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Atuação do Assistente Social no Espaço Sóciojurídico

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RECONHECIMENTO DOS ESPAÇOS DE ATUAÇÃO DO ASSISTENTE SOCIAL: ESPAÇOSOCIOJURÍDICO
Maria de Nazaré Dias Queiroz1
Michelle Sousa Gomes2
Ronildo da Costa Corrêa3
Valéria Costa de Mendonça4
Jaqueline Moraes1
RESUMO
Este trabalho tem por objetivo identificar os espaços de atuação do assistente social com ênfase no espaço sóciojurídico. Em pesquisa pelos teóricos que direcionam o fazer profissional é identificado esse espaço nas raízes do serviço social no Brasil. É nesse universo jurídico que os direitos humanos, direitos reclamáveis que concede a estrutura do acesso aos direitos via judiciário e penitenciário, que os assistentes sociais têm seu processo de intervenção das questões sociais nesse campo. Através de entrevistas pode-se apreender a realidade da prática profissional nesse espaço e ressaltando a importância do código de ética da profissão diante das expressões sociais, a qual cada espaço demanda. Todavia o espaço sociojurídico tem sua fundamentação na legislação, consolidando a efetivação dos direitos nas sociedades e perpassando pelo olhar crítico do serviço social como forma de intervenção social e a prática nesses espaços para o trabalho e o projeto profissional nas políticas sociais. 
Palavras chave: Direitos. Sóciojurídico. Realidade.
1. INTRODUÇÃO
	O presente trabalho em equipe aborda a atuação e intervenção do assistente social na área sóciojurídica, tendo por finalidade a análise da dimensão enfrentada no cotidiano dos assistentes sociais em algumas instituições judiciárias, utilizando como metodologia a pesquisa através de entrevista, fotos e a consulta de literatura de profissionais da área de atuação. Considerando que o assistente social ao atuar na sociedade é chamado a responde por demandas que lhe são postas, exigindo-se um profissional preparado teórico e tecnicamente para propor alternativas de trabalho satisfatórias aos sujeitos envolvidos. Os estudos, a investigação no exercício profissional do assistente social constitui-se em uma das exigências estabelecidas na legislação da profissão, sendo, portanto intrínseca a atividade profissional.
 É necessário que se investigue e compreenda o objetivo de intervenção, a realidade dos sujeitos envolvidos, as relações sociais que os cercam, para assim propor respostas mais condizentes com a demanda. A fundamentação está estruturada da seguinte forma: discussão das questões apresentadas pelos profissionais entrevistados e suas relações com a dimensão dos problemas apresentados ao profissional. Contudo o espaço sóciojurídico constitui – se na gênese dos conhecimentos e vivencias, na importância das atualizações sistemáticas que o meio referido condiz, e assim direcionando o aprofundamento sobre o sóciojurídico e sobre o trabalho profissional. 
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
	Identificar os espaços de atuação do serviço social é fundamental para a formação dos acadêmicos para conhecer as especificidades e aprofundar seus conhecimentos com o intuito de uma formação fortificada e embasada em referenciais teóricos e metodológicos e instrumentais privativos e adequados a cada ambiente e demanda. Este que em princípio abria espaço para os assistentes sociais principalmente no poder judiciário, medida sócio-educativa, sistema penitenciário e justiça federal, e a partir dos anos 90 com o estatuto da criança e do adolescente ocorre à ampliação desse espaço para Ministério Público e Defensoria Pública. A categoria passa a se organizar em seminários e debates para discutir as problemáticas existentes como: a denominação “espaço sóciojurídico”, “área” ou “campo de atuação” e problematizar situações tipicamente conservadoras e habituais como a culpabilização e julgamentos morais, as leis algumas vezes têm interesses diretos da burguesia a classe dominante e totalmente contrários ao que preconiza e afirma o serviço social na defesa da classe trabalhadora, dos excluídos e das minorias nesse sistema capitalista onde as oportunidades não estão disponíveis a todos devidos o acúmulo de riquezas nas mãos da classe burguesa e quase nada ao restante da população. Todavia existe verdade e realidade determinada socialmente, uma vez que
[...] as classes sociais só existem em relação, pela mútua mediação entre elas, a atuação do assistente social é necessariamente polarizada pelos interesses de tais classes, tendendo a ser cooptada por aqueles que têm uma posição dominante. (IAMAMOTO e CARVALHO, 1982: 75).
