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POLÍCIA CIVIL - CEARÁ Legislação Extravagante - Prof. Ayres Barros Redes Sociais: E-mail: prof.ayresbarros@outlook.com Instagram: Ayres Barros YouTube: Professor Ayres Barros POLÍCIA CIVIL DO CEARÁ LEI DE EXECUÇÃO PENAL - Dos Regimes Art. 110. O Juiz, na sentença, estabelecerá o regime no qual o condenado iniciará o cumprimento da pena privativa de liberdade, observado o disposto no artigo 33 e seus parágrafos do Código Penal. CÓDIGO PENAL - RECLUSÃO OU DETENÇÃO - Art. 33 - A pena de reclusão deve ser cumprida em regime fechado, semi-aberto ou aberto. A de detenção, em regime semi-aberto, ou aberto, salvo necessidade de transferência a regime fechado. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) § 1º - Considera-se: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) a) regime fechado a execução da pena em estabelecimento de segurança máxima ou média; b) regime semi-aberto a execução da pena em colônia agrícola, industrial ou estabelecimento similar; c) regime aberto a execução da pena em casa de albergado ou estabelecimento adequado. § 2º - As penas privativas de liberdade deverão ser executadas em forma progressiva, segundo o mérito do condenado, observados os seguintes critérios e ressalvadas as hipóteses de transferência a regime mais rigoroso: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) a) o condenado a pena superior a 8 (oito) anos deverá começar a cumpri-la em regime fechado; b) o condenado não reincidente, cuja pena seja superior a 4 (quatro) anos e não exceda a 8 (oito), poderá, desde o princípio, cumpri-la em regime semi-aberto; c) o condenado não reincidente, cuja pena seja igual ou inferior a 4 (quatro) anos, poderá, desde o início, cumpri- la em regime aberto. EXAME CRIMINOLÓGICO - LEP - Art. 8º O condenado ao cumprimento de pena privativa de liberdade, em regime fechado, será submetido a exame criminológico para a obtenção dos elementos necessários a uma adequada classificação e com vistas à individualização da execução. LEP - Parágrafo único. Ao exame de que trata este artigo poderá ser submetido o condenado ao cumprimento da pena privativa de liberdade em regime semi-aberto. Art. 111. Quando houver condenação por mais de um crime, no mesmo processo ou em processos distintos, a determinação do regime de cumprimento será feita pelo resultado da soma ou unificação das penas, observada, quando for o caso, a detração ou remição. Parágrafo único. Sobrevindo condenação no curso da execução, somar-se-á a pena ao restante da que está sendo cumprida, para determinação do regime. Art. 112. A pena privativa de liberdade será executada em forma progressiva com a transferência para regime menos rigoroso, a ser determinada pelo juiz, quando o preso tiver cumprido ao menos um sexto da pena no regime anterior e ostentar bom comportamento carcerário, comprovado pelo diretor do estabelecimento, respeitadas as normas que vedam a progressão. (Redação dada pela Lei nº 10.792, de 2003) (Incluído pela Lei nº 10.792, de 2003) REGIME INTEGRALMENTE FECHADO – Em obediência ao Princípio da Individualização da pena, é vedado o cumprimento da pena em regime integralmente fechado, de modo que todos os condenados terão direito à progressão de regime. Até mesmo os condenados por crimes hediondos e equiparados terão direito à referida progressão de regime. Nesse sentido, o STF "A Constituição Federal, ao criar a figura do crime hediondo, assim dispôs no art. 5º, XLIII: (...) Não fez menção nenhuma a vedação de progressão de regime, como, aliás - é bom lembrar -, tampouco receitou tratamento penal stricto sensu (sanção penal) mais severo, quer no que tange ao incremento das penas, quer no tocante à sua execução. (HC 82959, Voto do Ministro Cezar Peluso, Tribunal Pleno, julgamento em 23.2.2006, DJ de 1.9.2006) PROGRESSÃO EM SALTOS – Progressão