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PROCESSO PENAL - RESUMO P3

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Direito Processual Penal – P3
Júlia R. Morasco
Liberdade Provisória 
Com ou Sem fiança.
A liberdade é dogma constitucional. A prisão é exceção. 
Art. 310 CPP. “Ao receber o auto de prisão em flagrante, o juiz deverá fundamentadamente: 
III- Conceder liberdade provisória com ou sem fiança”.
Art. 321 CPP “Ausentes os requisitos que autorizam a decretação da prisão preventiva, o juiz deverá conceder liberdade provisória, impondo, se for o caso, medidas cautelares, atendendo requisitos da necessidade e da adequação do art. 282”. 
- Para Hélio Tornaghi, a liberdade provisória é uma situação paradoxal, única, onde o réu retorna com sua liberdade física total, mas fica vinculado à condições no processo. 
- Existe antes da sentença condenatória transitada em julgado. 
- Cabe na prisão em flagrante e na preventiva. 
- Fundamento: Desnecessidade da prisão. Se o réu fosse condenado, com trânsito em julgado e a pena imposta pudesse ser cumprida em liberdade, seria contradição se permanecesse preso, durante o sumário de culpa. 
Ex: pessoa é presa em flagrante por furto simples. É réu primário. Mesmo que o Estado reconheça a sua culpabilidade ao final, mesmo que a pena seja aplicada ao máximo, aplicada ao máximo (o que nunca acontece), ele vai cumpri-la em liberdade. Portanto se antes não há necessidade da prisão, ela se justifica porque mesmo depois de condenado ele não vai preso. É um contrassenso mantê-lo preso durante o processo. Ele terá regime aberto, substituição de pena, sursis, etc.
- Uma das possibilidades de concessão da liberdade provisória pode se constituir na prestação de fiança.
Fiança. 
- A liberdade provisória pode ser concedida mediante o pagamento de uma fiança – garantia/caução. 
- A fiança, será sempre definitiva, consistirá no depósito de:
a. Dinheiro. Apenas o real (moeda vigente no país); 
b. Oferecimento de objetos, pedras ou metais preciosos. Moeda estrangeira é considerada, pela lei, um metal precioso; 
c. Títulos da dívida pública federal/estadual/municipal; 
d. Hipoteca de bem imóvel, com inscrição em primeiro lugar no registro de Imóveis. 
A avaliação dos objetos será feita imediatamente por perito nomeado pela autoridade judicial, e a cotação será a do dia. Se for pedra ou metal, será recebida e depositado em um conta judicial com juros e correção monetária. Caução de títulos, o valor será cotado na Bolsa. 
- Com a concessão da liberdade provisória, com fiança, o preso, automaticamente, se vincula à condições legais (art. 327 e 328 CPP): 
1. O afiançado não pode deixar de comparecer a qualquer ato do processo, toda vez que for intimado, seja no inquérito ou no processo, independentemente de ser por fiança ou não. Quando deixa de comparecer, a fiança é tida como quebrada e o réu volta para a cadeia. 
2. O afiançado não pode mudar de residência e nem se ausentar de sua casa por mais de 08 dias, sem comunicar o juízo do processo. 
O fiador pode perder metade ou tudo que pagou, caso o réu não cumpra com as condições a ele impostas.
- Finalidade da fiança (art. 336 CPP):
A fiança serve para pagar as custas do processo, indenização do dano da pessoa, eventual prestação pecuniária e a multa se o réu for condenado. 
Essa fiança fica em uma conta, e esse dinheiro é atualizado com juros e correção monetária. Se a pessoa for condenada, esse valor é usado para o que foi mencionado acima. 
Extinta a punibilidade ou se houver o arquivamento do inquérito, ela será devolvida atualizada com juros e correção. 
- Competência para arbitrar fiança (art. 322 CPP): 
A competência é da autoridade policial e ele poderá aplicar quando a pena máxima, em abstrato, for igual ou menor que 04 anos, no prazo máximo de 48 horas. Se a pena for superior, a fiança poderá ser arbitrada pelo juiz, no prazo de 48 horas. 
