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HEMATOLOGIA
VETERINÁRIA
�
Esquema dos parametros laboratoriais em hematologia de rotina
SANGUE TOTAL
	PLASMA – SANGUE TOTAL, colhido com anticoagulante e separado os elementos figurados.
A hemólise “in vitro” pode ocorrer quando:
sangue for colocado em tubo de vácuo muito rapidamente
sangue for agitado com muito vigor
quando a amostra for congelada
quando o sangue for mantido a temperatura ambiente por um período longo
quando a temperatura for muito alta
Quando se utiliza a mesma agulha mais de uma vez
Se a urina coletada ao mesmo tempo que a amostra de sangue suspeito (de hemólise) apresentar a presença de hemoglobina (sangue oculto positivo), a suspeita se confirma.
Tomar o hábito de colher material antes de administrar qualquer medicamento. Por ex.: Os corticóides fornecem um leucograma de estresse. A soroterapia promove diluição do sangue, diminuindo o Volume Globular e Proteínas. 
Colher sangue preferencialmente em jejum, pois a digestão se reflete no hemograma de canino e felinos. A dieta promove lipemia que predispõe a hemólise “in vitro”, prejudicando os exames laboratoriais, por ex., promovendo diminuição dos eritrócitos e aumento da hemoglobina
	
	ANTICOAGULANTE – EDTA, FLUORETO, HEPARINA, CITRATO 
Colher sangue na quantidade indicada pelo laboratório, ou de acordo com a cor da tampa de borracha do tubo. Os tubos de vácuo devem ser preenchidos até o final destes. O não preenchimento total dos tubos com rolha roxa pode resultar em hematócrito (Ht) falsamente reduzidos e invalidar os parâmetros eritrocitários e o excesso de anticoagulante modifica o Volume Globular e o núcleo dos leucócitos.
Rolha roxa ‑ EDTA
Rolha vermelha ‑ sem anticoagulante
Rolha cinza ‑ fluoreto de sódio
Rolha azul clara ‑ citrato de sódio
Rolha verde - heparina
Manusear corretamente a amostra, sem agitação excessiva, e manter sob refrigeração até o laboratório, e caso ocorra hemólise, coletar novo material.
	SORO – SANGUE SEM ANTICOAGULANENTE – FIBRINOGÊNIO CONSUMIDO
Colher o sangue em franco de rolha vermelha e não agita-lo, até formar o coágulo
	
	ESFREGAÇO SANGÜÍNEO - HEMOPARASITOS 
O ideal seria confeccionar um esfregaço, sem que o sangue tenha tido contato com o anticoagulante, pois eles interferem na morfologia dos leucócitos e presença de alguns hemoparasitos como o Hepatozoon canis.
HEMOGRAMA
	Componentes
	Unidades
	
	
	Hematimetria
	x 10µL ou mm3
	Hematócrito
	%
	Hemoglobina
	g%
	Índice eritrocítico VGM
	fl
	Índice eritrocítico CHGM
	%
	RDW
	%
	Proteína Plasmática Total
	g%
	Fibrinogênio
	mg%
	Relação PP:F
	proporção
	Índice Ictérico
	unidades
	Reticulócitos relativo
	%
	Reticulócitos absolutos
	µL
	Citoscopia
	
	Plaquetograma
	µL
	PCT
	%
	MVP
	
	PDW
	
	ERITROGRAMA – Estudo dos glóbulos vermelhos ou eritrócitos
Os eritrócitos são formados na M.O. e destruídos pelas células dos SRE ou Sistema Mononuclear Fagocitário (SMF), principalmente no baço. Normalmente o número de eritrócitos mantém‑se constante, pois há equilíbrio entre a formação e destruição. O rompimento deste equilíbrio resulta em poliglobulia (policitemia) ou hipoglobulia (anemia). 
O número de eritrócitos e seu conteúdo em hemoglobina, portanto, são indicadores deste equilíbrio.
	
	LEUCOGRAMA – Estudo dos glóbulos brancos ou leucócitos.
	
	PLAQUETOGRMAA – Estudo das plaquetas
ERITROGRAMA
	HEMATIMETRIA – Contagem de eritrócitos.
Hematimetria é a determinação do número de eritrócitos porµl3 de sangue, cada espécie animal tem seus limites de normalidade.
	
	HEMATÓCRITO – Volume Globular em 100% de sangue
	
	HEMOGLOBINOMETRIA – Determinação da hemoglobina.
Nos casos patológicos, o nível de hemoglobina sofre variações no sentido de aumento, hipercromia, devido a lipemia, hemólise ou presença de corpúsculos de Heinz, (na veterinária), ou de diminuição, a hipocromia, ocorre quando há redução da taxa de hemoglobina, a hipocromia acompanhada quase sempre de diminuição simultânea do número dos eritrócitos que são os portadores da hemoglobina
HEMATIMETRIA
	ANEMIA – Diminuição do número de Hm, Ht e Hb
Considerando‑se que se o animal estiver com uma hematimetria abaixo do limite mínimo, ele estará anêmico, e se estiver acima dos valores normais estará policitêmico ou hemoconcentrado, consequentemente dá uma ideia do grau de hipóxia (oxigenação) no animal.
	
