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Chapas Derivadas da Madeira

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Departamento Regional de São Paulo
Chapas Derivadas
da Madeira
ESCOLA SENAI “ALMIRANTE TAMANDARÉ”
EPT - MOVELARIA
EPT - Movelaria
Chapas Derivadas da Madeira
 SENAI-SP, 2006
Trabalho organizado pela Escola SENAI “Almirante Tamandaré”, a partir dos conteúdos extraídos da
Intranet do Departamento Regional do SENAI-SP.
1ª edição, 2006
Coordenação Geral Murilo Strazzer
Equipe Responsável
Coordenação Celso Guimarães Pereira
Estruturação Ilo da Silva Moreira
Elaboração Sandro Styvie Marque Leme
SENAI - Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial
Departamento Regional de São Paulo
Escola SENAI “Almirante Tamandaré”
Av. Pereira Barreto, 456
CEP 09751-000 São Bernardo do Campo - SP
Telefone: (011) 4122-5877
FAX: (011) 4122-5877 (ramal 230)
E-mail: senaitamandare@sp.senai.br
Cód. 120.4.011
Sumário
Página 4 Introdução / Compensado
- laminados
- sarrafeados
- multisarrafeados
9 Aglomerado
- detalhamento do processo
- características
- vantagens
- a durabilidade do móvel
15 Chapas de fibras de madeira de média densidade
- processo de fabricação
- descrição do processo
- as principais qualidades
- classificações
- transporte
- armazenagem
- trabalhabilidade
25 Chapa de fibra
- detalhamento do processo
- características
- vantagens
- painéis
- as vantagens dos painéis
- aplicação
29 OSB ( Oriented Strand Board)
- matéria-prima utilizada
- detalhamento do processo
- principais vantagens
- armazenamento e transporte
- trabalhabilidade
- tipos
36 Árvores reflorestadas
- pínus
- pinho-do-paraná
- eucalipto
- teca
42 Madeiras de lei
- cedro
- cerejeira
- mogno
- imbuia
- marfim
- freijó
53 Referências bibliográficas
Chapas Derivadas da Madeira
4ESCOLA SENAI “ALMIRANTE TAMANDARÉ”
INTRODUÇÃO 
Buscando melhorar o desempenho na fabricação dos móveis, o aproveitamento da madeira e
rapidez no processo de produção houve um grande avanço na pesquisa e elaboração de novos
produtos. Estes vieram para substituir a madeira tornando o processo produtivo mais homogêneo e
rápido, levando em consideração a preocupação com o meio ambiente e o uso racional de matéria-
prima. 
Neste material serão abordados alguns destes materiais. 
COMPENSADO 
A primeira lâmina de madeira foi produzida no antigo Egito, aproximadamente em 3.000 a.C.,
e destinava-se à confecção de peças do mobiliário pertencentes aos reis e príncipes. 
Com o surgimento da serra circular, em 1777, e da serra de fita, em 1808, houve um grande
avanço na laminação da madeira. As primeiras indústrias a produzirem lâminas de madeira
surgiram na Alemanha em meados do século XIX. 
Com o advento da Primeira Guerra Mundial, além do surgimento de novos adesivos, houve
uma acentuada evolução na produção de lâminas e compensados, devido à utilização destes
produtos na área militar. A construção dos primeiros aviões utilizou compensado e lâminas de
madeira. Com o fim da guerra, após 1918, os maiores consumidores de compensados foram a
indústria moveleira e os estaleiros. 
Atualmente se utiliza produtos de laminação em diversas áreas, como exemplo, na confecção
de peças e componentes de casa de madeira (pisos, forros, paredes internas, paredes externas,
telhados, ...), na confecção de embarcações, na produção de embalagens especiais resistentes a
exposição ao tempo, na fabricação de instrumentos musicais e esportivos, assim como na
construção civil, etc. 
O compensado é uma chapa de lâminas de madeira, feito especialmente para ter grande
estabilidade e resistência. 
Chapas Derivadas da Madeira
5ESCOLA SENAI “ALMIRANTE TAMANDARÉ”
Compensado 
 
Usar compensado é rotina em qualquer marcenaria, mas poucas pessoas conhecem este
material a fundo. O compensado é uma chapa de lâminas de madeira torneadas ou faqueadas,
tratadas e prensadas. O nome compensado vem do fato de as lâminas serem coladas com os veios
em direções contrárias, de maneira que uma compense a outra, dando mais estabilidade à chapa.
Por isso, os compensados têm sempre um número ímpar de lâminas - uma fica no miolo e as outras
fazem a compensação nas bordas. 
As lâminas usadas nos compensados determinam também a qualidade do produto. Madeiras
como faveira (virolinha), amesclão (mescla), pinho cuiabano, goiabão ou morcegueira são mais
usadas nos compensados que serão revestidos. Já a sumaúma, virola rosa, tauari ou curupixá são
lâminas para compensados que podem ser revestidos com outras folhas de madeira ou não, pois
estas lâminas podem ficar aparentes. Os compensados revestidos com lâminas de madeiras nobres
como cedro, mogno, marfim, cerejeira ou imbuia estão prontos para a confecção do móvel. 
Existem vários tipos de compensados, com diversas espessuras e que são utilizados de
maneiras diferentes. É importante que você se lembre dos dois tipos de cola usados na prensagem
das lâminas. Os compensados colados com cola do tipo uréia/formol devem ser usados em móveis
que não terão contato com umidade. Já para banheiros, cozinhas ou pisos, o ideal é usar
compensados colados com cola do tipo fenol-formaldeído, que resistem melhor à umidade (isso não
significa que estes compensados sejam à prova d'água). 
Chapas Derivadas da Madeira
6ESCOLA SENAI “ALMIRANTE TAMANDARÉ”
De acordo com a norma: 31:000.05-007/2 do comitê de madeira da ABNT, os compensados
são divididos em três tipos, de acordo com o tipo de resina: 
A Interior (IR) para uso em locais secos e protegidos da ação da água ou da alta umidade
relativa; 
B Intermediário (IM) para ambientes com alta umidade relativa; 
C Exterior (EX) para uso exterior ou em ambientes fechados submetidos à ação da água. 
Os tipos A e B são os mais indicados para a fabricação de móveis. 
As lâminas passam por um processo artificial de secagem e chegam a 7% de umidade. Com
a adição de cola aumenta de 10% para 12%. 
Existem dois tipos de processos para obtenção das lâminas: 
1) Descascamento ou torneamento:
O tronco recebe um tratamento de vapor, antes porém é cortado no comprimento de 2,40
m e colocado para girar entre duas pontas em um torno provido de uma faca. 
2) Faqueação:
Lâmina faqueada com um melhor acabamento. As lâminas saem com desenho
semelhante um dos outros. 
Os compensados para marcenaria vendidos no mercado podem ser laminados, sarrafeados
ou multisarrafeados e, entre estes, existem aqueles que já vêm folhados com madeiras nobres,
conhecidos como refil ou painel. 
Chapas Derivadas da Madeira
ESCOLA SENAI “ALMIRANTE TAMANDARÉ”
Compensados laminados 
Vista lateral mostra a estrutura interna do 
compensado laminado 
 
Os compensados laminados são os mais us
madeira prensadas. Os laminados servem para qu
para portas. Nas bitolas de 4 mm a 6 mm, servem 
de 10 mm ou 15 mm podem ser usados para e
prateleiras e divisórias internas. 
Princípio de fabricação do compensado laminado
7
Compensado laminado 
ados no mercado e feitos com finas lâminas de
alquer uso (dependendo da espessura), menos
para fundos de gaveta ou armários. Na medida
struturas, caixotes de armário lateral (flanco),
 
Chapas Derivadas da Madeira
ESCOLA SENAI “ALMIRANTE TAMANDARÉ”
Compensados sarrafeados 
Vista lateral do compensado sarrafeado mostra 
o miolo feito com vários sarrafos de madeira 
 
Os compensados sarrafeados têm o miolo fei
lado do outro, formando um "tapete"; as lâminas sã
um "sanduíche". 
Em relação aos laminados, estes compens
usados tanto na estrutura dos móveis como na
compensados sarrafeados são vendidos nas espes
revestidos com folhas de madeiras. 
Princípio de fabricação do compensado sarrafead
8
Compensado sarrafeado
to de vários sarrafos de madeira, colados um ao
o coladas nas superfícies do "tapete", formando
ados oferecem mais resistência e podem ser
s portas sendo o seu uso mais comum. Os
suras de 10, 15, 18, 19 e 21 mm e podem ser
o 
Chapas Derivadas da Madeira
ESCOLA SENAI “ALMIRANTE TAMANDARÉ”
Compensados multisarrafeados 
Vista lateral do compensado multisarrafeado 
mostra o miolo feito com vários sarrafos de 
madeira.
 
