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Direito Processual Civil II - unidade I

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Respostas do Réu :
A defesa do réu é amparada pelo princípio do contraditório e da ampla defesa. As partes têm o direito de serem ouvidas e também influenciarem no convencimento do juiz. Isso é chamado de bilateralidade de audiência, que também é corolário ao principio da paridade de armas. 
Ou seja, o réu tem direito a participação e influência no processo.
A defesa do réu, na verdade, é um ônus. É um imperativo do próprio interesse, ou seja, não acarreta sanção e parte da liberalidade do réu. Porém, ônus da defesa significa que sua inércia também acarretará consequências, que no caso é o da revelia. 
 Quais são as respostas do réu: 
Contestação, Reconvenção (previstos no CPC); intervenção de terceiro, reconhecimento jurídico do pedido (reconhecer a procedência do pedido formulado pela autora);
Se houver a audiência de conciliação e mediação, o réu já está considerado citado, não tendo autocomposição, terá 15 dias para apresentar a contestação. Caso não haja audiência, a PI sendo deferida e não for caso de pedido julgado improcedente, o juiz determinará a citação do réu para responder as alegações do autor. O réu pode então permanecer silente ou responder a ação. 
Escolhendo o silêncio, réu sofrerá os efeitos da revelia, ou seja, os fatos alegados pelo autor serão reputados verdadeiros e o processo será julgado antecipadamente. 
Escolhendo o réu responder a ação, essa deve ser apresentada em petição escrita no prazo de 15 dias, tal petição conterá respostas às alegações do autor denominada de contestação. 
O prazo de 15 dias começa a contar da data da audiência de conciliação ou mediação, ou da última sessão de conciliação, quando qualquer parte não comparecer ou, comparecendo, não houver autocomposição; OU 
Da data do protocolo do pedido de cancelamento da audiência de conciliação ou de mediação apresentado pelo réu, quando ambas as partes manifestarem, expressamente, desinteresse na composição consensual;
A contestação é a modalidade de resposta por meio do qual o réu impugna o pedido do autor ou apenas tenta desvincular-se do processo. A defesa pode ser de mérito ou processual. 
A defesa processual pretende ajustar uma questão processual, adiar o desfecho de uma demanda (que é sempre indireta, pois não ataca o mérito da demanda). Pode ser dilatória ou peremptória. 
Dilatória não atinge a relação processual, apenas prorroga o seu término. São alegadas pelo réu e paralisam temporariamente o desfecho processual.
Ex: inexistência ou nulidade da citação; incompetência absoluta ou relativa; incorreção do valor da causa; conexão; falta de caução; beneficio de gratuidade da justiça; ausência de legitimidade ou de interesse processual; 
OBS: Tanto a incompetência relativa quanto a absoluta devem ser alegadas como questão preliminar de contestação. 
Peremptória é a defesa que se acolhida extingue imediatamente a relação processual sem resolução de mérito. Ex: Perempção, litispendência, coisa julgada, e ausência de legitimidade ou de interesse processual. 
Defesa de mérito dirige-se contra a pretensão, o pedido do autor. Pode ser direta, ou seja, negar o fato constitutivo do direito do autor ou reconhecer o fato, mas negar as consequências. Nesse caso, o ônus da prova é do autor.
Será indireta quando réu, sem negar os fatos, contrapõe novos fatos impeditivos (incapacidade do contratante), modificativo (caso fortuito) ou extintivo (prescrição, pagamento). Nesse caso, o ônus da prova é do réu. 
- Preliminar de Contestação (DEFESA PROCESSUAL):
No que toca preliminar de contestação, o réu deve alegar antes de discutir o mérito, quaisquer das matérias previstas nos incisos do art. 337. Quando versarem de questões de ordem pública, podem ser conhecidas de ofício pelo juiz na fase de cognição preliminar (ex: pressupostos processuais). 
Todas as matérias do art. 337 podem ser conhecidas de ofício pelo juiz, menos a incompetência relativa e convenção de arbitragem, que devem ser alegadas pela parte, sob pena de preclusão. 
Se o réu impugnar quaisquer preliminares de contestação, o juiz despacha ordem para intimar o autor para impugnar a contestação realizada pelo réu. O autor tem 15 dias para responder a contestação e posteriormente o juiz dará sua decisão. 
OBS: Se caso levante preliminar de contestação sobre inépcia, será possível o autor corrigir por meio de aditamento. Se não suprir irregularidades, o prazo terá natureza peremptória, dando ensejo à extinção da relação processual. 
OBS2: Incomp relativa (valor da causa, território), provocação do réu, preclui, se passar do prazo há uma prorrogação e o juízo em que a ação foi ajuizada torna-se competente. Incomp Absoluta pode ser de oficio, qualquer tempo e grau de jurisdição, trata-se de matéria, hierarquia e função. 
art. 340 -> o RÉU pode protocolar petição de contestação no FORO DE SEU DOMICILIO 
Reconhecida a competência do foro indicado pelo réu, o juízo da contestação será considerado prevento. Alegada incompetência, será suspensa a antiga audiência de conciliação, e dps de definida a competência, o juízo designara nova audiência. 
