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Resenha drogas na era da medicina

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
PÓS EM ENFERMAGEM DO TRABALHO
Resenha do artigo: Plavix: Drogas na Era da Medicina Personalizada
Rosiane Carvalho de Souza Portes
Trabalho da Disciplina de Emergência em Saúde do Trabalhador
Itabira/MG
2019
Resenha: Plavix: Drogas na Era da Medicina Personalizada
O autor relata no texto que em 1997, a FDA (Administração de Alimentos e Medicamentos) federal dos EUA aprovou clopidogrel, um medicamento antiagregante plaquetário que reduz o risco de ataque cardíaco e derrame, desenvolvido pelas empresas Bristol-Myers Squibb (BMS) e Sanofi-Aventis (Sanofi), com nome comercial de Plavix. Segundo o artigo do Associated Press na época, foi o maior estudo de uma nova droga já realizado com 19 mil pacientes em 16 países.
 A FDA achou que clopidogrel era 8,7% melhor do que aspirina, seria o tratamento padrão para reduzir coágulos de sangue após um ataque cardíaco prévio. No entanto, a agência não considerou essa como sendo uma diferença suficiente para fazer dele uma alternativa superior a aspirina. Cardiologistas achavam que prescrever aspirina e clopidogrel juntos tinha benefícios substanciais para os pacientes, e esta combinação se tornou gradativamente o tratamento padrão particularmente após a colocação de stents e outros procedimentos cardíacos com risco alto pra formação de coágulos. Plavix funcionava impedindo que plaquetas sanguíneas se aglutinassem para formar coágulos.
Em 2009 Plavix era a segunda droga mais vendida nos EUA e em 2010 se tornou a segunda droga mais receitada do mundo, após Lipitor.
A indústria de genéricos foi o primeiro desafio para Plavix, o segundo foi evidência emergente de que Plavix não respondia bem em pacientes com uma variante de genótipo relativamente comum. Um grande estudo publicado no New England Journal of Medicine (NEJM) em janeiro de 2009 descobriu que Plavix era ineficiente se pacientes tivessem até mesmo uma única cópia de uma mutação genética de “perda de função” particular (a variante do alelo CYP2C19*2) do seu gene CYP450 e finalmente, Plavix enfrentou a concorrência de duas novas drogas com diferentes mecanismos de ação do Plavix: o Effient de Eli Lilly (Lilly) foi aprovado no verão de 2009 e o AstraZeneca, o ticagrelor. Plavix era um profármaco- que era administrado na forma inativa e no fígado acontecia a biotrasformação, sua forma ativa usando o gene CYP2C19 do paciente. Descobriu-se que aqueles com mesmo uma cópia variante desse gene em particular produziam 32,4% menos da droga ativa, resultando em uma dose muito baixa para ter o efeito anticoagulante necessário. As consequências deste tratamento seriam um novo ataque cardíaco ou derrame aparentemente inexplicável. Na melhor das hipóteses, isso resultaria em hospitalização; na pior das hipóteses, pacientes morreriam. Um estudo declarou que esta mutação está presente em até 30% dos brancos, 40% dos Afro-americanos e 55% dos asiáticos do leste. 
Seguindo orientações da FDA, BMS e Sanofi atualizaram o website do Plavix, o site avisava os consumidores que determinadas medicações, como Prilosec ou Inibidores da Bomba de Prótons (PPIs), reduziam a eficiência do Plavix. O site encorajava os consumidores, “Se você tiver dúvidas sobre como o PLAVIX funciona no seu corpo, converse com seu médico sobre suas preocupações”.
Na caixa de plavix vinham as advertências, tais como: A eficiência de plavix depende da ativação para um metabólito ativo pelo sistema do citocromo P450 (CYP), principalmente CYP2C19. Metabolizadores ruins (aqueles que não poderiam converter ou metabolizar Plavix para sua forma ativa) tratados com Plavix em doses recomendadas exibem taxas de eventos cardiovasculares mais altas após síndrome coronariana aguda (ACS) ou intervenção coronariana percutânea (PCI) do que pacientes com função CYP2C19 normal. Considere tratamento alternativo ou estratégias de tratamento em pacientes identificados como metabolizadores ruins de CYP2C19.
De acordo com o texto podemos concluir que Plavix uma medicação que reduz o risco de ataques cardíacos e derrame, porém com muitas advertências e precauções, os pacientes com fatores de risco que precisassem tomar essa medicação se tivessem um variante de genótipo relativamente comum à droga não faria o efeito esperando, as interações medicamentosa da droga são bem complexa, ou seja, no meu ponto de vista essa medicação não deveria ser a mais receitada ou deveria ter uma avaliação médica bem elaborada para não colocar a vida dos pacientes em risco.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA 
HAMERMESH, Richard; ASPINALL, Mara; GORDON, Rachel. Plavix: Drogas na era da medicina personalizada. Havard Business School, 2010.

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