Este é o compensadomais estável do mercad
mm prensadas e coladas na vertical (foto detalhe
superfícies, como nos outros tipos, formando um
sejam muito resistentes ao empenamento. 
Este compensado é utilizado nas portas dos
também é vendido já folhado com lâminas de madei
espessura e necessitam apenas do acabamento fina
AGLOMERADO 
O aglomerado foi desenvolvido na Aleman
somente no ano de 1970 é que se começou a utilizá
Aglomerado é um painel formado por partícul
base de resina sintética, pressão e calor. 
O painel de aglomerado se compõe por trê
mecânica. 
A qualidade da camada externa (partícu
revestimentos que o mercado utiliza: lâminas de
revestimento de baixa pressão (melaminico), pintura
9
Compensado multisarrafeado
o. No miolo, esta chapa tem várias lâminas de 3
). Este miolo é prensado com as lâminas das
 "sanduíche". Isso faz com que estas chapas
 armários pela resistência ao empenamento e
ras. Estas lâminas variam entre 0,6 e 1,0 mm de
l. 
ha durante a Segunda Guerra Mundial, mas
-lo no Brasil. 
as de madeira aglutinadas entre si por adesivo à
s camadas que lhe dão a resistência física e
las menores) favorece todos os tipos de
 madeira, laminado plástico de alta pressão,
, filme de PVC etc. 
Chapas Derivadas da Madeira
10ESCOLA SENAI “ALMIRANTE TAMANDARÉ”
A camada interna, que é formada por partículas maiores, favorece ao produto a boa
estabilidade dimensional, conferindo resistência a empenamentos e deformações. 
Aglomerado 
O aglomerado pode ser encontrado no mercado em três tipos em relação ao seu
acabamento:
1) Cru, sem acabamento.
2) Revestido com papéis melamínicos (BP - baixa pressão).
3) Com folhas acabadas (FF - finish foil). 
Por que o aglomerado é utilizado no mundo como matéria-prima da indústria moveleira?
Um dos principais fatores do aglomerado ser útil como matéria-prima na indústria moveleira é
a preservação do meio ambiente, pois o aglomerado é obtido através de reflorestamento de pínus e
eucalipto, que se inicia com a seleção de sementes e a mais avançada tecnologia, que serão
responsáveis pelo melhor rendimento agro-industrial. 
As mudas de pínus demoram para estar em ponto de corte cerca de 15 anos, ou seja, para
ser transformada em madeira aglomerada é necessário uma grande reserva. Por isto dizemos que
nosso estoque é para daqui a 15 anos. 
Chapas Derivadas da Madeira
11ESCOLA SENAI “ALMIRANTE TAMANDARÉ”
Por que o pínus?
Não apenas por ser uma espécie de rápido crescimento que o Pínus é muito utilizado, mas
também porque apresenta características favoráveis e reúne condições técnicas que proporcionam: 
• inúmeros tipos de acabamentos, devido a sua superfície lisa e homogênea; 
• maior usinabilidade (entalhes); 
• grande durabilidade; 
• estabilidade dimensional (confere resistência a empenamentos e deformações). 
A produção de madeira aglomerada somente é possível com a utilização de equipamentos de
grande porte e alta tecnologia, o que implica em investimentos iniciais de dezenas de milhões de
dólares e também no desenvolvimento de uma equipe técnica de alto nível para garantir a eficiência
do processo, a qualidade do produto e a manutenção dos equipamentos. 
O aglomerado produzido no Brasil segue padrões de qualidade reconhecidos
internacionalmente. 
A chapa de madeira aglomerada possibilitou que a madeira retornasse à vanguarda dos
materiais destinados à indústria moveleira graças ao seu excelente desempenho quando aplicado
adequadamente. 
Os primeiros relatos surgem na Alemanha, em 1887. A primeira produção industrial se deu
em 1942 e as produções comerciais surgiram a partir de 1949. Houve uma ampliação da produção
após 1950, com o desenvolvimento de resinas sintéticas e máquinas de grande porte e precisão. 
No processo de fabricação do aglomerado, a madeira, que é cortada com aproximadamente
15 anos, é descascada (não se “aproveitam os galhos”). Na área indústrial é transformada em
partículas, cuja forma e tamanho são controladas. As partículas menores formarão as camadas
externas da chapa (faces) e serão responsáveis pela qualidade da superfície do painel. As
partículas maiores (cavacos) formarão a camada interna, intencionalmente mantida com suficiente
porosidade, para absorver as tensões, garantindo a estabilidade do painel no que se refere às
características dimensionais e mecânicas. 
Chapas Derivadas da Madeira
12ESCOLA SENAI “ALMIRANTE TAMANDARÉ”
As partículas são aglutinadas com adição de uma resina sintética especial, termo fixa, sob o
efeito de calor e pressão, os quais terão a função de promover a cura da resina além de conferir as
qualidades de resistências física e mecânica projetadas ao painel de madeira aglomerada. 
Detalhamento do processo 
O processo de fabricação do aglomerado consiste em: 
• Matéria-prima:
As madeiras utilizadas na produção do aglomerado são de florestas renováveis (em geral
Pínus e Eucalipto). São obtidas de espécies selecionadas e de florestas conduzidas
especificamente para este fim. As toras, úmidas e isentas de casca são enviadas para o
pátio de estocagem das fábricas para regularização do fluxo de matéria-prima e redução
de umidade.
• Picador:
As toras de madeira são transformadas em cavacos, neste equipamento com dimensões e
formas definidas e controladas.
• Secagem:
Nos secadores as partículas de madeira têm sua umidade reduzida para os índices
requeridos pelo processo.
• Moinhos:
São obtidas as dimensões das partículas destinadas à formação das camadas externas e
internas do aglomerado.
• Encoladeira:
Adiciona-se às partículas com dimensões e umidade adequadas, resina sintética
(uréiaformaldeído) necessária para a sua aglutinação.
Chapas Derivadas da Madeira
13ESCOLA SENAI “ALMIRANTE TAMANDARÉ”
• Formadora:
Este equipamento deposita as partículas já aglutinadas formando as camadas internas e
externas numa disposição plana, obtendo-se um colchão (normalmente há três camadas).
• Prensagem:
O colchão já formado é conduzido à prensa onde as partículas se aglutinam,
consolidando-se sob ação conjunta de calor e pressão.
• Serra:
As chapas são refiladas e cortadas nas dimensões requeridas pela especificação.
• Climatização:
Separação das chapas em pequenos lotes que são empilhados por um determinado tempo
para resfriamento e equilíbrio da umidade.
• Calibração:
Em lixadeiras de alta precisão as chapas são lixadas para obtenção da homogeneização
de espessura - acabamento final de superfície. 
Todas as fases deste processo, inclusive o produto final, são rigorosamente controladas,
seguindo normas internacionais. 
Características 
O aglomerado tem como características: 
• trabalhabilidade fácil e em qualquer direção; 
• produto de alta tecnologia gerando uma excelente padronização (garantia de
especificação); 
• padrão de qualidade ao longo do tempo mantido. 
Chapas Derivadas da Madeira
14ESCOLA SENAI “ALMIRANTE TAMANDARÉ”
Vantagens 
O aglomerado tem os mais diversos tipos de usos na indústrias de transformação e apresenta
as seguintes vantagens: 
• produção de móveis mais leves; 
• fácil conservação em função dos revestimentos e acabamentos utilizados; 
• móveis funcionais podendo ser adaptados em pequenos ou grandes ambientes; 
• facilidade na composição de móveis e em especial para modulados com garantia de
padronagem. 
A durabilidade do móvel 
A durabilidade de um móvel feito de aglomerado depende de fatores como: 
• espessura do painel em relação à utilização e desenho do móvel; 
• correta utilização de acessórios e acabamentos;
• umidade relativa do ar.
Para um desempenho adequado, o aglomerado requer alguns procedimentos: 
• Fixação:
Deve ser efetuada com parafuso adequado e desenvolvido para o aglomerado
(recomendável utilizar parafuso de corpo reto e rosca soberba e/ou buchas plásticas com
a devida pré-furação).
• Dobradiças:
Deve-se utilizar aquelas com fixação nas faces da chapa e parafusos com pré-furação. As
mais indicadas são as dobradiças de caneca.
Chapas Derivadas da Madeira15ESCOLA SENAI “ALMIRANTE TAMANDARÉ”
• Vedação de topo:
Além de estético (embelezamento do móvel) tem uma função primordial, que é a proteção
do produto contra a ação da umidade ou água. A vedação deve ser colada em todos os
topos visíveis ou não. As mais utilizadas são: fitas de bordo (papel, plástica, ABS), perfil de
madeira ou PVC.
• Acabamento das faces:
Deve ser feito em ambas faces com o mesmo procedimento para garantia de estabilidade
e função estética. Os mais utilizados são lâminas de madeira, laminado plástico de alta
pressão, revestimento melamínico (BP), pintura, revestimento F.F. e/ou filme de PVC etc... 
• A montagem e desmontagem do móvel dever ser feita por uma pessoa especializada
(montador).
• O painel de aglomerado ao sair da fábrica recebe um tratamento contra insetos, porém,
deve ser evitado o contato com qualquer ambiente infestado por cupins, porque todo
produto derivado da madeira pode sofrer a ação dos mesmos.
• Não deve ser exposto à ação direta da água ou em ambientes com muita umidade, pois é
muito sensível a seus efeitos, podendo causar inchamento do móvel. 
CHAPAS DE FIBRAS DE MADEIRA DE MÉDIA DENSIDADE 
MDF (Medium Density Fiberboard) é a chapa de fibra de média densidade, produzida com
fibras de madeiras selecionadas de Pínus. Essas fibras, aglutinadas com resina sintética termofixa,
se consolidam sob ação conjunta de calor e pressão resultando numa chapa maciça, com
superfícies lisas, próprias para a indústria de transformação. 
É um produto homogêneo, uniforme, estável, de superfície plana e lisa que oferece boa
trabalhabilidade, alta usinabilidade para encaixar, entalhar, cortar, parafusar, perfurar e moldurar,
além de apresentar ótima aceitação para receber revestimentos com diversos acabamentos. Foi
desenvolvido nos Estados Unidos, em 1965, e somente no ano de 1997 é que o Brasil começou a
fabricá-lo. A primeira fábrica a produzi-lo foi a Duratex, em Agudos (São Paulo).
Chapas Derivadas da Madeira
16ESCOLA SENAI “ALMIRANTE TAMANDARÉ”
Processo de fabricação 
O processo de fabricação do MDF é muito semelhante ao do aglomerado, exceto pelo fato de
que a madeira depois de ter sido transformada em cavacos deve passar por um processo de
refinamento (desfibramento) que não rompa suas fibras, apenas separe-as. 
Os cavacos são classificados por tamanho, lavados e a seguir, passados por um moinho de
disco. O moinho de disco é constituído por dois discos que giram um contra o outro em sentidos
opostos; os cavacos são forçados a passar entre eles do centro para a periferia. O atrito,
cavaco/cavaco e cavaco/disco causam o desfibramento da madeira. 
Processo de fabricação 
Chapas Derivadas da Madeira
17ESCOLA SENAI “ALMIRANTE TAMANDARÉ”
Descrição do processo
O MDF pode ser fabricado a partir de uma grande variedade de matérias-primas celulósicas,
o que o torna um bom material do ponto de vista ecológico. Usam-se materiais alternativos como
resíduos e madeira de reflorestamento. O adesivo utilizado na fabricação do MDF é a
uréia/formaldeído (CH4N2O/CH2O) em mistura com aditivos específicos que aprimoram suas
características como a resistência à umidade, um dos mais usados é a emulsão de parafina. 
Atualmente outros aditivos como fungicidas e inseticidas também são utilizados, assim como
os biocidas que possuem ao mesmo tempo ambas as funções citadas: proteção contra fungos
(bolor, mofo) e insetos. 
As fibras secas adicionadas com o adesivo são dispersas sobre uma esteira, mantendo
espessura e compactação constantes, o que vai resultar em um painel homogêneo. 
Esta parte do processo é similar a da fabricação do aglomerado, sendo a principal diferença o
fato de que a esteira transportadora para o MDF é perfurada ou de tecido, sob ela é aplicado vácuo
para iniciar a compactação. A baixa densidade do material exige que o painel antes de ser prensado
tenha uma espessura bastante elevada, o que obriga a utilização de pré-prensas que diminuem a
espessura a +/- 1/5 da original. 
Após a pré-prensagem há uma recuperação parcial da espessura que aumenta em cerca de 3
vezes. A prensagem em prensas de pratos múltiplos é semelhante a do aglomerado, o ciclo é mais
lento devido a maior compactação do material, o que torna a saída de gases e vapores do interior
do painel mais lenta, geralmente formaldeído e vapores d’água. 
Os tempos totais de prensagem do MDF são maiores que os tempos de prensagem do
aglomerado de espessura final correspondente, pois a espessura final do MDF pode chegar a 1/25
da inicial. 
As principais qualidades 
O MDF é um produto desenvolvido especialmente para uso interior. O produto não deve ser
exposto à ação da água nem em ambientes com umidade excessiva. Esse cuidado evitará
alterações nas características dimensionais e físicas da chapa, ou mesmo algum processo de
degradação.
Chapas Derivadas da Madeira
ESCOLA SENAI “ALMIRANTE
Dentre as suas qualidades
• Estabilidade e resistênc
Possui grande estabilid
apresentar problemas d
• Boas propriedades mec
A alta densidade e a ho
O MDF sai da fábrica isent
efetiva ao ataque da maioria d
poderá ser atacado por eles qua
Nesses casos, é conveniente o tr
Três condições simultâne
materiais: 
a) presença de água de es
b) presença de oxigênio;
18 TAMANDARÉ”
Água 
 pode-se citar: 
ia:
ade dimensional nas alterações de umidade do ambiente, sem
e grande inchamento ou contração. 
ânicas:
mogeneidade proporcionam alta resistência à tração e à flexão. 
o da presença de insetos, pois sua constituição forma uma barreira
e insetos furadores. Porém, sendo produto derivado da madeira
ndo aplicado ou estocado com outros materiais já contaminados.
atamento preventivo do local e dos outros materiais.
Inseto
as favorecem o desenvolvimento de fungos na maioria dos
corrimento, de condensação ou de solo;
Chapas Derivadas da Madeira
19ESCOLA SENAI “ALMIRANTE TAMANDARÉ”
 
