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Plano de estágio - Serviço Social - II

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CENTRO UNIVERSITÁRIO LUTERANO DE JI-PARANÁ 
 
LOCIMAR MASSALAI 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PLANO DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO EM SERVIÇO 
SOCIAL I - OBSERVAÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ji-Paraná - 2009 
 
LOCIMAR MASSALAI 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PLANO DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO EM SERVIÇO 
SOCIAL I - OBSERVAÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho apresentado ao Centro 
Universitário Luterano de Ji-Paraná- 
CEULJI/ULBRA como requisito avaliativo 
da disciplina de Estágio Curricular 
Supervisionado em Serviço Social I do 
curso do serviço social, sob a orientação 
da Professora Dulce Teresinha Heineck 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ji-Paraná – 2009 
 
 
1. Dados de Identificação do Campo 
 
1.1. Razão Social: Fórum Desembargador Hugo Auller 
1.2. Endereço: Avenida Jí-Paraná, nº 615, Bairro Urupá. 
1.3.Telefone da Instituição: (69) 3421-1995 
1.4.Nome da Supervisora de Campo: Assistente Social – Cláudia de Fátima M. 
N. Barbosa 
1.5. Número de Cadastro no CRESS – Cress 0212/23ª RO 
 
2. PROPOSTA DE OBSERVAÇÃO DO ACADÊMICO 
 
2.1. Tema: O fazer dos assistentes sociais que atuam no Fórum Desembargador Hugo Auller de 
Jí-Paraná sob a perspectiva da multidisciplinaridade. 
2.2. Problemática: Qual dinâmica perpassa a prática dos assistentes sociais que atuam em uma 
equipe multidisciplinar? Como se efetiva a prática interdisciplinar entre as assistentes sociais e as 
psicólogas? 
2.3 OBJETIVOS 
2.3. 1. Objetivo geral 
Analisar como acontecem as relações entre assistentes sociais e psicólogas dentro do setor social 
do Fórum Desembargador Hugo Auller no atendimento aos usuários. 
 
2.3.2. Objetivos Específicos: 
- Observar o cotidiano profissional no que diz respeito às relações interprofissionais; 
- Relatar o cotidiano da assistente social no Fórum em relação aos usuários; 
- Acompanhar a assistente social em visitas domiciliares ou institucionais; 
- fazer leitura de relatórios e pareceres sociais e analisar; 
2.4. Metodologia 
Optou-se pela observação participante para que seja coerente com o todo do trabalho e o 
tipo de abordagem que está sendo adotado. (SCHWARTZ apud HAGUETTE, 1987:62) define 
 
[...] a observação participante como um processo no qual a presença do observador 
numa situação social é mantida para fins de investigação científica. O observador 
está em relação face a face com os observados, e, em participando com eles em seu 
ambiente natural de vida coleta dados. Logo, o observador é parte do contexto, 
sendo observado, no qual ele ao mesmo tempo modifica e é modificado por este 
contexto. O papel do observador pode ser tanto formal como informal, encoberto 
ou revelado, o observador pode dispensar muito ou pouco tempo na situação da 
pesquisa. (...) 
 O pesquisador ao adotar a observação participante terá que estar consciente de que suas 
observações poderão ser influenciadas pela própria realidade observada, pela formação pessoal e 
profissional do próprio observador e suas cosmovisões. Não é possível observar uma determinada 
realidade ou grupo humano destituídos de juízos de valor. Tem-se como necessidade imperiosa de 
o pesquisador estar atento e consciente de que podem ocorrer ‘contaminações’ e isto prejudicar sua 
pesquisa. “A observação participante como a entrevista, (...) são, pois, técnicas de coleta de dados 
que trazem em si limitações sobre as quais o pesquisador deve estar atento a fim de evitá-las quando 
for possível e de aceita-las quando inevitáveis embora conscientes das distorções que podem 
provocar”. (HAGUETTE, 1987:78). 
 Entrevista é uma estratégia utilizada para obter informações frente a frente com 
entrevistado o que permite ao entrevistador estabelecer uma relação mais próxima e mais profunda 
com a pessoa que está sendo entrevistada a partir de questões ou roteiro que elaborou previamente e 
colher informações no desenvolvimento de um projeto de pesquisa. No caso desse projeto utilizar-
se-á a entrevista semi-estruturada. Segundo NEGRINE (1991:74-75) a entrevista é semi-
estruturada: 
 