	POLICITEMIA – Aumento do número de Hm, Ht e Hb
Os valores podem estar acima do limite máximo indicando uma esplenoconcentração quando há liberação de eritrócitos pelo baço (que armazena eritrócitos) no caso de estresse, em que ocorre liberação de adrenalina promovendo a contração do baço, pode ocorrer na hora da colheita ou após exercício físico.
Na desidratação vai acarretar um aumento relativo no número de eritrócitos, independente da causa, o organismo fica com deficiência de H2O consequenternente ocorre hemoconcentração, promovendo na hematimetria valores falsamente elevados, promovendo Policitemias relativa. Levando isto em consideração, podemos compreender que muitas vezes temos animais desidratados e com hematimetria normal, mas que na realidade podem estar anêmicos.
Outra situação que podemos encontrar aumento da hematimetria é na Policitemia Vera ou Rubra, que é uma enfermidade rara na qual ocorre super produção de eritrócitos pela Medula óssea.
	
	AS ANORMALIDADES MORFOLÓGICAS DOS ERITRÓCITOS:
podem ser enquadradas em quatro categorias:
anormalidade nas dimensões
anormalidade de forma
anormalidade na coloração
presença de inclusões eritrocitárias
HEMATÓCRITO 
	VOLUME GLOBULAR DE HEMÁCIAS EM 100% DE SANGUE
O microhematócrito é a técnica mais utilizada nos laboratórios, porque apresenta reprodutibilidade, rapidez, precisão e exige pequena quantidade de sangue para seu processamento, apresentando uma pequena margem de erro de 1 a 2%. Outras vantagens dessa técnica são:
aproveitamento para estimativa do índice ictérico
determinação das proteínas plasmáticas totais
determinação do fibrinogênio com auxílio do refratômetro 
detecção de microfilárias e Tripanossomas
Observação de lipemia
Observação da presença de hemólise.
	
	
OBSERVACOES: 
1.
2.
3. 
4. 
5. 
GRAU DE DESIDRATAÇÃO ASSOCIADO ÀS PROTEÍNAS PLASMÁTICAS
	Hematócrito
	PPT
	Interpretaç
	
	
	ão
	Aumentado
	Aumentado
	Desidratação
	Aumentado
	Normal ou Aumentado
	Contração esplênica Eritrocitose, policitema Desidratação mascarada por hipoproteinemia
	Normal
	Aumentado
	Distúrbio hiperproteico
Anemia com desidratação
	Diminuído
	Aumentado
	Anemia com Desidratação
Anemia com hiperproteinemia preexistente
	Diminuído
	Normal
	Anemia com perda de sangue e hidratado
	Normal
	Normal
	Hidratação normal
Desidratação após troca secundária
Desidratação com anemia e hipoproteinemia
Hemorragia aguda
	Fenner, W.R. 1985
	
	
	AVALIAR NECESSIDADE DE TRANSFUSÃO - COM OU SEM RESPOSTA
O VG é uma informação muito importante quanto à necessidade de transfusão e os percentuais para as indicações são de 10% para gatos e 12% para cães. 
Mas observando que uma transfusão é a última arma a ser usada quando a anemia é regenerativa, pois caso contrário, estará retirando o estímulo, (hipóxia) para a produção de eritropoetina e consequente eritropoese (eritrogênese).
Tabela de Valores Normais para o Hematócrito ou Volume Globular (%):
	Espécie
	Mínimo
	Máximo
	
	
	
	Felina adulto
	24
	48
	Canina adulta
	37
	55
	Canina até 6 meses
	22
	42
HEMOGLOBINOMETRIA
	HIPOCROMIA – Redução de Hb nos eritrócitos – CHGM - baixo
	
	NORMOCROMIA – Quantidade de Hb normal – CHGM – normal
	
	HIPERCROMIA– Quantidade de Hb elevado – CHGM - elevado
	
ÍNDICES HEMATIMÉTRICOS
	MICROCÍTICA – Tamanho do eritrócito menor – micrócitos – esferócitos.
(VGM diminuído) - Ocorrem por deficiência de hemoglobinização, devido a deficiência de Fe, Co, Vit.B6 ou intoxicação por chumbo.
	
	NORMOCÍTICA – Tamanho do eritrócito normal – normócitos.
(VGM normal) - São as anemias arregenerativas, sem resposta. 
	
	MACROCÍTICA – Tamanho do eritrócito maior - macrócitos, policromatófilos.
(VGM aumentado) - São as anemias regenerativas, provocadas por deficiência de Co, B12, pois sem ácidos nucleicos não tem mitoses, isto é, não tem divisão celular.
	
