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* PROF. JUNIOR UNIVERSIDADE POTIGUAR CURSO DE ENFERMAGEM SAÚDE DO ADULTO VENTILAÇÃO MECÂNICA: princípios básicos * FIQUEM TRANQUILOS, VENTILAÇÃO MECÂNICA NÃO É NENHUM CÃO CHUPANDO MANGA... * Suporte ventilatório Classifica-se o em dois grandes grupos: Ventilação mecânica invasiva Ventilação não invasiva a ventilação artificial é conseguida com a aplicação de pressão positiva nas vias aéreas prótese introduzida na via aérea máscara como interface * Porque o enfermeiro deve compreender os princípios básicos da VM? Detectar precocemente as alterações; Prevenir complicações; Participar das discussões relacionadas ao suporte técnico; Ter conhecimento para esclarecer dúvidas dos paciente e familiares; Orientar equipe de enfermagem. Avaliar a evolução geral do paciente ( condição respiratória); Monitorar de forma sistemática o paciente e ventilador; Acompanhar e participar do processo de desmame; Estabelecer meios de comunicação. * “Máquinas capazes de bombear os gases (pressão positiva) para dentro do pulmão de forma cíclica, permitindo intervalos para que o volume de ar inspirado seja exalado passivamente” * Evolução dos ventiladores Em 1927 Pulmão de aço ou "Iron Lung". Projetado no laboratório de Havard. entrada do paciente em câmara a qual gerava pressão negativa. Em 1950 Epidemias de pólio. Ventiladores de pressão positiva “Iron chest”. Em 1957 o engenheiro aeronauta e médico Forrest Bird, cria o Bird Mark-7. Primeiro Ventilador Mecânico Invasivo à Pressão fabricado em larga escala. * Mecanismo Respiratório: ventilação espontânea Alterações de pressão na cavidade torácica < pulmões; “Drive” respiratório íntegro; Pressão intratorácica negativa (subatmosférica); Gradientes de pressão elevados ar penetra nos pulmões pressão negativa. Músculos insp: intercostais externos, esternocleidomastóideo, serrátil anterior, escaleno. Processo passivo; Relaxamento das fibras de elastina e colágeno; Durante a expiração forçada: intercostais, transverso do tórax, quadrado lombar e o serrátil póstero-inferior. Região do tronco encefálico medula oblonga neurônios do centro respiratório. * * Ventilação Definição: renovação contínua de ar alveolar. Depende: FR, volume corrente (VC) e Espaço morto. Espaço morto: Anatômico: volume de ar que não participa das trocas (boca, nariz, laringe) 150mL Alveolar: volume de ar que não participa das trocas gasosas em razão da diminuição da perfusão * Complacência pulmonar Pulmão “rígido”: Resistente a insuflação; Necessita de maiores pressões para atingir igual vol.; Menor vol. pulmonar total; Ex.: atelectasias, edema alveolar, Síndrome do Desconforto respiratório, pneumonias graves (inflamação e edema). PULMÃO Pulmão “flácido”: Alteração dos tec. elásticos (trama elástica); Menor capacidade de recolhimento expiratório; Maior volume residual. Ex.: idosos e enfisematosos (aumento dos calibres dos alvéolos). * Trabalho respiratório Energia necessária para movimentar, na inspiração, determinado volume de gás através das VA e expandir os pulmões, permitindo troca gasosas. Trabalho dos músculos respiratórios – superar: Forças elásticas (complacência); Forças não elásticas (resistência). Se a complacência a resistência: força para movimentar o ar trabalho respiratório * Indicações para ventilação mecânica Hipoxemia grave; Hipercapnia; Drive respiratório instável; Alteração da mecânica respiratória; Trabalho respiratório aumentado + fadiga. manter trocas gasosas em níveis adequados Reverter a insuficiência respiratória impedir PCR Diminuir gasto de energia * Ventilador mecânico: microprocessado Componentes básicos: Válvula de fluxo; Válvula de exalação; Transdutores de pressão e fluxo; Painel de controle, monitorização e alarmes; Vias condutoras de ar: ramo ins e ramo ex. * Ciclo ventilatório Fase inspiratória: insuflação pulmonar. Válvula inspiratória aberta; Mudança de fase (ciclagem): Transição entre a fase inspiratória e a fase expiratória; Fase expiratória: Momento seguinte ao fechamento da válvula ins e abertura da válvula ex, permitindo que a pressão do sistema respiratório equilibre-se com a pressão expiratória final determinada no ventilador; Mudança da fase expiratória para a fase inspiratória (disparo): Fase em que termina a expiração e ocorre o disparo (abertura da válvula ins) do ventilador, iniciando nova fase inspiratória. * Modo de controle sobre o