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Regimes de Cumprimento de Pena no Brasil

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POLÍCIA CIVIL - CEARÁ 
 
Legislação Extravagante - 
Prof. Ayres Barros 
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POLÍCIA CIVIL DO CEARÁ 
LEI DE EXECUÇÃO PENAL - 
Dos Regimes 
 
Art. 110. O Juiz, na sentença, estabelecerá o regime 
no qual o condenado iniciará o cumprimento da pena 
privativa de liberdade, observado o disposto no artigo 
33 e seus parágrafos do Código Penal. 
CÓDIGO PENAL - RECLUSÃO OU DETENÇÃO - 
 Art. 33 - A pena de reclusão deve ser cumprida em 
regime fechado, semi-aberto ou aberto. A de detenção, em 
regime semi-aberto, ou aberto, salvo necessidade de 
transferência a regime fechado. (Redação dada pela Lei nº 
7.209, de 11.7.1984) 
§ 1º - Considera-se: (Redação dada pela Lei nº 7.209, 
de 11.7.1984) 
a) regime fechado a execução da pena em 
estabelecimento de segurança máxima ou média; 
b) regime semi-aberto a execução da pena em colônia 
agrícola, industrial ou estabelecimento similar; 
c) regime aberto a execução da pena em casa de 
albergado ou estabelecimento adequado. 
§ 2º - As penas privativas de liberdade deverão ser 
executadas em forma progressiva, segundo o mérito do 
condenado, observados os seguintes critérios e ressalvadas 
as hipóteses de transferência a regime mais rigoroso: 
(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
a) o condenado a pena superior a 8 (oito) anos 
deverá começar a cumpri-la em regime fechado; 
b) o condenado não reincidente, cuja pena seja 
superior a 4 (quatro) anos e não exceda a 8 (oito), poderá, 
desde o princípio, cumpri-la em regime semi-aberto; 
c) o condenado não reincidente, cuja pena seja igual 
ou inferior a 4 (quatro) anos, poderá, desde o início, cumpri-
la em regime aberto. 
EXAME CRIMINOLÓGICO - 
 LEP - Art. 8º O condenado ao cumprimento de pena 
privativa de liberdade, em regime fechado, será submetido a 
exame criminológico para a obtenção dos elementos 
necessários a uma adequada classificação e com vistas à 
individualização da execução. 
LEP - Parágrafo único. Ao exame de que trata este 
artigo poderá ser submetido o condenado ao cumprimento 
da pena privativa de liberdade em regime semi-aberto. 
 
Art. 111. Quando houver condenação por mais de um 
crime, no mesmo processo ou em processos distintos, 
a determinação do regime de cumprimento será feita 
pelo resultado da soma ou unificação das penas, 
observada, quando for o caso, a detração ou remição. 
Parágrafo único. Sobrevindo condenação no 
curso da execução, somar-se-á a pena ao restante da 
que está sendo cumprida, para determinação do 
regime. 
Art. 112. A pena privativa de liberdade será 
executada em forma progressiva com a transferência 
para regime menos rigoroso, a ser determinada pelo 
juiz, quando o preso tiver cumprido ao menos um 
sexto da pena no regime anterior e ostentar bom 
comportamento carcerário, comprovado pelo diretor 
do estabelecimento, respeitadas as normas que 
vedam a progressão. (Redação dada pela 
Lei nº 10.792, de 2003) 
(Incluído pela Lei nº 10.792, de 2003) 
REGIME INTEGRALMENTE FECHADO – Em obediência 
ao Princípio da Individualização da pena, é vedado o 
cumprimento da pena em regime integralmente fechado, de 
modo que todos os condenados terão direito à progressão 
de regime. Até mesmo os condenados por crimes hediondos 
e equiparados terão direito à referida progressão de regime. 
Nesse sentido, o STF 
"A Constituição Federal, ao criar a figura do crime hediondo, 
assim dispôs no art. 5º, XLIII: (...) Não fez menção nenhuma 
a vedação de progressão de regime, como, aliás - é bom 
lembrar -, tampouco receitou tratamento penal stricto sensu 
(sanção penal) mais severo, quer no que tange ao incremento 
das penas, quer no tocante à sua execução. (HC 82959, Voto 
do Ministro Cezar Peluso, Tribunal Pleno, julgamento em 
23.2.2006, DJ de 1.9.2006) 
 
PROGRESSÃO EM SALTOS – Progressão per saltun – é 
vedada. 
Nesse sentido, a súmula 491 do STJ - É inadmissível a 
chamada progressão per saltum de regime prisional. 
 