Com a mediação histórica dos conflitos de classes, o serviço social tem seus interesses de mediação contrários das classes dominantes e para afirmar o seu conceito defendido precisa se embasar na norma legislativa e no código de ética da profissão. 
	O fazer profissional com todo arcabouço teórico metodológico, ético-político e todas as competências técnicos operativos, o uso correto dos instrumentais de uso privativo da profissão como: estudo social, parecer social, laudo social, encaminhamentos, reuniões, assembleias, entre outros como está disposto no código de ética da profissão, sem nunca se desvencilhar do projeto ético-político dentro desse espaço que tem em sua gênese a hierarquia e autoridade de acordo com seus preceitos legais e de controle por parte do Estado.
	 A metodologia do serviço social tem na mediação o seu princípio de solucionar conflitos, diante das demandas que aparecem como ‘jurídicas’, ou como ‘normativas’, são fetichizadas e ideolizadas no campo do direito, pois eles são essencialmente sociais. Elas se convertem em demandas ‘jurídicas’ ou de ‘preservação da paz e da ordem’ pela necessidade de controle e manipulação da realidade, de disciplinamento ou normalização de condutas sociais (FÁVERO, 1999, apud CFESS, 2014, p. 16), segundo os interesses dominantes em determinado momento histórico. 
 Embora o debate sobre esse espaço se instale com maior preponderância somente nos últimos anos no seio da categoria, a relação entre a sociabilidade da classe dominante e a impositividade do Estado é historicamente constatada, e, no entanto a fundamentação do espaço proporciona ao serviço social a efetivação do exercício profissional. 
3. MATERIAIS E MÉTODOS
	Foram realizadas visitas aos espaços para a devida entrevista com os (as) profissionais para esclarecimento, orientação e apreensão da realidade vivida e contribuição para a formação acadêmica dos discentes com o agendamento prévio e envio da carta de apresentação da UNIASSELVI na Defensoria pública do Estado do Pará situada a Rua Senador Manoel Barata, nº 50 no bairro campina e Ministério Público do Estado do Pará localizado a Rua João Diogo, n° 100, bairro Cidade Velha. Com a autorização verbal das profissionais foram gravadas as entrevistas assim como os registros fotográficos afirmando a veracidade dos fatos relatados.
	 Em 17 de Setembro de 2018 as 08h00min da manhã fomos recebidas pelas assistentes sociais Laurinda Moraes que atua do espaço há 10 anos e Marilda Tavares que atua no espaço há 10 anos. A entrevista foi realizada na sala de mediação e ambas atuam no Núcleo de atendimento especial da mulher (NAEM), Núcleo de atendimento especializado a família (NAEFA), Núcleo de atendimento especializado a criança e do adolescente (NAECA), em equipe multidisciplinar composta por assistentes sociais, psicólogas (os) e pedagogas (os) e possuem espaço físico próprio para o serviço social e ainda possuem salas individuais com todo material administrativo (computador, impressora, papel, canetas, etc.) necessário a disposição para o exercício profissional. A jornada de trabalho é de 30 horas é respeitada conforme a lei 12.317 de 2010. “Artigo 5° - A. A duração do trabalho do assistente social é de 30(trinta) horas semanais.”
	 Ressaltando que o horário de atendimento da Defensoria Pública ao público é de 08h00min às 14h00min de segunda a sexta e as entrevistadas são concursadas do único concurso público realizado para este cargo foi em 2008 e antes desse período o assistente social trabalhava por meio de contratocom instituição.