- PRINCIPIOS: 
A) Principio da eventualidade ou concentração da defesa: determina que a contestação deve concentrar toda sua matéria de defesa, mesmo que não haja total compatibilidade entre si. Admite a defesa de teses contraditórias, facultando-se ao réu a apresentação de todas elas.
Art. 336: Incumbe ao réu alegar, na contestação, toda a matéria de defesa, expondo as razões de fato e de direito com que impugna o pedido do autor e especificando as provas que pretende produzir.
Art. 342 -> só é licito depois da contestação deduzir novas alegações quando: 
I –direito ou a fato superveniente; II – matéria apreciável de oficio; III – a lei permitir a alegação posterior a contestação 
B) O princípio da impugnação especificada dos fatos alegados na inicial determina que o réu deve impugnar todas as questões postas na inicial, sob pena de preclusão. Tal princípio impõe ao réu o ônus de, articuladamente, impugnar todos os fatos alegados pelo autor, sob pena, de presumir verdadeiro o fato que não foi impugnado. O art. 341 do CPC dispõe acerca desse princípio e elenca situações em que o fato não impugnado não será presumido verdadeiro: 
I – Fatos que não for possível confessar(direitos indisponíveis – capacidade da pessoa, interdição); II – se a PI não estiver acompanhada de documentos que a lei considera essencial (escritura pública); III- se o fato estiver contraditado pela defesa no seu conjunto).
Parágrafo único.  O ônus da impugnação especificada dos fatos não se aplica ao defensor público, ao advogado dativo e ao curador especial.
- SUBSTITUIÇÃO DO RÉU 
Réu alega não ser parte legítima ou não é responsável pelo prejuízo, terá o autor a faculdade de alterar o sujeito passivo no prazo de 15 dias na petição inicial. Realizada a substituição, autor reembolsa despesas e os honorários ao procurador do réu. 
O réu deverá indicar, caso saiba, quem é o sujeito passivo legitimo da relação jurídica sob pena de arcar com as despesas e indenizar o autor pelos prejuízos. O autor, então, altera a petição inicial para substituir o réu no prazo de 15 dias. 
O autor pode optar por alterar petição inicial, e incluir como litisconsorte passivo, o o sujeito indicado pelo réu! 
RECONVENÇÃO 
- Feito na CONTESTAÇÃO, sem prejuízo de ação autônoma. A reconvenção mantem seu caráter autônomo em relação à ação principal, ou seja, havendo a desistência da ação ou a ocorrência de causa extintiva que impeça o exame de seu mérito, não impede o prosseguimento do processo quanto à reconvenção, bem como o réu pode propor reconvenção independentemente de oferecer contestação.
- Manifesta pretensão própria, conexa com a ação principal ou o fundamento da defesa;
- A reconvenção possui natureza jurídica de ação, assim, a sua apresentação deve estrita observância ao art. 319 e 320 do CPC. Tal natureza jurídica fica ainda mais clara quando se demonstra que há total independência entre a ação principal e a reconvenção.É possível, por exemplo, que a ação principal seja extinta e a reconvenção prossiga normalmente. 
- Proposta a reconvenção, o autor será intimado para apresentar resposta no prazo de 15 dias, A PARTIR DA AUDIÊNCIA. 
- Pode ser proposta contra o autor e terceiro; e proposta pelo réu em litisconsórcio com terceiro. 
- Se o autor for substituto processual, o reconvinte (polo ativo- réu da primeira relação) deverá afirmar ser titular de direito em face do substituído, e a reconvenção será proposta em face do autor (substituto).
- A petição de reconvenção terá o mesmo procedimento, mesma competência do juízo, conexas (mesmas partes ou causa de pedir) da ação principal: A reconvenção deve ser conexa com o pedido ou causa de pedir da ação principal ou com o fundamento da defesa. 
- Se pretende exigir uma nova prestação em face do autor, com base no mesmo contrato que foi o pedido da ação principal. 
- Não cabe no procedimento sumaríssimo - Já nas ações em trâmite perante os Juizados Especiais Cíveis não há possibilidade de reconvenção, porquanto a lei prevê o pedido contraposto. 
REVELIA
Revelia decorre da ausência de resposta. Diz revel o réu que não atendeu ao chamado constante da citação. O réu que não compareceu a juízo para contestar, ou apresentar, pelo menos, a reconvenção, é revel.(Em sentido estrito, o réu que não contesta; amplo, o réu que não se desemcumbe de nenhum ônus de defesa, por exemplo, o que não responde a citação, o que não apresenta reconvenção). 
- A revelia não gera a automática procedência do pedido do autor 
EFEITOS: 
MATERIAL -> Presunção de veracidade dos fatos alegados pelo autor e possibilita a divulgação dos atos decisórios apenas por meio do órgão oficial. 