 
 
(Súmula 491, TERCEIRA SEÇÃO, julgado em 08/08/2012, 
DJe 13/08/2012) 
FALTA DE VAGAS NO REGIME MENOS GRAVOSO – 
Súmula Vinculante 56 
A falta de estabelecimento penal adequado não autoriza a 
manutenção do condenado em regime prisional mais gravoso, 
devendo-se observar, nessa hipótese, os parâmetros fixados 
no RE 641.320/RS. 
 
"3. Os juízes da execução penal poderão avaliar os 
estabelecimentos destinados aos regimes semiaberto e 
aberto, para qualificação como adequados a tais regimes. São 
aceitáveis estabelecimentos que não se qualifiquem como 
'colônia agrícola, industrial' (regime semiaberto) ou 'casa de 
albergado ou estabelecimento adequado' (regime aberto) 
(art. 33, § 1º, alíneas "b" e "c"). No entanto, não deverá haver 
alojamento conjunto de presos dos regimes semiaberto e 
aberto com presos do regime fechado. 4. Havendo déficit de 
vagas, deverão ser determinados: 
(i) a saída antecipada de sentenciado no regime com falta de 
vagas; 
(ii) a liberdade eletronicamente monitorada ao sentenciado 
que sai antecipadamente ou é posto em prisão domiciliar por 
falta de vagas; 
(iii) o cumprimento de penas restritivas de direito e/ou estudo 
ao sentenciado que progride ao regime aberto. Até que sejam 
estruturadas as medidas alternativas propostas, poderá ser 
deferida a prisão domiciliar ao sentenciado." (RE 641320, 
Relator Ministro Gilmar Mendes, Tribunal Pleno, julgamento 
em 11.5.2016, DJe de 8.8.2016, com repercussão geral - tema 
423) 
 
REQUISITO OBJETIVO - 
1. Crimes Comuns - LEP, art. 112. 
 
2. Crimes Hediondos - LCH, art. 2º, §2º - A 
progressão de regime, no caso dos condenados 
aos crimes previstos neste artigo, dar-se-á após o 
cumprimento de 2/5 (dois quintos) da pena, se o 
apenado for primário, e de 3/5 (três quintos), se 
reincidente. (Redação dada pela Lei nº 11.464, 
de 2007) 
 
3. Lei de Organização Criminosa - O art. 4º, 
§5º da Lei 12.840/13 traz - 5º - Se a 
colaboração for posterior à sentença, a pena 
poderá ser reduzida até a metade ou será 
admitida a progressão de regime ainda que 
ausentes os requisitos objetivos. 
 
4. Crimes Funcionais - § 4º do art. 33 do 
Código Penal - 
O condenado por crime contra a administração 
pública terá a progressão de regime do 
cumprimento da pena condicionada à reparação 
do dano que causou, ou à devolução do produto 
do ilícito praticado, com os acréscimos legais. 
 