per saltun – é vedada. Nesse sentido, a súmula 491 do STJ - É inadmissível a chamada progressão per saltum de regime prisional. (Súmula 491, TERCEIRA SEÇÃO, julgado em 08/08/2012, DJe 13/08/2012) FALTA DE VAGAS NO REGIME MENOS GRAVOSO – Súmula Vinculante 56 A falta de estabelecimento penal adequado não autoriza a manutenção do condenado em regime prisional mais gravoso, devendo-se observar, nessa hipótese, os parâmetros fixados no RE 641.320/RS. "3. Os juízes da execução penal poderão avaliar os estabelecimentos destinados aos regimes semiaberto e aberto, para qualificação como adequados a tais regimes. São aceitáveis estabelecimentos que não se qualifiquem como 'colônia agrícola, industrial' (regime semiaberto) ou 'casa de albergado ou estabelecimento adequado' (regime aberto) (art. 33, § 1º, alíneas "b" e "c"). No entanto, não deverá haver alojamento conjunto de presos dos regimes semiaberto e aberto com presos do regime fechado. 4. Havendo déficit de vagas, deverão ser determinados: (i) a saída antecipada de sentenciado no regime com falta de vagas; (ii) a liberdade eletronicamente monitorada ao sentenciado que sai antecipadamente ou é posto em prisão domiciliar por falta de vagas; (iii) o cumprimento de penas restritivas de direito e/ou estudo ao sentenciado que progride ao regime aberto. Até que sejam estruturadas as medidas alternativas propostas, poderá ser deferida a prisão domiciliar ao sentenciado." (RE 641320, Relator Ministro Gilmar Mendes, Tribunal Pleno, julgamento em 11.5.2016, DJe de 8.8.2016, com repercussão geral - tema 423) REQUISITO OBJETIVO - 1. Crimes Comuns - LEP, art. 112. 2. Crimes Hediondos - LCH, art. 2º, §2º - A progressão de regime, no caso dos condenados aos crimes previstos neste artigo, dar-se-á após o cumprimento de 2/5 (dois quintos) da pena, se o apenado for primário, e de 3/5 (três quintos), se reincidente. (Redação dada pela Lei nº 11.464, de 2007) 3. Lei de Organização Criminosa - O art. 4º, §5º da Lei 12.840/13 traz - 5º - Se a colaboração for posterior à sentença, a pena poderá ser reduzida até a metade ou será admitida a progressão de regime ainda que ausentes os requisitos objetivos. 4. Crimes Funcionais - § 4º do art. 33 do Código Penal - O condenado por crime contra a administração pública terá a progressão de regime do cumprimento da pena condicionada à reparação do dano que causou, ou à devolução do produto do ilícito praticado, com os acréscimos legais. 5. Progressão Especial de Regime - Art. 112, §3º - LEP PENA UNIFICADA PARA FINS DE PROGRESSÃO DE REGIME – SÚMULA 715 – A pena unificada para atender ao limite de trinta anos de cumprimento, determinado pelo art. 75 do Código Penal, não é considerada para a concessão de outros benefícios, como o livramento condicional ou regime mais favorável de execução. STF - “[...] É que, em casos análogos ao em apreço, esta Suprema Corte já teve a oportunidade de assentar que os cálculos para a concessão de outros benefícios a serem realizados durante a execução da pena deverão recair sobre o total da pena aplicada ao condenado e não sobre a pena unificada prevista no art. 75, § 1º do CP. Em outras palavras, o limite de 30 anos previsto no CP apenas se reporta ao tempo máximo de efetivo cumprimento da pena, não podendo servir de cotejo para a aferição de requisitos temporais necessários à obtenção de outros benefícios legais." (HC 98450, Relator Ministro Gilmar Mendes, Segunda Turma, julgamento em 14.6.2010, DJ de 20.8.2010) REQUISITO SUBJETIVO - Bom comportamento carcerário. REQUISITO FORMAL - § 1o A decisão será sempre motivada e precedida de manifestação do Ministério Público e do defensor. (Redação dada pela Lei nº 10.792, de 2003) § 2o Idêntico procedimento será adotado na concessão de livramento condicional, indulto e comutação de penas, respeitados os prazos previstos nas normas vigentes. EXAME