Quando o instrumento de coleta está pensado para obter informações de questões 
concretas, previamente definidas pelo pesquisador, e, ao mesmo tempo, permite 
que realize explorações não-previstas, oferecendo-lhe liberdade ao entrevistado 
para dissertar sobre o tema ou abordar aspectos que sejam relevantes sobre o que se 
pensa. (...) Quando fazemos uso de entrevista “semi-estruturada”, por um lado, 
visamos garantir um determinado rol de informações importantes ao estudo e, por 
outro, para dar maior flexibilidade à entrevista, proporcionando mais liberdade para 
o entrevistado aportar aspectos que, segundo sua ótica, sejam relevantes em se 
tratando de determinada temática. 
 
 Uma entrevista é sempre uma arte. Para bem desenvolvê-la exige-se uma série de habilidades porém 
uma delas deve ser observada com maior atenção, o entrevistador deve ter familiaridade com o 
objeto/conteúdo da entrevista pois uma fala descuidada, enrolada e ininteligível pode arruinar um 
instrumental que pode ser muito útil como técnica de colher dados. Assim é necessário também tranqüilidade 
e acima de tudo, respeito ao tempo do entrevistado. 
O método de análise que vamos utilizar será o dialético por entender que como afirmou 
Fouquie (1978 p. 2) "que nenhum fenômeno da natureza pode ser compreendido isoladamente, para 
os fenômenos circundantes, porque qualquer fenômeno, não imposto em que o domínio da natureza 
pode ser convertido, qualquer fenômeno pode ser compreendido e explicado." 
Ou ainda que o método de análise é um processo dialético de conhecimento da realidade, 
que “se constitui da totalidade do universo, totalidade esta que vai realizando um processo histórico, 
do qual cada momento é resultante de múltiplas determinações naturais, sociais, culturais, (Fávero, 
2005)”. 
 Se um dos principais objetivos do método dialético é propiciar o diálogo para que possamos 
chegar a perceber com mais clareza certas questões, temos que concordar com Lakatos (2007: 101) 
quando afirma que "o objetivo da dialética é encontrar sempre vias de se transformar, desenvolver o 
fim de um processo é sempre o começo de outro." E complementa Sichirollo (1980, p. 247) "o 
objetivo da dialética é demonstrar uma tese através de uma argumentação capaz de definir 
conceitos." 
 O método é sempre uma possibilidade e nunca uma camisa de força. Mas sem dúvida, de 
fundamental importância para se conseguir respostas para as problemáticas levantadas no projeto de 
pesquisa. 
 
 
 
