ➔ Já tiverem abortos espontâneos recorrentes ➔ Para mulheres que descobriram que tem HIV, rubéola ou toxoplasmose ou outras doenças podem causar anomalias no feto ➔ Ao receber resultados positivos de testes genéticos feitos durante o pré-natal ou em testes realizados em recém nascidos ➔ Outros HISTÓRICO FAMILIAR — A história familiar é importante porque permite: ➔ Identificação de padrões de herança mendeliana, baseando-se no grau de parentesco e na quantidade de pessoas doentes em uma mesma família ➔ Avaliação dos fatores ambientais que possam ter influenciado na expressão da doença — A chance de ter uma doença, tendo um parente de primeiro grau com a doença, aumenta 2-3x em relação a população geral — Quanto mais parentes de primeiro grau com a doença se tem e quanto mais precoce a doença é, maior é a chance do paciente em questão ser de alto risco para a doença X Giovanna de Freitas Ferreira – Medicina UFR – T5 4 ETAPAS DO ACONSELHAMENTO GENÉTICO PRÉ-TESTE — Agendar consulta + ter suspeita diagnostica + ter assinado termo de consentimento — Aconselhamento genético pré-teste → anamnese voltada para o aconselhamento, com base em exames ou diagnósticos advindos de outros médicos — Coletas de informações pessoais e familiares → obrigatório ter heredograma • Entender o motivo para encaminhamento para a genética • Conhecimento e interpretação do diagnostico, implicações e riscos • Expectativas • O que é, quais exames serão feitos • Deixar claro que nem sempre se chega a um resultado • Ansiedade, pânico • Estudos complementares prévios, diagnósticos, ... — Não oferecer diagnostico clinico na primeira consulta — Comunicação de informações e fornecimento de informações ao paciente → indica a realização de exames, locais de realização, como serão interpretados, explicação do heredograma, ... — Abordagem do impacto psicossocial — Realização do Teste genético — Nessa consulta, precisa-se entender qual o tipo de herança genética esta presente no paciente TESTES GENETICOS — Coleta sanguínea, soap bucal, ... PÓS TESTE — Realiza-se o calculo e avaliação de risco — Orienta o paciente quanto ao resultado e da seguimento para a conduta que o paciente decide tomar — Continua dando seguimento as consultas com o paciente, até ele achar que não é mais necessário → paciente decide a “alta” PROFISSIONAIS — Geneticista clinico → é um medico que oferece diagnostico e manejo clinico — Aconselhador → medico ou outro profissional, que oferece explicações, impacto e suporte — Profissional de saúde → auxilia INFORMAÇÃO À FAMÍLIA — O aconselhamento foca não apenas na pessoa doente, mas na sua família, por isso ela: — Trabalha com o paciente para que ele informe outros membros da família quanto ao risco de se ter a doença — Oferece exames genéticos para outros membros da família para avaliar a chance de se ter a doença — Ajuda psicológica — O profissional que faz o aconselhamento ajuda o paciente a lidar com as questoes psicossociais que envolvem a doença, como ajudar a se adaptar com o fato de ser portador de uma doença — Interpretação de exames — Os aconselhadores ajudam a explicar e interpretar os testes genéticos aos pacientes e seus familiares ACONSELHAMENTO NÃO DIRETIVO — Em que os pacientes são livres para tomar a melhor decisão com relação ao manejo do risco para a doença — Cada pessoa tem autonomia para decidir sobre seu futuro reprodutivo, sem coerção por parte do aconselhador — Testes — Muitas pessoas procuram o AG para determinar as chances de se ter um filho com determinada doença — Nesses casos pode se fazer exames para testar os prováveis portadores da doença para saber se o risco é real de se ter filhos com a doença ➔ Nesses casos, usa-se cariotipagem, analise bioquímica ou analise do genoma — Quando o risco é detectado para o casal, faz-se o diagnostico pré- natal, mas ele é limitado uma vez que não abrange todos as doenças — Pode-se ainda fazer o diagnostico pré-implantação no blastocisto com a fertilização in vitro ASPECTO PSICOLÓGICO — Pessoas que suspeitam ser portadores de uma doença ou aqueles que já tem a doença em si tem diferentes graus de estresse emocional que devem ser levados em conta pelo aconselhador — O profissional pode fazer o encaminhamento para grupos de apoio ou indicar para terapia com psicólogos — Os grupos ajudam a compartilhar experiencias com a doença e ensinam a lidar com ela no dia a dia CONDUTAS — CONTRACEPÇÃO ou ESTERILIZAÇÃO, na qual o aconselhador vai informar sobre os procedimentos e realizar o encaminhamento para médicos de outras áreas para fazer o procedimento — ADOÇÃO — INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL ➔ Indicado se o pai tem uma doença autossômica dominante ou ligada ao X; não é indicado se a mulher tem a mesma doença ➔ É indicado se ambos os pais forem portadores do gene recessivo — FERTILIZAÇÃO IN VITRO com óvulo doado, se a mae for portadora de doença autossômica dominante ou ligada ao X — A INTERRUPÇÃO DA GRAVIDEZ tambem é uma opção RISCO DE RECORRÊNCIA — A determinação do risco de se ter uma doença genética se baseia no conhecimento sobre o tipo de herança da doença + heredograma — Se a doença for monogênica, é mais fácil determinar as chances de se ter ela com base nas heranças mendelianas — Se a doença for resultado de uma mutação nova ou se tiver muitos fatores ambientais influenciando na expressão do gene, faz-se uma probabilidade condicional para se determinar a chance de se ter a doença PRINCÍPIOS DO ACONSELHAMENTO GENÉTICO − Autonomia − Não maleficência − Beneficência − Justiça − Não diretivo, não coercivo e individualizado − Confidencialidade e privacidade − Percepção od risco − Impacto psicossocial e afetivo DESAFIOS NO BRASIL − Treinamento de profissionais de saúde a nível primário ou secundário para identificar o paciente e a família que necessida de AG − Criação e expansão de serviços de oncogenética − Estabelecimento de redes terciarias para rastreio de famílias e genes LINHAS DE CUIDADO NO CÂNCER − Consulta com generalista na atenção primaria • Avaliação de lesões palpáveis • Rastreamento − Consulta especializada + diagnostico − Tratamento oncológico − Cuidados paliativos / Cuidado domiciliar −