Quando a autoridade policial, injustificadamente, retarda o arbitramento da fiança ou se recusa a arbitrar (art. 335 CPP), o preso ou alguém por ele (fiador), por simples petição poderá requerer ao juiz que supra a recusa, decidindo em até 48 horas, pela concessão ou não da fiança. O juiz pode suprir a recusa ou a demora injustificada da autoridade policial por simples petição escrita à mão de quem quer prestar a fiança ou do próprio preso.
Caso o juiz retarde ou se recuse à prestação da fiança, é necessário entrar com um Habeas Corpus (a fiança é constitucionalmente obrigatória quando o crime assim a permite. 
- Crimes Inafiançáveis (art. 323 CPP): Crimes de racismo, tortura, tráfico ilícito de drogas, terrorismo, crimes hediondos e ação de grupos armados civis ou militares contra a ordem constitucional e o Estado democrático. 
- Situações que vedam a fiança (art. 324 CPP): A liberdade provisória é conseguida de outra forma, sem fiança, sendo que é faculdade do juiz, não é obrigação. 
Quando no mesmo processo, houver fiança anteriormente concedida e quebrada; 
Em caso de prisão civil (caráter compulsório - alimentos) ou militar (caráter disciplinar);
Se presentes os pressupostos da prisão preventiva.
- Cálculo da Fiança (art. 326): 
Considerar a natureza da infração. Gravidade. 
Condições pessoais de fortuna e vida pregressa do acusado.
Circunstâncias indicativas da sua periculosidade (contumaz).
Importância provável das custas do processo, até final do julgamento. 
Limites da Fiança (art. 325 CPP)
De 01 a 100 salários mínimos, quando se tratar de infração, cuja pena no grau máximo não for superior a 04 anos. Quando for autoridade policial. De 998 a 99800,00. 
De 10 a 200 salários mínimos, pena superior a 04 anos. Quando o juiz for a autoridade competente para fixa-la. Até 199.600,00. 
A lei dá o direito de o juiz modificar esses valores, dado a condição financeira do preso: 
Fiança poderá ser dispensada e substituída por medidas cautelares diversas da prisão. (art. 350 CPP). 
Reduzida até o máximo de 2/3. 
Aumentada em até mil vezes. 
Art. 329 CPP: Nos juízos criminais e delegacias de polícia, haverá um livro especial aos termos de fiança. 
O réu e quem prestar a fiança serão pelo escrivão, notificados das obrigações e das sanções. 
Art. 331 CPP: O valor da fiança será depositado no banco do brasil. Joias e metais vão para a ala de penhor da Caixa Econômica. 
Se não for possível o recolhimento da fiança de imediato, a autoridade incumbirá ao escrivão ou a alguém de sua confiança, que em até três dias depois (úteis), fará o recolhimento e a destinação da fiança legalmente.
Art. 333 CPP: No procedimento para a concessão da fiança, não se tem a audição do MP, de plano, entretanto, prestada a fiança, os autos irão com vistas, imediatamente, ao MP, para eventual impugnação (art. 333 CPP). 
Art. 334 CPP: A fiança poderá ser prestada a qualquer tempo, enquanto não transitar em julgado a sentença penal condenatória. Até em grau de recurso pode. 
Art. 337 CPP: Se a fiança for declarada sem efeito ou passar em julgado sentença que houver absolvido o acusado ou declarada extinta a ação penal ou determinado o arquivamento do inquérito, o valor dado em garantia, atualizado, será restituído, integralmente e sem desconto. Salvo se a extinção for depois da sentença. 
Posso usar o valor da fiança depositada no juizado especial criminal para pagar transação penal? Nos crimes considerados de menor potencial ofensivo, dependendo de fatores legalmente previstos (art. 76, lei 9.099/95), pode o Ministério Público negociar com o acusado sua pena. Desse modo, antes de oferecida uma queixa-crime (pelo particular) ou denúncia (pelo Ministério Público), é garantido ao suposto infrator a oportunidade de lhe ser aplicada de imediato pena não privativa de liberdade, o que lhe livra de responder a uma ação penal e, sem admitir culpa, cumpre penas alternativas, tais como prestação de serviços à comunidade, pagamento de determinado valor para instituição de caridade, entre outras. Essa Transação penal, ao ser cumprida, gera extinção de punibilidade. Sendo assim, pode compensar transação penal com a fiança depositada, e se houver sobra, o dinheiro volta comjuros e correção monetária. Se faltar algum valor, o acusado deve completar. E essa diferença é negociável. Mas a punibilidade só extingue após terminar de pagar. Esse acordo não é presunção de culpa, não está admitindo culpa. É, em verdade, uma forma de “acordo” em que ele opta por não enfrentar um processo criminal. Com os outros bens dados em fiança funciona da mesma forma.
