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TDAH e Aprendizagem: Desafios na Educação

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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNINTER
ÁREA DE EDUCAÇÃO 
CURSO DE GRADUÇÃO EM: Pedagogia
DISCENTE(S): Caroline Soltis, Dilete dos Santos.
NÚMERO(S) DO(S) RU: 1745015, 1675946
FICHAMENTO DE ARTIGO
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
MARIA, Inete Rocha; CONFORTIN Helena. TDAH e Aprendizagem: Um desafio para a educação. 2015. Disponível em: http://www.uricer.edu.br/site/pdfs/perspectiva/148_535.pdf. Acesso em: 02 out. 2019.
PALAVRAS-CHAVE
TDAH, Aluno, Professor, Aprendizagem.
RESUMO DA INTRODUÇÃO DO ARTIGO
	Neste artigo Maria Inete Rocha Maia e Helena Confortin, realizam um profundo estudo de caráter bibliográfico, sobre um tema bastante desconhecido para algumas pessoas, o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade – TDAH. O estudo teve como publico alvo alunos na etapa do Ensino Fundamental e seus respectivos professores. Para isso é preciso conhecer as características do transtorno, conseqüências e diagnóstico, bem com suas implicações no ambiente escolar. Apontando algumas propostas de atividades didático-pedagógicas, buscando investigar as interferências do TDAH no processo de ensino-aprendizagem e mostrando o importante papel realizado pela escola, pelo professor e dos pais.
	