CONTAGEM DE RETICULÓCITOS
	Reticulócitos são eritrócitos jovens (intermediários entre os eritrócitos nucleados e não nucleados), e encontrados na corrente sangüínea, e seu número é proporcional à atividade hematopoética.
Considerando-se que o número de eritrócitos formados (eritropoese) é igual ao número de eritrócitos destruídos (hemocaterese), a contagem de reticulócitos classifica o estado anêmico, quanto a resposta da medula óssea:
	ANEMIAS RESPONSIVAS – COM RESPOSTA DA MEDULA ÓSSEA.
Eritropoese ativa, com resposta da M.O., observação do número de reticulócitos no sangue periférico. 
	
	ANEMIAS ARRESPONSIVAS – SEM RESPOSTA DA MEDULA ÓSSEA.
Eritropoese ineficaz, sem resposta da M.O., sem aumento de reticulócitos no sangue periférico.
Valores Relativos – 0,5% a 1,0%
Valores Absolutos – Cães: 27.500 a 55.000 mm3 ((L3) e Gatos: 25.000 a 50.000 mm3 ((L3)
ANEMIAS RESPONSIVAS
	HEMORRAGIA – Perda de sangue – aguda ou crônica 
Deficiência de ferro. Associada a parasitismo
Nas hemorragias ocorre perda de sangue para o exterior, consequente perda de Ferro, e o organismo retira da reserva de Ferro do baço, fígado e medula óssea.
Hemorragia Aguda
Traumatismo, atropelamento, cirurgias cruentas, envenenamento por samambaias, dicumarínicos, CID, úlceras, neoplasmas gastro-intestinais, etc.
Hemorragias Crônicas
Ancilostomose, coccidiose, úlceras gastrointestinais, trombocitopenia, infeccões das vias urinárias, ectoparasitos, etc.
HEMÓLISE 
	HEMÓLISE – Destruição de hemácias, 
Hemólise intravascular
É aquela em que a hemácia é destruída dentro do vaso sangüíneo e a hemoglobina fica livre na circulação, promovendo a cor vermelha do plasma e hemoglobinúria.
Causas: Babesia sp., Leptospira icterohemorrágica, Streptocucus haemoliticum, Clostridium haemoliticum, Transfusões incompatíveis, azul de metileno em gatos, antinflamatórios, antibióticos etc.
Hemólise extravascular
A destruição de hemácias está ocorrendo dentro dos macrófagos do Sistema Mononuclear Fagocitário, da Medula Óssea, dos Pulmões, do Intestino, do Fígado ou do Baço.
Causas: Anemia Hemolítica Auto Imune, Anemia Hemolítica Imunomediada, Anaplasma, Haemobartonella sp., Lupus Eritematoso Sistêmico (LES), Erlichiose, Antibióticos, Antinflamatórios, Sistema Ag-Ac e Complemento.
ANEMIAS ARRESPONSIVAS
	DEPRESSÃO DA MEDULA ÓSSEA; HIPOPROLIFERAÇÃO DA M.O
A São as anemias arresponsivas, onde a Medula Óssea não responde ou por falta de estímulo ou por inibição e por isso não aparecem sinais de regeneração
Sem eritropoetina – as células renais comprometidas não a produzem, ocorre nas Lesões Renais Crônicas (LRC).
O tecido hematopoético (M.O) é substituído por células neoplásicas impedindo a produção de células hematopoéticas. Ocorre nas Leucemias Linfocíticas ou Granulocíticas.
O tecido hematopoético (M.O) é substituído por tecido fibroso e impedimento de formação de células sangüíneas.
Panleucopenia felina, provavelmente substâncias liberadas do vírus iniba a proliferação das células pluripotentes.
Erlichia canis, instala-se ma Medula Óssea e impede a multiplicação celular das células tronco, promovendo a pancitopenia, isto é redução das três linhagens de células sangüíneas, as hemácias, os leucócitos e as plaquetas.
Inflamações das articulações, reumatismo, liberam substâncias tóxicas que podem inibir a M.O.
Substância tóxicas: Conforme a dose e tempo de exposição o Estrogênio, Cloranfenicol Streptomicina, Penicilina, Aureomicina, Benzóis, Ácido acetilssalicílico, Diuréticos mercuriais, Dipirona, Antinflamatórios não esteróides, Antihistamínicos, RX, Falta de nutrição (Proteína, Fe, Co, B6, B12 e Cu)
Endocrinopatias:
Hipotireoidismo, Hipoadrenocorticismo, Hipoadrenocorticalismo, Hipoandrogenismo
A tiroxina, o cortisol etc, afetam o metabolismo celular aumentando a necessidade de oxidação tissular e consequente estímulo a eritropoetina para aumentar a eritropoese.
PROTEÍNAS PLASMÁTICAS TOTAIS
	FILHOTES – Valores menores – 4 – 6 g/dL
	
	ADULTOS – Valores Maiores – 6 – 8,0 g/dL 
	
	ALBUMINA – Alta - desidratação
- Baixa – Síndrome Nefrótica, Hepatopatia, Síndrome de má absorção, má alimentação
	
	GLOBULINAS – Gamopatias (mieloma múltiplo, macrogamaglobulinemias, pós-vacinação, resposta imune, processos auto-imunes, Processos infecciosos crônicos (dermatites) 
	
	PPT – HIPERPROTEINEMIA – Albumina e ou globulinas aumentadas
As proteínas plasmáticas totais (PPT = albumina + globulinas) sofrem influência da idade, os animais jovens tem menor quantidade de PPT que os animais adultos, pois a medida que crescem é que vão tendo contato com antígenos diversos que levam a produção de anticorpos, aumentos das globulinas e conseqüente aumento da PPT.
na desidratação
em enfermidades crônicas
em doença auto imune
com 15 a 30 dias após vacinação
na erliquiose.
	
