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1 CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE NO PODER JUDICIÁRIO Teoria da Recepção Segundo a Teoria da Recepção normas jurídicas editadas anteriormente passariam a integrar o novo ordenamento jurídico, desde que, materialmente compatível com este, sendo então adaptadas ao “novo mundo jurídico”. Não podemos confundir a “RECEPÇÃO” com a “REVOGAÇÃO”. 2 PIRÂMIDE DO ORDENAMENTO JURÍDICO NÍVEL 1: NORMAS CONSTITUCIONAIS SUBNV 1: NORMAS SUPRALEGAIS SUBNV 2: NORMAS LEGAIS SUBNV 3: NORMAS INFRALEGAIS NÍVEL 2 NORMAS INFRACONSTITUCIONAIS ORIGINÁRIAS (C.F./1988) DERIVADAS (E.C.; E.C.R. e Trat. Intern. sobre Dir. Humanos, aprovados como E.C. - conforme o Art. 5º§ 3º da CF) 3 ESTRUTURA DO PODER JUDICIÁRIO STF STM CNJ TSE TST TM JM TRE JUNTAS JE TRT JT STJ TRF TJ JF JD 4 PODER JUDICIÁRIO Órgãos dos Poder Judiciário: art. 92 - Classificação dos órgãos dos Poder Judiciário: 1. Quanto à função: - órgãos administrativos: CNJ (art. 103-B), CJF (art. 105, paragrafo- único, inciso II) - órgãos julgadores: Tribunais e Juízes 2. Quanto à decisão: - órgãos monocráticos: Juízes singulares - órgãos colegiados: Tribunais STF STM CNJ TSE TST TM JM TRE JUNTAS JE TRT JT STJ TRF TJ JF JD 5 SÚMULA VINCULANTE - Art. 103-A da CF/88 c/c Lei 11.417/06 - OBJETO: matéria constitucional. - OBJETIVO: a validade, a interpretação e a eficácia de normas determinadas, acerca das quais haja controvérsia atual entre órgãos judiciários ou entre esses e a administração pública que acarrete grave insegurança jurídica e relevante multiplicação de processos sobre questão idêntica. - LEGITIMIDADE: A) REQUERIMENTO DE QUALQUER MINISTRO DO S.T.F. B) OS MESMOS LEGITIMADOS PARA A A.D.I. (ART.103, I ao IX da CF/88) C) Outros Legitimados pela Lei (ver Lei 11.417/06) - APROVAÇÃO: VOTO DE 2/3 (8 MINISTROS) DO S.T.F. ATENÇÃO: APLICAÇÃO INDEVIDA DA SUMULA VINCULANTE, CABERÁ RECLAMAÇÃO AO S.T.F. (ART. 103-A, § 3º DA C.F./88) 6 Princípio da Reserva de Plenário • art. 97 c/c art. 93, XI da Const. Rep. • Juízes singulares podem, no controle indireto, proclamar a incosntitucionalidade de lei. • SÚMULA VINCULANTE Nº 10 VIOLA A CLÁUSULA DE RESERVA DE PLENÁRIO (CF, ARTIGO 97) A DECISÃO DE ÓRGÃO FRACIONÁRIO DE TRIBUNAL QUE, EMBORA NÃO DECLARE EXPRESSAMENTE A INCONSTITUCIONALIDADE DE LEI OU ATO NORMATIVO DO PODER PÚBLICO, AFASTA SUA INCIDÊNCIA, NO TODO OU EM PARTE. ORGÃO ESPECIAL TRIBUNAL PLENO EXEMPLO 180 DESEMB. O.E. 7 CONTROLE PREVENTIVO • Reconhecido pela jurisprudência, apesar de ser admitido por parte da doutrina há algum tempo. O S.T.F. admitiu em relação a Proposta de Emenda à Constituição que tenha por alvo atingir a chamada “cláusula pétrea”. Todavia, esta possibilidade ocorre apenas pela via concreta. O instrumento apropriado seria o mandado de segurança. 8 CONTROLE REPRESSIVO • O controle repressivo pode ocorrer pelo método Difuso ou Concentrado. • I – CONTROLE DIFUSO • II – CONTROLE CONCENTRADO 9 I – CONTROLE DIFUSO • OBJETO: O objeto principal deste método de controle é o deslinde da controvérsia jurídica, ou seja, o caso “concreto” que gerou o debate judicial sobre a matéria. A aferição da constitucionalidade da norma é objeto incidental, porém indispensável à solução da controvérsia jurídica. 