5. Progressão Especial de Regime - Art. 112, 
§3º - LEP 
PENA UNIFICADA PARA FINS DE PROGRESSÃO DE 
REGIME – 
SÚMULA 715 – A pena unificada para atender ao limite de 
trinta anos de cumprimento, determinado pelo art. 75 do 
Código Penal, não é considerada para a concessão de outros 
benefícios, como o livramento condicional ou regime mais 
favorável de execução. 
STF - “[...] É que, em casos análogos ao em apreço, esta 
Suprema Corte já teve a oportunidade de assentar que os 
cálculos para a concessão de outros benefícios a serem 
realizados durante a execução da pena deverão recair sobre 
o total da pena aplicada ao condenado e não sobre a pena 
unificada prevista no art. 75, § 1º do CP. Em outras 
palavras, o limite de 30 anos previsto no CP apenas se 
reporta ao tempo máximo de efetivo cumprimento da pena, 
não podendo servir de cotejo para a aferição de requisitos 
temporais necessários à obtenção de outros benefícios 
legais." (HC 98450, Relator Ministro Gilmar Mendes, Segunda 
Turma, julgamento em 14.6.2010, DJ de 20.8.2010) 
 
REQUISITO SUBJETIVO - Bom comportamento carcerário. 
REQUISITO FORMAL - 
 § 1o A decisão será sempre motivada e precedida de 
manifestação do Ministério Público e do 
defensor. (Redação dada pela Lei nº 
10.792,
de 2003) 
§ 2o Idêntico procedimento será adotado na 
concessão de livramento condicional, indulto e 
comutação de penas, respeitados os prazos previstos 
nas normas vigentes. 
EXAME CRIMINOLÓGICO PARA FINS DE 
PROGRESSÃO DE REGIME - 
STF - Súmula Vinculante 26 - Para efeito de 
progressão de regime no cumprimento de pena por 
crime hediondo, ou equiparado, o juízo da execução 
observará a inconstitucionalidade do art. 2º da Lei 
nº 8.072, de 25 de julho de 1990, sem prejuízo de 
avaliar se o condenado preenche, ou não, os 
requisitos objetivos e subjetivos do benefício, 
podendo determinar, para tal fim, de modo 
fundamentado, a realização de exame 
criminológico. 
STJ- Súmula 439 - Admite-se o exame 
criminológico pelas peculiaridades do caso, desde que 
em decisão motivada. (Súmula 439, TERCEIRA 
SEÇÃO, julgado em 28/04/2010, DJe 13/05/2010) 
FUNDAMENTO VÁLIDO 
 
 
 
No STJ, o relator do habeas corpus, ministro Nefi 
Cordeiro, confirmou o entendimento. Ele lembrou 
ainda que, de acordo com a jurisprudência do 
tribunal, desde a Lei 10.793/03, que deu nova 
redação ao artigo 112 da Lei de Execução Penal, foi 
abolida a obrigatoriedade do exame criminológico 
como requisito para a concessão da progressão de 
regime, mas, segundo destacou, nada obsta sua 
utilização pelo magistrado como fundamento válido 
para o indeferimento do pedido de progressão. 
De acordo com Nefi Cordeiro, “mesmo que inexigível, 
uma vez realizado o exame criminológico, nada obsta 
sua utilização pelo magistrado como fundamento 
válido para o indeferimento do pedido de progressão 
de regime”, ainda que no parecer psicossocial não 
conste assinatura de médico psiquiatra. (STJ, HC 
371602 - DATA - 27/02/2018) 
 