Oxigênio 
c) temperatura favorável. 
Portanto, não exponha o MDF a essas condições que levarão ao aparecimento de fungos e
posterior degradação do produto. 
Evite colocar o MDF em contato com fontes geradoras de calor, como fogões, fornos,
aquecedores ou outros lugares onde a temperatura exceda a 50º C, por tempo prolongado. 
Calor
 
Evite a incidência direta e prolongada da luz do sol, para que a tonalidade do revestimento
não se modifique, tornando-se amarelada. Além disso, as chapas podem sofrer deformação por
efeito da perda de umidade. 
Sol
 
Classificações 
De acordo com o uso pode-se classificá-lo como: 
• Standard: é o tipo básico de MDF, onde não se requer características especiais; 
Chapas Derivadas da Madeira
20ESCOLA SENAI “ALMIRANTE TAMANDARÉ”
• de baixo teor de formaldeído: apresenta baixa emissão para a atmosfera do formaldeído
presente no adesivo; 
• resistente à umidade: podendo (ocasionalmente) receber água sobre sua superfície. Este
tipo não é resistente às intempéries e, por isso, não deve ser usado ao ar livre; 
• para exterior: tem resistência às intempéries, desde que sejam tomados cuidados
especiais de acabamento, como selagem de superfícies e topos; 
• resistente ao fogo: nestes painéis são adicionados produtos químicos às resinas, que
inibem o desenvolvimento da combustão; 
• de alta densidade: para aplicações que exigem alta resistência à flexão, que faz com que
este tipo de MDF suporte pesos elevados e impactos repetidos. O peso específico desses
painéis pode atingir 1000 Kg/m³. 
Quanto à densidade, pode ser classificado como: 
• Pesado: densidade acima de 900 Kg/m³ 
• Standard: densidade de 740 até 900 Kg/m3 
• Leve: densidade de 600 até 740 Kg/m3 
• Ultraleve: densidade abaixo de 600 Kg/m3 
Transporte 
Transporte 
 
Evite colocar objetos duros (metal, concreto, madeira) sobre as chapas ou deixá-las em
contato com produtos que possam alterar suas características naturais (cimento, óleo, graxa, etc). 
Chapas Derivadas da Madeira
21ESCOLA SENAI “ALMIRANTE TAMANDARÉ”
 
 
Armazenamento 
 
Evite transbordodas chapas, principalmente quando não houver condições de descarga
mecanizadas (empilhadeiras). Ao descarregar ou movimentar as chapas, evite arrasto, atrito ou
batidas, principalmente quando se tratar de produtos revestidos. 
Transbordo 
 
Armazenagem 
Armazene o MDF em local coberto, protegido das intempéries e longe de fontes de umidade
ou de calor intenso. 
 