	O público-alvo da instituição é qualquer cidadão que se considere pobre perante a lei com as expressões da questão social de maior evidencia reconhecimento de paternidade, guarda compartilhada, direito de visita, conflito conjugal e familiar. Os principais instrumentos de intervenção utilizados são: escuta, acolhimento, relatório social, parecer técnico, visitas domiciliares, encaminhamentos entre outros. De acordo com as entrevistadas as especificidades do espaço sociojurídico são o compromisso, competência e responsabilidade e os desafios são o olhar mais humano e a intermediação dos conflitos, diante das demandas, mediante ao código de ética e o projeto ético-político da profissão. A instituição de acordo com a gestão que é renovada a cada dois anos investe em cursos e capacitações para os profissionais. No interior do estado os assistentes sociais atuantes na defensoria pública que está localizada apenas em municípios polos são contratados pela prefeitura local e não recebem os mesmos salários que os profissionais concursados, fato relatado pelas entrevistadas como injusto visto que no interior a estrutura física e profissional é reduzida e os profissionais atendem todas as demandas recebidas diferente da capital onde estão alocados em núcleos de atendimentos específicos. A Defensoria Pública é uma instituição que concede orientação jurídica a todos que se declaram pobres perante a lei de acordo com a CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL “Art. 134°. A Defensoria Pública é instituição essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a orientação jurídica e defesa, em todos os graus, dos necessitados [...]”. 
	 Fundamental para a orientação, solução de conflitos, garantindo os direitos dos cidadãos brasileiros ou que nesse Estado habitem. O atendimento pode ser agendado pelo número 129 para maior comodidade.
	Portanto, diante da prática do exercício da profissão como mostra na entrevista muitos são os obstáculos a serem enfrentados pelos profissionais, na instituição, pois requer um profissional neutro e inovador diante das demandas apresentadas e assim demonstrando a compreensão da realidade, mesmo diante do conservadorismo da instituição, tal realidade nos revela a existência
[...] de investimento em modelos autoritários e conservadores de práticas para disciplinar as reações cotidianas, no interior do privilegiamento do Estado penal em detrimento do Estado social. Ou, na judicialização dos conflitos familiares, no excessivo poder dado e solicitado ao Estado em relação à guarda de filhos, como é o caso, em detrimento de programas e ações que favoreçam o diálogo entre a família, sua escuta atenta, respeitando direitos de todos os envolvidos, num trabalho interdisciplinar que evite a fragmentação da realidade vivida pelos sujeitos e o recurso ao Judiciário para enquadrar e/ou simplificar a realidade, por meio de avaliações realizadas com base num modelo ou num guia para avaliação de famílias em disputa pela guarda dos filhos. (FAVERO, 2010, p. 8-9 apud CFESS, 2014, p. 21).
	 Assim, a intermediação dessa demanda na Defensória Pública perpassar por todo um processo de mediação e conciliação dos indivíduos menos favorecidos financeiramente, através da garantia de direitos que está inserida na Constituição Federal, a qual a sociedade é limitada quando não busca por tais direitos adquiridos e assim mostrando uma sociedade alienada e desigual. Vale salientar que para uma sociedade mais justa e igualitária, os indivíduos devem busca seus direitos, com as políticas públicas de intervenção do serviço social de seus estados e municípios. 
Figura 1 – DEFENSORIA PÚBLICA
Visita à Defensoria Pública do Estado do Pará com as assistentes sociais Laurinda Moraes e Marilda Tavares e alunos(as) do curso de graduação de serviço social: Ronildo, Michelle e Valéria.
Em 18 de Setembro de 2018 às 09h00min da manhã fomos atendidos pelas assistentes sociais Margarida Oliveiraque atua na instituição há 14 anos e Sandra Lúcia Serra Rodrigues que atua na instituição há 23 anos, ambas concursadas. A entrevista foi realizada na sala da assistente social Sandra Lúcia que dispõe de todo aparato administrativo e teórico e uma estagiária dando assessoria para o exercício da função.
	O Ministério Público é uma instituição que atende principalmente as causas coletivas conforme a CONSTITUIÇÃO FEDERATIVA DO BRASIL “Art. 127°. O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regimento democrático e dos interesses sociais e indisponíveis”. [...]
	 È uma instituição essencial para a sociedade na fiscalização das políticas públicas, garantia de direitos indisponíveis violados principalmente no atendimento a coletividade. Fiscaliza entidades governamentais e não governamentais. No entanto, a atribuição a qual o Ministério Público é constituído independe de quaisquer dos três poderes executivo, legislativo e judiciário. Para garantir que seu trabalho esteja livre de intervenção de qualquer dos poderes, “a Constituição Federal reserva a ele uma seção específica, no “capitulo 4- Das Funções Essenciais e Judiciais”.
	 As entrevistadas nos relataram as demandas do Ministério Público, por ser uma promotoria da Vara da Infância e Juventude suas demandas estão voltadas para a efetivação e garantia dos direitos da criança e do adolescente, ou seja, para garantia dos direitos do cidadão no CAPS, hospitais, pessoas em estado de vulnerabilidade social ou risco social, etc.