10 I – CONTROLE DIFUSO • ÓRGÃOS JUDICANTES: Neste método de controle qualquer órgão do poder judiciário com função jurisdicional, está habilitado a participar, desde que respeitados os limites de competência e, nos tribunais, a reserva de plenário. O controle difuso, tendo em vista a legitimação dos órgãos judicantes, também é denominado como controle de jurisdição aberta. • Atenção: Súmula vinculante nº 10 11 I – CONTROLE DIFUSO • LEGITIMIDADE: O controle difuso por ser um controle de constitucionalidade cujo objeto é a solução do caso concreto, nos leva ao entendimento de que qualquer pessoa ou órgão que detenha capacidade processual poderá figurar como parte no controle difuso. A existência de partes neste método de controle é uma característica típica do controle concretista. 12 I – CONTROLE DIFUSO • EFICÁCIA E EFEITO DA DECISÃO JUDICIAL : EFICÁCIA INTER PARTES EFEITO EX TUNC (em regra) 14 PARTICIPAÇÃO DO SENADO FEDERAL Art. 52, INCISO X, C.F. - O Senado Federal tem competência para suspender a execução, no todo ou em parte, de lei declarada inconstitucional por decisão definitiva do Supremo Tribunal Federal. 15 QUESTÕES IMPORTANTES 1. Esta declaração de inconstitucionalidade é proferida na via direta ou indireta? Resposta: O entendimento é de que o Senado Federal na condição de fiscal da federação atuará na hipótese do Supremo Tribunal Federal declarar a inconstitucionalidade de lei pela “via indireta. 16 2. Qual a origem da lei que o Senado Federal poderá expedir a Resolução Suspensiva? Resposta: O Senado Federal atuará como fiscal da federação nas decisões do Supremo Tribunal Federal em sede de controle indireto. As leis que podem ser objeto do controle indireto no Supremo Tribunal Federal são as leis federais, estaduais, municipais e distritais. Portanto a atuação do Senado Federal dar-se-á em qualquer uma dessas leis, independentemente da origem. 17 3. Qual a eficácia e o efeito da Resolução Suspensiva do Senado Federal? RESPOSTA: • EFICÁCIA ERGA OMNES • EFEITO EX NUNC Atenção: O Decreto 2346/97 determina que a Resolução do Senado terá o mesmo efeito da posição adotada no STF relativamente à Administração Pública Federal direta e indireta. 18 II – CONTROLE CONCENTRADO (S.T.F.) I . GENÉRICO – Art. 102, Inciso I, alínea “a” e §1º da CF/88 A) ADI - Ação Direta de Inconstitucionalidade B) ADC - Ação Declaratória de Constitucionalidade C) ADPF - Argüição de Descumprimento de Preceito Fundamental II. SUPRIDOR DE OMISSÃO –Art. 103, §2º da CF/88 - A.D.O.- Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão III. INTERVENTIVO - Art. 129, Inciso IV da CF/88 - R.I. - Representação Interventiva ou Ação Direta de Intervenção 19 LEGITIMIDADE UNIVERSAL( I,II,III,VI,VII e VIII) LEGITIMIDADE ESPECIAL (IV,V E IX) ART. 103 CF I - o Presidente da República; II - a Mesa do Senado Federal; III - a Mesa da Câmara dos Deputados; IV - a Mesa de Assembléia Legislativa ou Mesa da Câmara legislativa do Distrito Federal; V - o Governador de Estado ou Gov. do Distrito Fed.; VI - o Procurador-Geral da República; VII - o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil; VIII - partido político com representação no Congresso Nacional; IX - confederação sindical ou entidade declasse de âmbito nacional. 20 QUADRO ELUCIDATIVO A.D.I. ART. 102, I, A, C.F. e LEI 9868/99 Leis ou atos normativos fed. ou estad. A.D.C. ART. 102, I, A, C.F. e LEI 9868/99 Leis ou atos normativos federais A.D.P.F ART. 102, § 1º C.F e Lei 9882/99 Leis ou atos poder público, fed., estad., mun. e pretéritos. 21 LEI 9868/99 Dispõe sobre o processo e julgamento da ação direta de inconstitucionalidade (A.D.I.) e da ação declaratória de constitucionalidade (A.D.C.) perante o Supremo Tribunal Federal. 