Armazenagem 
 
Chapas Derivadas da Madeira
22ESCOLA SENAI “ALMIRANTE TAMANDARÉ”
As chapas devem ser empilhadas horizontalmente, sobre base firme, nivelada e elevada do
chão por meio de calços adequados. É recomendável que a distância máxima entre os calços seja
de 50 cm. 
Empilhar 
 
Coloque um número adequado de calços, que deve ser aumentado para chapas de menor
espessura. Os calços devem ter sempre a mesma altura, com comprimento igual à largura das
chapas. 
Maneiras correta e incorretas de se empilhar 
 
Evite o empilhamento alternado de chapas com diferenças significativas de dimensões. 
 
Maneira incorreta de se empilhar 
Chapas Derivadas da Madeira
23ESCOLA SENAI “ALMIRANTE TAMANDARÉ”
Lembre-se que a utilização de calços entre chapas, a cada metro de altura no máximo,
permitirá a ventilação do material e conseqüente equilíbrio com o ambiente onde será utilizado. 
 
Maneira correta de empilhar 
 
Em locais muito quentes é aconselhável a colocação de uma chapa de descarte sobre a pilha,
tanto no armazenamento quanto no deslocamento durante o processamento, para reduzir o efeito
do calor que incide na face do material. Esse efeito provoca perdas de umidade maior na face
exposta, com conseqüente desequilíbrio do painel, podendo gerar deformações na chapa. 
Primeira chapa perda
Evite os efeitos do tempo excessivo de estocagem (deformação, aumento/redução por
ganho/perda de umidade), fazendo a rotatividade do estoque. 
Trabalhabilidade 
O MDF pode ser usinado em qualquer equipamento convencional, possibilitando uma
altíssima produtividade. Em qualquer equipamento, utilize discos de serra calçados com metal duro
Chapas Derivadas da Madeira
24ESCOLA SENAI “ALMIRANTE TAMANDARÉ”
(widea). Lembre-se que, para um corte de boa qualidade, alta produtividade e baixo custo é
necessária a combinação de três fatores: tipo de serra, velocidade de corte ou periférica e de
avanço. 
Recomenda-se o uso de serras circulares pastilhadas com dentes “wídea”. Para cortes de
painéis que não necessitam de um acabamento perfeito e nos quais as bordas venham a receber
uma posterior usinagem de perfil ou um revestimento, pode-se usar serras circulares universais,
com espessuras de corte de 3,2 a 4 mm. 
Para cortes finais em esquadrejadeiras convencionais (sem riscador) é necessário utilizar
serras circulares com maior quantidade de dentes. Poderão ser usadas serras circulares com
dentes alternados com espessuras de 3,2 a 3,6 mm, com um ângulo de ataque de dente de 10º a
15º. 
Trabalhabilidade do MDF 
 
O MDF é compatível com os mais diversos tipos de acabamentos (laqueados, patina,
impressão, pvc etc.) e devido suas boas características de usinabilidade proporcionam liberdade de
projetos. 
Chapas Derivadas da Madeira
25ESCOLA SENAI “ALMIRANTE TAMANDARÉ”
Devem ser utilizadas somente dobradiças que permitam fixação na superfície, como as de
copo (ou caneca). Não é recomendável o uso de dobradiças cuja fixação seja no topo da chapa,
como as de piano, comum, de chapa etc. 
CHAPA DE FIBRA 
As chapas duras ou chapas de fibra são painéis de alta densidade produzidos por processo
úmido utilizando-se calor e pressão sem a adição de resina. Dentre os painéis de madeira
reconstituída é o menos consumido mundialmente e sua tecnologia de fabricação é considerada
obsoleta e muito poluente. 
Em paralelo ao desenvolvimento do compensado, surge a chapa de fibra também conhecida
por "Duratex" e "Eucatex", utilizada em fundo de armários e gavetas. Com o objetivo de
aproveitamento dos resíduos de serrarias, depois de vários experimentos e inúmeras tentativas,
chegou-se a um método que consiste em picar, reaglutinar e obter uma pasta, que após sofrer
resfriamento e beneficiamento, deu origem à chapa de fibra de madeira. 
Atualmente, no Brasil, a chapa de fibra é feita exclusivamente com as fibras de madeira de
Eucalipto, selecionadas e plantadas para este fim. 
O detalhamento do processo 
O processo produtivo das chapas de fibra envolve um elevado volume de água que é
adicionado à fibra de madeira de eucalipto e, depois, retirado com a ação de calor e pressão,
fazendo com que as fibras do eucalipto fiquem consolidadas em chapas de madeira. É um processo
termomecânico, sem a adição de resinas que não a lignina, resina natural do eucalipto. 
O processo de fabricação da chapa de fibra consiste na utilização dos seguintes
equipamentos: 
• Picador:
As toras são picadas e transformadas em cavacos.
Chapas Derivadas da Madeira
26ESCOLA SENAI “ALMIRANTE TAMANDARÉ”
• Desfibrador:
Os cavacos são aquecidos com vapor para amolecimento da lignina (resina natural que
une as fibras), através da ação mecânica de discos ranhurados especialmente projetados
ocorre a separação das fibras.
• Formadora:
As fibras já diluídas em água formam um colchão.
• Prensa:
O colchão de fibras é depositado sobre uma tela e uma chapa de aço e levado à prensa.
Através da ação conjunta da pressão e da temperatura o colchão é transformado numa
chapa de fibras.
• Câmara de tratamento térmico:
É uma estufa com ar quente circulante onde as ligações da lignina são consolidadas.
• Umidificação:
Local onde as chapas são umidificadas visando seu equilíbrio com a umidade relativa do
ambiente de aplicação.
• Serra:
As chapas são cortadas nas dimensões usuais de mercado.
• Calibragem:
As chapas são lixadas para que a espessura seja uniforme. 
Chapas Derivadas da Madeira
27ESCOLA SENAI “ALMIRANTE TAMANDARÉ”
Características 
As características das chapas de fibra são: 
• homogeneidade, planicidade e resistência mecânica; 
• permite ser cortada, furada, estampada com corte e vinco, curvada, dobrada e colada; 
• pode ser fixada com pregos, grampos, colas, parafusos ou através de encaixes. 
Vantagens 
As chapas de fibra têm como vantagens: 
• excelente trabalhabilidade; 
• superfície lisa e plana, ótima para receber pintura ou revestimento. 
Na indústria moveleira são aplicadas em fundo de móveis em geral, gavetas e painéis semi-
ocos. 
Painéis 
Os painéis compostos com chapa de fibra surgiram no início da década de 80. São painéis
prontos que proporcionam maior velocidade e ganho real na produção e utilizados como mais uma
opção de matéria-prima no processo de fabricação de móveis e similares. 
A composição dos painéis são revestidos com chapa de fibra com acabamento em pintura
alquídica-melamínica ou revestimento melamínico (BP baixa pressão), sendo o miolo constituído por
sarrafos de pínus colados entre si ou chapas de fibra de madeira (FW: fiber-wood). 
A fabricação do painel com miolo sarrafeado de pínus dá-se através de: 
• corte do pínus; 
• formação do "blockboard' - sarrafeado de pínus colados entre si (miolo); 
Chapas Derivadas da Madeira
28ESCOLA SENAI “ALMIRANTE TAMANDARÉ”
• união das capas e miolo com cola branca (PVA) ou resina uréia-formaldeído; 
• prensagem e formação do painel;
• miolo de fibra de madeira(FW - fiber wood);
• remoção da casca de eucalipto; 
• desfibramento; 
• formação da chapa de fibras de madeira (FW - fiber wood) - miolo; 
• umidificação - climatização; 
• união das capas e miolo com cola branca (PVA) ou resina ureiaformaldeído; 
• prensagem e formação do painel. 
As vantagens dos painéis
Os painéis compostos são vantajosos por ter: 
• miolo de sarrafeado de pínus, rigidez e alta resistência mecânica; 
• miolo de fibra de madeira (FW - fiber wood); 
• estabilidade dimensional e resistência ao empenamento. 
Aplicação 
Na indústria moveleira os painéis compostos são utilizados com: 
• Miolo de sarrafeado de pínus: para móveis sujeitosa grandes esforços e superfícies de
trabalho (tampos) por possuir alta resistência mecânica. 
Chapas Derivadas da Madeira
29ESCOLA SENAI “ALMIRANTE TAMANDARÉ”
• Miolo de fibra de madeira (FW - fiber wood) ideal para peças de móvel com grande
dimensão por possuir excelente estabilidade dimensional e resistência ao empenamento. 
OSB (ORIENTED STRAND BOARD) 
Do inglês, “Oriented Strand Board”, significa “Painel de Tiras de Madeira Orientadas”. É um
painel de madeira com uma liga de resina sintética, feita de três camadas prensadas e orientadas
perpendicularmente, o que aumenta sua resistência mecânica e rigidez, com tiras de madeira ou
“strands” e prensadas sob alta temperatura. O OSB teve sua origem no ano de 1970, nos Estados
Unidos. 
Esquema da composição estrutural de
chapas OSB 
 