3. Caracterização do campo 
3.1. Histórico Institucional 
 
 Podemos observar que a história do Serviço Social no Estado de Rondônia está marcada 
pela atuação de algumas pioneiras, dentre elas, podemos citar a assistente social Lindalva Valério 
Viçosa da Silva, que era funcionária do antigo Território de Rondônia e que ingressou no Judiciário 
em meados de 1980, antes que fosse instalado o Tribunal de Justiça de Rondônia. A ida da mesma 
para o Judiciário foi para atender as demandas em relação a situação de às problemáticas 
particulares voltadas para a situação da criança e do adolescente na defesa de seus direitos. Este 
trabalho era realizado na Comarca de Porto Velho, sendo que a partir da instalação do Tribunal de 
Justiça do Estado de Rondônia, a mesma passou a trabalhar na Vara da Família, Órfãos e Sucessões. 
 Em novembro de 1981, foi criado o Tribunal de Justiça do Estado de Rondônia, através da 
Lei Complementar Federal, nº 041/81. Inicialmente o Tribunal de Justiça era composto por sete 
desembargadores. Em Janeiro de 1982, através do Decreto Lei 008/82 alterou-se para nove, o 
número de desembargadores. Neste mesmo ano, o Estado o Estado contava com 15 comarcas, 
sendouma de terceira instância, nove de segunda instância e cinco de primeira instância. 
 O quadro acima só foi alterado em dezembro de 1996, de acordo com a Lei 157/96 onde o 
Tribunal de Justiça passa a ser composto por 13 desembargadores, 73 juízes em exercício, 
distribuídos em 18 Comarcas nas suas três instâncias. 
 O Tribunal de Justiça é dirigido por um presidente, vice-presidente e corregedor geral, que 
são eleitos dentre seus membros mais antigos, para um mandato de dois anos. (art. 4º Fo COJE). 
 A classificação das Comarcas obedece a critérios estabelecidos em Lei, como o número de 
habitantes e os volumes de processos. 
 A comarca de Ji-Paraná foi criada em 1982 tendo como primeiro Juiz, Benedito Geraldo 
Barbosa e abrange Nova Londrina, Nova Colina e é composta por três Varas Criminais, cinco Cíveis, 
Juizado Especial Cível e Criminal. Está localizada na Avenida Ji-Paraná, número 615, Bairro Urupá, 
distando da capital do Estado uns 390 km. A população do município é de aproximadamente 112.439 
de acordo com a estatística de 2006. No fórum Desembargador Hugo Auller trabalham atualmente 
cerca de 130 servidores em suas mais variadas funções. Atualmente trabalham no mesmo, os 
seguintes juízes: Marcos Alberto Oldakowski, Maria Abadia de Castro Mariano S. Lima, Sandra 
Martins Lopes, Valdecir Ramos de Souza, Ana Valéria de Queiroz Santiago, Edewaldo Fantini 
Júnior, Edson Yukishigue Sassamoto e a administradora Maria Aparecida Silva Gomes. 
 Há mais de 25 anos existe a presença do profissional Assistente Social no Judiciário de 
Rondônia. O ingresso desses profissionais deu-se inicialmente por causa das demandas oriundas da 
área da família, e após a criança do Estatuto da Criança e do Adolescente, pela obrigatoriedade da 
lei, como podemos perceber no artigo 5º, 
Nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligência, 
discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, punido na forma da lei 
qualquer atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos fundamentais. 
 Ou mesmo no artigo 7º que reza que “a criança e o adolescente têm direito a proteção à vida 
e à saúde, mediante a efetivação de políticas sociais públicas que permitam o nascimento e o 
desenvolvimento sadio e harmonioso, em condições dignas de existência”. E ainda podemos citar 
Art. 87. São linhas de ação da política de atendimento: 
I - políticas sociais básicas; 
II - políticas e programas de assistência social, em caráter supletivo, para aqueles que deles 
necessitem; 
III - serviços especiais de prevenção e atendimento médico e psicossocial às vítimas de 
negligência, maus-tratos, exploração, abuso, crueldade e opressão; 
IV - serviço de identificação e localização de pais, responsável, crianças e adolescentes 
desaparecidos; 
V - proteção jurídico-social por entidades de defesa dos direitos da criança e do adolescente. 
Art. 88. São diretrizes da política de atendimento: 
I - municipalização do atendimento; 
II - criação de conselhos municipais, estaduais e nacional dos direitos da criança e do 
adolescente, órgãos deliberativos e controladores das ações em todos os níveis, assegurada a 
participação popular paritária por meio de organizações representativas, segundo leis federal, 
estaduais e municipais; 
III - criação e manutenção de programas específicos, observada a descentralização político-
administrativa; 
IV - manutenção de fundos nacional, estaduais e municipais vinculados aos respectivos 
conselhos dos direitos da criança e do adolescente; 
V - integração operacional de órgãos do Judiciário, Ministério Público, Defensoria, 
Segurança Pública e Assistência Social, preferencialmente em um mesmo local, para efeito de 
agilização do atendimento inicial a adolescente a quem se atribua autoria de ato infracional; 
Em Ji-Paraná, o Tribunal de Justiça chega em julho de 1981 e em 1982, foi criada a lei para 
que se realizasse o primeiro concurso público para juiz de direito. Em 1983 houve novamente 
concurso público no Tribunal de Justiça, mas agora para diversos cargos. Em 1993, o Tribunal 
muda-se para a sede atual. 
O serviço social entra no Tribunal de Justiça de Jí-Paraná em 1990 e por dez anos tem a 
presença de apenas uma assistente social em seu quadro de funcionários. Atualmente, o Fórum de 
Ji-Paraná conta, efetivamente com a presença de 03 Assistentes Sociais. 
O Serviço Social dentro do Fórum encontra-se subordinado diretamente à 2ª Vara Cível 
(Juizado da Infância e da Juventude) e administrativamente a quem administra legalmente o Fórum. 
Entretanto, a prática preventiva dos profissionais perpassa, também, nos processos provenientes das 
outras Varas Cíveis e classes, como a interdição e a curatela de idosos, doentes mentais e pessoas 
com necessidades especiais e do juizado especial. 
Segundo o Conselho Federal de Serviço Social (2008: 10-11), 
Ainda que o meio sócio-jurídico, em especial o judiciário, tenha sido um dos 
primeiros espaços de trabalho do assistente social, só muito recentemente é que 
particularidades do fazer profissional nesse campo passaram a vir a público como 
objeto de preocupação investigativa. Tal fato se dá por um conjunto de razões, das 
quais se destacam: a ampliação significativa de demanda de atendimento e de 
profissionais para a área, sobretudo após a promulgação do ECA – Estatuto da 
Criança e do Adolescente; a valorização da pesquisa dos componentes dessa 
realidade de trabalho, inclusive pelos próprios profissionais que estão na 
intervenção direta; e, em conseqüência, um maior conhecimento crítico e 
valorização, no meio da profissão, de um campo de intervenção historicamente 
visto como espaço tão-somente para ações disciplinadoras e de controle social, no 
âmbito da regulação caso a caso. 
Referendando a citação acima, podemos dizer que, na área da Infância e Juventude, o 
Assistente Social atua no cumprimento das medidas definidas pelo ECA; nas medidas de proteção, 
procedimentos de guarda, adoções e tutela. Ainda podemos acrescentar a atuação deste profissional 
na destituição ou suspensão do pátrio poder e manutenção de vínculos; nas medidas sócio-
educativas atua nos procedimentos legais para o adolescente em conflito com a lei, através do 
programa liberdade assistida, prestação de serviços à comunidade e abrigamento. 
 
