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MADEIRA FLUXO DE CARGAS DE UMA ESTRUTURA MADEIRA • É um polímero natural resultante do processo de fotossíntese pelo qual as plantas convertem energia radiante do sol em energia química na forma de glicose, tendo a clorofila como catalisador desse processo. Características • Custo reduzido • Material renovável • Apresenta diversos padrões de qalide e estéticos • Permite ligações simples • Apresenta resistência tanto a tração quanto a compressão Propriedades mecânicas • Resistência à compressão: resistência da madeira a forças que tendem a encurtar o seu comprimento • Resistência a tração: resistência da madeira a forças com tendência a estender o seu comprimento • Resistência a flexão: resistência da madeira a forças ao longo do seu comprimento • Dureza: resistência oferecida pela madeira a forças de penetração Propriedades físicas • Higrospicidade: capacidade da madeira para absorver humidade da atmosfera envolvente (entumecimento) e de a perder por evaporação (retracção) • Flexibilidade: capacidade da madeira para fletir por ação de forças exercidas sobre si, sem quebrar • Durabilidade: propriedade que mede a resistência temporal da madeira aos agentes prejudiciais, sem putrificar. Vantagens da madeira • Armazém de carbonos • Isolante térmico e absorção acústica • Produto natural • Renovável Desvantagens • Variabilidade: é um material fundamentalmente heterogéneo e anisotrópico. Mesmo depois de transformada quando já empregue na construção, a madeira é muito sensível ao ambiente, aumentando ou diminuindo a de dimensão com as variações da humidade • Vulnerabilidade: é bastante vulnerável aos agentes externos e a sua durabilidade é limitada, quando são são tomadas medidas preventivas (mofo, machas – quimica, fungos e insetos) • Dimensões: são limitadas (formas alongadas, de secção transversal reduzida. Espécies de Madeiras no Brasil Folhosas (dicotiledôneas) • Cupiúba • Itaúba • Garapa • Cedrinho • Jatobá • Ipê • Maçaranduba • Champagne • Cambará • Angelim • Virola • Eucalipto Coníferas (Gimnosperma): • Araucária • Pinus Taeda • Pinus Elliottii • Pinus Caribaea Madeiras transformadas • Madeira laminada compensada: laminas de madeira sobrepostas e compensadas • Madeira transformada reconstituída: reaglomeração de madeira reduzida a fibras (MDF) • Madeira transformada e aglomerada (particulas): reaglomeração de madeira reduzida a pequenos fragmentos, birutas (aparas de madeira), maravalhas (lascas e cavacos) ou flocos. (OSB ) Fibras • Chapa Isolante (IB – Insulating Board) • Chapa Dura (HB – Hardboard) • Chapa de Média Densidade (MDF – Medium Density Fiberboard) Partículas Chapa de Madeira Aglomerada (PB – Particleboard) Chapa de Flocos Orientados (OSB - Oriented Strandboard) Chapa de Flocos Não-orientados (WB - Waferboard) Peça de Ripas Paralelas (PSL – Parallel Strand Lumber) Peça de Flocos Orientados (OSL – Oriented Strand Lumber) Lâminas Chapa de madeira Compensada (PW – Plywood) Chapa de madeira Sarrafeada (BB – Blockboard) Peça Micro-laminada (LVL – Laminated Veneer Lumber) Madeira Laminada Colada (MLC – Glulam) Vantagens dos derivados de madeira - Produtos industrializados tem melhor controle de qualidade - Melhor estabilidade dimensional - Homogeneidade e defeitos reduzidos - Melhores propriedades mecânicas - As indústrias indicam as propriedades e recomendações de uso - Variedade de formas, dimensões e composições - As árvores podem ser de menores diâmetros - Aproveitamento de quase 100% do lenho - Grande emprego de madeiras de reflorestamento - Produtos ecologicamente corretos com sólido mercado consumidor - O Brasil possui grande tradição na produção de laminados Idade da madeira Estrutura microscópica da madeira Comportamento estrutural da madeira Densidade • Madeiras leves – até 500kg/m3 • Madeiras médias – 501 até 700 kg/m3 • Madeiras pesadas – maior 700 kg/m3 Teor de umidade na madeira Umidade na madeira (Fonte: RITTER, 1990) • O teor de umidade correspondente ao mínimo de água livre e ao máximo de água de impregnação é denominado de “Ponto de saturação das fibras”. • Para as madeiras brasileiras esta umidade encontra-se em torno de 25%. A perda de água na madeira até o ponto de saturação das fibras se dá sem a ocorrência de problemas para a estrutura da madeira. A partir deste ponto a perda de umidade é acompanhada pela retração (redução das dimensões) e aumento da resistência, por isso a secagem deve ser executada com cuidado para se evitarem problemas na madeira. Secagem da madeira Efeitos causados pela retração Resistencia ao fogo Erroneamente, a madeira é considerada um material de baixa resistência ao fogo. • Uma peça de madeira exposta ao fogo torna-se um combustível para a propagação das chamas, porém, após alguns minutos, uma camada mais externa da madeira se carboniza tornando-se um isolante térmico, que retém o calor, auxiliando, assim, na contenção do incêndio, evitando que toda a peça seja destruída. • A proporção de madeira carbonizada com o tempo varia de acordo com a espécie e as condições de exposição ao fogo. • Entre a porção carbonizada e a madeira sã encontra-se uma região intermediária afetada pelo fogo mas não carbonizada, porção esta que não deve ser levada em consideração na resistência. Resistência ao fogo (Fonte: RITTER, 1990) • Outra característica importante da madeira com relação ao fogo é o fato de não apresentar distorção quando submetida a altas temperaturas, tal como ocorre com o aço, Fonte: Estruturas de Madeira - 6ª Ed. 2012. Pfeil, Walter Durabilidade da madeira • Durabilidade natural – Varia de acordo com as características de cada espécie; – A baixa durabilidade natural pode ser compensada por tratamentos preservativos; • Resistência química – A maior parte das espécies de madeira conhecidas tem boa resistência à ação química, fato pelo qual a solução é muito adotada em ambientes com agressividade química; Madeiras de alta durabilidade Madeiras de média durabilidade Elementos estruturais Sistema Viga/Coluna Sistema Treliçado • As ligações entre as peças de madeira, que podem ser por entalhe ou com uso de conectores, tais como pregos, parafusos, chapas com dentes estampados, etc. Fonte: http://www.atelhanova.com.br/estruturas-madeira.php Sistema em Arco Sistema em Pórtico Fonte: http://www.swissinfo.ch/por/obra-de-shigeru- ban_o-maior-edifício-domundo-em-madeira-está-em- zurique/36498462 Sistema em Lamelar ou Casca Fonte: http://www.geotesc.com.br/site/tag/maior-estrutura-de-madeira/ Woodframe • A Construção do tipo woodframe é composta basicamente por painéis horizontais e verticais. Esses painéis de piso são montados com elementos de madeira maciça e chapas de compensado ou OSB. Essa composição confere ao painel um comportamento bastante rígido quanto à deformação em seu plano, e são a base para a eficiência das construções em woodframe. LIGAÇÕES São todos os dispositivos que permitem assegurar a união e a transmissão de esforços entre os elementos de uma estrutura. • Generalidades • Ligações com pinos metálicos • Ligações com cavilhas • Ligações com pregos • Ligações com parafusos • As ligações são os pontos que exigem maior atenção no projeto de estruturas de madeira. Deve-se ter o máximo de cuidado tanto no cálculo quanto na execução destas uniões. • Os principais tipos de ligações comumente utilizados são: Devido à limitaçãono comprimento das peças de madeira, principalmente no caso de madeira serrada, que são encontradas em comprimento de 4 a 5 metros, para viabilizar a execução das estruturas é necessária a execução de ligacões. ENTALHES • Os entalhes e encaixes são ligações em que a madeira trabalha à compressão, às vezes