Os painéis de OSB são produtos utilizados para aplicações estruturais como paredes, forros,
pisos, componentes de vigas estruturais, embalagens etc., devido a suas características de
resistência mecânica e boa estabilidade dimensional, competindo diretamente com o mercado de
compensados. 
É feito predominantemente de madeira reflorestada e de florestas manejadas. 
A diferença em relação a qualquer outro tipo de painel de madeira que conhecemos é que o
OSB é um produto especificamente desenvolvido para ser mais versátil, ecologicamente correto e
mais confiável. Seu peso é aproximadamente de 0,65 g/cm³. 
Chapas Derivadas da Madeira
30ESCOLA SENAI “ALMIRANTE TAMANDARÉ”
OSB vista de face 
 
 OSB vista de topo 
 
A utilização dos painéis de OSB tem crescido significativamente e ocupado espaço, antes
exclusivo de compensados em virtude de fatores como: 
• redução da disponibilidade de toras de boa qualidade para laminação; 
• produção a partir de toras de qualidade inferior e de espécies de baixo valor comercial; 
• a largura dos painéis é determinada pela tecnologia de produção e não em função do
comprimento das toras como no caso de compensados; 
• a perfomance é atualmente reconhecida pelos grupos normativos, construtores e
consumidores;
• uma das propriedades mais importantes do OSB é seu grau mínimo de inchamento e alta
estabilidade dimensional. 
Chapas Derivadas da Madeira
31ESCOLA SENAI “ALMIRANTE TAMANDARÉ”
Matéria-prima utilizada 
Para a produção de OSB utiliza-se: 
• madeira reflorestada principalmente espécies florestais de rápido crescimento; 
• emulsão de parafina; 
• resina de MUPF (resina fenólica, uréia-formol e melamina); 
• água. 
Detalhamento do processo 
O processo de fabricação do OSB consiste em: 
• Descascador:
A casca da tora é removida completamente para posterior aproveitamento como
combustível.
• Picador:
As toras de madeira são transformadas em tiras neste equipamento com dimensões e
formas definidas e controladas.
• Secagem:
Nos secadores as tiras de madeira têm sua umidade reduzida para os índices requeridos
pelo processo.
• Encoladeira:
Adiciona-se às tiras com dimensões e umidade adequadas resina sintética (uréia-
formaldeído) e parafina necessárias para a sua aglutinação.
Chapas Derivadas da Madeira
32ESCOLA SENAI “ALMIRANTE TAMANDARÉ”
• Formadora:
Este equipamento deposita as tiras já aglutinadas formando as camadas internas e
externas numa disposição plana, obtendo-se um colchão (normalmente há três camadas).
• Prensagem:
O colchão já formado é conduzido à prensa onde as tiras se aglutinam, consolidando-se
sob ação conjunta de calor e pressão.
• Serra:
As chapas são refiladas e cortadas nas dimensões requeridas pela especificação.
• Climatização:
Separação das chapas em pequenos lotes que são empilhados por um determinado tempo
para resfriamento e equilíbrio da umidade.
• Calibração:
Em lixadeiras de alta precisão as chapas são lixadas para obtenção da homogeneização
de espessura - acabamento final de superfície. 
Todas as fases deste processo e produto final são rigorosamente controlados, seguindo
normas internacionais. 
Principais vantagens 
O OSB é trabalhado como qualquer outro tipo de madeira. É fácil de manusear, não exige
tratamentos especiais, somente os cuidados exigidos por outros painéis de madeira. Além disso,
apresenta bom desempenho na maioria das aplicações nas quais se usam o compensado de
madeira, tem como principais vantagens: 
• boa resistência ao arranque de parafuso e à flexão e no módulo de ruptura; 
Chapas Derivadas da Madeira
33ESCOLA SENAI “ALMIRANTE TAMANDARÉ”
• facilidade de trabalho nos processos de usinagem de topo e superfície; 
• várias possibilidades de acabamentos; 
• painel consistente e uniforme; 
• espessura perfeitamente calibrada; 
• resistência a impactos; 
• excelentes propriedades de isolamento termo-acústico; 
• estética atrativa a arquitetos e designers. 
Armazenamento e Transporte 
Um correto armazenamento e medidas protetoras são essenciais para garantir a instalação
do OSB livre de problemas. Alguns cuidados devem ser sempre observados: 
• os painéis devem ser estocados horizontalmente em separadores quadrados. O
espaçamento máximo dos separadores deve ser de 80 cm e devem ser de igual altura; 
• as fitas de aço devem ser imediatamente removidas na chegada do material dentro das
áreas onde ficarão armazenadas para instalação; 
• se vários pacotes são armazenados um sobre o outro, os separadores devem ser
inseridos em perfeito alinhamento; 
• armazenamento vertical é permitido apenas quando há um número pequeno de painéis e
sobre uma superfície seca; 
• se os painéis tiverem que ser transportados por uma empilhadeira, os separadores devem
ser suficientemente altos para prevenir danos; 
• os painéis devem ser adequadamente protegidos da umidade; 
Chapas Derivadas da Madeira
34ESCOLA SENAI “ALMIRANTE TAMANDARÉ”
• deve ser controlada a temperatura nos locais de estoque e evitadas grandes variações de
temperatura. 
Trabalhabilidade 
O OSB é um material à base de madeira colada com resina à prova d’água e de fervura,
contendo uma pequena quantidade de parafina. Este produto permite ser facilmente usinado com
serras, furadeiras, plainas e lixadeiras, além disso aceita a aplicação de pregos. 
Serras com maior número de dentes, com fio de carbono e afiadas são recomendadas para
um melhor resultado no corte e acabamento. A velocidade de corte deve ser mais lenta do que a
usada para madeira sólida. Pode ser perfurado com qualquer máquina manual e elétrica que seja
adequada para madeira sólida. 
Portanto, as ferramentas normais de carpintaria e marcenaria podem ser utilizadas sendo
que, lâminas de aço carbono são recomendadas para uso prolongado das mesmas. 
Devem ser seguidas as normas de segurança, bem como utilizar os equipamentos de
proteção adequados inerentes aos serviços. O pó obtido da usinagem é apontado como um
cancerígeno potencial, portanto recomenda-se a utilização de máscara protetora e exaustores para
retirada do pó durante a usinagem, evitando assim a propagação deste para o ambiente. 
As bordas, desprotegidas, devem receber recobrimentos por tintas ou materiais apropriados,
evitando assim a troca de umidade com o meio. 
Os painéis de OSB podem ser instalados com todos os acessórios para fixação que sejam
adequados aos aglomerados, tais como parafusos, grampeadores e pregos. O comprimento dos
acessórios de fixação deve ser de 2,5 vezes a espessura do painel, pelo menos 50 mm. Acessórios
de fixação resistentes à corrosão são preferíveis, por exemplo: aço galvanizado ou inoxidável.
Devido à alta tensão a destacar-se, devem ser usados apenas pregos de cabeça chata com fenda
anular, achatados ou pregos com estrias. 
Os painéis podem ser colados com qualquer tipo de adesivo recomendado para madeiras em
geral, entretanto, para se obter melhores resultados, as superfícies a serem coladas devem ser
previamente lixadas. 
Chapas Derivadas da Madeira
35ESCOLA SENAI “ALMIRANTE TAMANDARÉ”
Podem receber qualquer tipo de tinta de boa qualidade, recomendado para madeira maciça
em geral. Entretanto, paramelhores resultados, a superfície deve receber, previamente, uma tinta
de base ou seladora. 
Quando são lixados ou aplainados possuem uma aparência marmorizada e menos
texturizada. Contudo, em painéis lixados, as tintas e vernizes penetram mais rapidamente, sendo
recomendadas duas aplicações de tinta base ou seladora, antes da aplicação definitiva da tinta ou