	PPT – HIPOPROTEINEMIA –
na desnutrição
na insuficiência pancreática exócrina. Síndrome de má absorção
nas hepatopatias severas
na glomerulonefrite crônica, nefropatias 
nas hemorragias graves
nas aglamaglobulinemias, hipogamaglobulinemias 
nas neoplasias invasivas 
Linfangiectasias,
Hepatopatias,
Alimentar
FIBRINOGÊNIO
	O fibrinogênio plasmático também é um beta-globulina sintetizada pelo fígado, e é um indicador sensível de inflamação, podendo ser mais consistente do que o leucograma. Na CID ocorre diminuição, pois é muito requisitado para a coagulação diminuindo no plasma.
	BAIXO - HIPOFIBRINOGENEMIA - hepatias avançadas, CID, coagulopatias
	
	ELEVADO – HIPERFIBRINOGENEMIA –
Aumento (em geral):
na coagulação sangüínea
em processos infecciosos de caráter inflamatório
em fraturas
em neoplasias
em quase todos os processos infecciosos de bovinos e eqüinos
Aumento (em caninos):
na piometra (gatas), metrites
na insuficiência renal, nefrites
na cinomose
na parvovirose, enterites
na erlichiose
na desidratação – relação PP:F
abcessos
RELAÇÃO PP:F – só para quando o Fibrinogênio estiver aumentado
	PP: F =
	PPT – F
F
	=
	PP
F
	ACIMA ou IGUAL A 15- aumento relativo a desidratação 
	
	ABAIXO DE 15 – aumento real a um processo inflamatório 
	
	ABAIXO DE 10 – aumento real acentuado. INFECÇÃO SEVERA
	
ÍNDICE ICTÉRICO
	ICTERÍCIA PRÉ-HEPÁTICA - Hiperbilinorrubinemia indireta predominante Super produtiva ou hemolítica ou pré-microssomial
	
	ICTERÍCIA HEPÁTICA - Hiperbilinorrubinemia indireta e direta predominante.Tóxico infecciosa ou microssomial
	
	ICTERÍCIA PÓS-HEPÁTICA - Hiperbilinorrubinemia direta predominante. Obstrutiva ou pós microssomial
	
LEUCOGRAMA
	Valores Normais
	
	Espécie
	Valores
	Canino
	6.000 a 17.000
	Canino até 6 meses
	6.000 a 22.000
	Felinos
	5.000 a 19.500
NOMENCLATURA UTILIZADA PELO LABORATÓRIO
	Tipo Celular
	Designação
	
	
	
	Aumento
	Diminuição
	Leucócitos
	Leucocitose
	Leucopenia
	Neutrófilos
	Neutrofilia
	Neutropenia
	Linfócitos
	Linfocitose
	Linfocitopenia
	Monócitos
	Monocitose
	Monocitopenia
	Basófilos
	Basofilia
	BasopeniaEosinófilo
	Eosinofilia
	Eosinopenia 
	Plaquetas
	Trombocitose 
	Trombocitopenia
LEUCOMETRIA GLOBAL 
	LEUCOPENIAS - Número total de Leucócitos diminuídos, conf. a espécie e a faixa etária 
	LEUCOCITOSES - Número total de Leucócitos aumentados, conf. a espécie e a faixa etária
	
	ESFREGAÇO SANGÜÍNEO – Observação da morfologia das Hemácias – microcitose, policromasia, macrocitose, esferócitos, esquizócitos, poiquilocitose, Cinomose, Howell Jolli.
Plaquetas – macroplaquetas, 
Leucócitos – Inclusões de cinomose, granulações e vacuolizações tóxicas, basofilia citoplasmática, corpúsculos de Döhle
	
	HEMOPARASITOS – Observação de Babesia sp., Hemobartonela sp. Hepatozoon sp.
 Microfilárias sp., Tripanossomas sp. Erlichia sp. etc
LEUCOGRAMA 
LEUCOCITOSE FISIOLOGICA
	LEUCOCITOSE – Liberação de adrenalina, leucócitos do pool marginal vão para o pool circulante
	
	NEUTROFILIA – É a razão da maioria das Leucocitose
	
LEUCOCITOSE DE ESTRESSE
	LEUCOCITOSE – O corticóide liberado da supra renal, impede a diapedese dos neutrófilos, promovendo neutrofilia
	
	NEUTROFILIA – Razão da maioria das leucocitoses, os neutrófilos ficam mais tempo na circulação
	
	LINFOPENIA – O corticóide lisa os linfócitos e impede a sua recirculação, diminue no sangue
	