	Para que as assistentes sociais tenham seu trabalho efetivado elas se embasam no código de ética do profissional e estudos teóricos – metodológicos que emanam a profissão e não deixando de compor suas intervenções no sigilo profissional. Todavia as assistentes sociais explicaram que as questões sociais de intervenção da promotoria mencionada devem estar pautadas no Estatuto da Criança e do Adolescente, ou seja, as especificidades das entrevistas na visão das assistentes estãovinculadas com a norma da ECA que são acolhimento, entrevista e visita aos indivíduos e instituições a qual foram designados. Outra realidade desse profissional é a perícia social, esse instrumento de trabalho tem por finalidade a investigação da realidade do indivíduo através da observação e análise de documentos para a abordagem da situação.
	 Todavia, Fávero (2003), ao analisar os procedimentos e instrumentos que fazem parte de uma metodologia de trabalho do(a) assistente social, chama a atenção para uma dimensão da perícia social que merece nosso destaque:
A perícia, quando solicitada a um profissional de Serviço Social, é chamada de perícia social, recebendo esta denominação por se tratar de estudo e parecer cuja finalidade é subsidiar uma decisão, via de regra, judicial. Ela é realizada por meio de estudo social e implica na elaboração de um laudo e emissão de um parecer. [...] No sistema judiciário, a perícia pode ser realizada por assistente social funcionário da instituição judiciária, por assistente social nomeado como perito pelo juiz responsável pela ação judicial – comumente inscrito em listagem local e remunerado por perícia realizada e laudo apresentado, bem como por assistente técnico, que é um profissional indicado e remunerado por uma das partes envolvidas na ação judicial (em especial nas Varas da Família e das Sucessões) para emitir parecer, após a apresentação do laudo por um perito nomeado pelo juiz. Dependendo da solicitação e/ou solicitação, o perito poderá responder a quesitos, geralmente formulados pelas partes envolvidas na ação ou pelos advogados/defensores que as representam, devendo fazê-lo sempre em consonância com as prerrogativas, princípios e especificidades da profissão (FAVERO, 2003, p. 43-44 apud CFESS, 2014, p. 45).
	
 Os instrumentais de trabalho do assistente social buscam nas condições vigentes o melhoramento das situações e problemas vividos pela sociedade. Diante das demandas a instrumental perícia social buscana observação e análise de documentos os devidos embasamentos para a elaboração dos laudos e pareceres para a conclusão da análise, de acordo com os atores sociais. 
	Os desafios que as mesmas enfrentam enquanto profissionais, é que uma sociedade alienada de seus direitos não busca suas prioridades nos âmbitos da saúde, educação habitação, entre outros, para que o indivíduo seja possuidor de seus direitos. Porém, Ministério Público mantém prerrogativas privativas no campo no direito e do processo penal, o que é extremamente valorizado por muitos, como Lima (LIMA, 2007, p. 29 apud CFESS, 2014, p. 53), “[...] é no processo penal que o Ministério Público exerce a mais relevante e tradicional de suas funções, ou seja, a titularidade da ação penal pública, sendo, ainda, o fiscal da correta aplicação da lei”.
	 Vale ressaltar então a centralidade que o Ministério Público possui no âmbito do sistema de justiça e efetivação dos direitos individuais, coletivos e difusos, que ainda hoje depende de suas provocações institucionais, sem perspectivas de que se abra mão dessas prerrogativas, presentes desde seu surgimento. Portanto, o serviço social tem sua contribuição para as tomadas de decisões no poder judiciário, pautado no seu código de ética profissional visando às massas dos necessitados e tomando decisões coerentes e buscando por seus direitos através da intervenção dos conflitos das expressões sociais.
Figura 2 – MINISTÉRIO PÚBLICO
Visita ao Ministério Público com as assistentes sociais Sandra Lúcia e Margarida Oliveirae os(as) acadêmicos(as)de serviço social: Ronildo, Michelle e Valéria.