do verniz. 
Tipos 
No Brasil estão disponíveis três tipos de OSB: 
a) OSB multiuso:
Produzido com resinas MDI (Metano Di-Isocianeto) na camada interna e resina fenólica
nas camadas externas. Esse tipo de painel apresenta uma tonalidade mais escura,
característica da resina fenólica. Pode vir protegido contra o ataque de cupins. 
Sua aplicação é destinada mais para móveis, embalagens e marcos de porta. 
b) OSB home:
Indicado para uso na construção de edificações no sistema a seco, esse tipo de OSB está
protegido contra ataque de cupim, apresenta as bordas impermeabilizadas (borda verde) e
é produzido com os mesmos adesivos e a maneira do OSB Multiuso, apresenta as
mesmas características em termo de coloração. 
É mais aplicado em fechamento de paredes, telhados e pisos para posterior revestimento. 
c) OSB form:
É indicado para usos nos quais se necessita alta resistência à umidade, apresentando
baixos índices de inchamento e bordas impermeabilizadas (borda verde). 
É produzido com resinas MDI na camada interna, e MPUF (Melamina Fenol Uréia-Formol)
nas camadas externas, apresentando uma cor mais clara, como da madeira pínus. 
Chapas Derivadas da Madeira
36ESCOLA SENAI “ALMIRANTE TAMANDARÉ”
ÁRVORES REFLORESTADAS 
A madeira é um recurso natural renovável. Isto significa que se utilizado de maneira correta
nunca se esgotará, ao contrário dos minerais, por exemplo. 
Os reflorestamentos em larga escala iniciaram-se em 1966, com o plantio de extensas áreas
de eucalipto, pínus e pinheiro-do-paraná (Araucária), para produzir madeira para as indústrias de
celulose e papel, de chapas de fibras e para produzir carvão siderúrgico. Em 1984 registraram-se
5,5 milhões de hectares de áreas reflorestadas. 
Posteriormente, outros usos, cada vez mais nobres, foram desenvolvidos para estas madeiras
que despontaram finalmente no setor moveleiro, tanto na forma sólida, aparente ou revestida, como
em painéis compensados, chapas de fibra ou mesmo lâminas. Podem ser citados desde os móveis
de custo relativamente baixo, confeccionados em madeira aglomerada, até seu desenvolvimento
posterior, em qualidade, desempenho e design, que caracterizaram os móveis em madeira sólida de
pínus e araucária, com beleza e linhas escandinavas. 
Pínus 
São árvores altas e monóicas (apresenta flores unissexuais masculinas e femininas num
mesmo indivíduo). 
O gênero pínus compreende aproximadamente 90 espécies nativas do hemisfério norte.
Produzem madeira de baixa densidade, sendo muito usada para caixotaria, pela indústria de lápis.
Sua fibra longa é usada com celulose para a produção de alguns tipos de papéis (papelão, papel
pardo etc.). Além da madeira, várias espécies oferecem resinas para diversos fins como
componente da indústria farmacêutica e de tintas. 
Possui cor amarelo pálido, grã direito, aspecto fibroso atenuado; não possui uma boa
durabilidade natural; sua trabalhabilidade é fácil, pois não requer equipamentos específicos; sua
resistência mecânica é baixa; é uma madeira macia; apresenta grande quantidade de nós; possui
baixa resistência ao ataque de insetos e em sua secagem apresenta diversos problemas com
rachaduras e trincas. 
Os principais aspectos a serem considerados na seleção da madeira de pínus para móveis
são o custo, a disponibilidade, a aparência, as propriedades e a durabilidade. 
Chapas Derivadas da Madeira
37ESCOLA SENAI “ALMIRANTE TAMANDARÉ”
No aspecto aparência, por ser madeira clara, pode ser tratada com produtos químicos que lhe
conferem aspectos dos mais diversificados, inclusive com excelente aceitação no mercado
internacional. 
Com seu crescimento favorecido pelas condições climáticas do Brasil, a madeira de pínus
apresenta uma alta capacidade produtiva. Nos estados do sul, quase todos os plantios de pínus são
das espécies Pínus taeda e Pínus elliotti varmelliotti; no sudeste a maioria predominante é de Pínus
caribalavar, Pínus honderenis, Pínus tecunumanni e, em menor escala, o Pínus taeda, Pinos elliotti;
no centro-oeste as espécies mais plantadas são Pínus caribala, Pínus oocarpae e Pínus
tecunumanni. 
Pinho-do-paraná 
Árvore do pinho do paraná Folhagem do pinho do paraná 
Nome científico: Araucaria angustifolia (Bert.) O. Kuntze. 
Família: Araucariaceae 
Chapas Derivadas da Madeira
38ESCOLA SENAI “ALMIRANTE TAMANDARÉ”
Nomes populares: paraná-pine, curi, curiúva, pinheiro-so-paraná, pinheiro, pinho, cori,
pinho-brasileiro, pinheiro-brasileiro, pinheiro-são-josé, pinheiro-macaco,
pinheiro-caiová, pinheiro-das-missões. 
Características: planta dióica de 20-50 m de altura, com tronco retilíneo, de 90-180 cm de
diâmetro. A árvore jovem tem forma piramidal e bem diferente da adulta
apresentada na foto. 
Zonas de maior ocorrência: a espécie Araucaria angustifolia (Bert.) O. Kunize. ocorre desde a
Serra da Mantiqueira, Estados de Minas Gerais e São Paulo,
principalmente na região de Campos do Jordão, onde além de
plantações artificiais existem povoamentos naturais. Extende-se
pelos Estados do Paraná e Santa Catarina, onde é abundante
nas regiões montanhosas do planalto central e vertente interior
da Serra do Mar. No Rio Grande do Sul ocorre em regiões
serranas, nas vizinhanças do Estado de Santa Catarina. 
Caracteres gerais: madeira leve (densidade 0,55 g/cm3); cerne e alburno pouco
diferenciados, branco-amarelado, uniformes; freqüentemente apresenta
núcleos largos, róseo-avermelhados, provavelmente de origem
traumática; às vezes, a cor pardo-clara uniforme pode caracterizar a
madeira como cor própria; textura fina e uniforme; grã direita; superfície
lisa ao tato e medianamente lustrosa; cheiro muito pouco intenso e
agradável de resina; gosto pouco acentuado, também de resina. 
Durabilidade natural: a madeira de PINHO-DO-PARANÁ, em ensaios de laboratório,
demonstrou ter baixa resistência ao apodrecimento e ao ataque de
cupins de madeira seca. 
Utilidade: a madeira é própria para forros, molduras, ripas, para confecção de cabos de
vassoura, caixotaria, brinquedos, estrutura de móveis, palitos de fósforos, pás de
sorvete, lápis, carretéis, utensílios domésticos etc. É amplamente cultivada no sul
do país para produção de madeira e pasta celulósica. Seu fruto “pinhão” é
comestível e muito apreciado no sul do país. A árvore é extremamente ornamental,
podendo ser empregada no paisagismo. Os frutos são avidamente consumidos por
várias espécies da fauna; uma ave, a gralha azul, ao esconder os frutos no solo
Chapas Derivadas da Madeira
ESCOLA SENAI “ALMIRAN
para posterior consumo, acaba involuntariamente contribuindo decisivamente para
a disseminação dessa espécie. 
Tronco / madeira do pinho do paraná 
Eucalipto 
O eucalipto é uma planta originária da Austrália. Seu nome científico, "eucalyptus", é derivado
das palavras gregas "eu", que significa "bem", e "kalyptus", que quer dizer "cubro", em alusão ao
crescimento rápido. Por esse motivo ele é usado amplamente no reflorestamento e na produção de
celulose (papel). É uma planta muito melífera, usada em perfumes e produtos de limpeza. 
Envolve mais de 600 espécies que estão adaptadas a diferentes climas e solos. A espécie
E.grandis é a mais plantada no Brasil e a principal fonte de matéria-prima para celulose e papel no
estado de São Paulo. Outra espécie muito difundida é E.urophylla, indicada para celulose,
aglomerados, chapas de fibra, serraria, postes, moirões e carvão. Apesar da E.grandis ser a mais
plantada e utilizada como madeira serrada a mais indicada e a E.pilularis. 
 
