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direito penal III / sanção penal

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PROF. ME. WENDELL LUIS ROSA 
AULA 01 – DIREITO PENAL III 
SANÇÃO PENAL: PENAS PRIVATIVAS DE LIBERDADE 
1. SANÇÃO PENAL 
• Sanção penal é a consequência imposta a alguém pela prática de um ilícito penal. 
a) Pena: para os imputáveis 
b) Medida de segurança: para os inimputáveis 
2. PENAS 
2.1. FINALIDADES DA PENA 
a) Retribuição pelo injusto (Teoria absoluta ou da retribuição): O sujeito que pratica 
um crime será submetido a um “castigo” 
b) Readaptação social – prevenção especial (Teoria finalista ou utilitária): 
Ressocialização; do condenado 
c) Prevenção – prevenção geral (Teoria finalista ou utilitária): A pena tem que servir de 
exemplo, para que outros não queiram cair na vida do crime 
• O Brasil adotou a teoria mista (eclética, intermediária ou conciliatória). 
2.2. MODALIDADES DE PENA (ART. 32 DO CP) 
a) Privativas de liberdade: Reclusão e Detenção 
b) Restritivas de direitos: Prestação serviços a comunidade, Prestação inominada 
(entrega de cesta básica) 
c) Pecuniárias (de multa): Penas de multa 
 
Art. 32 - As penas são: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
I - privativas de liberdade; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
II - restritivas de direitos; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
III - de multa. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
 
 
 
 
 
 
3. PENAS PRIVATIVAS DE LIBERDADE: Inicio de regime 
 
3.1. ESPÉCIES 
a) Reclusão (art. 33, caput, do CP) Está ligada ao crime, ( aos crimes mais graves) 
Art. 33 - A pena de reclusão deve ser cumprida em regime fechado, semi-aberto ou 
aberto. A de detenção, em regime semi-aberto, ou aberto, salvo necessidade de 
transferência a regime fechado. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
§ 1º - Considera-se: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
a) regime fechado a execução da pena em estabelecimento de segurança máxima ou 
média; 
b) regime semi-aberto a execução da pena em colônia agrícola, industrial ou 
estabelecimento similar; 
c) regime aberto a execução da pena em casa de albergado ou estabelecimento 
adequado. 
§ 2º - As penas privativas de liberdade deverão ser executadas em forma progressiva, 
segundo o mérito do condenado, observados os seguintes critérios e ressalvadas as 
hipóteses de transferência a regime mais rigoroso: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 
11.7.1984) 
a) o condenado a pena superior a 8 (oito) anos deverá começar a cumpri-la em regime 
fechado; 
b) o condenado não reincidente, cuja pena seja superior a 4 (quatro) anos e não 
exceda a 8 (oito), poderá, desde o princípio, cumpri-la em regime semi-aberto; 
c) o condenado não reincidente, cuja pena seja igual ou inferior a 4 (quatro) anos, 
poderá, desde o início, cumpri-la em regime aberto. 
§ 3º - A determinação do regime inicial de cumprimento da pena far-se-á com 
observância dos critérios previstos no art. 59 deste Código. (Redação dada pela Lei nº 
7.209, de 11.7.1984) 
§ 4o O condenado por crime contra a administração pública terá a progressão de 
regime do cumprimento da pena condicionada à reparação do dano que causou, ou à 
devolução do produto do ilícito praticado, com os acréscimos legais. (Incluído pela Lei 
nº 10.763, de 12.11.2003) 
Regras do regime fechado 
b) Detenção (art. 33, caput, do CP) Está ligada ao crime ( crimes mais leves) 
Art. 33 - A pena de reclusão deve ser cumprida em regime fechado, semi-aberto ou 
aberto. A de detenção, em regime semi-aberto, ou aberto, salvo necessidade de 
transferência a regime fechado. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
§ 1º - Considera-se: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
a) regime fechado a execução da pena em estabelecimento de segurança máxima ou 
média; 
b) regime semi-aberto a execução da pena em colônia agrícola, industrial ou 
estabelecimento similar; 
c) regime aberto a execução da pena em casa de albergado ou estabelecimento 
adequado. 
§ 2º - As penas privativas de liberdade deverão ser executadas em forma progressiva, 
segundo o mérito do condenado, observados os seguintes critérios e ressalvadas as 
hipóteses de transferência a regime mais rigoroso: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 
11.7.1984) 
a) o condenado a pena superior a 8 (oito) anos deverá começar a cumpri-la em regime 
fechado; 
b) o condenado não reincidente, cuja pena seja superior a 4 (quatro) anos e não 
exceda a 8 (oito), poderá, desde o princípio, cumpri-la em regime semi-aberto; 
c) o condenado não reincidente, cuja pena seja igual ou inferior a 4 (quatro) anos, 
poderá, desde o início, cumpri-la em regime aberto. 
§ 3º - A determinação do regime inicial de cumprimento da pena far-se-á com 
observância dos critérios previstos no art. 59 deste Código. (Redação dada pela Lei nº 
7.209, de 11.7.1984) 
§ 4o O condenado por crime contra a administração pública terá a progressão de 
regime do cumprimento da pena condicionada à reparação do dano que causou, ou à 
devolução do produto do ilícito praticado, com os acréscimos legais. (Incluído pela Lei 
nº 10.763, de 12.11.2003) 
 
 
c) Prisão simples (contravenções – art. 6º da LCP – Dec. Lei nº 3.688/41) Trata-se de 
contravenção penal. 
3.2. DIFERENÇAS ENTRE RECLUSÃO E DETENÇÃO: 
** Na DETENÇÃO NÂO pode iniciar em regime fechado 
** Na RECLUSÃO o condenado PODE iniciar em qualquer regime; aberto, semiaberto, 
fechado. 
** O pai quando pratica um crime contra um filho, ele pode ser incapacitado do poder 
familiar em face sobre filho, desde que ele pratique um crime punido com RECLUSÃO 
** O juiz só pode autorizar a interceptação telefônica, quando a suspeita de um crime 
punido com RECLUSÃO 
SANÇÃO PENAL: PENAS PRIVATIVAS DE LIBERDADE 
3.3. A PRISÃO SIMPLES (ART. 6º DA LCP) Art. 6º A pena de prisão simples deve ser 
cumprida, sem rigor penitenciário, em estabelecimento especial ou seção especial de 
prisão comum, em regime semi-aberto ou aberto. (Redação dada pela Lei nº 6.416, de 
24.5.1977) 
§ 1º O condenado a pena de prisão simples fica sempre separado dos condenados a 
pena de reclusão ou de detenção. 
 A lei fala que não pode ficar junto aos condenados a penas de reclusão e detenção. 
 
3.4. REGIMES PENITENCIÁRIOS (ARTS. 33, 34 E 36 DO CP e ARTS. 110 a 119 da LEP) 
a) Fechado (art. 33, §1º, a, e 34 do CP) 
Art. 33 - A pena de reclusão deve ser cumprida em regime fechado, semi-
aberto ou aberto. A de detenção, em regime semi-aberto, ou aberto, salvo 
necessidade de transferência a regime fechado. (Redação dada pela Lei nº 
7.209, de 11.7.1984) 
§ 1º - Considera-se: 
a) regime fechado a execução da pena em estabelecimento de segurança 
máxima ou média; 
 
Art. 34 - O condenado será submetido, no início do cumprimento da pena, a 
exame criminológico de classificação para individualização da execução. 
§ 1º - O condenado fica sujeito a trabalho no período diurno e a isolamento 
durante o repouso noturno. 
§ 2º - O trabalho será em comum dentro do estabelecimento, na conformidade 
das aptidões ou ocupações anteriores do condenado, desde que compatíveis 
com a execução da pena. 
§ 3º - O trabalho externo é admissível, no regime fechado, em serviços ou obras 
públicas. 
 