associada ao esforço de corte. Nessas ligações, a madeira realiza o principal trabalho de transmissão dos esforços. Fonte: http://www.hobbithouseinc.com/personal/ woodpics/_g_M.htm ENCAIXES PREGOS E PARAFUSOS • Os pregos são peças metálicas cravadas na madeira com impacto. Eles são utilizados em ligações de montagem e ligações definitivas. • • Os parafusos utilizados nas ligações estruturais são cilíndricos e lisos, tendo numa extremidade uma cabeça e na outra uma rosca e porca, com apoio de arruelas. CONECTORES • Os conectores são anéis ou chapas metálicas especiais. Os anéis são encaixados em ranhuras feitas na superfície da madeira. Para cada anel, coloca-se um parafuso para impedir a separação das peças ligadas. CHAPAS METÁLICAS • As chapas metálicas são usadas como peças de transição para transmissão das forças nas ligações. Existem dois tipos principais de ligações: • Por penetração • Por aderência • Exemplos de ligações entre vigas e pilares classificadas segundo o tipo de transmissão de esforços • VIGAS DE ALMA CHEIA = não apresentam vazios em sua alma. • São sujeitas a esforços de flexão. • São projetadas como isostáticas, podendo ser biapoiada ou em balanço, devido as dimensões da madeira não ultrapassam vão de 6m. • As bitolas comerciais mais usadas são : 6X12m ou 6X16m. • Quando os vão são maiores que 6m devem ser usadas como composição de peças PRE DIMENSIONAMENTO Fonte: Yopanan , 2007. Ligadas por parafusos Ligações entre madeiras Fonte: Yopanan, 2007. Fonte: Yopanan , 2007. • h= 5%l • b= h/6 Fonte: Yopanan , 2007. Treliça • Tipos mais utilizados Fonte: Yopanan , 2007. • Pre dimensionamento Fonte: Yopanan , 2007. Pilares • Podem ser executados em seção maciça 15x15cm e 20x20cm a) Peça rígida b) Peça com ligações entre vigas por tacos c) Várias vigas unidas Fonte: Yopanan , 2007. Pre dimensionamento • P= carga do pilar • σ = tensão admissível do pilar, (60kgh/cm2 Fonte: Yopanan , 2007. ARCO • Transmite as forças aos apoios (vigas) por empuxo. • Dificuldade em executar o arco em madeira devido a curvatura. Fonte: Yopanan, 2007. • Solução seria o arco articulado com articulações em metálica, porem devido a sua esbeltez pode ocorre flambagem, por isso deve ser utilizado contraventamento. • Contraventamento tem o papel de levar qualquer força que ocorra fora do plano do arco para seus apoios. Fonte: Yopanan, 2007. Fonte: Yopanan, 2007. • l/10 ≤ f ≤ l/5 • h= 2% l • h/4 ≤ b ≤ h/3 (b = altura do arco) Referencias • ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR-6627:1981, Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Pregos comuns e arestas de aço para madeiras. NBR6627:1981. Rio de Janeiro: ABNT, 1981. 8p. • ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR-7190:1997, Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Projeto de Estruturas de Madeira. NBR-7190:1997. Rio de Janeiro: ABNT, 1997. 107p. • ENGEL, H. Sistemas de Estruturas, Ed Blume, 1970 • GESUALDO, Francisco A. Romero. Apostila estruturas de madeira.Uberlândia: UFB,notas de aula, 2003. • YOPANAN R. C. A concepção Estrutural e a Arquitetura, Edt Zigurate, 2005 • LE GOVIC, Claude. Les assemblages dans la construction en bois. CTBA, 1995. • SZUCS, C. et. al. Apostila estruturas de madeira.Florianópolis:UFSC, Grupo Interdisciplinar de Estudos da Madeira, 2008. • NETO, Miguel. Apostila estruturas de madeira. Curitiba: UFPR, 2007. • NOLL,Terrie. The Joint Book- the complete guide to wood joinery, Popular Woodworking Books ,2003. • NUMAZAWA,Camila Thiemy Dias. Arquitetura japonesa no Pará: estudo de caso em edificações de técnica construtiva que favoreceu uma maior durabilidade da arquitetura em madeira no município de tomé-açu. 2009. . Dissertação (Mestrado em Arquitetura)-Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis.
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