 
Eucalipto
39TE TAMANDARÉ”
Folhagem do eucalipto Plantação de eucalipto
Chapas Derivadas da Madeira40ESCOLA SENAI “ALMIRANTE TAMANDARÉ”
Para o uso da madeira do Eucalipto na indústria moveleira recomenda-se que a árvore seja
cortada com vinte anos de idade. 
 
Outros idiomas: eucalyptus (inglês), ocalo (espanhol), eucalyptus (francês), eucalipto
(italiano) e blaugummibaum (alemão). 
Descrição botânica: o eucalipto é uma planta de porte arbóreo, grande e que atinge até
70 metros de altura. Tem ramos cilíndricos, pouco folhosos e com casca
lisa, de coloração acinzentada ou castanha. Suas folhas são alternadas,
com pecíolo e superfície coriácea. Suas flores são axilares e de
coloração branca ou amarelada. O fruto é do tipo cápsula, com sementes
férteis, de formato arredondado e coloração preta, ou inférteis, de
coloração vermelha e formato filiforme. 
O eucalipto tem inúmeras aplicações. Há espécies que se adaptam a condições particulares
de solo e outras cujo cultivo se recomenda pelo emprego a que se destinam. Algumas podem ser
cultivadas em terras secas ou em terras úmidas; alagadiças, em condições de proximidade do mar;
outras são indicadas para terras pouco férteis, ou de boa fertilidade; ou ainda para solos arenosos.
São muito empregados, por seu rápido crescimento e porte, para formar quebra-ventos ou em
arborizações rodoviárias. 
Grande quantidade de pés se cortam anualmente para fornecer postes e mourões de cercas.
Há qualidades indicadas como produtoras de madeiras para marcenaria, para construções e para
lenha. Dormentes e carvão de madeira são produzidos regularmente com o eucalipto. Seu
crescimento rápido exige grande absorção de água, motivo pelo qual é usado para sanear regiões
pantanosas. 
Teca 
A Teca, Tectona grandis, é nativa das florestas tropicais do sudeste asiático. Árvore de
grande porte, pode alcançar altura superior a 50 metros e diâmetros de até 2,50 metros. Seu tronco
retilíneo é revestido por uma casca espessa, que a protege do fogo. As folhas despertam atenção
pelo tamanho (até 60 x 80cm) e por caírem na estação seca. De fácil cultivo e rápido crescimento, a
Teca é rústica e pouco suscetível ao ataque de pragas e doenças.
A madeira de Teca tem alto valor de mercado devido as suas excepcionais propriedades: 
Chapas Derivadas da Madeira
41ESCOLA SENAI “ALMIRANTE TAMANDARÉ”
 
 
 
 
 
Teca 
 
Peso e resistência: com densidade média de 0,65 g/cm3 é madeira leve, porém resistente.
Estabilidade e durabilidade: não empena e pouco se contrai durante a secagem; é imune
ao ataque de cupins e outros insetos; pode ser enterrada ou
exposta ao tempo, sem deteriorar-se.
Aparência e utilização: fácil de trabalhar, tem um visual muito bonito; é utilizada na produção
de móveis, esquadrias e pisos de qualidade, decoração e construção
naval.
Preço: aproximadamente US$ 800,00/m3 em tora. É bem maior que o do mogno, que não
supera os US$ 300,00/m3 na mesma condição.
Mercado: amplo e com tendência ao crescimento pela exaustão das madeiras de qualidade
oriundas da floresta natural. O grande consumo mundial de madeira de Teca
proveniente de plantações confirma sua qualidade e aceitação. 
A madeira é usada principalmente na fabricação de esquadrias, devido a sua forte resistência
à exposição ao tempo. Também é consumida na produção de móveis, embarcações e decorações.
Planta rústica, de rápido crescimento, é muito resistente ao fogo, a pragas e doenças.
Chapas Derivadas da Madeira
ESCOLA SENAI “ALMIRANTE TAMANDARÉ
Cadeira feita de teca 
MADEIRAS DE LEI 
Na época da colonização do Brasil houve uma grande demanda por algumas árvores,
algumas espécies tornaram-se raras, preocupando a realeza portuguesa, que se apressou a criar
decretos que normalizavam o corte. Estes decretos deram origem à expressão “madeira-de-lei”, até
hoje comumente citada em referência a algumas espécies de boa qualidade, ou à madeira
resistente à ação do tempo, ao clima e às intempéries. 
Cedro 
Árvore do cedro
42”
 Folhagem do cedro 
Chapas Derivadas da Madeira
43ESCOLA SENAI “ALMIRANTE TAMANDARÉ”
Nome científico: Cedrela fissilis vell. 
Família: Meliaceae 
Nomes populares: cedro, cedro-rosa, cedro-vermelho, cedro-branco, cedro-batata, cedro-
amarelo, cedro-cetim, cedro-da-várzea. 
Características: altura de 20-35 m, com tronco de 60-90 cm de diâmetro. Madeira leve a
moderadamente pesada (densidade média de 0,55 g/cm3), macia ao corte e
notavelmente durável em ambiente seco. Quando enterrada ou submersa
apodrece rapidamente. O alburno é branco ou rosado, distinto do cerne. A
madeira é largamente empregada em compensados, contraplacados,
esculturas e obras de talha, modelos e molduras, esquadrias, móveis em
geral, marcenaria, na construção civil, naval e aeronáutica, na confecção de
pequenas caixas, lápis e instrumentos musicais etc. A árvore é largamente
empregada no paisagismo de parques e grandes jardins. Não deve faltar na
composição de reflorestamentos heterogêneos de áreas degradadas de
preservação permanente. Nunca deve ser plantada em agrupamentos
homogêneos devido ao ataque da broca. 
Ocorrência: Rio Grande do Sul até Minas Gerais, principalmente nas florestas semidecídua
termo que se refere ao fato de que algumas árvores, nesse tipo de floresta,
perdem parcial ou totalmente suas folhas na estação fria e seca. Além disso,
esses tipos básicos de vegetação também não são homogêneos em toda a sua
extensão e pluvial atlântica. Ocorre, porém em menor intensidade, em todo país. 
Tronco / madeira do cedro 
Chapas Derivadas da Madeira
44ESCOLA SENAI “ALMIRANTE TAMANDARÉ”
Cerejeira 
Árvore da cerejeira Folhagem da cerejeira 
 