	EOSINOPENIA – O corticóide é anti-histamínico, faz as funções da histaminase dos eosinófilos
LEUCOCITOSE INFLAMATÓRIA
	DESVIO A ESQUERDA REGENERATIVO - LEVE – presença de bastões
 - MODERADO – presença de metamielócitos
 - ACENTUADO – presença de mielócitos
	
	DESVIO A ESQUERDA DEGENERATIVO - Número de neutrófilos jovens:
bastões, metamielócitos e mielócitos maior que os neutrófilos maduros 
	
	DESVIO A DIREITA – Neutrófilos maduros permanecem muito tempo na circulação, 
 aumentando o número de lobulações - hipersegmentados
LEUCOCITOSES
	
Fisiológica: Induzida por adrenalina gestação, exercício físico, estresse
Patológica: Induzida Por Doença, Liberação de corticóide endógeno, Infecções generalizadas, Infecções localizadas
Intoxicações. Neoplasias. Neoplasmas. Hemorragia aguda. Eritrólise. Leucemias. Traumas
LEUCOPENIAS
	4 D
Degeneração. Depressão. Depleção. Destruição
Causas 
	infecções virais
	infecção bacteriana super aguda
	estados debilitantes
	agentes físicos
	agentes químicos
	choque anafilático
NEUTROFILIAS
	Induzida por adrenalina
Induzida por corticosteróide
Induzida por demanda tecidual
Infecção sistêmica
Infecção localizada
Doenças não infecciosas
Doenças metabólicas
Hemorragia
Corticoide e ACTH
Fatores que influenciam a neutrofilia
A resposta dos animais
Susceptibilidade do hospedeiro
Relação agente etiológico x hospedeiro
Estado de saúde do hospedeiro
Processos localizados
NEUTROPENIAS
	Por extrema demanda tecidual
Por hipoplasia granulopeótica
Por granulopoese ineficaz
Por sequestração
Septicemias, Endotoxina
Erlichiose, Histoplasma disseminado
Parvovírus, Panleucopenia
Leucemias agudas, neoplásicas ou mielodisplásicas
Radiação, mecanismos imunomediados
Estrógenos, necrose da medula óssea
Quimioterápicos, hematopoese cíclica
Cloranfenicol, Cefalosporina, Fenilbutazona, Tiacertasamida 
LINFOCITOSES
	FISIOLÓGICA – pode ocorrer em resposta a adrenalina
ESTIMULAÇÃO ANTIGÊNICA
 Erlichiose
 Blastomicose
 Leucemia felina
NEOPLASIA LINFÓIDE
Linfossarcoma
Leucemia linfocítica aguda ou crônica
Timona
Hipoadrenocorticismo (Síndrome de Addison) insuficiencia adrenocortical
Hipertiroidismo
	 Neutropenias
	 Nos estágios de recuperação
 Em torno de 15 dias após vacinação 
LINFOPENIAS
	MEDICAMENTOS OU RADIAÇÃOIMUNOSSUPRESSORAS
 Radiação ionizante
	Drogas imunosupressoras
INDUZIDA POR CORITICÓIDE
Corticóide exógeno ou ACTH
Liberação endógena de corticóide – tensão aguda, hiperadrenocorticismo (Cushing)
INFECÇÃO SISTÊMICA
Parvovirose
Coronavirose
Cinomose
Hepatite infecciosa canina
Panleucopenia
Septicemia
Ecdotoxina
PERDA DE LINFA 
Quilotórax (ruptura do ductotorácico)
Enteropatia perdedora de proteínas
Linfangiectasia
Senterite ulcerativa
Enterite granulomatosa
Linfossarcoma alimentar
Neoplasma entérico
DESESTRUTURA DA ARQUITETURA DO LINFONODO
Linfossarcoma multicênctrico
Doença granulomatosa generalizada
DEFICIÊNCIA DE LINFÓCITO T
Adquirida: (infecção neo natal), Cinomose, Leucemia felina em filhotes
 Congênita: Iumodeficiência combinada
MONOCITOSE
	 Induzida por corticosteróides
 Estresse cronico
 Exógeno e acth
 Doenças crônicas
 Certas doenças infecciosas
	Relativa em neutropenias
	Leucemia monocítica
	ACTH e corticóides
MONOCITOPENIA
	Não tem significado clínico
EOSINOFILIA
		Hipersensibilidade e anafilaxia
Dermatite alérgica
Hipersensibilidade alimentar
	Insuficiência adrenocortical
	Estágios de recuperação
	Leucemia granulocítica eosinofílica
	Certos neoplasmas
	Miosite eosinofílica
	Gastroenterite eosinofílica
	Esplenectomia no cão
Piometra
Atopia
Granulomas pulmonares
Pneumonias alérgicas
Parasitos – Dirofilária, ascaris, ancilostoma, espirocerca, hepatozoon, 
EOSINOPENIAS
	