LAUDO DO EXAME CRIMINOLÓGICO – NÃO 
VINCULAÇÃO AO JUIZ – 
O laudo do exame criminológico não vincula o juiz, 
desta forma, o juiz fica livre para decidir com base 
no resultado do exame ou não. 
STJ - Informativo - 435 - “Quanto a isso, a 
jurisprudência do STJ já se firmou no sentido de 
que, embora a referida lei não o exija mais, o 
exame criminológico pode ser determinado pelo 
juízo mediante decisão fundamentada (Súm. n. 
439-STJ), pois cabe ao magistrado verificar os 
requisitos subjetivos à luz do caso concreto. Ao 
juízo também é lícito negar o benefício 
quando recomendado pelas peculiaridades da 
causa, desde que também haja a necessária 
fundamentação, em observância do princípio 
da individualização da pena (art. 5º, XLVI, da 
CF/1988).” Precedentes citados: HC 114.747-SP, 
DJe 15/3/2010, e HC 122.531-SP, DJe 28/9/2009. 
HC 159.644-SP, Rel. Min. Laurita Vaz, julgado em 
18/5/2010. 
PRÁTICA DE FALTA GRAVE - 
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA – 
Súmula 534 - A prática de falta grave interrompe a 
contagem do prazo para a progressão de regime de 
cumprimento de pena, o qual se reinicia a partir do 
cometimento dessa infração. (Súmula 534, 
TERCEIRA SEÇÃO, julgado em 10/06/2015, DJe 
15/06/2015) 
PROGRESSÃO DE REGIME FECHADO PARA SEMI-
ABERTO - Art. 112. 
Requisitos objetivos e subjetivo já citados. 
REQUISITOS PARA PROGRESSÃO DO REGIME DO 
SEMI-ABERTO PARA O ABERTO 
Art. 113. O ingresso do condenado em regime 
aberto supõe a aceitação de seu programa e das 
condições impostas pelo Juiz. 
Art. 114. Somente poderá ingressar no regime 
aberto o condenado que: 
I - estiver trabalhando ou comprovar a 
possibilidade de fazê-lo imediatamente; 
II - apresentar, pelos seus antecedentes ou 
pelo resultado dos exames a que foi submetido, 
fundados indícios de que irá ajustar-se, com 
autodisciplina e senso de responsabilidade, ao novo 
regime. 
Parágrafo único. Poderão ser dispensadas do 
trabalho as pessoas referidas no artigo 117 desta Lei. 
Art. 115. O Juiz poderá estabelecer condições 
especiais para a concessão de regime aberto, sem 
prejuízo das seguintes condições gerais e 
obrigatórias: 
I - permanecer no local que for designado, 
durante o repouso e nos dias de folga; 
II - sair para o trabalho e retornar, nos horários 
fixados; 
III - não se ausentar da cidade onde reside, 
sem autorização judicial; 
IV - comparecer a Juízo, para informar e 
justificar as suas atividades, quando for determinado. 
PROGRESSÃO DO REGIME SEMI-ABERTO PARA O 
ABERTO – 
REQUISITOS INICIAIS – 
O preso em regime semiaberto terá direito à progressão para 
o regime aberto. Para tal, ele deverá atender aos requisitos 
objetivos (lapso temporal) e subjetivos (bom 
comportamento) previstos no art. 112 da LEP. Além desses, 
temos outros previstos nos artigos 114, 115 e 116. Desse 
modo, são requisitos para o preso ingressar no regime 
aberto: 
1. Requisitos objetivos (lapso temporal) e requisitos 
subjetivos (bom comportamento) – Art. 112; 
2. Aceitação no programa e condições impostas pelo Juiz – 
Art. 113; 
3. Capacidade para o trabalho art. 114, I; 
4. Autodisciplina e senso de responsabilidade conforme o 
novo regime – Art. 114, II. 
5. Condições Especiais (judiciais) e Facultativa – Art. 115, 
primeira parte. 
 
 
 
6. Condições Ferais (legais) e obrigatórias – Art. 115, parte 
final. 
MODIFICAÇÃO DAS CONDIÇÕES - GERAIS E 
ESPECIAIS - 
Art. 116. O Juiz poderá modificar as condições 
estabelecidas, de ofício, a requerimento do Ministério 
Público, da autoridade administrativa ou do 
condenado, desde que as circunstâncias assim o 
recomendem. 
Art. 117. Somente se admitirá o recolhimento do 
beneficiário de regime aberto em residência 
particular quando se tratar de: 
I - condenado maior de 70 (setenta) anos; 
II - condenado acometido de doença grave; 
III - condenada com filho menor ou deficiente 
físico ou mental; 
IV - condenada gestante. 
 