3.2. Objetivos Operacionais 
Os procedimentos operacionais estão voltados ao atendimento às demandas sociais nas 
questões sócio-jurídicas, assegurando o exercício dos direitos à população usuária, trazido pelas 
políticas de proteção à família, à criança, aos adolescentes e aos idosos com um enfoque de defesa 
integral dos direitos humanos e as novas concepções da política da punibilidade. 
Cabe também às assistentes sociais assessorar a autoridade judiciária em matéria condizente 
com a sua formação profissional, respeitados o Código de Ética e a Legislação que regulamenta o 
exercício da profissão, garantindo o embasamento teórico nas decisões judiciais asseguradas a livre 
manifestação do ponto de vista técnico. Contribuir para decisões mais justas e adequadas, 
priorizando a garantia dos direitos e acesso aos serviços públicos e sociais, na perspectiva da 
efetivação dos ordenamentos jurídico-político contidos, com vista à eficácia da legislação aplicada. 
Ao Profissional de Serviço Social incumbe a tarefa de solidificar uma práxis que o auxilie enfrentar 
os desafios impostos pelas questões sociais que lhe são pertinentes em casa situação de trabalho 
inserido numa prática cotidiana que somente irá ser práxis se for reflexionada. 
Dentro do contexto dos desafios impostos pelas questões sociais Iamamoto, (2008:160), 
argumenta que, as mesmas expressam 
(...) as desigualdades econômicas, políticas e culturais das classes sociais, 
mediatizadas por disparidades nas relações de gênero, características étnico-raciais 
e formações regionais, colocando em causa amplos segmentos da sociedadecivil 
no acesso aos bens da civilização. Dispondo de uma dimensão estrutural, ela atinge 
visceralmente a vida dos sujeitos numa luta aberta e surda pela cidadania, no 
embate pelo respeito aos direitos civis, sociais e políticos e aos direitos humanos. 
Esse processo é denso de conformismos e rebeldias, expressando a consciência e a 
luta pelo reconhecimento dos direitos de cada um e de todos os indivíduos sociais. 
É nesse terreno de disputas que trabalham os assistentes sociais. 
 
