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Disciplina de Fisoterapia Neurológica Professora: Érika Tonon Esclerose múltipla Esclerose em placas, esclerose disseminada. Doença do Sistema Nervoso Central; Lentamente progressiva; Caracteriza: por placas disseminadas de desmielinização (perda da substância - mielina - que envolve os nervos) no crânio e na medula espinhal; O termo esclerose múltipla é decorrente das múltiplas áreas de cicatrização (esclerose) que representam muitos focos de desmielinização no sistema nervoso Fisiopatologia: Na esclerose Múltipla (EM) as camadas de mielina que recobrem e isolam as fibras nervosas são destruídas, prejudicando a transmissão das mensagens ; A esclerose múltipla não é designada doença mental, mas sim uma doença neurológica, pois se trata de um problema de transmissão de impulsos nervosos. Ela afeta os nervos dos olhos, do cérebro e da medula espinhal de forma progressiva. Os sinais e sintomas neurológicos da esclerose múltipla são tão diversos que o médico pode não diagnosticá-la quando os primeiros sintomas ocorrem. Como a doença freqüentemente piora lentamente no decorrer do tempo, os indivíduos afetados apresentam períodos de saúde relativamente boa (remissões) alternados com períodos de fraqueza (exacerbações). Causa: Idiopática: (anomalias imunológicas, infecção produzida por um vírus latente ou lento e mielinólise por enzimas). Suscetibilidade genética: Devido a observações de casos familiares; Incidência: Atualmente há maior número de casos do que nos anos 50; Mulheres são um pouco mais afetadas do que os homens. Menor prevalência e incidência na América Latina, principalmente no Brasil, pois é mais comum em climas temperados do que em climas tropicais Sintomas: Fase inicial: é bastante sutil; sintomas transitórios (cinco dias) A pessoa pode passar dois ou três anos apresentando pequenos sintomas sensitivos, pequenas turvações da visão ou pequenas alterações no controle da urina sem dar importância a esses sinais porque em três ou quatro dias eles desaparecem e são atribuídos ao mau posicionamento do corpo durante o sono ou a um cisco que entrou no olho e turvou a visão, por exemplo. Fase intermediaria: sintoma de maior magnitude representado por fraqueza importante numa perna ou por perda visual prolongada (ida ao médico); pequenos tremores; visão dupla; Os sintomas aparecem no adulto jovem, ao redor dos 20, 30, 35 anos. Os mais freqüentes são: Sintomas sensitivos; Sintomas motores; Sintomas visuais; Sintomas vestibulares; Sintomas cerebelares; SINTOMAS SENSITIVOS: Perda de sensibilidade dos membros inferiores ou do hemicorpo; Indicam certos locais específicos do comprometimento do sistema nervoso central. QUAL? SINTOMAS MOTORES: Fraqueza muscular: ao segurar um copo; dificuldade para escrever ou para correr. SINTOMAS VISUAIS: pequenas turvações da visão; visão dupla; perda visual prolongada; SINTOMAS VESTIBULARES: Deficiência perceptual; Perda de referência espacial; Negligência do membro; SINTOMAS CEREBELARES: Disfunção sinérgica (desorganização do controle tônico postural); Incoordenação de membros e de movimentos finos; Marcha com desequilíbrio - ataxica (incoordenada, com base alargada, postura anteriorizada, olhar para o chão); Alteração da propriocepção inconsciente; DIAGNÓSTICO Coleta de líquido cefalorraquidiano (aumento dos leucócitos, anticorpos e proteínas ); RM: revela áreas desmielinizadas do cérebro. TRATAMENTO Clínico: Melhorar (às vezes) a sintomatologia. Antivirais; Combater os sintomas como:; Espasticidade (droga antiespástica, EX: toxinas botulínica); FISIOTERAPIA Objetivos: Manter ou aumentar as atividades funcionais; Promover melhora na qualidade de vida; Orientar e prevenir posturas viciosas e a utilização de órteses; Estimular atividades físicas adaptadas e adaptações para facilitar as atividades de vida prática (cozinhar, lavar louça, dirigir, etc). Recursos utilizados na fisioterapia: Cinesioterapia; Eletroterapia; Crioterapia; Massoterapia; Hidroterapia. Hidroterapia: Alívio da dor; Relaxamento (espasticidade e espasmos); Melhorar a coordenação e o equilíbrio; Trabalhar as paralisias e parestesias. Contra-indicação da hidroterapia: Infecção urinária; Infecção dermatológica; Incontinência urinária e ou fecal; Paciente em surto ou pós-surto de desmielinização no sistema nervoso central.
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