Art. 118. A execução da pena privativa de 
liberdade ficará sujeita à forma regressiva, com a 
transferência para qualquer dos regimes mais 
rigorosos, quando o condenado: 
I - praticar fato definido como crime doloso ou 
falta grave; 
II - sofrer condenação, por crime anterior, cuja 
pena, somada ao restante da pena em execução, 
torne incabível o regime (artigo 111). 
§ 1° O condenado será transferido do regime 
aberto se, além das hipóteses referidas nos incisos 
anteriores, frustrar os fins da execução ou não pagar, 
podendo, a multa cumulativamente imposta. 
§ 2º Nas hipóteses do inciso I e do parágrafo 
anterior, deverá ser ouvido previamente o 
condenado. 
Súmula 526-STJ - O reconhecimento de falta grave 
decorrente do cometimento de fato definido como crime 
doloso no cumprimento da pena prescinde do 
trânsito em julgado de sentença penal condenatória 
no processo penal instaurado para apuração do fato. 
STJ. 3ª Seção. Aprovada em 13/05/2015 
 
Seção VI 
 
Da Monitoração Eletrônica 
Art. 146-B. O juiz poderá definir a fiscalização por 
meio da monitoração eletrônica quando: 
II - autorizar a saída temporária no regime 
semiaberto. 
IV - determinar a prisão domiciliar. 
Art. 146-C. O condenado será instruído acerca dos 
cuidados que deverá adotar com o equipamento eletrônico e 
dos seguintes deveres. 
I - receber visitas do servidor responsável pela 
monitoração eletrônica, responder aos seus contatos e 
cumprir suas orientações. 
 II - abster-se de remover, de violar, de modificar, de 
danificar de qualquer forma o dispositivo de monitoração 
eletrônica ou de permitir que outrem o faça; 
(Incluído pela Lei nº 12.258, de 2010) 
 Parágrafo único. A violação comprovada dos deveres 
previstos neste artigo poderá acarretar, a critério do juiz da 
execução, ouvidos o Ministério Público e a defesa: 
 I - a regressão do regime. 
II - a revogação da autorização de saída temporária; 
 
Art.
119. A legislação local poderá estabelecer 
normas complementares para o cumprimento da 
pena privativa de liberdade em regime aberto (artigo 
36, § 1º, do Código Penal). 
 
PROGRESSÃO ESPECIAL DE REGIME - MULHER 
§ 3º No caso de mulher gestante ou que for mãe ou 
responsável por crianças ou pessoas com deficiência, 
os requisitos para progressão de regime são, 
cumulativamente: (Incluído pela Lei nº 
13.769, de 2018) 
I - não ter cometido crime com violência ou 
grave ameaça a pessoa; (Incluído pela Lei nº 13.769, 
de 2018) 
II - não ter cometido o crime contra seu filho ou 
dependente; (Incluído pela Lei nº 13.769, de 2018) 
III - ter cumprido ao menos 1/8 (um oitavo) da 
pena no regime anterior; (Incluído pela Lei nº 13.769, 
de 2018) 
IV - ser primária e ter bom comportamento 
carcerário, comprovado pelo diretor do 
estabelecimento; (Incluído pela Lei nº 
13.769, de 2018) 
 
 
 
V - não ter integrado organização 
criminosa. (Incluído pela Lei nº 13.769, de 
2018) 
§ 4º O cometimento de novo crime doloso ou 
falta grave implicará a revogação do benefício previsto 
no § 3º deste artigo. (Incluído pela Lei nº 
13.769, de 2018) 
 Introdução - No dia 20 de Dezembro de 2018, 
entrou em vigor a Lei nº 13.769, de 2018 que altera 
diversas legislações, dentre elas, a Lei de Execução 
Penal (LEP). 
 
 Fundamento - A inclusão do dispositivo legal visa à 
proteção integral da criança, considerada a pessoa 
até doze anos de idade incompletos. 
 
 Destinação do benefício - Ao art. 112, foram 
incluídos os §§ 3º e 4º, que dispõem 
especificamente sobre a mulher gestante. Perceba 
que não se trata de qualquer mulher, e sim da 
mulher gestante ou que for mãe ou responsável por 
crianças ou pessoas com deficiência. 
 