Ex: Preso em flagrante, crime de menor potencial ofensivo, arbitrada fiança de 5mil. Promotor propõe transação de 3 mil. Compensa, e volta 2 mil com juros e correção monetária. 
Art. 348 CPP: MP no juízo cível faz a liquidação do bem, dado em fiança. 
Art. 349 CPP: Se for pedras, objetos ou mateis preciosos o juiz determinará a venda por leiloeiro ou corretor. 
Incidentes da Fiança. 
Aqueles em que ocorrem durante a liberdade provisória com fiança que tem consequência dentro do processo, quando o réu desrespeita qualquer das condições impostas na concessão da liberdade provisória. 
1. Fiança sem efeito: Deixa de existir a liberdade provisória. Causas: 
A. Cassação. 
I- Prisão não cabível na espécie (Art. 338 CP). Crime, desde sua origem, é inafiançável e o delegado aplica. Nesse caso, o juiz cassa a fiança, em qualquer fase do processo. 
II- Inidoneidade (Art. 339 CP). A autoridade policial, diante de um flagrante, faz uma classificação provisória, quando desta, o crime é afiançável, após terminar o IP e remeter para o MP, que irá dar a classificação definitiva para o delito. O MP não se vincula a classificação provisória e denuncia o indivíduo como tráfico, por exemplo (inafiançável). Pela nova classificação, o juiz irá cassar a fiança por ter se tornado inidônea. 
Hipótese de quando do arbitramento pelo delegado, em sua classificação provisória, o crime era afiançável, portanto, cabível. O titular do direito de ação pública é o MP e a classificação definitiva a ele compete, no momento da denúncia. Como ele não se vincula à classificação provisória do delegado, se no momento da denúncia, inovar a classificação para um crime inafiançável, fiança será cassada por inidoneidade. 
Consequências da cassação e inidoneidade: 
I- Retorno do afiançado ao cárcere; 
II- Art. 337 CPP. O valor que constituir a fiança, atualizado, será restituído, com juros e correção monetária, sem desconto, à quem prestou a fiança.
 
B. Reforço (art. 340 CPP). Tem a determinação de um reforço e quem prestou a fiança não realiza o reforço. A autoridade policial torna sem efeito a fiança. 
Oportunidade que se dá ao réu, para que ele faça o complemento da fiança, para que ele se mantenha em liberdade. 
- Será exigido reforço:
I- Quando a autoridade tomar por engano, fiança insuficiente; 
II- Quando houver depreciação material ou perecimento dos bens ou depreciação dos metais ou pedras preciosas.
III- Quando for inovada a classificação do delito. Nova classificação que irá gerar um patamar de fiança maior, mas o crime continua sendo afiançável. Ex: preso em flagrante por receptação doloso (01 salário mínimo) pelo delegado. Promotor entende que é receptação qualificada (10 salários mínimos). Deve reforçar o valor para continuar em liberdade. 
Consequência do não reforço: 
I- Em regra, retorno do réu à prisão; 
II- Declara a fiança sem efeito, devolve o valor dado em garantia com juros, correção e sem desconto à quem prestou a fiança (art. 337 CPP). 
C. Perdimento (Art. 344 CPP). Ocorre quando a pessoa for condenada (definitivamente, com trânsito em julgado) e a decisão (imutável) impor cumprimento de pena em regime fechado e o réu não se recolher ao presídio, perde a fiança integralmente. Condenação que impõe regime fechado e não se apresenta para cumprir a pena. 
Consequência: 
A parte volta para o cárcere e perde todo o dinheiro dado. 
Ao final, quando tudo foi pago (encargos, custas, indenização, multa, prestação pecuniária), e sobrar dinheiro, o valor irá para o fundo penitenciário. 