	Infecção aguda
Tensão aguda
Corticosteróides
Terapia (curto e longo prazos)
	Estresse
	Acth ou corticóides
	Hiperatividade adrenal
BASOFILIA
	Hiperlipemia
Estímulo antigênico prolongado
BASOPENIA:
	Não apresentam significado clínico
OBSERVACOES:
1.
2. 
3. 
4.
5.
ALTERAÇÕES LEUCOCITÁRIAS MORFOLÓGICAS:
	NEUTRÓFILOS TÓXICOS
	Basofilia citoplásmática
	vacuolização tóxica
	granulação tóxica
	corpúsculos de dohle
	segmentação bizarra
HIPERSEGMENTAÇÃO DE NEUTRÓFILOS
OUTRAS CÉLULAS TAMBÉM
	Inclusões
parasitárias - monócitos
	virais - linfócitos
	bacterianas
	Pelger Huet
CLASSIFICAÇÃO DAS POLICITEMIAS NO HOMEM E NOS ANIMAIS
POLICITEMIA ABSOLUTA
POLICITEMIA PRIMÁRIA 
Policitemia Vera
POLICITEMIA SECUNDÁRIA 
Por aumento hipóxico na produção de eritropoetina
Redução do O2 atmosférico
Hipóxia pulmonar
Doença cardiovascular (shunt)
Reduzido transporte de O2 pela hemoglobina
Por aumento autônomo na produção de eritropoietina
Doenças renais não neoplásicas
Doenças neoplásicas
Eritrocitose familiar em humanos
POLICITEMIA RELATIVA
Desidratação por várias causas
Contração esplênica
_____________________________________________________________
De. Jain (1986)
POLICITEMIAS
 SAT.DE O2 ARTERIAL ERITROPOETINA
P.PRIMÁRIA N < N
P.SECUNDÁRIA (			 	 (
P. RELATIVA N N
De: JAIN (1986)
Hematologia
	Exame
	Efeito da Hemólise
	Contagem de eritrócitos
	diminui
	Hemoglobina
	aumenta em relação ao número de eritrócitos e hematócrito
	CHCM
	aumenta
	VCM
	diminui
	Proteínas plasmática
	aumenta
	Antígeno de von Willebrand
	diminui
Bioquímica
	Exame
	Efeito da Hemólise
	 AST, ALT, LD, CK, Lipase
	aumentam
	 Amilase
	diminui
	 ALP (FAL)
	aumenta ou diminui conforme,o método utilizado
	 Ca
	aumenta (método da cresolftaleína)
	 P
	aumenta
	 K
	aumenta (eqüino, bovino, cão da raça Akita)
	 Bilirrubina
	aumenta levemente
	Exame Hematologico
	Alteração causada pela Lipemia
	Hemoglobina, CHCM, PPT
	aumenta
	Exame Bioquímico
	Alteração causada pela Lipemia
	Amilase, Albumina, PPT
	diminui
	Cálcio, Glicose, Fósforo, Bilirrubina
	aumenta
	Potássio, Sódio e Cloro
	diminui se o método envolver diluição
	Exame Efetuado
	Anticoagulante
	Alterações
	
	
	
	Amilase
	Fluoreto Sódico
	aumenta
	Cálcio
	EDTA, Oxalato, Citrato
	diminui
	Diferencial de leucócitos
	Heparina
	esfregaço de má qualidade
	FAL, CK, Lip, Amil, SD
	EDTA, Citrato, Oxalato
	diminuem
	Glicose
	Fluoreto Sódico
	diminui pela glicose oxidase
	LD
	Oxalato
	diminui
	Potássio
	Heparina Potássica
	aumenta
	Uréia
	Oxalato ou Heparina de Amônio
	aumenta
EXEMPLOS DE EXAMES LABORATORIAIS COM INTERPRETAÇÃO
CASO CLÍNICO 1
Identificação e sinais clínicos: Cão, 2 anos de idade, anêmico, subnutrido, com normotermia.
	 