modo de ciclagem Volume controlada: VC e Fluxo são pré-definidos cicla quando atinge um volume corrente pré-definido. Risco de barotrauma Pressão controlada: Pressão das VA pré-ajustada cicla quando atinge a pressão determinada em um tempo pré-definido. * VM: pressão positiva consequências... chegada de sangue no VE Resistência vascular pulmonar * Ventilação mecânica As modalidades ventilatórias disponíveis são: Modo Assisto-controlado, Modo controlado, Ventilação Mandatória intermitente Sicronizada (SIMV), Pressão Positiva Contínua nas vias aéreas (CPAP). Possibilidade de ciclos ventilatórios: Ciclo controlado: início, controle e finalização – ventilador. Ciclo assistido: início deflagrado pelo pac =“trigger”. Ciclo espontâneo: inicio, controle e finalização – pac. * Modalidades ventilatórias VENTILAÇÃO CONTROLADA (VMC) Só ciclos controlados: FR pré-determinada (janela de tempo fixa). O disparo ocorre exclusivamente por tempo, ficando o comando sensibilidade desativado. Indicação: pacientes apnéicos. Modalidade pode gerar atrofia. Ex.: FR: 15 – quanto é o tempo de cada ciclo? * Modalidades ventilatórias VENTILAÇÃO ASSISTIDA (VA) Ciclos assistidos. Paciente apresenta “drive” respiratório estável. Controlar “sensibilidade” do aparelho para detectar estímulo respiratório “trigger”. FR definida pelo paciente janela de tempo variável, reiniciada sempre após um estímulo do paciente. No gráfico, ele é caracterizado por uma discreta redução na linha de pressão expiratória, logo no início da inspiração. Modalidade não utilizada sozinha. * Modalidades ventilatórias VENTILAÇÃO ASSISTIDA/CONTROLADA (VAC) Combinação de VMC + VA. FR definida pelo paciente janela de tempo variável. Ventilador apresenta temporizador que dispara o fluxo ins após o disparo anterior, independente de ter sido assistido ou controlado. Se o paciente gerar um esforço inspiratório antes deste tempo, ele acionará a sensibilidade primeiro, e receberá o fluxo inspiratório antes da liberação por tempo. * Quem está disparando os ciclos? Qual é a modalidade? * Quem está disparando os ciclos? Qual é a modalidade? 1° ciclo 2° ciclo * Modalidades ventilatórias VENTILAÇÃO MANDATÓRIA INTERMITENTE SINCRONIZADA (SIMV) Combinação de ciclos controlados, assistidos e espontâneos. Indicação: pacientes com “drive” respiratório relativamente estável. Controlar “sensibilidade” do aparelho para detectar estímulo respiratório (trigger). FR mínima pré-definida pelo ventilador, (janela de tempo fixa) mas permite que o paciente realize um ciclo assistido e o x de ciclos espontâneos – tantos quanto forem possíveis – dentro da mesma janela de tempo. * Modalidades ventilatórias PRESSÃO POSITIVA NAS VIAS AÉREAS (CPAP) INDICAÇÃO: ventilação preservada mas existe déficit de oxigenação; Variação do SIMV com FR em ZERO somente ciclos espontâneos; FR do paciente; Não existe janela de tempo; Mantém pressão positiva contínua mantém os alvéolos abertos, melhora a oxigenação. * PRESSÃO DE SUPORTE (PSV) Pressão positiva contínua aplicada somente na fase inspiratória dos ciclos espontâneos, na modalidade SIMV ou pode ser utilizada associada a PEEP. INDICAÇÃO: desmame. Proporciona maior conforto diminui a assincronia. Complementa o “esforço” inspiratório diminui o trabalho respiratório resistência do tuboe circuito. Modalidades ventilatórias * VENTILAÇÃO NÃO INVASIVA (VNI) BIPAP = IPAP + EPAP IPAP: pressão positiva na inspiração = pressão de suporte; EPAP: pressão positiva na expiração = PEEP BIPAP (bilevel positive airway pressure) – variação do CPAP = ciclos espontâneos Alívio de pressão na inalação e na exalação, mais parecida com a respiração natural. * * Pressão positiva na expiração PEEP Manutenção da pressão positiva constante na expiração; Procedida por ciclo mecânico não é uma modalidade isolada; Impede que a pressão na VA reforme ao nível da pressão atmosférica (= zero); O seu efeito fisiológico é = CPAP = mantém os alvéolos abertos melhora a oxigenação = recrutamento alveolar; Indicado em hipoxemia severa; Melhora a capacidade funcional residual; Aumenta a complacência pulmonar. Pacientes com DPOC apresentam um PEEP intrínseco (patológico). PEEP diminuição do retorno venoso DC PA. * Parâmetros ventilatórios ajustáveis Alarme de alta pressão inspiratória (PPI): diminuição da complacência ou aumento da resistência da via aérea = secreção, dobra no circuito, tosse. Alarme de baixa PPI: desconexão do