CRIMINOLÓGICO PARA FINS DE PROGRESSÃO DE REGIME - STF - Súmula Vinculante 26 - Para efeito de progressão de regime no cumprimento de pena por crime hediondo, ou equiparado, o juízo da execução observará a inconstitucionalidade do art. 2º da Lei nº 8.072, de 25 de julho de 1990, sem prejuízo de avaliar se o condenado preenche, ou não, os requisitos objetivos e subjetivos do benefício, podendo determinar, para tal fim, de modo fundamentado, a realização de exame criminológico. STJ- Súmula 439 - Admite-se o exame criminológico pelas peculiaridades do caso, desde que em decisão motivada. (Súmula 439, TERCEIRA SEÇÃO, julgado em 28/04/2010, DJe 13/05/2010) FUNDAMENTO VÁLIDO No STJ, o relator do habeas corpus, ministro Nefi Cordeiro, confirmou o entendimento. Ele lembrou ainda que, de acordo com a jurisprudência do tribunal, desde a Lei 10.793/03, que deu nova redação ao artigo 112 da Lei de Execução Penal, foi abolida a obrigatoriedade do exame criminológico como requisito para a concessão da progressão de regime, mas, segundo destacou, nada obsta sua utilização pelo magistrado como fundamento válido para o indeferimento do pedido de progressão. De acordo com Nefi Cordeiro, “mesmo que inexigível, uma vez realizado o exame criminológico, nada obsta sua utilização pelo magistrado como fundamento válido para o indeferimento do pedido de progressão de regime”, ainda que no parecer psicossocial não conste assinatura de médico psiquiatra. (STJ, HC 371602 - DATA - 27/02/2018) LAUDO DO EXAME CRIMINOLÓGICO – NÃO VINCULAÇÃO AO JUIZ – O laudo do exame criminológico não vincula o juiz, desta forma, o juiz fica livre para decidir com base no resultado do exame ou não. STJ - Informativo - 435 - “Quanto a isso, a jurisprudência do STJ já se firmou no sentido de que, embora a referida lei não o exija mais, o exame criminológico pode ser determinado pelo juízo mediante decisão fundamentada (Súm. n. 439-STJ), pois cabe ao magistrado verificar os requisitos subjetivos à luz do caso concreto. Ao juízo também é lícito negar o benefício quando recomendado pelas peculiaridades da causa, desde que também haja a necessária fundamentação, em observância do princípio da individualização da pena (art. 5º, XLVI, da CF/1988).” Precedentes citados: HC 114.747-SP, DJe 15/3/2010, e HC 122.531-SP, DJe 28/9/2009. HC 159.644-SP, Rel. Min. Laurita Vaz, julgado em 18/5/2010. PRÁTICA DE FALTA GRAVE - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA – Súmula 534 - A prática de falta grave interrompe a contagem do prazo para a progressão de regime de cumprimento de pena, o qual se reinicia a partir do cometimento dessa infração. (Súmula 534, TERCEIRA SEÇÃO, julgado em 10/06/2015, DJe 15/06/2015) PROGRESSÃO DE REGIME FECHADO PARA SEMI- ABERTO - Art. 112. Requisitos objetivos e subjetivo já citados. REQUISITOS PARA PROGRESSÃO DO REGIME DO SEMI-ABERTO PARA O ABERTO Art. 113. O ingresso do condenado em regime aberto supõe a aceitação de seu programa e das condições impostas pelo Juiz. Art. 114. Somente poderá ingressar no regime aberto o condenado que: I - estiver trabalhando ou comprovar a possibilidade de fazê-lo imediatamente; II - apresentar, pelos seus antecedentes ou pelo resultado dos exames a que foi submetido, fundados indícios de que irá ajustar-se, com autodisciplina e senso de responsabilidade, ao novo regime. Parágrafo único. Poderão ser dispensadas do trabalho as pessoas referidas no artigo 117 desta Lei. Art. 115. O Juiz poderá estabelecer condições especiais para a concessão de regime aberto, sem prejuízo das seguintes condições gerais e obrigatórias: I - permanecer no local que for designado, durante o repouso e nos dias de folga; II - sair para o trabalho e retornar, nos horários fixados; III - não se ausentar da cidade onde reside, sem autorização judicial; IV - comparecer a Juízo, para informar e justificar as suas