b) Semiaberto (art. 33, §1º, b, e 35 do CP) 
Art. 33 - A pena de reclusão deve ser cumprida em regime fechado, semi-aberto ou 
aberto. A de detenção, em regime semi-aberto, ou aberto, salvo necessidade de 
transferência a regime fechado. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
§ 1º - Considera-se: 
c) regime semi-aberto a execução da pena em colônia agrícola, industrial ou 
estabelecimento similar; 
d) Art. 35 - Aplica-se a norma do art. 34 deste Código, caput, ao condenado que inicie 
o cumprimento da pena em regime semi-aberto. (Redação dada pela Lei nº 7.209,de 11.7.1984) 
e) § 1º - O condenado fica sujeito a trabalho em comum durante o período diurno, 
em colônia agrícola, industrial ou estabelecimento similar. (Redação dada pela Lei 
nº 7.209, de 11.7.1984) 
f) § 2º - O trabalho externo é admissível, bem como a freqüência a cursos supletivos 
profissionalizantes, de instrução de segundo grau ou superior. (Redação dada pela 
Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
 
 
c) Aberto (art. 33, §1º, c, e 36 do CP) 
Art. 33 - A pena de reclusão deve ser cumprida em regime fechado, semi-aberto ou 
aberto. A de detenção, em regime semi-aberto, ou aberto, salvo necessidade de 
transferência a regime fechado. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
§ 1º - Considera-se: 
c) regime aberto a execução da pena em casa de albergado ou estabelecimento 
adequado. 
Art. 36 - O regime aberto baseia-se na autodisciplina e senso de 
responsabilidade do condenado. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
§ 1º - O condenado deverá, fora do estabelecimento e sem vigilância, trabalhar, 
freqüentar curso ou exercer outra atividade autorizada, permanecendo 
recolhido durante o período noturno e nos dias de folga. (Redação dada pela 
Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
§ 2º - O condenado será transferido do regime aberto, se praticar fato definido 
como crime doloso, se frustrar os fins da execução ou se, podendo, não pagar a 
multa cumulativamente aplicada. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
 
3.5. REGIME INICIAL DE CUMPRIMENTO DA PENA (ART. 33, §2º, DO CP) 
• Reincidência 
Art. 33 - A pena de reclusão deve ser cumprida em regime fechado, semi-
aberto ou aberto. A de detenção, em regime semi-aberto, ou aberto, salvo 
necessidade de transferência a regime fechado. (Redação dada pela Lei nº 
7.209, de 11.7.1984) 
§ 1º - Considera-se: 
a) regime fechado a execução da pena em estabelecimento de segurança 
máxima ou média; 
b) regime semi-aberto a execução da pena em colônia agrícola, industrial ou 
estabelecimento similar; 
c) regime aberto a execução da pena em casa de albergado ou estabelecimento 
adequado. 
§ 2º - As penas privativas de liberdade deverão ser executadas em forma 
progressiva, segundo o mérito do condenado, observados os seguintes critérios 
e ressalvadas as hipóteses de transferência a regime mais rigoroso: (Redação 
dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
a) o condenado a pena superior a 8 (oito) anos deverá começar a cumpri-la em 
regime fechado; 
b) o condenado não reincidente, cuja pena seja superior a 4 (quatro) anos e não 
exceda a 8 (oito), poderá, desde o princípio, cumpri-la em regime semi-aberto; 
c) o condenado não reincidente, cuja pena seja igual ou inferior a 4 (quatro) 
anos, poderá, desde o início, cumpri-la em regime aberto. 
§ 3º - A determinação do regime inicial de cumprimento da pena far-se-á com 
observância dos critérios previstos no art. 59 deste Código. (Redação dada pela 
Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
§ 4o O condenado por crime contra a administração pública terá a progressão 
de regime do cumprimento da pena condicionada à reparação do dano que 
causou, ou à devolução do produto do ilícito praticado, com os acréscimos 
legais. (Incluído pela Lei nº 10.763, de 12.11.2003)f 
 
 
• Circunstâncias judiciais: ART 59 cp 
Art. 59 - O juiz, atendendo à culpabilidade, aos antecedentes, à conduta social, à 
personalidade do agente, aos motivos, às circunstâncias e consequências do 
crime, bem como ao comportamento da vítima, estabelecerá, conforme seja 
necessário e suficiente para reprovação e prevenção do crime: (Redação dada 
pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
I - as penas aplicáveis dentre as cominadas; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 
11.7.1984) 
II - a quantidade de pena aplicável, dentro dos limites previstos; (Redação dada 
pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
III - o regime inicial de cumprimento da pena privativa de liberdade; (Incluído 
pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
IV - a substituição da pena privativa da liberdade aplicada, por outra espécie de 
pena, se cabível. (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
Critérios especiais da pena de multa 
 
• Reincidente + circunstâncias judiciais favoráveis: vide Súmula 269 do STJ. 
SÚMULA N. 269 É admissível a adoção do regime prisional semi-aberto aos 
reincidentes condenados a pena igual ou inferior a quatro anos se favoráveis as 
circunstâncias judiciais. 
 
• Gravidade em abstrato: vide Súmulas 718 e 719 do STF e Súmula 440 do STJ. 
Súmula 718 
A opinião do julgador sobre a gravidade em abstrato do crime não constitui 
motivação idônea para a imposição de regime mais severo do que o permitido 
segundo a pena aplicada. 
Súmula 719 
A imposição do regime de cumprimento mais severo do que a pena aplicada 
permitir exige motivação idônea. 
Súmula 440 - 
Fixada a pena-base no mínimo legal, é vedado o estabelecimento de regime 
prisional mais gravoso do que o cabível em razão da sanção imposta, com base 
apenas na gravidade abstrata do delito. 
 
 • Crime hediondo: 
 
3.6. PROGRESSÃO DE REGIME (ART. 112 DA LEP) 
O condenado sai de um regime mais gravoso para um regime mais benéfico ( do 
fechado para o semiaberto ou do semiaberto para o aberto) 
Art. 112. A pena privativa de liberdade será executada em forma 
progressiva, com a transferência para regime menos rigoroso, a ser 
determinada pelo Juiz, quando o preso tiver cumprido ao menos 1/6 (um sexto) 
da pena no regime anterior e seu mérito indicar a progressão. 
Parágrafo único. A decisão será motivada e precedida de parecer da 
Comissão Técnica de Classificação e do exame criminológico, quando 
necessário. 
Art. 112. A pena privativa de liberdade será executada em forma 
progressiva com a transferência para regime menos rigoroso, a ser 
determinada pelo juiz, quando o preso tiver cumprido ao menos um sexto da 
pena no regime anterior e ostentar bom comportamento carcerário, 
comprovado pelo diretor do estabelecimento, respeitadas as normas que 
vedam a progressão. (Redação dada pela Lei nº 10.792, de 2003) 
 