	Série vermelha			Valores		 Valores 
					encontrados normais
Hemácias	 	1.500.000/mm3		5,5-10
Hemoglobina		4,3 g%	 	 	12-18
Volume globular		13,2 %		 	37-55
VGM			80 fl			60-77
CHGM			32,6%		 31-36
Reticulócitos		8% (120.000)		0,5-1,0 (25-50.000)
Interpretação				
Anemia macrocítica normocrômica. Normocítica porque o valor do VGM está compreendido na média de normalidade. É normocrônica porque o valor do CHGM está igualmente na média normal. 
É uma anemia regenerativa porque o número de reticulócitos está acima do valor normal. Valor absoluto = 120.000/mm3 (8 x 1.500.000). 
Este animal deve levar no máximo 33 dias para recuperar-se da anemia ??? como?
5.500.000 – 1.500.000 = 4.000.000 divide-se por 120.000 reticulócitos produzidos por dia.
Portanto, deve‑se medicar o animal para a causa primária da anemia ​(infeção, deficiência mineral, vitamínica, protéica), Levando em consideração o tempo requerido para que a medula óssea retorne à normalidade.
Nos casos anêmicos leves, em que há resposta suficiente pare corrigir o estado anêmico, as transfusões e outros tratamentos auxiliares não pre​cisam ser instituídos. Adicionalmente, a anemia adaptativa de má‑nutrição não requer transfusão sanguínea. Neste último caso, quando administrada inibe a eritropoese, uma vez que já existe um ajuste fisiológico do organismo.
CASO CLÍNICO 2
Cão, fêmea, 6 anos de idade, Fila Brasileiro, apresentando polidipsia, levemente febril (39,7ºC). Corrimento vaginal de cor escura.
 Eritrograma			 Valores encontrados		
Hemácias/mm3	 6.600.000 x 103		
Hemoglobina g%	13,5				
Hematócrito %		40				
Reticulócitos		2%					
PPT g/dl		8,3	
FP mg%		600					
Índice ictérico UI		normal					
Interpretação
Não existe anemia, porquanto os valores do eritrograma estão normais.
O que desperta atenção são os valores elevados da proteína plasmática e do fibrinogênio. O primeiro é devido a hipertonicidade plasmática que ocorre na piometra - diagnóstico final deste caso - pelo fato de haver acúmulo de líquidos (água) no útero e o conseqüente “desvio” de água do plasma, ocasionando a hemoconcentração.
O fibrinogênio se eleva, nesta doença, pela contaminação por bactérias do líquido que se acumula no útero, ocasionando um processo infeccioso inflamatório séptico.
O índice ictérico está normal; portanto, não há lesão hepática ou hemólise vascular.
No leucograma deste animal, verificar-se-ia leucocitose com desvio à esquerda.
CASO CLÍNICO 3
Cão, macho, adulto, de raça mista, apresentando desidratação intensa, mucosaas oculares hiperêmicas, temperatura de 39,5ºC. Odor amoniacal à respiração. Pêlos de cor e aspecto desagradáveis.
		
Eritrograma Valores encontrados
Hemácias		 1.600.000/(L
Hemoglobina	 	 3,1 g%
Hematócito		 10%
Reticulóctios		 0,5%
Ret. Absolutos 	 9.000 (L
VGM			 62,6 fl
CHGM		 31%
PPT			 10 g/dl
FP			 600 mg%
Índice ictérico	 plasma pálido 
Interpretação
Anemia normocítica normocrômica arregenerativa (arresponsiva) devido à deficiência na produção de reticulócitos 
Esse quadro acontece mais comumente em cães com nefrite crônica difusa ou insuficiência renal crônica. A ausência de resposta da medula à anemia é devido à falta de eritropoetina - hormônio renal cuja função é estimular a diferenciação de hemácias na medula em todas as espécies animais.
Este quadro tem uma indicação forte para as doenças referidas, em virtude do estado de desidratação grave que acompanha o paciente (PPT=10).
Esta hiperproteinemia ocorre em doenças renais avançadas, face à retenção de solutos (uréia, creatinina etc.) na fase oligúrica, diminuição da filtração glomerular e inanição.
Valor elevado do fibrinogênio é decisivo para o diagnóstico de processo infec​cioso inflamatório; a doença renal avançada é uma das poucas patologias, em animais de pequeno porte, em que há elevação deste parâmetro.
CASO CLÍNICO 4
Cão macho, 9 meses de idade, Dobermann, apresentando anorexia, apatia, temperatura retal levemente aumentada. Não recebeu nenhuma vacina.
Eritrograma Valores encontrados
Hemácias/mm3	 8.800 x 103 
Hemoglobina g%	 17,2 
Hematócito %	 	 56
PPT g/dl		 9,2
FP mg%		 600
Índice ictérico	 normal
Interpretação
O animal não tem anemia. O eritrograma está com o valor do hematócrito acima do limite superior e esse resultado é compatível com desidratação clínica, uma vez que existe concomitante hiperproteinemia plasmática, o que diferencia de policitemia verdadeira.
Este eritrograma é compatível com doença que desenvolve com desidratação, e sem vacina.
CASO CLÍNICO 5
Gato, adulto, mestiço, macho, apresentando depressão, fraqueza de membros Inferiores, esplenomegalia e icterícia discreta.
		
	Eritrograma		 Valores encontrados		Valores Normais
VG				19 % 			 (24‑45)
Reticulócitos 15% 			 (0,5 a 1,0)
PT 				7,1 g% 		 (7,0)
Fibrinogênio 			150 mg% 		 (50‑300)
	Esfregaço corado: identificadas inclusões esféricas intra-eritrocíticas semelhantes à Haemobartonella.
Interpretação
O volume globular está indicando uma anemia e bastante responsiva. Esta anemia é do tipo hemo​lítica aguda. É hemolítica e aguda porque há icterícia e hipertemia. A esple​nomegalia é um dado do exame físico multo importante e reforça o diagnóstico da hemoparasitose, pois evidencia a acentuada atividade esplênica, resultante da captação e destruição das hemácias parasitadas na corrente sangüínea.
A Hemobartonelose ou Anemia Infecciosa Felina é transmitida, presumivelmente, por ectoparasitos externos do rato, sendo um quadro patológico muito frequente na clínica de felinos doméstlcos. Seu tratamento envolve o uso de tetraciclina.
CASOCLÍNICO 6
Canino, 8 anos, Macho, Boxer. Conjuntivite, incoordenação motora, febre, carrapatos (cinomose ou ehrlichiose?)
							