 Importa aqui sempre olhar o trabalho do assistente social como parte de uma dinâmica 
maior, carregada de avanços e contradições. 
 
3.3. Plano de Ação (como colocam em prática seus objetivos específicos). 
 
 
O trabalho da assistente social é atender o processo, o que for solicitado pelo juiz ou 
promotor, prestando as informações que eles precisam para entender melhor a situação ou fato da 
inicial do processo, que resultará na elaboração do relatório que deverá ser entregue para compor o 
processo, que caberá o juiz, e se for o caso pedir um relatório social mais apurado e especificado, 
diante das informações prestadas o profissional pode ser chamado ou não para participar de 
audiência. Considerada a diversidade das áreas de atuação, cabe ao assistente social, de uma forma 
geral, no seu âmbito de intervenção. 
Reunir informações sobre as condições sociais dos usuários que contribuam para a escolha 
mais adequada da sentença judicial. 
Participar de audiências, transmitindo o parecer técnico de forma verbal ou por escrito, 
respeitado o sigilo profissional do Código de Ética e a legislação que normatiza o exercício da 
profissão. 
Monitorar, acompanhar e avaliar a execução de medidas judiciais. Monitorar estagiários em 
Serviço Social. 
Desenvolver trabalhos de cunho educativo, preventivo, informativo e de divulgação de suas 
atividades e dos serviços institucionais prestados à população usuária. 
Planejar e implementar planos, programas e projetos voltados à execução dos objetivos e 
atividades profissionais; de cunho interinstitucional e interdisciplinar , objetivando articulação com 
a sociedade, comunidade, órgãos representativos e da rede de prestação de serviços sociais. 
Fomentar o estudo, produção teórica e a pesquisa em matéria condizente com sua prática 
profissional. 
Promover articulação com os órgãos representativos da categoria em busca do 
fortalecimento da prática e compromisso com o aprimoramento intelectual e com a formação 
acadêmica na área sócio-jurídicas. 
Identificar e elaborar convênios e cadastro com instituições governamentais, não 
governamentais e estrangeiras para inclusão dos usuários nos diversos programas de parceria 
institucional. 
Implementar trabalhos que promovam o aperfeiçoamento, capacitação e atualização 
profissional do corpo técnico e da rede conveniada, visando ao atendimento das necessidades de 
melhoria do desempenho de suas atribuições e competência e alcance dos objetivos profissionais e 
institucionais. 
Orientar e monitorar entidades cadastradas no desempenho de suas atividades junto à justiça. 
Implementar trabalhos de cunho preventivo e informativo junto à sociedade, visando ao 
alcance dos seus objetivos institucionais. 
Proceder ao encaminhamento das partes para usufruto de serviços institucionais em virtude 
de cumprimento de medidas judiciais. 
 
 
4. Aspectos Operacionais 
 
4.1. Carga Horária do Estagiário 
 
Totaliza-se em 12 horas semanais, acontecendo nas Terças-feiras e Quintas-feiras das 8h às 
12h no Fórum de Ji-Paraná, totalizando 8h semanais e na Terça-feira das 14h às 18h orientação com 
a Supervisora de Estágio, totalizando 4h semanais. 
 
4.2. Descrição das atividades que o Estagiário está inserido 
 
Ler processos sobre guarda, adoção e relatórios, observar e relatar o que foi visto no diário 
de campo, assistir audiência, observar a monitora de estágio da instituição. 
O estagiário está atento ao cotidiano profissional, pois um dos objetivos é analisar o 
processo de trabalho do profissional no setor intencionando uma análise dialética desse contexto. 
 