D. Quebramento (Art. 341 CPP). Será declarada quebrada quando: 
I- Acusado, devidamente intimado, para ato do processo, deixar de comparecer sem motivo justo;
II- Deliberadamente praticar ato de obstrução ao andamento do processo. Ex: intimado esconde o documento necessário;
III- Descumprir medida cautelar imposta cumulativamente com a fiança. Ex: rompe o lacre da tornozeleira eletrônica; 
IV- Resistir, injustificadamente, a ordem judicial; 
V- Praticar nova infração penal dolosa, durante o tempo em que está de liberdade provisória, mediante fiança. 
Consequência: 
I- Perde definitivamente metade do valor da fiança, que irá para o fundo penitenciário; 
II- Exceção. Juiz pode manter o réu em liberdade, com a imposição de outras medidas cautelares diversas da prisão ou decretar a preventiva, com o retorno ao cárcere. 
Da prisão, das medidas cautelares e da liberdade provisória.
Medidas Cautelares Diversas da Prisão.
Requisitos: 
a. Necessidade (suficiência): Objetiva. 
. Se ficar em liberdade, esta será suficiente para que em caso de condenação, ele se coloque a disposição para cumprir eventual pena imposta. Necessária para garantir a aplicação da lei penal. 
. Será suficiente para garantir e preservar a investigação ou instrução criminal. Ex: não vai ameaçar testemunhas. 
. Medida suficiente para evitar a prática de outros delitos. 
b. Adequação: Subjetiva. Interpretação ampla. 
. Gravidade do crime, circunstância do fato e condições pessoais do indiciado ou acusado. 
- As medidas cautelares são sempre decretadas por uma autoridade judiciária (juiz singular, monocrática ou tribunal). Podem ser aplicadas isolada ou cumulativamente, a critério do juiz. 
Restrições ao Juiz: 
a. Na fase da ação penal instaurada: Pode aplicar de ofício ou por requerimento das partes (MP ou querelante da defesa); 
b. Na fase do inquérito: Só se for provocado, por representação da autoridade policial ou requerimento do MP. 
- Princípio do Contraditório: 
. Normal, dado pelo juiz, à outra parte de se manifestar antes dele decidir. 
. Diferido/Postergado: Juiz dispensa de imediato, a oitiva da outra parte, quando houver urgência ou perigo de ineficácia da medida se houver demora. Concede a medida e depois dá oportunidade da parte contrária se defender. 
- Fungibilidade das medidas cautelares diversas da prisão: No caso de descumprimento de qualquer das obrigações impostas, o juiz, de ofício ou mediante requerimento do MP, de seu assistente da acusação ou do querelante, poderá substituir a medida, impor outra em cumulação, ou, em último caso, decretar a prisão preventiva. 
Delegado pode denunciar o descumprimento de uma medida cautelar, porque é a polícia que fiscaliza. Mas não há possibilidade de representação, por falta de menção expressa no artigo. 
Em caso de descumprimento da medida cautelar, pode o juiz: 
A – Substituir a medida cautelar imposta por outra;
B – Cumular outra media cautelar;
C – E somente em último caso decretar a prisão preventiva.
Essa decisão pode ser tomada:
A – de ofício;
B – mediante requerimento do MP;
C – mediante requerimento do assistente da acusação;
D – mediante requerimento do querelante.
- Revogação ou Substituição da Medida quando verificar a falta de motivo para que subsista, bem como voltar a decretá-la, se sobrevierem razões que a justifiquem. Quantas vezes forem necessárias. “rebus sic stantibus”. 
- Espécies de prisão (Art. 283 CPP): 
a. Prisão pena: Aquela decretada por autoridade judiciária em ocorrência de sentença transitada em julgada. 
b. Prisão sem pena: Flagrante, Temporária ou Preventiva. 
. Não há a possibilidade de medida cautelar quando a infração penal for punida com pena de multa, já que mesmo se condenado não haverá privação da liberdade e nesses casos a liberdade provisória independentemente de fiança é o mais correto, além do que tais infrações estariam alcançadas pela Lei nº 9.009/95 que dispensa o flagrante e torna a liberdade obrigatória sem lavratura de flagrante. 
. A prisão pode ser efetuada em qualquer dia e a qualquer hora, respeitadasas restrições relativas à inviolabilidade do domicílio. Com mandado: Está perseguindo alguém para prendê-lo e este entra em alguma residência, o morador será intimada a entregá-lo, a vista da ordem de prisão. Se o morador se negar e sendo dia, chamará duas testemunhas e poderá adentrar na residência. À noite, deverá ficar no local e esperar amanhecer para adentrar na residência e prendê-lo. 