atividades, quando for determinado. PROGRESSÃO DO REGIME SEMI-ABERTO PARA O ABERTO – REQUISITOS INICIAIS – O preso em regime semiaberto terá direito à progressão para o regime aberto. Para tal, ele deverá atender aos requisitos objetivos (lapso temporal) e subjetivos (bom comportamento) previstos no art. 112 da LEP. Além desses, temos outros previstos nos artigos 114, 115 e 116. Desse modo, são requisitos para o preso ingressar no regime aberto: 1. Requisitos objetivos (lapso temporal) e requisitos subjetivos (bom comportamento) – Art. 112; 2. Aceitação no programa e condições impostas pelo Juiz – Art. 113; 3. Capacidade para o trabalho art. 114, I; 4. Autodisciplina e senso de responsabilidade conforme o novo regime – Art. 114, II. 5. Condições Especiais (judiciais) e Facultativa – Art. 115, primeira parte. 6. Condições Ferais (legais) e obrigatórias – Art. 115, parte final. MODIFICAÇÃO DAS CONDIÇÕES - GERAIS E ESPECIAIS - Art. 116. O Juiz poderá modificar as condições estabelecidas, de ofício, a requerimento do Ministério Público, da autoridade administrativa ou do condenado, desde que as circunstâncias assim o recomendem. Art. 117. Somente se admitirá o recolhimento do beneficiário de regime aberto em residência particular quando se tratar de: I - condenado maior de 70 (setenta) anos; II - condenado acometido de doença grave; III - condenada com filho menor ou deficiente físico ou mental; IV - condenada gestante. Art. 118. A execução da pena privativa de liberdade ficará sujeita à forma regressiva, com a transferência para qualquer dos regimes mais rigorosos, quando o condenado: I - praticar fato definido como crime doloso ou falta grave; II - sofrer condenação, por crime anterior, cuja pena, somada ao restante da pena em execução, torne incabível o regime (artigo 111). § 1° O condenado será transferido do regime aberto se, além das hipóteses referidas nos incisos anteriores, frustrar os fins da execução ou não pagar, podendo, a multa cumulativamente imposta. § 2º Nas hipóteses do inciso I e do parágrafo anterior, deverá ser ouvido previamente o condenado. Súmula 526-STJ - O reconhecimento de falta grave decorrente do cometimento de fato definido como crime doloso no cumprimento da pena prescinde do trânsito em julgado de sentença penal condenatória no processo penal instaurado para apuração do fato. STJ. 3ª Seção. Aprovada em 13/05/2015 Seção VI Da Monitoração Eletrônica Art. 146-B. O juiz poderá definir a fiscalização por meio da monitoração eletrônica quando: II - autorizar a saída temporária no regime semiaberto. IV - determinar a prisão domiciliar. Art. 146-C. O condenado será instruído acerca dos cuidados que deverá adotar com o equipamento eletrônico e dos seguintes deveres. I - receber visitas do servidor responsável pela monitoração eletrônica, responder aos seus contatos e cumprir suas orientações. II - abster-se de remover, de violar, de modificar, de danificar de qualquer forma o dispositivo de monitoração eletrônica ou de permitir que outrem o faça; (Incluído pela Lei nº 12.258, de 2010) Parágrafo único. A violação comprovada dos deveres previstos neste artigo poderá acarretar, a critério do juiz da execução, ouvidos o Ministério Público e a defesa: I - a regressão do regime. II - a revogação da autorização de saída temporária; Art. 119. A legislação local poderá estabelecer normas complementares para o cumprimento da pena privativa de liberdade em regime aberto (artigo 36, § 1º, do Código Penal). PROGRESSÃO ESPECIAL DE REGIME - MULHER § 3º No caso de mulher gestante ou que for mãe ou responsável por crianças ou pessoas com deficiência, os requisitos para progressão de regime são, cumulativamente: (Incluído pela Lei nº 13.769, de 2018) I - não ter cometido crime com violência ou grave ameaça a pessoa; (Incluído pela Lei nº 13.769, de 2018) II - não ter cometido o crime contra