5. Sistematização da Supervisão (cronograma, carga horária, metodologia utilizada, 
avaliação). 
 
5.1 Acadêmica 
 
 A supervisora acadêmica fará a avaliação quantitativa do aluno, considerando, a 
apresentação do plano de estágio, a entrega de relatórios e diário de campo nas datas 
preestabelecidas com observância da qualidade do conteúdo e clareza na relação teórico-prática; 
apresentação de proposta que compõe o seu processo de trabalho, a ser aprofundada; participação, 
freqüência, interesse e compromisso nos encontros individuais e grupais de supervisão; atitude 
profissional ( relação com o supervisor de campo, usuário e equipe, iniciativa, responsabilidade, 
interesse, contribuição); apresentação do relatório final (observação exigências da ABNT); 
apresentação da auto-avaliação descritiva do aluno. A avaliação qualitativa ocorre pelo processo de 
acompanhamento quanto à postura ética do estagiário e seu crescimento profissional. 
 
5.2 De Campo 
 
A supervisora de campo fará a avaliação qualitativa da estagiária, considerando o 
desenvolvimento da ementa e o alcance dos objetivos do respectivo nível de estágio, avaliando 
pontualidade, participação, postura, desempenho, relacionamento, bem como o plano de estágio do 
acadêmico . 
Segundo Buriolla, (2008:157) o supervisor tem que ter uma série de competências e 
habilidades para o bom desempenho de sua função em relação ao supervisionado: 
 
(...) espera-se que o supervisor tenha habilidade técnicas – habilidades 
especializadas e básicas dirigidas ao manejo de objetos, fatos, relações, com a 
capacidade de planejamento, de vivência profissional acumulada e consolidada na 
área específica de seu campo profissional etc.; habilidades conceituais – que 
permitem formar e realizar novos conceitos, nova idéias e com potencialidades de 
criação, de acompanhamento da realidade etc.; e habilidades sociais - que 
fornecem o necessário para atuar em sistemas sociais. Essa última habilidade 
deverá possibilitar um desempenho de papel que preveja um relacionamento 
construtivo, uma autoridade democrática, uma maturidade, o diálogo, a segurança. 
 
A relação entre supervisor e supervisionado vai se potencializando ao longo da experiência 
do estágio, num envolvimento que podemos caracterizar como historicamente situados numa 
perspectiva de subjetividades visto que compreendem a própria individualidade enquanto seres de 
trocas e também a realidade social cada um a partir de sua idiossincrasia. Este pensamento é visto 
em Burriolla (2008:160) quando afirma que a “intencionalidade que o supervisor e o supervisionado 
conferem à sua vivência prática tem uma dimensão subjetiva (ideologia), determinada pela 
valoração pessoal humana, e uma dimensão objetiva, determinada pelos valores sociais 
estabelecidos e pelo contexto sócio-histórico”. 
Situações como esta marcam tanto supervisor quanto supervisionado pois ambos se 
configuram como sujeitos em processo de amadurecimento humano-profissional. Daí a importância 
do processo ser feito de forma significativa. 
6. O Processo de trabalho adotado pelo Assistente Social 
 
 
6.1 O Perfil do Profissional, Processo e tempo de Formação, metodologia de trabalho e bases 
teóricas que fundamentam a sua prática. 
 