Art. 112. A pena privativa de liberdade será executada em forma 
progressiva com a transferência para regime menos rigoroso, a ser determinada 
pelo juiz, quando o preso tiver cumprido ao menos: (Redação dada pela Lei nº 
13.964, de 2019) 
I - 16% (dezesseis por cento) da pena, se o apenado for primário e o crime 
tiver sido cometido sem violência à pessoa ou grave ameaça; (Incluído pela 
Lei nº 13.964, de 2019) 
II - 20% (vinte por cento) da pena, se o apenado for reincidente em crime 
cometido sem violência à pessoa ou grave ameaça; (Incluído pela Lei nº 
13.964, de 2019) 
III - 25% (vinte e cinco por cento) da pena, se o apenado for primário e o 
crime tiver sido cometido com violência à pessoa ou grave ameaça; (Incluído 
pela Lei nº 13.964, de 2019) 
IV - 30% (trinta por cento) da pena, se o apenado for reincidente em crime 
cometido com violência à pessoa ou grave ameaça; (Incluído pela Lei nº 
13.964, de 2019) 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/L10.792.htm#art112
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art4
V - 40% (quarenta por cento) da pena, se o apenado for condenado pela 
prática de crime hediondo ou equiparado, se for primário; (Incluído pela Lei nº 
13.964, de 2019) 
VI- 50% (cinquenta por cento) da pena, se o apenado for: (Incluído pela 
Lei nº 13.964, de 2019) 
a) condenado pela prática de crime hediondo ou equiparado, com resultado 
morte, se for primário, vedado o livramento condicional; (Incluído pela Lei nº 
13.964, de 2019) 
b) condenado por exercer o comando, individual ou coletivo, de organização 
criminosa estruturada para a prática de crime hediondo ou equiparado; 
ou (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
c) condenado pela prática do crime de constituição de milícia 
privada; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
VII - 60% (sessenta por cento) da pena, se o apenado for reincidente na 
prática de crime hediondo ou equiparado; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 
2019) 
VIII - 70% (setenta por cento) da pena, se o apenado for reincidente em 
crime hediondo ou equiparado com resultado morte, vedado o livramento 
condicional. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
§ 1o A decisão será sempre motivada e precedida de manifestação do 
Ministério Público e do defensor. (Redação dada pela Lei nº 
10.792, de 2003) 
§ 2o Idêntico procedimento será adotado na concessão de livramento 
condicional, indulto e comutação de penas, respeitados os prazos previstos nas 
normas vigentes. (Incluído pela Lei nº 10.792, de 2003) 
§ 1º Em todos os casos, o apenado só terá direito à progressão de regime 
se ostentar boa conduta carcerária, comprovada pelo diretor do estabelecimento, 
respeitadas as normas que vedam a progressão. (Redação dada pela Lei nº 
13.964, de 2019) 
§ 2º A decisão do juiz que determinar a progressão de regime será sempre 
motivada e precedida de manifestação do Ministério Público e do defensor, 
procedimento que também será adotado na concessão de livramento 
condicional, indulto e comutação de penas, respeitados os prazos previstos nas 
normas vigentes. (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019) 
§ 3º No caso de mulher gestante ou que for mãe ou responsável por 
crianças ou pessoas com deficiência, os requisitos para progressão de regime 
são, cumulativamente: (Incluído pela Lei nº 13.769, de 2018) 
I - não ter cometido crime com violência ou grave ameaça a 
pessoa; (Incluído pela Lei nº 13.769, de 2018) 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/L10.792.htm#art112
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/L10.792.htm#art112
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/L10.792.htm#art112
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13769.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13769.htm#art3
II - não ter cometido o crime contra seu filho ou 
dependente; (Incluído pela Lei nº 13.769, de 2018) 
III - ter cumprido ao menos 1/8 (um oitavo) da pena no regime 
anterior; (Incluído pela Lei nº 13.769, de 2018) 
IV - ser primária e ter bom comportamento carcerário, comprovado pelo 
diretor do estabelecimento; (Incluído pela Lei nº 13.769, de 2018) 
V - não ter integrado organização criminosa. (Incluído pela Lei nº 
13.769, de 2018) 
§ 4º O cometimento de novo crime doloso ou falta grave implicará a 
revogação do benefício previsto no § 3º deste artigo. (Incluído pela Lei nº 
13.769, de 2018) 
§ 5º Não se considera hediondo ou equiparado, para os fins deste artigo, o 
crime de tráfico de drogas previsto no § 4º do art. 33 da Lei nº 11.343, de 23 de 
agosto de 2006. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
§ 6º O cometimento de falta grave durante a execução da pena privativa de 
liberdade interrompe o prazo para a obtenção da progressão no regime de 
cumprimento da pena, caso em que o reinício da contagem do requisito objetivo 
terá como base a pena remanescente. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
§ 7º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
 
3.7. REGRESSÃO DE REGIME (ART. 36, §2º, DO CP E 118 DA LEP) 
O condenado sai de um regime mais brando para um mais gravoso (do aberto para o 
semiaberto; do semiaberto para o fechado) 
Art. 36 - O regime aberto baseia-se na autodisciplina e senso de 
responsabilidade do condenado. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
§ 2º - O condenado será transferido do regime aberto, se praticar fato definido 
como crime doloso, se frustrar os fins da execução ou se, podendo, não pagar a 
multa cumulativamente aplicada. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984 
 
Art. 118. A execução da pena privativa de liberdade ficará sujeita à forma regressiva, 
com a transferência para qualquer dos regimes mais rigorosos, quando o condenado: 
I - praticar fato definido como crime doloso ou falta grave; 
II - sofrer condenação, por crime anterior, cuja pena, somada ao restante da pena em 
execução, torne incabível o regime (artigo 111). 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13769.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13769.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13769.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13769.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13769.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13769.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13769.htm#art3
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11343.htm#art33%C2%A74
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11343.htm#art33%C2%A74
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art4
§ 1° O condenado será transferido do regime aberto se, além das hipóteses referidas 
nos incisos anteriores, frustrar os fins da execução ou não pagar, podendo, a multa 
cumulativamente imposta. 
§ 2º Nas hipóteses do inciso I e do parágrafo anterior, deverá ser ouvido previamente 
o condenado. 
a) Prática de crime doloso: 
b) Prática de falta grave: EX: tentativa de fuga; Portar celular na prisão, se recusar a 
trabalhar, 
c) Superveniência de condenação (por crime anterior) que torne inviável a 
manutenção do regime prisional (em razão da somatória das penas): 
Ex: O condenado está num regime aberto e saiu condenação de outro crime com pena 
de 12 anos de reclusão 
g) Se estiver no regime aberto, frustrar os fins da execução: o condenado tem que 
cumprir as regras da execução. 
EX: O condenado é surpreendido bebendo, não respeita o horário imposto pra 
estar em casa, etc ele será remetido pelo juiz a um regime mais gravoso 
h) Se estiver no regime aberto, deixar de pagar a pena de multa, caso possa fazê-
lo: 
Esta na lei mas, é objeto de discussão; multa é pena de valor, portanto não deve 
ser utilizado pra regressão de regime. 
 
 
 
PROF. ME. WENDELLLUIS ROSA 
AULA 02 – DIREITO PENAL III 
SANÇÃO PENAL: REGIMES PRISIONAIS 
1. REGIME FECHADO (art. 33, §1º, a, do CP) Vai cumprir pena em estabelecimento 
de segurança máxima ou média. Será submetido a exame criminológico. 
A finalidade do exame criminológico é que cada tipo criminoso fique separado. 
Art. 33 - A pena de reclusão deve ser cumprida em regime fechado, semi-aberto ou aberto. 
A de detenção, em regime semi-aberto, ou aberto, salvo necessidade de transferência a 
regime fechado. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
§ 1º - Considera-se: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
a) regime fechado a execução da pena em estabelecimento de segurança máxima ou 
média; 
b) regime semi-aberto a execução da pena em colônia agrícola, industrial ou 
estabelecimento similar; 
c) regime aberto a execução da pena em casa de albergado ou estabelecimento adequado. 
 