Hematócrito		37%		(37-35)
PT			7,2g%		(7.0)
Leucograma					V.REL. VAL.ABSOLUTO
Leucócitos		7.500/mm3	(6-17)
Bastonetes		1% 75		(0-3)		(0-540)
Segmentados		77% 5.775	(60-77)		(3.000-11.500)
Linfócitos			5% 375		(12-30)		(1.000-4.800)
Monócitos		11% 825		(3-10)		(150-1.350)
Eosinófilos		5% 375		(2-10) 		(100 – 1250)
Não há alteração evidenciável no eritrograma.O leucograma tem um número de leucócitos próximo do limite normal mínimo, indicando que está havendo tendência a leucopenia. 
A linfopenia absoluta é quase um achado frequente. A monocitose relativa é esporádica. Estes são achados compatíveis com viroses como a cinomose. A erhlichiose normalmente leva a uma estimulação da resposta imune com linfocitose ou hiperglobulinemia. O diagnóstico mais provável, portanto, é de cinomose.
CASO CLÍNICO 7
Cão, 3 anos, macho, Pastor Alemão com hipertemia (40,8ºC). Tosse. Teve infestação por ectoparasitos externos (ácaros). Cinomose ou ehrlichiose ou gastroenterite?
Leucócitos		5.000/mm3	 (6-17)
Bastões			7% (350)	 (0-540)		
Segmentados		91% (4.550)	 (3.000-11.500)
Linfócitos			2% (100) (1.000-4.800)
Monócitos		Zero (150-1.350)
Eosinófilos		Zero	 	 (100 – 1250)
Obs.: Granulações tóxicas em PMN.
Interpretação
Leucopenia global com linfocitopenia absoluta grave. Nessas condições o animal fica totalmente sensível a infeção bacteriana secundária, pela incapacidade de responder à agentes, tanto fagocitariamente quanto imunogenicamente. Quadro clássico de processo infeccioso bacteriano agudo com muita exigência ou esgotamento da medula óssea. Desse modo, a febre com comprometimento pulmonar. As granulações tóxicas em neutrófilos polimorfonucleares, sinal de contato da bactéria com lisossoma do citoplasma do neutrófilo, está indicando uma toxemia concomitante por bactéria possivelmente Gram (-).
CASO CLÍNICO 8
Gato, siamês, desidratado, febril, com diarréia.
				Htc		 39%		 		(24-45)
				PT		 8,2g%				(7.0)
				FIB		 400mg				(50-300)
				Leucócitos	 6.000/mm3	 		 (8-25)
Bastões	 	 10%		(600) 	 (0-3)		
Segmentados 76%	 	(4560) 	 (35-75)
Linfócitos	 	 8% 	 	(480) 		(1.500-7.000)
Monócitos	 4%		(240) 		(1-4)
Eosinófilos	 Zero			 	(2-12)
Obs.: Granulações tóxicas em PMN.
Interpretação
Leucopenia global com neutrofilia relativa e linfocitopenia absoluta. Quadro leucocitário provocado por agente infeccioso, compatível com infeção bacteriana secundária, conseqüente à queda de resistência, devendo-se se possível fazer sorologia para panleucopenia felina, que pode ser a enfermidade inicial. A gravidade do processo está expressa nas granulações tóxicas, produzidas por bactérias. O animal está desidratado clinicamente com PP F elevado.
CASO CLÍNICO 9
Cão, Pastor Alemão, apresentando edema generalizado, sopro sistólico, hipoproteinemia e anemia. O proprietário relata queda no estado geral nos últimos meses.
Leucograma					V.REL. VAL.ABSOLUTO
Leucócitos		210.000/mm3	(6-17)
 Mielócitos			8%	 (zero)
 Metamielócitos		20%	 (zero)
Bastonetes		12% 		(0-3)	 _______________(0-540)
Segmentados		40%		(60-77) _______________	(3.000-11.500)
Linfócitos			6% 		(12-30) _______________ (1.000-4.800)
Monócitos		12%		(3-10)	 _______________(150-1.350)
Eosinófilos		2% 		(2-10) 	 ________________(100 – 1250)
Leucose mielocítica ou leucemia Ieucêmica granulocítica ou ainda leucemia mielóide. Não confundir este quadro com desvio. O desvio é sempre escalonado ou seja, o número de células imaturas decresce do bastão ao mielócito, ou segue um valor crescente da célula mais imatura para madura. No processo leucêmico neoplásico esse escalonamento não é observado. Observe que há mais metamielócitos do que bastões, não há liberação escalonada das células pela medula óssea. Esse quadro é chamado "hiatus leucemicus”. BOM PROVEITO.
Efeito da hemólise sobre resultados laboratoriais
Efeito da lipemia sobre resultados laboratoriais
Efeito dos anticoagulantes sobre resultados laboratoriais

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