22 Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade(A.D.I.): (Vide artigo 103 da C. F.) I - o Presidente da República; II - a Mesa do Senado Federal; III - a Mesa da Câmara dos Deputados; IV - a Mesa de Assembléia Legislativa ou a Mesa da Câmara Legislativa do Distrito Federal; V - o Governador de Estado ou o Governador do Distrito Federal; VI - o Procurador-Geral da República; VII - o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil; VIII - partido político com representação no Congresso Nacional; IX - confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional. 23 A petição indicará: I - o dispositivo da lei ou do ato normativo impugnado e os fundamentos jurídicos do pedido em relação a cada uma das impugnações; II - o pedido, com suas especificações. 24 AMICUS CURIAE O relator, considerando a relevância da matéria e a representatividade dos postulantes, poderá, por despacho irrecorrível, admitir, observado o prazo fixado no parágrafo anterior, a manifestação de outros órgãos ou entidades. (ART. 7,§ 2º) 25 MEDIDA CAUTELAR NA A.D.I. A medida cautelar, dotada de eficácia contra todos, será concedida com efeito ex nunc, salvo se o Tribunal entender que deva conceder-lhe eficácia retroativa. 26 AÇÃO DECLARATÓRIA DE CONSTITUCIONALIDADE (A.D.C) Podem propor a ação declaratória de constitucionalidade de lei ou ato normativo federal: -Artigo 103, incisos I ao IX da CF 27 A petição inicial indicará: I - o dispositivo da lei ou do ato normativo questionado e os fundamentos jurídicos do pedido; II - o pedido, com suas especificações; III - a existência de controvérsia judicial relevante sobre a aplicação da disposição objeto da ação declaratória. 28 DECISÃO NA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE E NA AÇÃO DECLARATÓRIA CONSTITUCIONALIDADE Quórum: oito Ministros presentes no julgamento (art. 22). Decisão: Efetuado o julgamento, proclamar-se-á a constitucionalidade ou a inconstitucionalidade da disposição ou da norma impugnada se num ou noutro sentido se tiverem manifestado pelo menos seis Ministros, quer se trate de ação direta de inconstitucionalidade ou de ação declaratória de constitucionalidade (art.23) 29 ATENÇÃO • Se não for alcançada a maioria necessária à declaração de constitucionalidade ou de inconstitucionalidade, estando ausentes Ministros em número que possa influir no julgamento, este será suspenso a fim de aguardar-se o comparecimento dos Ministros ausentes, até que se atinja o número necessário para prolação da decisão num ou noutro sentido. ( art. 23, parágrafo-único) 30 EFEITOS DA DECISÃO Ao declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, e tendo em vista razões de segurança jurídica ou de excepcional interesse social, poderá o Supremo Tribunal Federal, por maioria de dois terços de seus membros, restringir os efeitos daquela declaração ou decidir que ela só tenha eficácia a partir de seu trânsito em julgado ou de outro momento que venha a ser fixado. art. 27 da Lei 9868/99 31 EFICÁCIA E EFEITOS ERGA OMNES VINCULANTE “EX TUNC” ( DESDE A ORIGEM) ATENÇÃO: O S.T.F. PODERÁ, EXCEPCIONALMENTE E PELO VOTO DE 2/3 ( 8 MINISTROS), RESTRINGIR OS EFEITOS DAQUELA DECLARAÇÃO OU DECIDIR QUE ELA SÓ TENHA EFICÁCIA A PARTIR DE SEU TRÂNSITO EM JULGADO (EX NUNC) OU DE OUTRO MOMENTO QUE VENHA A SER FIXADO (PRÓ- FUTURO). 