 
1.1. REGRAS DO REGIME FECHADO (ART. 34, CAPUT, DO CP) 
a) Exame criminológico inicial obrigatório (art. 34, caput, do CP) 
Art. 34 - O condenado será submetido, no início do cumprimento da pena, a exame 
criminológico de classificação para individualização da execução. (Redação dada pela Lei nº 
7.209, de 11.7.1984) 
Ex: um criminoso politico, não pode ficar junto aos outros presos – Um estrupador não 
pode ficar junto a matador de estrupador. O Estado é responsável pela segurança do 
condenado 
b) Trabalho (art. 34, §3° e 4°, do CP) 
Art. 34 - O condenado será submetido, no início do cumprimento da pena, a exame 
criminológico de classificação para individualização da execução. (Redação dada pela 
Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
§ 1º - O condenado fica sujeito a trabalho no período diurno e a isolamento durante o 
repouso noturno. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
§ 2º - O trabalho será em comum dentro do estabelecimento, na conformidade das 
aptidões ou ocupações anteriores do condenado, desde que compatíveis com a 
execução da pena. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
§ 3º - O trabalho externo é admissível, no regime fechado, em serviços ou obras 
públicas. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
 
• Remição (arts. 126 a 130 da LEP). Também leva em consideração a frequência em 
curso de ensino formal (art. 126, §6°, da LEP e Súmula 341 do STJ). 
Art. 126. (LEP). O condenado que cumpre a pena em regime fechado ou semiaberto 
poderá remir, por trabalho ou por estudo, parte do tempo de execução da pena. 
§ 6o - O condenado que cumpre pena em regime aberto ou semiaberto e o que usufrui 
liberdade condicional poderão remir, pela frequência a curso de ensino regular ou de 
educação profissional, parte do tempo de execução da pena ou do período de prova, 
observado o disposto no inciso I do § 1o deste artigo. 
Art. 130. Constitui o crime do artigo 299 do Código Penal declarar ou atestar 
falsamente prestação de serviço para fim de instruir pedido de remição. 
• Bônus de 1/3: em caso de conclusão do ensino fundamental, médio e superior. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art299
SÚMULA 341 STJ -A frequência a curso de ensino formal é causa de remição de parte 
do tempo de execução de pena sob regime fechado ou semi-aberto. 
c) Permissão de saída (art. 120 e 121 da LEP) 
Art. 120 (LEP). Os condenados que cumprem pena em regime fechado ou semi-aberto 
e os presos provisórios poderão obter permissão para sair do estabelecimento, 
mediante escolta, quando ocorrer um dos seguintes fatos: 
I - falecimento ou doença grave do cônjuge, companheira, ascendente, descendente 
ou irmão; 
II - necessidade de tratamento médico (parágrafo único do artigo 14). 
Parágrafo único. A permissão de saída será concedida pelo diretor do estabelecimento 
onde se encontra o preso. 
Art. 121. A permanência do preso fora do estabelecimento terá a duração necessária à 
finalidade da saída. 
Ex: permissão para acompanhar o velório de um ente do condenado 
 
1.2. REGIME DISCIPLINAR DIFERENCIADO (ART. 52 DA LEP) Somente os condenados 
ou presos provisórios de facção criminosa submetem-se a este regime. 
Art. 52. A prática de fato previsto como crime doloso constitui falta grave e, quando ocasionar 
subversão da ordem ou disciplina internas, sujeitará o preso provisório, ou condenado, nacional 
ou estrangeiro, sem prejuízo da sanção penal, ao regime disciplinar diferenciado, com as 
seguintes características: (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019) 
I - duração máxima de até 2 (dois) anos, sem prejuízo de repetição da sanção por nova falta 
grave de mesma espécie; (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019) 
II - recolhimento em cela individual; (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019) 
III - visitas quinzenais, de 2 (duas) pessoas por vez, a serem realizadas em instalações 
equipadas para impedir o contato físico e a passagem de objetos, por pessoa da família ou, no 
caso de terceiro, autorizado judicialmente, com duração de 2 (duas) horas; (Redação dada 
pela Lei nº 13.964, de 2019) 
IV - direito do preso à saída da cela por 2 (duas) horas diárias para banho de sol, em grupos de 
até 4 (quatro) presos, desde que não haja contato com presos do mesmo grupo 
criminoso; (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019) 
 - entrevistas sempre monitoradas, exceto aquelas com seu defensor, em instalações equipadas 
para impedir o contato físico e a passagem de objetos, salvo expressa autorização judicial em 
contrário; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
VI - fiscalização do conteúdo da correspondência; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
VII - participação em audiências judiciais preferencialmente por videoconferência, garantindo-se 
a participação do defensor no mesmo ambiente do preso. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art4
§ 1o O regime disciplinar diferenciado também poderá abrigar presos provisórios ou 
condenados, nacionais ou estrangeiros, que apresentem alto risco para a ordem e a segurança 
do estabelecimento penal ou da sociedade. (Incluído pela Lei nº 10.792, de 2003) 
§ 1º O regime disciplinar diferenciado também será aplicado aos presos provisórios ou 
condenados, nacionais ou estrangeiros: (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019) 
I - que apresentem alto risco para a ordem e a segurança do estabelecimento penal ou da 
sociedade; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
II - sob os quais recaiam fundadas suspeitas de envolvimento ou participação, a qualquer 
título, em organização criminosa, associação criminosa ou milícia privada, independentemente 
da prática de falta grave. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
§ 2o Estará igualmente sujeito ao regime disciplinar diferenciado o preso provisório ou o 
condenado sob o qual recaiam fundadas suspeitas de envolvimento ou participação, a qualquer 
título, em organizações criminosas, quadrilha ou bando. (Incluído pela Lei nº 
10.792, de 2003) 
§ 2º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019) 
§ 3º Existindo indícios de que o preso exerce liderança em organização criminosa, associação 
criminosa ou milícia privada, ou que tenha atuação criminosa em 2 (dois) ou mais Estados da 
Federação, o regime disciplinar diferenciado será obrigatoriamente cumprido em 
estabelecimento prisional federal.(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
§ 4º Na hipótese dos parágrafos anteriores, o regime disciplinar diferenciado poderá ser 
prorrogado sucessivamente, por períodos de 1 (um) ano, existindo indícios de que o 
preso: (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
I - continua apresentando alto risco para a ordem e a segurança do estabelecimento penal de 
origem ou da sociedade; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
II - mantém os vínculos com organização criminosa, associação criminosa ou milícia privada, 
considerados também o perfil criminal e a função desempenhada por ele no grupo criminoso, a 
operação duradoura do grupo, a superveniência de novos processos criminais e os resultados 
do tratamento penitenciário. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
§ 5º Na hipótese prevista no § 3º deste artigo, o regime disciplinar diferenciado deverá contar 
com alta segurança interna e externa, principalmente no que diz respeito à necessidade de se 
evitar contato do preso com membros de sua organização criminosa, associação criminosa ou 
milícia privada, ou de grupos rivais. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
§ 6º A visita de que trata o inciso III do caput deste artigo será gravada em sistema de áudio ou 
de áudio e vídeo e, com autorização judicial, fiscalizada por agente penitenciário. (Incluído pela 
Lei nº 13.964, de 2019) 
§ 7º Após os primeiros 6 (seis) meses de regime disciplinar diferenciado, o preso que não receber 
a visita de que trata o inciso III do caput deste artigo poderá, após prévio agendamento, ter 
contato telefônico, que será gravado, com uma pessoa da família, 2 (duas) vezes por mês e por 
10 (dez) minutos. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
 
 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/L10.792.htm#art52
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/L10.792.htm#art52
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/L10.792.htm#art52
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art4
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art4
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REGIME SEMIABERTO (art. 33, §1º, b, do CP) 
 
 Art. 33 - A pena de reclusão deve ser cumprida em regime fechado, semi-aberto ou 
aberto. A de detenção, em regime semiaberto, ou aberto, salvo necessidade de 
transferência a regime fechado. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
§ 1º - Considera-se: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
a) regime fechado a execução da pena em estabelecimento de segurança máxima ou 
média; 
b) regime semi-aberto a execução da pena em colônia agrícola, industrial ou 
estabelecimento similar; 
c) regime aberto a execução da pena em casa de albergado ou estabelecimento adequado. 
 
a) Exame criminológico inicial facultativo (art. 8º, § único, da LEP e art. 35, caput, do 
CP) 
(LEP) Art. 8º O condenado ao cumprimento de pena privativa de liberdade, em regime 
fechado, será submetido a exame criminológico para a obtenção dos elementos 
necessários a uma adequada classificação e com vistas à individualização da execução. 
Parágrafo único. Ao exame de que trata este artigo poderá (facultativo) ser submetido 
o condenado ao cumprimento da pena privativa de liberdade em regime semi-aberto. 
(CP)Art. 33 - A pena de reclusão deve ser cumprida em regime fechado, semi-aberto ou 
aberto. A de detenção, em regime semi-aberto, ou aberto, salvo necessidade de 
transferência a regime fechado. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
§ 1º - Considera-se: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
b) regime semi-aberto a execução da pena em colônia agrícola, industrial ou 
estabelecimento similar; 
 