 A assistente social, supervisora de campo, graduou-se em Serviço Social pela Universidade 
Católica de Pernambuco. O curso de Serviço Social da Unicap foi reconhecido pelo Decreto nº 
82.523, de 30.10.1978. Publicação: DOU, 31.10.1978. Hoje, tem como objetivo preparar 
profissionais para uma ação interventiva no âmbito da questão social, como o intuito de 
diferenciar-se por oferecer uma formação centrada no amplo e atualizado debate da profissão, 
possibilitando o acesso às novas tecnologias da comunicação e informação e aos paradigmas 
profissionaisvoltados para as realidades regional, nacional e internacional.. O perfil profissional é o 
de um profissional que formula, propõe e implementa projetos Sociais para o enfrentamento da 
questão social, através de políticas públicas e privadas e da organização da sociedade civil, em 
especial dos movimentos sociais, e tem compromisso com os valores e princípios do Código de 
Ética do Serviço Social. 
Logo após começou a trabalhar em uma empresa privada. Em 1994, fez o concurso da Ceron 
sendo aprovada e lá permaneceu até 1999. Na Ceron, as atribuições do assistente social são: fazer 
parecer e laudos sociais; elaborar programas voltados à saúde do trabalhador; atendimento às 
emergências; acompanhamento de benefícios junto ao INSS; elaborar, coordenar, executar e avaliar 
planos programas e projetos que sejam de âmbito de atuação do serviço social com a participação 
da sociedade civil; disponibilidade para trabalhos voluntários. Programa de Qualidade de Vida. 
Atendimento capital e interior do Estado. 
 Foi aprovada em 1999, no concurso do Tribunal de Justiça do Estado de Rondônia onde 
passou a exercer seu labor como assistente social e atua até hoje, atendendo, juntamente com outras 
duas assistentes sociais e duas psicólogas o Núcleo Psicossocial do Fórum de Jí-Paraná nas varas do 
mesmo, exceto as criminais. É pós-graduada em Saúde Pública pela UNAERP, cujo objetivo maior 
é aumentar a eficiência do setor da saúde, através da especialização do profissional para o exercício 
de cargos e funções que abrangem a administração hospitalar e a gestão em saúde. 
Quanto às bases teóricas, atua, alicerçada por autores que viu na sua graduação, como 
Iamamoto, Faleiros e outros e que ainda influenciam seu fazer profissional. Demonstra apreço pelo 
trabalho interdisciplinar e vontade de aprofundar sua práxis por estudos de aprofundamento em 
grupo. 
REFERÊNCIAS 
 
BURRIOLLA, Marta Alice Feiten. Estágio Supervisionado: o supervisor, sua relação e seus 
papéis. 4ª. Ed. São Paulo: Cortez, 2008. 
FÁVERO, Teresinha Eunice. Serviço social, práticas judiciárias, poder: implantação e 
implementação do serviço social no juizado da infância e da juventude de São Paulo. 2 ed. São 
Paulo: Veras Editora, 2005. 
HAGUETTE, Teresa Maria Frota. Metodologias Qualitativas na Sociologia. Petrópolis: Vozes, 
1987. 
FÁVERO, Teresinha Eunice; MELÂO, Magda Jorge Ribeiro : JORGE, Maria Rachel Tolosa: 
Serviço social e a psicologia no judiciário: Construindo saberes, conquistando direitos. São Paulo: 
Cortez, 2005. 
FOULQUIE, Paul. A Dialética. 3ª ed. Europa – América, 1978 (Col. Saber) 
LAKATOS, Eva Maria. Fundamentos e Metodologia Cientifica. 6 ed.reimpr- São Paulo: Atlas 
2007. 
IAMAMOTO, Marilda Vilela. Serviço Social em tempo de capital fetiche. 2ª ed. São Paulo: 
Cortez, 2008. 
MAGALHÂES, Selma Marques. Avaliação e Linguagem: relatórios, laudos e pareceres. 2. ed. 
São Paulo: Veras, 2006. 
 
NEGRINE, Airton. A Pesquisa Qualitativa na Educação Física. Porto Alegre: Sulina, 1999. 
 
O Estudo social em perícias, laudos e pareceres técnicos: contribuição ao debate no judiciário, no 
penitenciário e na previdência social/Conselho Federal de Serviço Social, (org.). São Paulo: Cortez, 
2003. 
 
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: 
Senado Federal, 2006. 
SISHIROLLO, Lívio. Dialética. Lisboa: presença 1980. 
DIRETRIZES GERAIS JUDICIAIS E PROVIDENCIA Nª 12/ 2007, CORREGEDORIA. 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil/LEIS/L8069.htm 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil/LEIS/L8069.htm

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