4. RESULTADO E DISCUSSÃO
Na perspectiva de uma visão social que vai além da alçada do direito como ciência o Estado busca a articulação das ciências humanas com a equipe multidisciplinar que envolve o direito, serviço social, psicologia e pedagogia para a mediação de conflitos e ameaças aos direitos humanos, reflexo da sociedade contemporânea e globalizada onde os atores sociais reprodutores de comportamentos que se alastram com tamanha velocidade que se faz necessário a intervenção em todos os aparelhos possíveis para o controle e a garantia de justiça social.
Diante do resultado da pesquisa realizada nas instituições do estado do Pará, verifica – se a valorização do saber profissional, a efetivação do projeto ético – político hegemônico da profissão, o reconhecimento profissional intelectual refletido na remuneração financeira pelo empregador o Estado que absorve esses profissionais por meio de concurso público gerando estabilidade no emprego e bem – estar ao profissional, que sente sua força de trabalho valorizada em meio ao sistema capitalista que é produtor de desigualdades e conflitos sociais históricos. Há de se considerar o privilegio de atuar nas instituições pesquisadas devido a real efetivação do serviço social na mediação de conflitos e garantia de direitos dos cidadãos e na contribuição para uma sociedade equânime e igualitária.
5. CONCLUSÃO
Ao reconhecer o espaço sociojurídico como área de atuação efetiva do profissional de serviço social, identificamos ambientes com instalações compatíveis, profissionais com jornada de trabalho de 30 horas semanais respeitada, não há falta de materiais e insumos, existe a preocupação das instituições em manter os servidores atualizados com as novas expressões da questão social e as leis que visam a garantia dos direitos dos cidadãos, assim afirmando as diretrizes da profissão e efetivando o projeto ético – político.
Em uma sociedade que está em pleno movimento reflexo da globalização, da mundialização, da internacionalização do capital, os retrocessos dos direitos adquiridos, o atual cenário político, entre outros motivos tem agravado as desigualdades sociais, que são frutos do capitalismo. Os atores sociais tem buscado a intervenção do Estado por meio desses órgãos que compõem espaço sociojurídico, afim de minimizar suas necessidades individuais ou coletivas, razão qual o assistente social é fundamental para a escuta sensível, mediação e outros instrumentos privativos da profissão e que requer profissionais muito qualificados, visto que o ingresso se dá por meio de concurso público e que tem um intervalo muito grande entre um e outro impossibilitando os profissionais de concorrerem a uma almejada vaga no serviço público, visto que além da estrutura organizacional oferecida, ainda oferta uma das melhores remunerações.
Concluímos que há necessidade de maior abertura de vagas nas instituições, visando a melhoria do atendimento á sociedade que tem se movimentado em busca da real efetivação dos direitos garantidos na Constituição Federal, ressaltando a formação dos novos profissionais que deve ser fortalecida e observar atentamente o surgimento de indivíduos neoconservadores, que não se afastem dos princípios que constam no código de ética da profissão e que os acadêmicos e os recém formados possam estar aptos a concorrer a uma vaga nas instituições.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Código de ética do/a assistente social. Lei 8.662/93 de regulamentação da profissão. -10. Ed. rev. E atual. - (Brasília): Conselho Federal de Serviço Social, (2012). Pag. 57.
 . Conselho Federal de Serviço Social – CFESS. Atuação de assistentes sociais no Sócio-jurídico. Brasília (DF), 2014.
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL: Texto constitucional promulgado em 5 de outubro de 1988, com as alterações adotadas pelas Emendas Constitucionais n 1/92 a 56/2007 e pelas Emendas Constitucionais de Revisão n 1 a 6/94.-Brasília: Senado Federal, subsecretaria de Edições Técnicas,2008.página 91 capítulo IV seção I artigo 127 e página 96 seções III artigo 134.
FALEIROS, Vicente de Paula. Saber profissional e poder institucional. 11. Ed. São Paulo: Cortez, 2015.
 . Metodologia Científica/André Bazzanella; Elizabeth Penzlien Tafner; Everaldo da Silva; Antônio José Müller (Org.). Indaial: Uniasselvi, 2013.
MAZZILLI, Hugo Nigro. Introdução ao Ministério Público. São Paulo: Editora Saraiva 1997. 
IAMAMOTO, Marilda Vilela e CARVALHO Raul de. Relações Sociais e Serviço Social no Brasil: esboço de uma interpretação histórico – metodológico. São Paulo; Lima, Peru: Cortez; CELATS, 1982.