ventilador ou parte do circuito, vazamento do sistema. Alarme de apnéia: paciente faz tempo de apnéia maior que o tempo de limite ajustado. Alarme de baixo VC: VC ou vol. Mínimo caiu abaixo do limite pré-ajustado. ALARMES NÃO SÃO ENFEITES!!! * Complicações gerais da VM Barotrauma; Desequilibrio ácido básico; Falha mecânica do ventilador; Toxicidade pelo oxigênio; Distensão gástrica vazamento ao redor da cânula; Complicações relacionadas a VA artificial ( necrose, extubação, deslocamento) * Desmame ventilatório INDICAÇÃO: estabilidade = cardiocirculatória, da mecânica respiratória, das trocas gasosas e hidroeletrolíticas e do centro respiratório. Método de desmame Retirada abrupta – pac cirúrgicos (sacar em 6hs); Tubo “T” no máximo 2h – aumenta resistência; Uso de SIMV+CPAP com PSV ou somente PSV. SUCESSO: autonomia ventilatória por 48h após retirada, sem sinais de desconforto respiratório, clínicos ou alterações gasométricas. * Cuidados de Enfermagem Testar o ventilador antes da sua utilização; Lavar as mãos antes e após a manipulação do ventilador mecânico, dos circuitos respiratórios e do paciente em ventilação mecânica; Avaliar a necessidade de sedativos; Avaliar expansão torácica e posicionamento do TOT diariamente; * Estabelecer meios de comunicação alternativos; Verificar a ocorrência de alto pico de pressão inspiratória: obstruções no trajeto do circuito Verificar a ocorrência de baixo pico de pressão: vazamento no sistema ou baixo fluxo inspiratório Cuidados de Enfermagem * Realizar procedimentos de troca da fixação da cânula traqueal, mobilização e higiene; Acompanhar a realização de exames no leito, quando realizados por outros profissionais; Conter o paciente quando necessário; Manter o paciente em decúbito elevado, 30 a 45 graus, exceto quando decúbito restrito; Cuidados de Enfermagem * * Observar sinais e sintomas de extubação inadvertida: Vocalização, alarme de nível de pressão baixo, diminuição ou ausência de murmúrio vesicular, distensão gástrica, ventilação e oxigenação inadequada. Realizar ausculta pulmonar e avaliar utilização de musculatura acessória; (FELIPE; NUNES, 2000) Cuidados de Enfermagem * Cuidados de Enfermagem Avaliação da pressão do Cuff (pressão exercida na parede da traqueia) conforme protocolo da instituição: (FELIPE; NUNES, 2010) Secar e encher o Cuff (protocolo da instituição); Manter a pressão acima de 15 e abaixo de 25 mmHg. * Desprezar o excesso de água dos circuitos; Manter umidificador com ABD no nível programado e aquecedor ligado – DAR PREFERENCIA POR FILTROS BACTERIOSTATICOS ( caso paciente não esteja secretivo) Trocar circuitos conforme rotina da CCIH do hospital ou caso necessário se houver sujidade; Cuidados de Enfermagem * O que monitorizar? Sinais Vitais – Frequência e padrão respiratório Gasometria arterial; Parâmetros hemodinâmicos; Oximetria de pulso; Raio X de tórax; * Principais Complicações Sepse; Hemorragia; Insuficiência Respiratória; Atelectasia; Derrame pleural; Pneumonia; Pneumotórax. * Precoce < 4 dias (microbiota do paciente no momento da IOT) Tardia > 5 dias (microbiota da unidade hospitalar) PAV - Tipos Relacionada a intubação Relacionada a presença prolongada do tubo * PAV – patogênese Kollef. NEJM, 1999 * Estratégias específicas para redução do risco de PAV Prevenção da colonização do trato aerodigestivo Diminuição da contaminação do trato respiratório inferior e da aspiração Aumento das defesas do paciente contra a infecção respiratória * Preferir a posição de Trendelemburg invertida * Diminuição da contaminação do trato respiratório inferior e da aspiração Aspiração da secreção subglótica (supracuff) por tubos especiais Bouza, ESICM 2009 * Staudinger T, ESICM, 2009 Rotação contínua lateral do leito (CLRT) Mobilização do paciente faz diferença? * Diagnósticos de Enfermagem * Alguns enunciados de diagnósticos de Enfermagem Padrão respiratório ineficaz; Perfusão tissular ineficaz; Troca de gases prejudicada; Ventilação espontânea prejudicada; Fadiga/ intolerância a atividades; Eliminação traqueobrônquica ineficaz; Comunicação verbal comprometida; Nutrição desequilibrada; Confusão crônica; Intolerância à atividade relacionada à função respiratória alterada; Eliminação traqueobrônquica ineficaz; Déficit de autocuidado; Risco para infecção. * Muito obrigado! * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *
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