SÍNTESE SOBRE A LEITURA DO ARTIGO
	
O artigo surgiu da necessidade de gerar meios que ajudem os profissionais da educação a trabalharem com crianças e jovens com distúrbios de atenção, buscando entender também o conceito de hiperatividade. Mostrando formas de enfrentar o distúrbio, para uma melhor aprendizagem do aluno. As autoras também apresentam parâmetros para a identificação do distúrbio, características, conseqüências e diagnóstico do TDAH, bem com suas implicações no ambiente escolar, apontando o papel da escola e o do professor no auxilio ao aluno que sofre com esse distúrbio, porque ainda existe uma grande dificuldade em distinguir hiperatividade de outros problemas que geram a agitação emocional do individuo.
Em muitos casos os professores se deparam com estudantes que possuem hiperatividade e não sabem lidar com eles em sala de aula, fazendo um pré-julgamento e confundindo seu TDAH com mau comportamento, o que acaba prejudicando o seu aprendizado. Segundo o Manual Diagnóstico de Transtornos Mentais (DSM-50), o surgimento do TDAH se dá entre 07 e 12 anos de idade e o classifica em Leve, Moderado e Grave. Apesar do grande número de pesquisas realizadas sobre o tema, suas causas ainda são incertas, considerando que esse transtorno seja o resultado de fatores genéticos, encontrados nos genes, ou biológicos como o uso do álcool, drogas e determinados usos de medicamentos durante a gravidez, e fatores ligados a questões ambientais, que interferem no desenvolvimento psicológico e emocional, como conflitos familiares e transtorno mental nos pais.
A hiperatividade é considerada um problema de saúde mental, e possui como características básicas a distração, a agitação e a impulsividade, levando o aluno a ter dificuldade no desempenho escolar, prejudicando sua aprendizagem e também no relacionamento familiar. Dentro do TDAH existem diferentes perfis, e muitas características que compõem esses perfis são confundidas com mau comportamento, onde se for tratado de forma indevida ou simplesmente ser ignorado, pode causar diversas conseqüências emocionais, sociais e/ou psicológicas. 
É preciso um profissional especializado para diagnosticar um individuo com TDAH, porém muitos indícios da doença precisam se manifestar para que ela possa ser descoberta. Os primeiros sinais do transtorno apresentam-se desde os primeiros meses de vida, com o passar dos anos a criança se apresenta inquieta, desobediente e se irrita muito fácil. Contudo é na adolescência em que se agravam os sintomas, como a capacidade de concentração, distração freqüente, impulsividade, muitas brigas com professores e colegas e baixo rendimento escolar.
Para ter uma avaliação segura de TDAH é necessária a relação família, escola, é através desta relação de interação que é possível colher informações através de questionamentos que levem a um diagnóstico clínico. A base desse questionamento deverá ser uma lista de sintomas, conduta do adolescente comprovada por atitudes, perguntas e respostas sobre situações enfrentadas, informações familiares e escolares e um exame médico que descartem outras causas patológicas. Somente profissionais médicos ou profissionais da saúde mental especializados, são qualificados para um diagnóstico final, sendo que o resultado efetivo só será possível com a participação constante da família e da escola. Crianças que recebem o tratamento comportamental e fazem o uso de medicamentos, costumam se sair melhor, existem diferentes tipos de medicamentos para o TDAH, que podem ser ministrados individualmente ou em combinação, esses psicoestimulantes são as drogas mais comuns usadas no tratamento e o efeito destas e calmante.
Atualmente esta cada vem mais comum encontrar nas escolas estudantes com TDAH, que muitas vezes são confundidos com jovens que possuem mau comportamento, que resistem as orientações do professor, que ficam inquietos, agitados e ansiosos diante de determinada situação, onde por não serem identificados com esse transtorno, suas dificuldades, esses estudantes não conseguem se concentrar, questionar, refletir, sobre um problema apresentado em sala de aula, o que os deixa”atrasados” em seus conteúdos em relação a seus colegas, com isso aumentam os índices de repetência, baixo rendimento escolar, evasão e dificuldades emocionais e sociais. Os estudantes com TDAH, assim como os outros estudantes possuem seu próprio tempo de aprendizagem, portanto os que são diagnosticados com esse transtorno precisam de um tempo maior para aprender o que foi ensinado e necessita da intervenção do professor para que esse estudante não se sinta inferior em relação os outros alunos. 
Uma vez diagnosticado o TDAH, o aluno deve ser considerado como uma criança com necessidades educacionais especiais, e para que ele tenha as mesmas oportunidades de aprender que os outros colegas de sala de aula, serão necessários algumas adaptações pedagógicas. 
O professor tem papel fundamental no desenvolvimento das habilidades e controle do comportamento da criança com TDAH, ele deve ser instruído tanto na formação inicial como na continuada, deve receber auxilio e deve ter conhecimento sobre o transtorno e as estratégias adequadas em sala de aula para que esses alunos sejam inclusos na escola. Por isso, percebe-se a necessidade de uma boa formação por parte do professores, através de formações continuada, onde o professor deve buscar se aprofundar em conhecimentos referentes as características do TDAH e buscar sugestões de atividades que possam ser realizadas pelos alunos mediante esforço de ambas as partes, ou seja, o professor deve observar e coletar informações para saber como deve proceder lidar com cada situação apresentada pelo aluno, buscando desenvolver um boa comunicação com ele e com os demais colegas, para que haja uma boa compreensão e aceitação entre todos para saber lidar com os mesmos durante a realização das atividades em sala de aula.
O professor é um dos primeiros a identificar o comportamento diferenciado da criança na escola, e é orientado nesses casos a chamar os pais para conversar e sugerir a eles a buscarem ajuda de um especialista. Assim que a criança for diagnosticada, deve ter inicio um acompanhamento multidisciplinar de um terapeuta, um psiquiatra infantil ou com outro medico conforme a necessidade.
Existem alguns caminhos que o professor pode usar em sala de aula, que visam diminuir ou evitar comportamentos indesejáveis que possam vir a prejudicar o processo pedagógico. Algumas sugestões seriam sentar o aluno na primeira carteira e distante da porta ou janela, reduzir o numero de alunos em sala de aula, procurar manter uma rotina diária, propor atividades pouco extensas, intercalar momentos de explicação com os exercícios práticos, utilizar estratégias atrativas, tentar manter o máximo de silencio,evitar situações que provoquem a distração.
O papel do professor é indispensável para a evolução do estudante com TDAH, porém, se a escola não apoiar ou não lhe der subsídios pelos quais possa ser cumprido o objetivo, o esforço e trabalho até então alcançados agridem ou paralisam não chegando a um progresso desejado. Por isso a escola deve disponibilizar formação continuada, promover reuniões com profissionais da educação e também com a família do estudante com o transtorno, para que possam alcançar resultados positivos, ou não, deverão atuar sempre juntos, intimamente ligados.
Como educadores devemos oferecer a essa criança com TDAH, recursos de linguagem, para que ela seja capaz de expressar verbalmente o que esta sentido, por isso é imprescindível que a escola e os professores, assim como os pais estejam comprometidos em proporcionar o melhor para esse estudante, vendo-o não apenas como um objeto de trabalho, mas como individuo desafiante e portador de grandes potencialidades. Para bem educar, é preciso ser em ações, palavras, bondade e firmeza, essas duas últimas são ainda mais necessárias se o aluno em questão for um portador de Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade. Há um provérbio Chinês que diz: ”Procure me amar quando eu menos mereço, porque é quando eu mais preciso.”
Conclui-se que é necessário o professor e os envolvidos no processo de ensino-aprendizagem estudem com serenidade sobre o tema, os estudos e pesquisas sobre TDAH mostram que não é tão fácil diagnosticar um individuo hiperativo, é necessário envolver coleta de dados com os pais, com as crianças e com a escola. Porém apenas a intervenção de um profissional habilitado pode concluir a diagnóstico. Quando a escola e a família trabalharem juntas em função da superação dos transtornos, o tratamento será eficaz, e os resultados serão satisfatórios nas relações familiares, no convívio escolar e social. O intelecto e o emocional controlam o corpo, ou seja, no momento em que o estudante se sente bem em seu ambiente, que recebe incentivo, seja por um elogio ou por resultados positivos, a sua inquietação e agitação diminuem, pois ele estará mais preparado para exercer sobre si o autocontrole, melhorando sua condição.
CITAÇÕES RELEVANTES 
Antunes (2001), em seu glossário para educadores, afirma que existem crianças que são prejudicadas pela falta de conhecimento de educadores e/ou pais que acabam diagnosticando-as como hiperativas, uma vez que esse diagnóstico deve ser concluído por um profissional da saúde.
Rhode e Benczik (1999), dizem que os médicos chamam de comorbidade a ocorrência, em conjunto, de dois ou mais problemas de saúde mental. Por exemplo, cerca de 50% das crianças e adolescentes com TDAH também apresentam problemas de comportamento como agressividade, mentiras, roubo, comportamento de oposição ou de desafio as regras e aos pedidos dos alunos.
De acordo com Goldstein (2006, p. 47), existem, ainda, outros critérios que devem ser levados em conta, não esquecendo que, para chegar ao diagnóstico final, é preciso uma avaliação do profissional da Saúde.

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