FAVERO, Eunice Terezinha. Atuação de Assistente Social no Espaço Sóciojurídico (CFESS). Brasília (DF), 2014.
ANEXOS
DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO PARÁ
NUCLEO ESPECIALIZADO DE ATENDIMENTO À FAMÍLIA NAEFA GERÊNCIA DE SERVIÇO PSICOSSOCIAL 
	BLOCO I - DADOS PESSOAIS
	Nome:
	Data de Nascimento:
	Telefone:
	Naturalidade:
	Idade:
	Grau de Instrução:
	Religião:
	Estado Civil:
	Tempo de Relacionamento:
	Endereço:
	Ocupação:
	
	CPF
	BLOCO II ORIGEM DA DEMANDA
	Núcleo:
Defensor:
Presencial ( )
Outros ( )
	BLOCO III- DEMANDA
	Guarda ( )	Conflito conjugal ( )
Direito de visita ( )	Conflitos familiares ( ) 	Estudo Técnico ( )
	BLOCO IV- NUCLEO FAMILIAR QUE COMPARTILHA O LAR
	NOME
	IDADE 
	PARENTESCO 
	OCUPAÇÃO
	RENDA
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	BLOCO V - ASPECTO ECONOMICO E PROFISSIONAL
	( ) Empregado(A) Formal Empregado(A) Informal ( ) Desempregado(A)
( ) Autônomo(A) ( ) Mercado Informal ( )Servidor(A) Público(A) ( )Aposentado(A)
( )Pensionista
Profissão: 
Local De Trabalho/ Último:
Renda Pessoal: R$
	BLOCO VI - ASPECTO HABITACIONAL
	( ) Casa ( ) Kit Net ( ) Apartamento
( ) Madeira	( ) Alvenaria
Outros:	 NO De Cômodos:
	( ) Própria ( ) Alugada	( ) Cedida
Ocupação ( )Familiar
Outros: 
		BLOCO VII - BENEFICIOS	
	( ) Bolsa Família	( ) Bolsa Trabalho ( ) Pro jovem ( ) Passe Especial	( ) Appd	( )Bpc
	BLOCO VIII- RELACIONAMENTO FAMILIAR
	1. Quais são as dificuldades apresentadas?
	2. Qual é a sua opinião a respeito da aproximação entre a criança/adolescente e o (a) requerido (a)?
	3. Descreva sua família.4. Há familiares que oferecem apoio e de que forma?
	5. Há familiares que não dão apoio. Quem?
	6. As datas festivas são comemoradas em família?()Sim (	)não (	)às vezes
	7. Quem promove ou incentiva?
	8. Recebe visitas dos familiares?
	( )Sim ( )não ( )às vezes
	9. Com que frequência?
	10. Quais são os sentimentos predominantes entre requerente e requerido?
	11. Descrição da convivência da criança elou adolescente com os pais ou responsáveis?
	12. Qual é a rotina da criança elou adolescente?
	13. Qual é o método de educação utilizado para disciplinar a criança e/ ou adolescente?
	BLOCO IX - ASPECTOS EDUCACIONAIS
	1. Qual é a escola que a criança/adolescente frequenta? Que Série?
Apresenta alguma dificuldade de aprendizagem? ( ) Sim 	( )Não
Se sim, qual?
Você acompanha a vida escolar da criança/adolescente ( ) sim ( ) não
Como você avalia a participação do (a) requerido (a) na educação da criança/adolescente?
Há compartilhamento de informações sobre o rendimento escolar da criança/adolescente entre os pais/responsáveis?