 Mãe ou responsável por adolescente poderá 
ser beneficiado com essa Progressão de 
Regime? 
 
 O homem responsável por crianças ou pessoas 
com deficiência poderá ser beneficiado com 
essa Progressão de Regime? 
 Requisitos - [...] 
 
Cumprimento de Lapso temporal - 
 
ter cumprido ao menos 1/8 (um oitavo) 
da pena no regime anterior - Trata-se de 
um requisito objetivo, que independe da 
natureza do crime. Em outras palavras, ou 
seja, independentemente se é crime 
hediondo ou equiparado, ela irá progredir 
com 1/8 (um oitavo) da pena. 
 
Exceção - Se o crime hediondo ou 
equiparado for praticado por meio de 
violência ou grave ameaça a pessoa, ela não 
será beneficiada, uma vez que descumpre o 
inciso I, do §3º, art. 112. 
 
Não aplicação do benefício - Desse modo, 
fazendo uma análise dos crimes hediondos, 
não se aplicará esse benefício à condenada 
por crime hediondo de: 
 
1. homicídio (art. 121), quando praticado em atividade 
típica de grupo de extermínio, ainda que cometido 
por um só agente, e homicídio qualificado. 
2. latrocínio (art. 157, § 3º, in fine); 
3. extorsão qualificada pela morte (art. 158, § 2o); 
4. extorsão mediante sequestro e na forma qualificada 
(art. 159, caput, e §§ l°, 2º e 3º); 
5. estupro (art. 213, caput e §§ 1º e 2º) 
6. estupro de vulnerável (art. 217-A, caput e §§ 1°, 2°, 
3º e 4º); 
7. Genocídio; 
8. Tortura; 
9. Terrorismo. 
Aplicação do benefício - De outro lado, admite-se a 
progressão especial de regime de o crime hediondo ou 
equiparado for: 
1. falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de 
produto destinado a fins terapêuticos ou 
medicinais (art. 273, caput e § 1o, § 1o-A e § 1o-
B, do CP) 
 
2. favorecimento da prostituição ou de outra forma 
de exploração sexual de criança ou adolescente ou 
de vulnerável (art. 218-B, caput, e §§ 1º e 2º). 
 
3. posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso 
restrito, previsto no art. 16 da Lei no 10.826, de 22 
de dezembro de 2003. 
 
4. Tráfico de Drogas, previsto na Lei 11.343 de 2006. 
 
Alteração na lei dos crimes Hediondos - O Art. 2º, §2º 
da Lei dos Crimes hediondos agora traz um novo texto. 
Vejamos: 
Art. 2º , § 2º - A progressão de regime, no caso dos 
condenados pelos crimes previstos neste artigo, dar-se-á 
após o cumprimento de 2/5 (dois quintos) da pena, se o 
apenado for primário, e de 3/5 (três quintos), se 
reincidente, observado o disposto nos §§ 3º e 4º do 
art. 112 da Lei nº 7.210, de 11 de julho de 1984 
(Lei de Execução Penal). 
 
Revogação do Benefício (art. 112, §4º) 
 Regressão de regime - 
 Impossibilidade de obter novamente a 
Progressão Especial de Regime. 
Regras para progressão após a Revogação do 
Benefício (art. 112, §§ 3º, 4º) - 
 
ATRIBUIÇÕES DO DEPARTAMENTO PENITENCIÁRIO 
NACIONAL REFERENTES À PROGRESSÃO ESPECIAL 
DE REGIME - 
Art. 72. São atribuições do Departamento 
Penitenciário Nacional: 
VII - acompanhar a execução da pena das mulheres 
beneficiadas pela progressão especial de que trata o § 3º do 
art. 112 desta Lei, monitorando sua integração social e a 
ocorrência de reincidência, específica ou não, mediante a 
realização de avaliações periódicas e de estatísticas 
criminais. (Incluído pela Lei nº 13.769, de 2018) 
§ 1º Incumbem também ao Departamento a 
coordenação e supervisão dos estabelecimentos penais e de 
 