32 Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão (A.D.O.) • Art. 103, § 2º da C.F. • Lei nº 12.063/09 – alterou a Lei 9868 e incluiu o capítulo 2-A, art. 12-A ao 12-H • A petição indicará: I - a omissão inconstitucional total ou parcial quanto ao cumprimento de dever constitucional de legislar ou quanto à adoção de providência de índole administrativa; (Incluído pela Lei nº 12.063, de 2009). II - o pedido, com suas especificações. 33 ARGÜIÇÃO DE DESCUMPRIMENTO DE PRECEITO FUNDAMENTAL (A.D.P.F.) • Art. 102, § 1º da C.F. • Lei 9882/99 ESPÉCIES: I – AUTÔNOMA II - INCIDENTAL 34 A.D.P.F. AUTÔNOMA (DIRETA) - art. 1º caput da Lei 9882/99 - A argüição prevista no § 1o do art. 102 da Constituição Federal será proposta perante o Supremo Tribunal Federal, e terá por objeto evitar ou reparar lesão a preceito fundamental, resultante de ato do Poder Público. 35 INCIDENTAL ( INDIRETA) - Art. 1º, parágrafo-único, inciso I da Lei 9882/99 • quando for relevante o fundamento da controvérsia constitucional sobre lei ou ato normativo federal, estadual ou municipal, incluídos os anteriores à Constituição; A.D.P.F. 36 LEGITIMIDADE A.D.P.F. Podem propor Argüição de Descumprimento de Preceito Fundamental (A.D.P.F.): -Artigo 103, incisos I ao IX da CF 37 A petição inicial deverá conter: I - a indicação do preceito fundamental que se considera violado; II - a indicação do ato questionado; III - a prova da violação do preceito fundamental; IV - o pedido, com suas especificações; V - se for o caso, a comprovação da existência de controvérsia judicial relevante sobre a aplicação do preceito fundamental que se considera violado. 38 REQUISITO FUNDAMENTAL A.D.P.F Art. 4º, § 1º da Lei 9882/99 Não será admitida argüição de descumprimento de preceito fundamental quando houver qualquer outro meio eficaz de sanar a lesividade. Controle de Constitucionalidade Estadual • Art. 125,§ 2º da C.F./1988 • Cabe aos Estados a instituição de representação de inconstitucionalidade de leis ou atos normativos estaduais ou municipais em face da Constituição Estadual, vedada a atribuição da legitimação para agir a um único órgão. • O texto constitucional estabelece a possibilidade dos Estados da Federação instituírem o Controle concentrado de Constitucionalidade, em face da Constituição Estadual, através da A.D.I.(ação direta de Inconstitucionalidade) ou R.I.(Representação de Inconstitucionalidade), a ação será julgada pelo respectivo Tribunal de Justiça do Estado. *Atenção: Possibilidade de instituição do Controle Concentrado no Distrito Federal, em face da competência estadual e municipal conferida ao Distrito Federal – art. 32,§1º da CF/88. 39 BIBLIOGRAFIA: Moraes, Guilherme Peña de Teoria da Constituição, 3ª edição, Lúmen Júris, 2006, Rio de Janeiro; Novelino, Marcelo, Direito Constitucional, 3ª edição, Editora Método, 2009, Rio de Janeiro; Barroso, Luís Roberto, Curso de Direito Constitucional Contemporâneo, 1ª edição, Editora Saraiva, 2009, São Paulo; Bulos, Uadi Lammêgo, Direito Constitucional ao alcance de todos, edição 2009, Editora Saraiva, São Paulo; Miranda, Jorge, Teoria do Estado e da Constituição, 1ª edição, Editora Forense,2003, Rio de Janeiro; Mendes,Gilmar; Coelho, Inocêncio Mártires e Branco, Paulo Gustavo Gonet, Curso de Direito Constitucional, 4ª edição, Editora Saraiva, 2009, São Paulo. Silva, Jose Afonso, Curso de Direito Constitucional Positivo, Ed, Malheiros, 2008. Moraes, Alexandre de, Direito Constitucional, 23ª ed., pg. 26, São Paulo, 2008, Editora Atlas PESQUISA INTERNET: -www.planalto.gov.br -www.stf.jus.br -www.jus.com.br 40
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