seu filho ou dependente; (Incluído pela Lei nº 13.769, de 2018) III - ter cumprido ao menos 1/8 (um oitavo) da pena no regime anterior; (Incluído pela Lei nº 13.769, de 2018) IV - ser primária e ter bom comportamento carcerário, comprovado pelo diretor do estabelecimento; (Incluído pela Lei nº 13.769, de 2018) V - não ter integrado organização criminosa. (Incluído pela Lei nº 13.769, de 2018) § 4º O cometimento de novo crime doloso ou falta grave implicará a revogação do benefício previsto no § 3º deste artigo. (Incluído pela Lei nº 13.769, de 2018) Introdução - No dia 20 de Dezembro de 2018, entrou em vigor a Lei nº 13.769, de 2018 que altera diversas legislações, dentre elas, a Lei de Execução Penal (LEP). Fundamento - A inclusão do dispositivo legal visa à proteção integral da criança, considerada a pessoa até doze anos de idade incompletos. Destinação do benefício - Ao art. 112, foram incluídos os §§ 3º e 4º, que dispõem especificamente sobre a mulher gestante. Perceba que não se trata de qualquer mulher, e sim da mulher gestante ou que for mãe ou responsável por crianças ou pessoas com deficiência. Mãe ou responsável por adolescente poderá ser beneficiado com essa Progressão de Regime? O homem responsável por crianças ou pessoas com deficiência poderá ser beneficiado com essa Progressão de Regime? Requisitos - [...] Cumprimento de Lapso temporal - ter cumprido ao menos 1/8 (um oitavo) da pena no regime anterior - Trata-se de um requisito objetivo, que independe da natureza do crime. Em outras palavras, ou seja, independentemente se é crime hediondo ou equiparado, ela irá progredir com 1/8 (um oitavo) da pena. Exceção - Se o crime hediondo ou equiparado for praticado por meio de violência ou grave ameaça a pessoa, ela não será beneficiada, uma vez que descumpre o inciso I, do §3º, art. 112. Não aplicação do benefício - Desse modo, fazendo uma análise dos crimes hediondos, não se aplicará esse benefício à condenada por crime hediondo de: 1. homicídio (art. 121), quando praticado em atividade típica de grupo de extermínio, ainda que cometido por um só agente, e homicídio qualificado. 2. latrocínio (art. 157, § 3º, in fine); 3. extorsão qualificada pela morte (art. 158, § 2o); 4. extorsão mediante sequestro e na forma qualificada (art. 159, caput, e §§ l°, 2º e 3º); 5. estupro (art. 213, caput e §§ 1º e 2º) 6. estupro de vulnerável (art. 217-A, caput e §§ 1°, 2°, 3º e 4º); 7. Genocídio; 8. Tortura; 9. Terrorismo. Aplicação do benefício - De outro lado, admite-se a progressão especial de regime de o crime hediondo ou equiparado for: 1. falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais (art. 273, caput e § 1o, § 1o-A e § 1o- B, do CP) 2. favorecimento da prostituição ou de outra forma de exploração sexual de criança ou adolescente ou de vulnerável (art. 218-B, caput, e §§ 1º e 2º). 3. posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito, previsto no art. 16 da Lei no 10.826, de 22 de dezembro de 2003. 4. Tráfico de Drogas, previsto na Lei 11.343 de 2006. Alteração na lei dos crimes Hediondos - O Art. 2º, §2º da Lei dos Crimes hediondos agora traz um novo texto. Vejamos: Art. 2º , § 2º - A progressão de regime, no caso dos condenados pelos crimes previstos neste artigo, dar-se-á após o cumprimento de 2/5 (dois quintos) da pena, se o apenado for primário, e de 3/5 (três quintos), se reincidente, observado o disposto nos §§ 3º e 4º do art. 112 da Lei nº 7.210, de 11 de julho de 1984 (Lei de Execução Penal). Revogação do Benefício (art. 112, §4º) Regressão de regime - Impossibilidade de obter novamente a Progressão Especial de Regime. Regras para progressão após a Revogação do Benefício (art. 112, §§ 3º, 4º) - ATRIBUIÇÕES DO DEPARTAMENTO PENITENCIÁRIO NACIONAL REFERENTES À PROGRESSÃO ESPECIAL DE REGIME - Art. 72. São atribuições do Departamento Penitenciário Nacional: VII - acompanhar a execução da pena das mulheres beneficiadas pela progressão especial de que trata o § 3º do art. 112 desta Lei, monitorando sua integração social e a ocorrência de reincidência, específica ou não, mediante a realização de avaliações periódicas e de estatísticas criminais. (Incluído pela Lei nº 13.769, de 2018) § 1º Incumbem também ao Departamento a coordenação e supervisão dos estabelecimentos penais e de internamento federais. (Redação dada pela Lei nº 13.769, de 2018) § 2º Os resultados obtidos por meio do monitoramento e das avaliações periódicas previstas no inciso VII do caput deste artigo serão utilizados para, em função da efetividade da progressão especial para a ressocialização das mulheres de que trata o § 3º do art. 112 desta Lei, avaliar eventual desnecessidade do regime fechado de cumprimento de pena para essas mulheres nos casos de crimes cometidos sem violência ou grave ameaça. LEI DE EXECUÇÃO PENAL - PROGRESSÃO DE REGIME Tendo como base os estudos referentes à Progressão de Regime, julgue os itens a seguir: 01. (Prof. Ayres Barros) A pena privativa de liberdade será executada em forma progressiva com a transferência para quaisquer dos regimes, a ser determinada pelo juiz, desde que preenchidas as condições legais. 02. (Prof. Ayres Barros) A pena privativa de liberdade será executada em forma progressiva com a transferência para regime menos rigoroso, a ser determinada pelo juiz, quando o preso tiver cumprido ao menos um sexto da pena no regime anterior e ostentar bom comportamento carcerário, comprovado pela Comissão Técnica de Classificação, respeitadas as normas que vedam a progressão. 03. (Prof. Ayres Barros) A decisão sobre a progressão de regime poderá ser motivada e precedida de manifestação do Ministério Público e do defensor. 04. (Prof. Ayres Barros) A mulher gestante ou que for mãe ou responsável por crianças ou adolescentes ou pessoas com deficiência será beneficiada com a progressão especial de regime se cumprir ao menos 1/8 (um oitavo) da pena no regime anterior, além de preencher todos os demais requisitos previstos na lei. 05. (Prof. Ayres Barros) A mulher gestante ou que for mãe ou responsável por crianças ou pessoas com deficiência será beneficiada com a progressão especial de regime se não tiver cometido crime com violência ou grave ameaça a pessoa, além de preencher os requisitos alternativos previstos na lei. 06. (Prof. Ayres Barros) O homem responsável por crianças ou pessoas com deficiência será beneficiado com a progressão especial de regime se cumprir ao menos 1/8 (um oitavo) da pena no regime anterior, além de preencher todos os demais requisitos previstos na lei. 07. (Prof. Ayres Barros) No caso de crime hediondo, a mulher gestante terá será beneficiada com a progressão especial de regime se cumprir ao menos 1/8 (um oitavo) da pena no regime anterior, além de preencher todos os demais requisitos previstos na lei. 08. (Prof. Ayres Barros) A mãe por pessoas com deficiência, que foi beneficiada com a progressão especial, irá regredir de regime no caso de cometimento de novo crime doloso. 09. (Prof. Ayres Barros) A responsável por pessoas com deficiência, que foi beneficiada com a progressão especial, não mais poderá ser beneficiada com o benefício da progressão especial se praticar falta grave. 10. (Prof. Ayres Barros) O cometimento de novo crime doloso ou falta grave implicará a revogação do benefício da progressão especial de regime. Nesse caso, o reconhecimento de falta grave decorrente do cometimento de fato definido como crime doloso no cumprimento da pena prescinde do trânsito em julgado de sentença penal condenatória no processo penal instaurado para apuração do fato. GABARITO - 01. ERRADO 02. ERRADO 03. ERRADO 04. ERRADO 05. ERRADO 06. ERRADO 07. CERTO 08. CERTO 09. CERTO 10. CERTO
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