 
 
internamento federais. (Redação dada pela Lei 
nº 13.769, de 2018) 
§ 2º Os resultados obtidos por meio do monitoramento e 
das avaliações periódicas previstas no inciso VII 
do caput deste artigo serão utilizados para, em função da 
efetividade da progressão especial para a ressocialização das 
mulheres de que trata o § 3º do art. 112 desta Lei, avaliar 
eventual desnecessidade do regime fechado de cumprimento 
de pena para essas mulheres nos casos de crimes cometidos 
sem violência ou grave ameaça. 
 
 
LEI DE EXECUÇÃO PENAL - 
 
PROGRESSÃO DE REGIME 
Tendo como base os estudos referentes à Progressão 
de Regime, julgue os itens a seguir: 
 
01. (Prof. Ayres Barros) A pena privativa de 
liberdade será executada em forma progressiva 
com a transferência para quaisquer dos regimes, a 
ser determinada pelo juiz, desde que preenchidas 
as condições legais. 
 
02. (Prof. Ayres Barros) A pena privativa de 
liberdade será executada em forma progressiva 
com a transferência para regime menos rigoroso, a 
ser determinada pelo juiz, quando o preso tiver 
cumprido ao menos um sexto da pena no regime 
anterior e ostentar bom comportamento carcerário, 
comprovado pela Comissão Técnica de 
Classificação, respeitadas as normas que vedam a 
progressão. 
 
03. (Prof. Ayres Barros) A decisão sobre a 
progressão de regime poderá ser motivada e 
precedida de manifestação do Ministério Público e 
do defensor. 
 
04. (Prof. Ayres Barros) A mulher gestante ou que 
for mãe ou responsável por crianças ou 
adolescentes ou pessoas com deficiência será 
beneficiada com a progressão especial de regime se 
cumprir ao menos 1/8 (um oitavo) da pena no 
regime anterior, além de preencher todos os 
demais requisitos previstos na lei. 
 
05. (Prof. Ayres Barros) A mulher gestante ou que 
for mãe ou responsável por crianças ou pessoas 
com deficiência será beneficiada com a progressão 
especial de regime se não tiver cometido crime com 
violência ou grave ameaça a pessoa, além de 
preencher os requisitos alternativos previstos na lei. 
 
06. (Prof. Ayres Barros) O homem responsável por 
crianças ou pessoas com deficiência será 
beneficiado com a progressão especial de regime se 
cumprir ao menos 1/8 (um oitavo) da pena no 
regime anterior, além de preencher todos os 
demais requisitos previstos na lei. 
 
07. (Prof. Ayres Barros) No caso de
crime hediondo, 
a mulher gestante terá será beneficiada com a 
progressão especial de regime se cumprir ao menos 
1/8 (um oitavo) da pena no regime anterior, além 
de preencher todos os demais requisitos previstos 
na lei. 
 
08. (Prof. Ayres Barros) A mãe por pessoas com 
deficiência, que foi beneficiada com a progressão 
especial, irá regredir de regime no caso de 
cometimento de novo crime doloso. 
 
09. (Prof. Ayres Barros) A responsável por pessoas 
com deficiência, que foi beneficiada com a 
progressão especial, não mais poderá ser 
beneficiada com o benefício da progressão especial 
se praticar falta grave. 
 
10. (Prof. Ayres Barros) O cometimento de novo 
crime doloso ou falta grave implicará a revogação 
do benefício da progressão especial de regime. 
Nesse caso, o reconhecimento de falta grave 
decorrente do cometimento de fato definido como 
crime doloso no cumprimento da pena prescinde do 
trânsito em julgado de sentença penal condenatória 
no processo penal instaurado para apuração do 
fato. 
GABARITO - 
01. ERRADO 
02. ERRADO 
03. ERRADO 
04. ERRADO 
05. ERRADO 
06. ERRADO 
07. CERTO 
08. CERTO 
09. CERTO 
10. CERTO

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