Nem sempre a revelia induz presunção de veracidade dos fatos afirmados na inicial, não ocorrerá presunção de veracidade: 
se, havendo pluralidade de réus, algum deles contestar a ação;
se o pedido for sobre direitos indisponíveis (direito não patrimonial, ou patrimonial com titularidade atribuída a incapaz, por exemplo);
se a PI não estiver acompanhada de instrumento público que a lei diz ser essencial para comprovar (quando o documento público for da substância do ato);
se as alegações do autor não forem verossímeis ou contraditórias com as provas
PROCESSUAL -> Torna-se desnecessário a produção de provas dos fatos do pedido e realizar intimações, de modo a permitir o julgamento antecipado do mérito (sentença com resolução de mérito), dispensando-se a audiência de instrução e julgamento. Nesse caso, a PI deve ser forte e robusta, com boas comprovações dos fatos alegados. Além disso, o efeito material deve ter ocorrido, e não houver nenhum requerimento de prova por parte do réu. 
Comparecimento posterior: O réu será intimado dos atos subsequentes e poderá intervir no processo em qualquer fase o recebendo no estado em que se encontrar. Ou seja, ele não poderá apresentar defesas sobre matérias já preclusas no processo.
Da revelia não importa automático julgamento de improcedência do pedido, ao juiz compete conhecer oficio preliminares de pressupostos processuais e condições da ação, e sanar o processo, e ainda assim, pode não acolher o pedido do autor. 
Prazo: os prazos contra o réu revel que não tenha advogado fluem a partir da publicação da decisão em órgão oficial. 
 PROVIDÊNCIAS PRELIMINARES
Atitudes do juiz, depois de decorrido o prazo de contestação: 
Das alegações do réu (defesa de mérito indireta): Se o réu alegar preliminar, o juiz determinará a resposta do autor no prazo de 15 dias para produzir provas. 
Se houver irregularidades ou vícios sanáveis, o juiz determinará prazo nunca superior de 30 dias para autor sanar. 
Se o réu for revel e não houver o efeito material, ordenará que o autor especifique as provas que pretende produzir. 
Se o réu for revel, havendo o efeito material, e não houver requerimento de provas, haverá o julgamento antecipado do mérito. Nesse caso, o juiz abrevia o processo, passando da fase de saneamento direto para sentença, se a P.I for robusta com boas provas sem necessidade de instruir. 
Réu alegar fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor, o autor será ouvido no prazo de 15 dias. 
Após as providências preliminares ou não havendo necessidade delas, o juiz proferirá julgamento conforme o estado processo: Podendo o juiz julgar antecipado o mérito;
Extinguir o processo com resolução do mérito;
Extinguir o processo sem resolução do mérito; 
JULGAMENTO ANTECIPADO DO MÉRITO -> com resolução do mérito:
1) não precisa de produção de outras provas; isso ocorre quando a P.I está robusta, com todos os fatos bem comprovados e verossímeis. E a contestação sendo fraca, não foi suficiente. 
2) o réu for revel, ocorrendo o efeito material e não havendo requerimento de provas. 
JULGAMENTO PARCIAL ANTECIPADO DE MÉRITO -> quando um ou mais pedidos formulados ou parcela deles mostrar-se incontroverso; ou estiver em condições de imediato julgamento; 
RECONHECIMENTO JURÍDICO DO PEDIDO: 
- Quando o réu aceita pacificamente dos fatos e consequências do pedido do autor.
- Implica em sucumbência do réu, ou seja, será condenado em custas e honorários advocatícios. 
- Extingue o processo com resolução do mérito;
- Pode acontecer em qualquer tempo no processo
- Total ou parcial (o controvertido no processo)
- Vincula o juiz
- Desistência (ato do autor, extingue sem resolução do mérito, ou seja, não forma coisa julgada material, podendo entrar com nova ação; se ocorre depois da contestação, o réu tem que concordar; para o réu, é melhor não concordar, pois não formando coisa julgada, o autor poderá entrar com nova ação)
- RJP (Ato do réu, pode acontecer em qualquer tempo, com resolução do mérito)
SANEAMENTO:
Não havendo julgamento conforme o estado do processo, para o saneamento do processo, deverá o juiz:
- resolver questões processuais pendentes
- delimitar questões de fato, determinando os meios de prova
- delimita questões de direito relevantes para o mérito 
- definir a distribuição de ônus de prova e designar a audiência de instrução e julgamento, se necessário
*realizado saneamento, as partes tem 5 dias para pedir esclarecimentos ou solicitar ajustes 
*as partes podem apresentar delimitações consensuais sobre questões de fato e de direito, e pedir apenas para o juiz homologar, vinculando as partes e o juiz
*juiz pode designar audiência caso haja complexidade em matéria de fato ou de direito, podendo levar rol de testemunhas (prazo p levar testemunha, até o dia da audiência)
*se houver produção de prova testemunhal, as partes tem até 15 dias para apresentar rol de testemunhas (não superior a 10, máximo 3 para cada fato) – caso não haja audiência

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