(CP) Art. 35 - Aplica-se a norma do art. 34 deste Código, caput, ao condenado que inicie o 
cumprimento da pena em regime semi-aberto. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 
11.7.1984) 
§ 1º - O condenado fica sujeito a trabalho em comum durante o período diurno, em colônia 
agrícola, industrial ou estabelecimento similar. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 
11.7.1984) 
§ 2º - O trabalho externo é admissível, bem como a freqüência a cursos supletivos 
profissionalizantes, de instrução de segundo grau ou superior. (Redação dada pela Lei nº 
7.209, de 11.7.1984) 
b) Trabalho interno ou externo (art. 35, §§1º e 2º, do CP): permite-se, inclusive, o 
trabalho na iniciativa privada (mediante prévia autorização judicial). 
A 
• Remição (arts. 126 a 130 da LEP). Também leva em consideração a frequência em 
curso de ensino formal (art. 126, §6°, da LEP e Súmula 341 do STJ). 
Art. 130. Constitui o crime do artigo 299 do Código Penal declarar ou atestar 
falsamente prestação de serviço para fim de instruir pedido de remição. 
Art. 126. O condenado que cumpre a pena em regime fechado ou 
semiaberto poderá remir, por trabalho ou por estudo, parte do tempo de 
execução da pena. (Redação dada pela Lei nº 12.433, de 2011). 
§ 1º A contagem do tempo para o fim deste artigo será feita à razão de 1 (um) dia de 
pena por 3 (três) de trabalho. 
§ 1o A contagem de tempo referida no caput será feita à razão 
de: (Redação dada pela Lei nº 12.433, de 2011) 
I - 1 (um) dia de pena a cada 12 (doze) horas de frequência escolar - 
atividade de ensino fundamental, médio, inclusive profissionalizante, ou 
superior, ou ainda de requalificação profissional - divididas, no mínimo, em 3 
(três) dias; (Incluído pela Lei nº 12.433, de 2011) 
II - 1 (um) dia de pena a cada 3 (três) dias de trabalho. (Incluído 
pela Lei nº 12.433, de 2011) 
§ 2º O preso impossibilitado de prosseguir no trabalho, por acidente, 
continuará a beneficiar-se com a remição. 
§ 2o As atividades de estudo a que se refere o § 1o deste artigo poderão 
ser desenvolvidas de forma presencial ou por metodologia de ensino a 
distância e deverão ser certificadas pelas autoridades educacionais 
competentes dos cursos frequentados. (Redação dada pela Lei nº 
12.433, de 2011) 
§ 3º A remição será declarada pelo Juiz da execução, ouvido o Ministério Público. 
§ 3o Para fins de cumulação dos casos de remição, as horas diárias de 
trabalho e de estudo serão definidas de forma a se 
compatibilizarem. (Redação dada pela Lei nº 12.433, de 2011) 
§ 4o O preso impossibilitado, por acidente, de prosseguir no trabalho ou 
nos estudos continuará a beneficiar-se com a remição .(Incluído pela 
Lei nº 12.433, de 2011) 
§ 5o O tempo a remir em função das horas de estudo será acrescido de 
1/3 (um terço) no caso de conclusão do ensino fundamental, médio ou superior 
durante o cumprimento da pena, desde que certificada pelo órgão competente 
do sistema de educação. (Incluído pela Lei nº 12.433, de 2011) 
§ 6o O condenado que cumpre pena em regime aberto ou semiaberto e o 
que usufrui liberdade condicional poderão remir, pela frequência a curso de 
ensino regular ou de educação profissional, parte do tempo de execução da 
pena ou do período de prova, observado o disposto no inciso I do § 1o deste 
artigo. (Incluído pela Lei nº 12.433, de 2011) 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art299
http://www.planalto.gov.br/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12433.htm#art1http://www.planalto.gov.br/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12433.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12433.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12433.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12433.htm#art1
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http://www.planalto.gov.br/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12433.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12433.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12433.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12433.htm#art1
§ 7o O disposto neste artigo aplica-se às hipóteses de prisão 
cautelar. .(Incluído pela Lei nº 12.433, de 2011) 
§ 8o A remição será declarada pelo juiz da execução, ouvidos o Ministério 
Público e a defesa. (Incluído pela Lei nº 12.433, de 2011) 
• Bônus de 1/3: em caso de conclusão do ensino fundamental, médio e superior. 
 
c) Permissão de saída (art. 120 e 121 da LEP): Art. 120. Os condenados que 
cumprem pena em regime fechado ou semi-aberto e os presos provisórios 
poderão obter permissão para sair do estabelecimento, mediante escolta, 
quando ocorrer um dos seguintes fatos: 
I - falecimento ou doença grave do cônjuge, companheira, ascendente, 
descendente ou irmão; 
II - necessidade de tratamento médico (parágrafo único do artigo 14). 
Parágrafo único. A permissão de saída será concedida pelo diretor do 
estabelecimento onde se encontra o preso. 
Art. 121. A permanência do preso fora do estabelecimento terá a duração 
necessária à finalidade da saída. 
 
d) Saída temporária (art. 122 a 125 da LEP): Art. 122. Os condenados que 
cumprem pena em regime semi-aberto poderão obter autorização para saída 
temporária do estabelecimento, sem vigilância direta, nos seguintes casos: 
I - visita à família; 
II - freqüência a curso supletivo profissionalizante, bem como de instrução 
do 2º grau ou superior, na Comarca do Juízo da Execução; 
III - participação em atividades que concorram para o retorno ao convívio 
social. 
Parágrafo único. A ausência de vigilância direta não impede a utilização de equipamento 
de monitoração eletrônica pelo condenado, quando assim determinar o juiz da 
execução. (Incluído pela Lei nº 12.258, de 2010) 
§ 1º A ausência de vigilância direta não impede a utilização de equipamento de 
monitoração eletrônica pelo condenado, quando assim determinar o juiz da 
execução. (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019) 
§ 2º Não terá direito à saída temporária a que se refere o caput deste artigo o condenado 
que cumpre pena por praticar crime hediondo com resultado morte. (Incluído pela Lei nº 
13.964, de 2019) 
http://www.planalto.gov.br/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12433.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12433.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Lei/L12258.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13964.htm#art4
Art. 125. O benefício será automaticamente revogado quando o 
condenado praticar fato definido como crime doloso, for punido por falta grave, 
desatender as condições impostas na autorização ou revelar baixo grau de 
aproveitamento do curso. 
Parágrafo único. A recuperação do direito à saída temporária dependerá 
da absolvição no processo penal, do cancelamento da punição disciplinar ou da 
demonstração do merecimento do condenado. 
 