Nome científico: Eugenia involucrata DC. 
Família: Myrtaceae 
Nomes Populares: Cerejeira, cerejeira-do-mato, cereja, araçazeiro, cerejeira-da-terra,
cereja-do-rio-grande. 
Características: altura de 5-8m (10-15m na mata), dotada de copa arredondada. Tronco
ereto e mais ou menos cilíndrico, de 30-40cm de diâmetro, com casca lisa e
descamante. Folhas solitárias, axilares, longo-pedunculadas, de cor branca.
Fruto drupa piriforme, glabra e brilhante, coroado pelo cálice persistente, de
cor vermelha ou vinácea-escura, com polpa carnosa, adocicada e
comestível, contendo de uma a três sementes. Madeira moderadamente
pesada, compacta, elástica, muito resistente e de boa durabilidade natural. 
Ocorrência: Minas Gerais ao Rio Grande do Sul, principalmente na floresta semidecídua de
altitude. 
Chapas Derivadas da Madeira
ESCOLA SENAI “A
Utilidade: a madeira é empregada para confecção de cabos de machado e outra ferramentas
agrícolas; para lenha e carvão. A árvore é extremamente ornamental e pode ser
utilizada no paisagismo, principalmente na arborização de ruas estreitas e sob
redes elétricas. Seus frutos são comestíveis e muito saborosos, aproveitados para
confecção de doces, geléias, licores e também para consumo in natura. São
também avidamente consumidos pela avifauna, tornando a planta bastante
interessante para o plantio em áreas degradadas de preservação permanente. É
amplamente cultivado em pomares domésticos de toda a região sul do país. 
Mogno 
Árvore do
45LMIRANTE TAMANDARÉ”
Tronco / madeira da cerejeira 
 mogno Folhagem do mogno 
Chapas Derivadas da Madeira
46ESCOLA SENAI “ALMIRANTE TAMANDARÉ”
Nome científico: Swietenia macrophylla king vell. 
Família: Meliaceae 
Nomes populares: mogno, aguano, araputanga, cedro-i, mogno-brasileiro. 
Características: altura de 25 a 30 metros, com tronco de 50 a 80 centímetros de diâmetro.
Folhas compostas de 8 a 10 folíolos de 7 a 15 centímetros de comprimento.
Madeira moderadamente pesada (densidade 0,63 g/cm3), dura, de
resistência moderada ao podrecimento e, alta, ao ataque de cupins de
madeira seca. Apresenta baixa durabilidade quando em contato com o solo
e umidade. 
Ocorrência: em toda a região amazônica, sendo entretanto particularmente freqüente na
região sul do Pará.
Fenologia: floresce durante os meses de novembro-janeiro. Os frutos iniciam a maturação
no mês de setembro, prolongando-se até meados denovembro. 
Utilidade: a madeira é indicada para mobiliário de luxo, objetos de adorno, painéis, lambris,
réguas de cálculo, esquadrias, folhas faqueadas decorativas, laminados,
contraplacados especiais, acabamentos internos em construção civil como
guarnições, venezianas, rodapés; usada com sucesso na arborização de parques
e grandes jardins. Apresenta bom desenvolvimento na região centro-sul do país. 
Tronco / madeira do mogno 
Chapas Derivadas da Madeira
E
Imbuia 
SCOLA SENAI “ALMIRANTE TAMANDARÉ”
Árvore da imbuia 
 
Nome científico: Ocotea porosa (Nees) l.Barros
Família: Lauraceae 
Nomes populares: Imbuia, embuia, canela-imb
imbuia-amarela, imbuia-ra
revessa, umbuia, imbuia-ze
Características: altura de 15-20 m, com tronco
coraceas (características de
prolongada), glabras, de 6-10 
Madeira moderadamente pesa
variada, superfície irregularme
de grande durabilidade mesmo
47
Folhagem da imbuia 
o 
uia, imbuia-clara, imbuia-parda, imbuia-preta,
jada, imbuia-lisa, imbuia-brasina, imbuia-
brina. 
 de 50-150 cm de diâmetro. Folhas finamente
 plantas que vivem em locais com seca
cm de comprimento por 1,5-2,0 cm de largura.
da (densidade 0,65 g/cm3), dura, de cor muito
nte lustrosa e lisa, medianamente resistente,
 em obras expostas. 
Chapas Derivadas da Madeira
48ESCOLA SENAI “ALMIRANTE TAMANDARÉ”
Ocorrência: Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, nas submatas dos pinhais. A
cidade de Imbuia (SC) teve seu nome emprestado dessa planta. 
Utilidade: a madeira é uma das mais procuradas para confecção de mobiliário de luxo,
principalmente pela sua beleza; muito utilizada também para construção civil
como tacos, esquadrias, lambris, para obras expostas como dormentes, pontes e
moirões, para marcenaria de luxo, contraplacados, laminados e carpintaria. A
árvore é bastante ornamental e pode ser usada com sucesso no paisagismo em
geral. Seus frutos são avidamente procurados por várias espécies de pássaros,
sendo presença obrigatória nos plantios mistos de áreas de preservação
permanente. 
Floresce durante os meses de outubro-novembro. Os frutos amadurecem em janeiro-março. 
Tronco / madeira da imbuia 
Chapas Derivadas da Madeira
49ESCOLA SENAI “ALMIRANTE TAMANDARÉ”
Marfim 
Árvore do marfim Folhagem do marfim 
 
Nome científico: Balfourodendron riedelianum 
Família: Rutaceae 
Nomes populares: pua-marfim, guatambu (SC), pequiá-mamona, pequiá-mamão (SC),
farinha-seca (SP), marfim, gramixinga, pau-liso, pau-cetim, guarataia,
guamuxinga. 
Características: altura de 20-30 m, com tronco retilíneo de 40-90 cm de diâmetro. Folhas
compostas trifolioladas, sustentadas por pecíolo de 4-8 cm. Folíolo de 6-12
cm de comprimento por 3-5 cm de largura. Madeira moderadamente pesada
(densidade 0,84 g/cm3), dura, medianamente resistente, grã irregular,
textura fina, de baixa resistência ao apodrecimento e ao ataque de insetos. 
Chapas Derivadas da Madeira
50ESCOLA SENAI “ALMIRANTE TAMANDARÉ”
Ocorrência: Minas Gerais e Mato Grosso do Sul até o Rio Grande do Sul, na floresta
latifoliada da bacia do Paraná e Alto Uruguai. 
Utilidade: a madeira é indicada para a fabricação de móveis de luxo, molduras, guarnições
internas, portas, artefatos domésticos, peças torneadas, laminados decorativos,
para construção civil, como vigas, caibros, ripas, rodapés, tábuas e tacos para
assoalhos, forma para calçados, tacos de bilhar, cabos de ferramentas, réguas,
carpintaria e marcenaria em geral. A árvore pode ser empregada na arborização
de parques e jardins. 
Floresce a partir do final de setembro, prolongando-se até novembro. A maturação dos frutos
ocorre durante os meses de agosto-setembro. 
Tronco / madeira do marfim 
Chapas Derivadas da Madeira
51ESCOLA SENAI “ALMIRANTE TAMANDARÉ”
Freijó 
 
Árvore do freijó Folhagem do freijó 
 
Nome científico: Cordia goeldiana 
Família: Boraginaceae 
Nomes populares: freijó, cordia-preta, frei-jorge. 
Características: altura de 10-20 m, com tronco de 40-60 cm de diâmetro. Folhas
membranáceas, glabras, de 8-15 cm de comprimento por 4-8 cm de largura.
Madeira moderadamente pesada (densidade 0,59 g/cm3), textura média, grã
direita, superfície lustrosa, de moderada resistência ao ataque de
organismos xilófagos. 
Ocorrência: Região Amazônica, principalmente no estado de Pará. 
Chapas Derivadas da Madeira
52ESCOLA SENAI “ALMIRANTE TAMANDARÉ”
Utilidade: a madeira é empregada na confecção de móveis finos, folhas faqueadas
decorativas, painéis, coronhas de armas, tonéis, lambris, persianas, venezianas,
na construção naval e civil como ripas, batentes, molduras, guarnições, sarrafos,
etc. A árvore apresenta características ornamentais, principalmente quando em
flor, pode ser empregada com sucesso no paisagismo em geral. 
Floresce durante os meses de setembro-dezembro. Os frutos amadurecem em novembro-
janeiro. 
Tronco / madeira do freijó 
Chapas Derivadas da Madeira
53ESCOLA SENAI “ALMIRANTE TAMANDARÉ”
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
LORENZI, Harri. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas
arbóreas nativas do Brasil. 3. ed. Nova Odessa: Instituto Plantarum, 2000. v.1. 
 
MADY, Francisco Tarcísio Moraes. Conhecendo a madeira: informações sobre 90
espécies comerciais. Manaus: SEBRAE, 2002. 
MENDES, Alfredo de Souza; ALVES, Marcus Vinicius da Silva. A degradação da madeira e
sua preservação. Brasília: IBDF, 1988. 
 
RAMUZ, Mark. A enciclopédia do trabalho em madeira: um guia de referência essencial
para fazer trabalhos em madeira em casa. London: Oceana Books, 2001. 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ. Secagem da madeira. Curitiba: UFPR, 2000. 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS INDÚSTRIAS DO MOBILIÁRIO. Curso de
aperfeiçoamento para profissionais de vendas de móveis. São Paulo, 1997. 
 
INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS
RENOVÁVEIS. Incentivo ao uso de novas madeiras para a fabricação de móveis. 2. ed.
Brasília, DF, 1998. 
 
REVISTA DA MADEIRA. Painéis. Curitiba: Remade, ed. esp., maio 2003. 
 
	Departamento Regional de São Paulo
	ESCOLA SENAI “ALMIRANTE TAMANDARÉ”
	EPT - MOVELARIA
	Chapas Derivadas da Madeira

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