	BLOCO X CONSIDERAÇOES TECNICAS	
	
Técnico Psicossocial
2
Maria de Nazaré Dias Queiroz
Michelle Sousa Gomes
Ronildo da Costa Corrêa
Valéria Costa de Mendonça 
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI – SES (0499) Seminário Interdisciplinar III 
ESTADO DO PARÁ
DEFENSORIA PUBLICA
GERÊNCIA DE SERVIÇO PSICOSSOCIAL
FICHA DE ATENDIMENTO DO PROGRAMA PAI LEGAL
DATA:
NOME DA CRIANÇA/ADOLESCENTE:
IDADE.SEXO: ( )FEMININO	( )MASCULINO	PRIORIDADE: ( )SIM	( )NÃO
DADOS DO(a) REQUERENTE:
NOME:	IDADE: (MENOR) RESPONSÁVEL:
ENDEREÇO:
BAIRRO:	MUNICÍPIO:	CEP. TELEFONE:	CELULAR:	OUTROS:
ESCOLARIDADE:	OCUPAÇÃO:
( ) MERCADO FORMAL	( ) MERCADO INFORMAL	( )APOSENTADO ( ) AUTÔNOMO(A)
PÚBLICO(A)		( )PENSIONISTA RENDA: ( ) SALÁRIO MÍNIMO ( ) MAIS DE UM SALÁRIO
MÍNIMO: ( )NÃO POSSUI RENDA ( ) BOLSA FAMÍLIA TIPO DE MORADIA: ( ) CASA ( )KIT NET ( ) APARTAMENTO ( ) PRÓPRIA ( )ALUGADA ( )CEDIDA ( ) DA FAMÍLIA ( )OCUPAÇÃO
DADOS DO(a) REQUERIDO(a):
NOME:	IDADE: (MENOR) RESPONSÁVEL.
ENDEREÇO:
BAIRRO:	MUNICÍPIO:	CEP' TELEFONE:	CELULAR:	OUTROS:
ESCOLARIDADE:	OCUPAÇÃO:
( ) MERCADO FORMAL
PÚBLICO(A) ( )PENSIONISTA RENDA: ( ) SALÁRIO MÍNIMO ( ) MAIS DE UM SALÁRIO MÍNIMO: ( )NÃo POSSUI RENDA ( ) BOLSA FAMÍLIA TIPO DE MORADIA: ( ) CASA ( )KIT NET ( )APARTAMENTO ( ) PRÓPRIA ( ) ALUGADA ( ) CEDIDA ( ) DA FAMÍLIA ( )OCUPAÇÃO
OBS...
ESTADO DO PARÁ
ESTADO DO PARÁ
DEFENSORIA PUBLICA
GERÊNCIA DE SERVIÇO PSICOSSOCIAL
RECONHECIMENTO EXAME DE DNA ( ) VOLUNTÁRIO ( )
ENCAMINHAMENTO/AUTORIZAÇÃO
	de	de 2018.
Encaminhamos 0 Sr.
	RG de no	e a Sra.
RG de no que compareceram à Defensoria Pública do Pará para se submeterem, voluntariamente, à coleta de material genético para realização de EXAME
DE	DNA,	capaz	de	comprovar	a	paternidade	da criança/adolescente
Parentesco: Não ( ) Sim ( )
Recebeu sangue a menos de três meses?
Não ( ) Sim ( ) quem?
Motivo:
Atenciosamente
ESTADO DO PARÁ
DEFENSORIA PUBLICA
GERÊNCIA DE SERVIÇO PSICOSSOCIAL
Serviço Psicossocial
Estou ciente e autorizo a realização do supracitado exame:
MÃE:
Menor ( )Responsável legal:
	SUPOSTO PAI:	
Menor ( )ResponsáveI legal:
ESTADO DO PARÁ
DEFENSORIA PUBLICA
GERÊNCIA DE SERVIÇO PSICOSSOCIAL
DECLARACÃO
Eu, declaro para os devidos fins de direito, sob as penas da lei e a quem possa interessar, que todas as informações prestadas ao Programa Pai Legal da Defensoria Pública do Pará são verdadeiras. Por ser esta uma declaração da verdade, firmo a presente para os efeitos pretendidos.
	.
 , de de 2018
Assinatura 
ESTADO DO PARÁ
DEFENSORIA PUBLICA
GERÊNCIA DE SERVIÇO PSICOSSOCIAL
DOCUMENTACÃO PENDENTE
As partes atendidas por este Programa Pai Legal, cujo no de processo no SCPJWEB da Defensoria Pública é:estão cientes
que não apresentaram ou deixaram cópias dos seguintes documentos neste núcleo:
 ) Certidão de Nascimento da Criança
 ) RG da mãe
 ) CPF da mãe
 ) Comprovante de Residência .com CEP) da mãe
 ) RG do suposto pai
 ) CPF do suposto pai
 ) Comprovante de Residência do suposto .com CEP) pai
 ) outros:
Cientes:
Assinatura
Assinatura

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