• Inexistência de vaga: vide súmula vinculante n° 56 do STF. 
Súmula vinculante 56: A falta de estabelecimento penal adequado não autoriza a 
manutenção do condenado em regime prisional mais gravoso, devendo-se observar, 
nessa hipótese, os parâmetros fixados no RE 641.320/RS. 
3. REGIME ABERTO (art. 33, §1º, c, do CP) 
a) Dispensa o exame criminológico inicial: 
b) Casa do albergado (art. 93 da LEP): Art. 93. A Casa do Albergado destina-se ao 
cumprimento de pena privativa de liberdade, em regime aberto, e da pena de limitação 
de fim de semana. 
c) Recolhimento no período noturno e nos dias de folga (art. 36, §1°, do CP): 
d) Inexistência de casa do albergado (prisão-albergue domiciliar): a prisão domiciliar é 
espécie de 
regime aberto (art. 117 da LEP). Art. 117. Somente se admitirá o 
recolhimento do beneficiário de regime aberto em residência particular quando 
se tratar de: 
I - condenado maior de 70 (setenta) anos; 
II - condenado acometido de doença grave; 
III - condenada com filho menor ou deficiente físico ou mental; 
IV - condenada gestante. 
 
e) Remição por frequência em curso de ensino formal (art. 126, §6°, da LEP): 
• A remição por trabalho não é admitida no regime aberto. 
4. DIREITOS DO PRESO 
• Direitos políticos: suspensão automática (art. 15, III, da CF). 
5. DETRAÇÃO PENAL: É o abatimento (cômputo) do período em que o individuo ficou 
preso preso durante o processo. É de competência do Juiz de Execução. 
Ex: o preso ficou preso preventivamente durante 15 dias preventivamente, estes 15 
dias serão abatidos ao final de sua pena. 
a) Definição: trata-se do cômputo, na pena privativa de liberdade ou na medida de 
segurança, do tempo cumprido, no Brasil ou no estrangeiro. 
b) Competência (art. 66, III, c, da LEP): Juiz das Execuções Criminais. 
• Quais são as diferenças entre a detração do art. 66, III, c, da LEP e a do 387 do CPP? 
b) Competência (art. 66, III, c, da LEP): Juiz das Execuções Criminais. 
• Quais são as diferenças entre a detração do art. 66, III, c, da LEP e a do 387 do 
CPP? 
 Art. 66. Compete ao Juiz da execução: 
I - aplicar aos casos julgados lei posterior que de qualquer modo favorecer o condenado; 
II - declarar extinta a punibilidade; 
III - decidir sobre: 
a) soma ou unificação de penas; 
b) progressão ou regressão nos regimes; 
c) detração e remição da pena; 
d) suspensão condicional da pena; 
e) livramento condicional; 
f) incidentes da execução. 
IV - autorizar saídas temporárias; 
V - determinar: 
a) a forma de cumprimento da pena restritiva de direitos e fiscalizar sua execução; 
b) a conversão da pena restritiva de direitos e de multa em privativa de liberdade; 
c) a conversão da pena privativa de liberdade em restritiva de direitos; 
d) a aplicação da medida de segurança, bem como a substituição da pena por medida de 
segurança; 
e) a revogação da medida de segurança; 
f) a desinternação e o restabelecimento da situação anterior; 
g) o cumprimento de pena ou medida de segurança em outra comarca; 
h) a remoção do condenado na hipótese prevista no § 1º, do artigo 86, desta Lei. 
i) (VETADO); (Incluído pela Lei nº 12.258, de 2010) 
VI - zelar pelo correto cumprimento da pena e da medida de segurança; 
VII - inspecionar, mensalmente, os estabelecimentos penais, tomando providências para 
o adequado funcionamento e promovendo, quando for o caso, a apuração de responsabilidade; 
VIII - interditar, no todo ou em parte, estabelecimento penal que estiver funcionando em 
condições inadequadas ou com infringência aos dispositivos desta Lei; 
IX - compor e instalar o Conselho da Comunidade. 
X – emitir anualmente atestado de pena a cumprir. 
 
 Art. 387. O juiz, ao proferir sentença condenatória: (Vide Lei nº 11.719, de 2008) 
I - mencionará as circunstâncias agravantes ou atenuantes definidas no Código Penal, e 
cuja existência reconhecer; 
II - mencionará as outras circunstâncias apuradas e tudo o mais que deva ser levado em 
conta na aplicação da pena, de acordo com o disposto nos arts. 42 e 43 do Código Penal; 
II - mencionará as outras circunstâncias apuradas e tudo o mais que deva ser levado em 
conta na aplicação da pena, de acordo com o disposto nos arts. 59 e 60 do Decreto-Lei 
no 2.848, de 7 de dezembrode 1940 - Código Penal; (Redação dada pela Lei nº 11.719, 
de 2008). 
III – imporá, de acordo com essas conclusões, as penas, fixando a quantidade das 
principais e a duração, se for caso, das acessórias; 
III - aplicará as penas, de acordo com essas conclusões, fixando a quantidade das 
principais e, se for o caso, a duração das acessórias; (Redação dada pela Lei nº 6.416, 
de 24.5.1977) 
III - aplicará as penas de acordo com essas conclusões; (Redação dada pela Lei nº 
11.719, de 2008). 
IV – aplicará as medidas de segurança que no caso couberem; 
IV - declarará, se presente, a periculosidade real e imporá as medidas de segurança que 
no caso couberem; (Redação dada pela Lei nº 6.416, de 24.5.1977) 
IV - fixará valor mínimo para reparação dos danos causados pela infração, considerando 
os prejuízos sofridos pelo ofendido; (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008). 
V - atenderá, quanto à aplicação provisória de interdições de direitos e medidas de 
segurança, ao disposto no Título Xl deste Livro; 
VI - determinará se a sentença deverá ser publicada na íntegra ou em resumo e 
designará o jornal em que será feita a publicação (art. 73, § 1o, do Código Penal). 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Msg/VEP-310-10.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Lei/L12258.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11719.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2848.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2848.htm#art42.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2848.htm#art59
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2848.htm#art59
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11719.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11719.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6416.htm#art387iii
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6416.htm#art387iii
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11719.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11719.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6416.htm#art387iii
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11719.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3689.htm#livroitituloxi
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2848.htm#art73%C2%A71
Parágrafo único. O juiz decidirá, fundamentadamente, sobre a manutenção ou, se for o 
caso, imposição de prisão preventiva ou de outra medida cautelar, sem prejuízo do 
conhecimento da apelação que vier a ser interposta. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 
2008). 
§ 1o O juiz decidirá, fundamentadamente, sobre a manutenção ou, se for o caso, a 
imposição de prisão preventiva ou de outra medida cautelar, sem prejuízo do conhecimento de 
apelação que vier a ser interposta. (Incluído pela Lei nº 12.736, de 2012) 
§ 2o O tempo de prisão provisória, de prisão administrativa ou de internação, no Brasil ou 
no estrangeiro, será computado para fins de determinação do regime inicial de pena privativa de 
liberdade. (Incluído pela Lei nº 12.736, de 2012) 
 
6. LIMITE DE CUMPRIMENTO DA PENA (ART. 75 DO CP) 
Art. 75. O tempo de cumprimento das penas privativas de liberdade não pode ser superior 
a 40 (quarenta) anos. (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019) 
§ 1º - Quando o agente for condenado a penas privativas de liberdade cuja soma seja 
superior a 30 (trinta) anos, devem elas ser unificadas para atender ao limite máximo deste 
artigo. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
(Revogado) 
§ 1º Quando o agente for condenado a penas privativas de liberdade cuja soma seja 
superior a 40 (quarenta) anos, devem elas ser unificadas para atender ao limite máximo 
deste artigo. (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019) 
§ 2º - Sobrevindo condenação por fato posterior ao início do cumprimento da pena, far-se-
á nova unificação, desprezando-se, para esse fim, o período de pena já cumprido. (Redação 
dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
Concurso de infrações 
 