. Acusado estiver fora da jurisdição do juiz processante, será deprecada a sua prisão. O juiz poderá requisitar a prisão por qualquer meio de comunicação, havendo urgência. (art. 289 CPP). 
. Adverte a autoridade que vai efetuar a prisão que deve tomar a cautela de verificar a autenticidade da medida já que pode ser requisitada por meios que podem ser burlados.
. O juiz processante que expediu a ordem de prisão deverá remover o réu para a comarca onde o processo tramita no prazo máximo de 30 dias. Tal dispositivo é muito criticado já que pode esbarrar na chamada “cláusula da reserva do possível” já que no juízo processante pode não haver vaga no sistema carcerário para tal preso.
. Art. 289-A. Cadastro Nacional do CNJ para mandado de prisão. O juiz competente providenciará o imediato registro do mandado de prisão. Qualquer agente policial poderá efetuar a prisão determinada no mandado da prisão registrado no CNJ, pode efetuar a prisão de imediato e depois recebe o documento comprobatória da prisão. 
Prisão Especial (Art. 295 CPP). A pessoa presa provisoriamente, pela lei, por qualquer atributo, irá ficar presa em cela especial até o trânsito em julgado. Consiste exclusivamente no recolhimento em local distinto da prisão comum. 
Se não houver estabelecimento específico para o preso especial, este será recolhido em cela distinta do mesmo estabelecimento. Pode ter mais pessoas juntas, desde que não seja preso comum. 
Não será transportado junto com preso comum. Não será utilizada algema. Não precisa comer a comida do presídio. Após ter trânsito em julgado, irá para o comum. 
. Ministros do Estado, Governadores.. Ver no artigo. Juiz de paz também tem direito. 
Diferente da prisão especialíssima. Destinadas a jornalistas, condenados por crimes da lei da imprensa. Irá cumprir antes do trânsito em julgado em cela especial e depois também em cela especial. Segregar jornalistas na ditadura militar. 
- Medidas Cautelares: 
a. Prisão Domiciliar: Recolhimento do indiciado ou acusado em sua residência, só podendo dela se ausentar com autorização judicial. Substitui a prisão preventiva cautelar pela prisão domiciliar. Só sai de casa se o juiz permitir, nesses casos: 
. Mais de 80 anos;
. Extremamente debilitado por motivo de doença grave; 
. Imprescindível aos cuidados especiais de pessoas menor de 06 anos ou com deficiência; 
. Gestante; 
. Mulher com filho de até 12 anos de idade incompletos;
. Homem, caso seja o único responsável por filho de até 12 anos de idade incompletos. 
Diferente de Prisão Albergue Domiciliar: Para pessoa condenada com trânsito em julgado, à uma pena em regime aberto. Trabalha durante o dia, à noite se recolhe a uma casa chamada de Casa do Albergado. No caso de não ter, defere ao preso, que cumpra em prisão albergue domiciliar, em sua residência. Sábado, domingo e feriado não pode sair de casa. 
b. Comparecimento Periódico em juízo, no prazo e nas condições fixadas pelo juiz, para informar e justificar atividades. 
c. Proibição de acesso ou frequência a determinados lugares quando, por circunstâncias relacionas ao fato, deva o indiciado ou acusado permanecer distante desses locais para evitar o risco de novas infrações. 
d. Proibição de manter contato com pessoa determinada.
e. Proibição de ausentar-se da Comarca, quando a permanência seja conveniente ou necessária para a investigação ou instrução. 
f. Recolhimento domiciliar no período noturno e nos dias de folga, quando o investigado ou acusado tenha residência e trabalho fixos. 
g. Suspensão de exercício de função pública ou de atividade de natureza econômica ou financeira quando houver justo receio de sua utilização para a prática de infrações penais. 
h. internação provisória do acusado nas hipóteses de crimes praticados com violência ou grave ameaça, quando os peritos concluírem ser inimputável ou semi-imputável e houver risco de reiteração. 
i. Fiança. 
j. Monitoração eletrônica. 
k. Proibição de ausentar-se do país.

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