AULA 03 – DIREITO PENAL III 
SANÇÃO PENAL: PENAS RESTRITIVAS DE DIREITOS (sinônimo de pena alternativa) 
1. PENAS RESTRITIVAS DE DIREITOS E MEDIDAS ALTERNATIVAS À PRISÃO 
1.1. NOÇÕES GERAIS 
• São penas autônomas: 
• São penas substitutivas: são penas alternativas 
• Direito subjetivo público do condenado. É um direito do condenado (no estado de direito 
se o condenado preencher os requisitos o Juiz tem que conceder, pois não é uma faculdade 
do juiz) 
1.2. OBJETIVOS: evitar o encarceramento (alto custo para o estado), prevenir o convívio de 
presos comuns com presos mais graves / estudos comprovam que o nível de reincidência de 
quem ficou encarcerado é altíssimo. 
1.3. REQUISITOS PARA APLICAÇÃO DAS PENAS RESTRITIVAS DE DIREITOS AOS CRIMES DOLOSOS 
(ART. 44 DO CP) 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11719.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11719.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12736.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12736.htm
a) Pena privativa de liberdade igual ou inferior a 4 anos (art. 44, I, do CP): I - aplicada pena 
privativa de liberdade não superior a quatro anos e o crime não for cometido com violência 
ou grave ameaça à pessoa ou, qualquer que seja a pena aplicada, se o crime for culposo; 
b) Crime cometido sem violência dolosa ou grave ameaça à pessoa (art. 44, I, do CP): I - 
aplicada pena privativa de liberdade não superior a quatro anos e o crime não for cometido 
com violência ou grave ameaça à pessoa ou, qualquer que seja a pena aplicada, se o crime 
for culposo; (** Roubo com violência impropria não configura violência ou grave ameaça. 
Ex. Boa noite cinderela) 
c) Não ser reincidente específico em crime doloso (art. 44, II, do CP): II - o réu não for 
reincidente em crime doloso (** reincidência especifica é ser reincidente no mesmo crime) 
d) A culpabilidade, os antecedentes, a conduta e a personalidade do condenado (art. 44, III, 
do CP): III - a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade do 
condenado, bem como os motivos e as circunstâncias indicarem que essa substituição seja 
suficiente. (juiz analisa os requisitos) 
1.4. APLICAÇÃO DAS PENAS RESTRITIVAS DE DIREITOS AOS CRIMES CULPOSOS (se o crime for 
culposo aplica-se as penas restritivas independente da pena) 
• De acordo com a doutrina, apenas um requisito deve ser observado: art. 44, III, do CP. ): 
III - a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade do condenado, bem 
como os motivos e as circunstâncias indicarem que essa substituição seja suficiente 
 
1.5. PRAZO DE DURAÇÃO 
• Regra: mesmo prazo de duração da pena privativa de liberdade. 
• Exceções: 
a) Prestação pecuniária: valor monetário, quando pago na totalidade se encerra a pena 
b) Perda de bens e valores: 
c) Prestação de serviços à comunidade cumprida de forma “acelerada”: a prestação de 
serviços à comunidade pode ter carga diária maior e em regra acaba antes 
1.6. CONVERSÃO EM PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE (ART. 181 DA LEP) 
Art. 181. A pena restritiva de direitos será convertida em privativa de liberdade nas 
hipóteses e na forma do artigo 45 e seus incisos do Código Penal . 
§ 1º A pena de prestação de serviços à comunidade será convertida quando o condenado: 
a) não for encontrado por estar em lugar incerto e não sabido, ou desatender a intimação 
por edital; 
b) não comparecer, injustificadamente, à entidade ou programa em que deva prestar 
serviço; 
c) recusar-se, injustificadamente, a prestar o serviço que lhe foi imposto; 
d) praticar falta grave; 
e) sofrer condenação por outro crime à pena privativa de liberdade, cuja execução não 
tenha sido suspensa. 
§ 2º A pena de limitação de fim de semana será convertidaquando o condenado não 
comparecer ao estabelecimento designado para o cumprimento da pena, recusar-se a 
exercer a atividade determinada pelo Juiz ou se ocorrer qualquer das hipóteses das letras a, 
d e e do parágrafo anterior. 
§ 3º A pena de interdição temporária de direitos será convertida quando o condenado 
exercer, injustificadamente, o direito interditado ou se ocorrer qualquer das hipóteses das 
letras a e e, do § 1º, deste artigo. 
a) Causas (art. 44, §4°, do CP): § 4 o A pena restritiva de direitos converte-se em privativa de 
liberdade quando ocorrer o descumprimento injustificado da restrição imposta. No cálculo 
da pena privativa de liberdade a executar será deduzido o tempo cumprido da pena 
restritiva de direitos, respeitado o saldo mínimo de trinta dias de detenção ou reclusão. 
b) Cumprimento simultâneo das penas: (art. 44, §5°, do CP): § 5 o Sobrevindo condenação 
a pena privativa de liberdade, por outro crime, o juiz da execução penal decidirá sobre a 
conversão, podendo deixar de aplicá-la se for possível ao condenado cumprir a pena 
substitutiva anterior. 
c) Cômputo do tempo cumprido (art. 44, §4°, do CP): acima ... dedução da pena cumprida 
respeitando o saldo mínimo de 30 dias de detenção ou reclusão (obs. detenção não pode 
ser menos de 30 dias) 
2. MODALIDADES (ARTIGO 43 DO CP) 
Art. 43. As penas restritivas de direitos são: 
I - prestação pecuniária; 
II - perda de bens e valores; 
III - limitação de fim de semana; 
IV - prestação de serviço à comunidade ou a entidades públicas; 
V - interdição temporária de direitos; 
VI - limitação de fim de semana. 
 
2.1. PENAS ALTERNATIVAS PECUNIÁRIAS (ART. 45 DO CP) Art. 45. Na aplicação da 
substituição prevista no artigo anterior, proceder-se-á na forma deste e dos arts. 46, 47 e 
48 
a) Prestação pecuniária (art. 45, §1º, do CP): § 1 o A prestação pecuniária consiste no 
pagamento em dinheiro à vítima, a seus dependentes ou a entidade pública ou privada com 
destinação social, de importância fixada pelo juiz, não inferior a 1 (um) salário mínimo nem 
superior a 360 (trezentos e sessenta) salários mínimos. O valor pago será deduzido do 
montante de eventual condenação em ação de reparação civil, se coincidentes os 
beneficiários. (consiste no pagamento em dinheiro à vítima, seus dependentes ou entidades 
de importância fixada pelo juiz não inferior a 1 salário e superior a 360) 
b) Prestação inominada (art. 45, §2º, do CP): § 2 o No caso do parágrafo anterior, se houver 
aceitação do beneficiário, a prestação pecuniária pode consistir em prestação de outra 
natureza. (outra natureza que não seja dinheiro). 
c) Perda de bens e valores (art. 45, §3º, do CP): § 3 o A perda de bens e valores pertencentes 
aos condenados dar-se-á, ressalvada a legislação especial, em favor do Fundo Penitenciário 
Nacional, e seu valor terá como teto - o que for maior - o montante do prejuízo causado ou 
do provento obtido pelo agente ou por terceiro, em consequência da prática do crime. ( o 
valor não vai para a vítima e sim para o fundo nacional penitenciário, o valor é o que for 
maior entre prejuízo causado ou provento obtido com o delito). 
2.2. PENAS ALTERNATIVAS NÃO PECUNIÁRIAS 
a) Prestação de serviços à comunidade ou a entidades públicas (art. 46 do CP): Art. 46. A 
prestação de serviços à comunidade ou a entidades públicas é aplicável às condenações 
superiores a seis meses de privação da liberdade. (poderá ser pedido valor maior após 
decisão no penal através de justiça cível porém serão descontados os valores já pagos) 
§ 1 o A prestação de serviços à comunidade ou a entidades públicas consiste na atribuição 
de tarefas gratuitas ao condenado. 
§ 2 o A prestação de serviço à comunidade dar-se-á em entidades assistenciais, hospitais, 
escolas, orfanatos e outros estabelecimentos congêneres, em programas comunitários ou 
estatais. 
§ 3 o As tarefas a que se refere o § 1 o serão atribuídas conforme as aptidões do condenado, 
devendo ser cumpridas à razão de uma hora de tarefa por dia de condenação, fixadas de 
modo a não prejudicar a jornada normal de trabalho. 
§ 4 o Se a pena substituída for superior a um ano, é facultado ao condenado cumprir a pena 
substitutiva em menor tempo (art. 55), nunca inferior à metade da pena privativa de 
liberdade fixada. 
b) Limitação de fim de semana (art. 48, caput, do CP): Art. 48 - A limitação de fim de semana 
consiste na obrigação de permanecer, aos sábados e domingos, por 5 (cinco) horas diárias, 
em casa de albergado ou outro estabelecimento adequado 
c) Interdição temporária de direitos (art. 47, caput, do CP): Art. 47 - As penas de interdição 
temporária de direitos são: 
I - proibição do exercício de cargo, função ou atividade pública, bem como de mandato 
eletivo; 
II - proibição do exercício de profissão, atividade ou ofício que dependam de habilitação 
especial, de licença ou autorização do poder público; 
III - suspensão de autorização ou de habilitação para dirigir veículo. 
IV - proibição de frequentar determinados lugares. 
V - proibição de inscrever-se em concurso, avaliação ou exame públicos. 
3. MULTA VICARIANTE (ART. 44, §2º, DO CP) § 2 o Na condenação igual ou inferior a um ano, a 
substituição pode ser feita por multa ou por uma pena restritiva de direitos; se superior a um 
ano, a pena privativa de liberdade pode ser substituída por uma pena restritiva de direitos e 
multa ou por duas restritivas de direitos. ( Não confundir com multa principal, tem caráter 
substitutiva da PPL/ Similar a restritiva de direitos que será substituída por multa 
 
PROF. ME. WENDELL LUIS ROSA 
AULA 04 – DIREITO PENAL III 
SANÇÃO PENAL: PENA DE MULTA E MEDIDAS DE SEGURANÇA 
1. PENA DE MULTA 
• Fixada em dia-multa. Não há um valor certo e determinado. 
• Diferente da multa administrativa. 
 
1.1. FASES DO CÁLCULO (ART. 49 DO CP) 
 Multa 
 Art. 49 - A pena de multa consiste no pagamento ao fundo penitenciário da quantia 
fixada na sentença e calculada em dias-multa. Será, no mínimo, de 10 (dez) e, no máximo, 
de 360 (trezentos e sessenta) dias-multa. 
 § 1º - O valor do dia-multa será fixado pelo juiz não podendo ser inferior a um 
trigésimo do maior salário mínimo mensal vigente ao tempo do fato, nem superior a 5 
(cinco) vezes esse salário. 
 § 2º - O valor da multa será atualizado, quando da execução, pelos índices de correção 
monetária. 
 
 
a) Fixação da quantidade de dias-multa (de 10 a 360): 
• Sistema trifásico de dosimetria (art. 68 do CP). 
 Cálculo da pena 
 Art. 68 - A pena-base será fixada atendendo-se ao critério do art. 59 deste Código; em 
seguida serão consideradas as circunstâncias atenuantes e agravantes; por último, as causas 
de diminuição e de aumento. 
 Parágrafo único - No concurso de causas de aumento ou de diminuição previstas na parte 
especial, pode o juiz limitar-se a um só aumento ou a uma só diminuição, prevalecendo, 
todavia, a causa que mais aumente ou diminua 
 
b) Fixação do valor de 1 (um) dia-multa (de 1/30 a 5 salários mínimos): 
• Situação econômica do condenado (art. 60 do CP). 
Critérios especiais da pena de multa 
 Art. 60 - Na fixação da pena de multa o juiz deve atender, principalmente, à situação 
econômica do réu. 
 § 1º - A multa pode ser aumentada até o triplo, se o juiz considerar que, em virtude da 
situação econômica do réu, é ineficaz, embora aplicada no máximo. 
 
c) Multiplicação da quantidade de dias-multa pelo valor de um dia multa: 
• A depender da abastada situação econômica do condenado, o juiz poderá multiplicar 
o valor da multa pelo triplo (art. 60, §1°, do CP – ou seja, até 5400 salários mínimos). 
 § 1º - A multa pode ser aumentada até o triplo, se o juiz considerar que, em virtude da 
situação econômica do réu, é ineficaz, embora aplicada no máximo 
 
 
1.2. INADIMPLEMENTO DA MULTA (ART. 51 DO CP) 
 Art. 51. Transitada em julgado a sentençacondenatória, a multa será executada perante o juiz 
da execução penal e será considerada dívida de valor, aplicáveis as normas relativas à dívida 
ativa da Fazenda Pública, inclusive no que concerne às causas interruptivas e suspensivas da 
prescrição. 
• Não se converte em pena privativa de liberdade. 
• A cobrança de uma multa irrisória não paga é obrigatória ou facultativa? Divergência. 
1.3 LEGITIMIDADE PARA COBRAR A PENA DE MULTA 
 
a)A nova redação do artigo 51 do CP e a Súmula 521 do STJ. 
Súmula 521 do STJ A legitimidade para a execução fiscal de multa pendente de 
pagamento imposta em sentença condenatória é exclusiva da Procuradoria da Fazenda 
Pública. 
b) STF (ADI 3.150): a multa não perde a natureza de sanção penal (de acordo com a CF 
e, por isso, não seria possível que uma lei infraconstitucional desvirtuasse essa 
natureza). 
• Quem possui legitimidade para cobrar a pena de multa? 
 Art. 98. A União, no Distrito Federal e nos Territórios, e os Estados criarão: 
 I - juizados especiais, providos por juízes togados, ou togados e leigos, 
competentes para a conciliação, o julgamento e a execução de causas cíveis de menor 
complexidade e infrações penais de menor potencial ofensivo, mediante os 
procedimentos oral e sumaríssimo, permitidos, nas hipóteses previstas em lei, a 
transação e o julgamento de recursos por turmas de juízes de primeiro grau; 
c) Decisões proferidas pelo JECrim: art. 98, inciso I, da CF. 
 
1.4. OUTRAS QUESTÕES SOBRE PENA DE MULTA 
 
PROF. ME. WENDELL LUIS ROSA 
AULA 04 – DIREITO PENAL III 
SANÇÃO PENAL: PENA DE MULTA E MEDIDAS DE SEGURANÇA 
• O condenado que já cumpriu integralmente a pena privativa de liberdade, porém, 
não adimpliu o valor da multa, pode ter a pena declarada extinta? Entendimento do 
STJ. 
• O valor da multa deve sofrer correção monetária? A partir de quando (termo inicial)? 
Vide 
Súmula 43 do STJ: Incide correção monetária sobre divida por ato ilícito a partir do 
efetivo prejuízo. 
 
2. MEDIDAS DE SEGURANÇA 
 
2.1. DEFINIÇÃO 
• Inimputável: sentença absolutória imprópria: 
• Semi-imputável: condenação. 
 
2.2. SISTEMAS 
a) Duplo binário: 
b) Vicariante: 
 
2.3. PREVISÃO LEGAL 
• Arts. 96 a 99 do CP e arts. 171 a 179 da LEP. 
Espécies de medidas de segurança 
 Art. 96. As medidas de segurança são: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
 I - Internação em hospital de custódia e tratamento psiquiátrico ou, à falta, em outro 
estabelecimento adequado; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art96
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art96
 II - sujeição a tratamento ambulatorial. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
 Parágrafo único - Extinta a punibilidade, não se impõe medida de segurança nem subsiste 
a que tenha sido imposta. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
 Direitos do internado 
 Art. 99 - O internado será recolhido a estabelecimento dotado de características 
hospitalares e será submetido a tratamento. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
 Art 171(LEP) Transita em julgado a stença que aplicar medida de segurança, será 
ordenada a expedição de guia para a execução. 
 Art.179(LEP). Transitada em julgado a sentença, o Juiz expedirá ordem para a 
desinternação ou a liberação. 
 
2.4. CARACTERÍSTICAS 
a) Exclusivamente preventivas (prevenção específica): não possuem caráter 
retributivo. 
b) Estabelecimento com características hospitalares (art. 99 do CP): 
Art. 99 - O internado será recolhido a estabelecimento dotado de características 
hospitalares e será submetido a tratamento. 
c) Prazo indeterminado (art. 97, §1º e 2º do CP c.c. art. 175 da LEP): até a cessação da 
periculosidade. 
 Art. 97 - Se o agente for inimputável, o juiz determinará sua internação (art. 26). Se, todavia, o 
fato previsto como crime for punível com detenção, poderá o juiz submetê-lo a tratamento 
ambulatorial. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
 Prazo 
 § 1º - A internação, ou tratamento ambulatorial, será por tempo indeterminado, perdurando 
enquanto não for averiguada, mediante perícia médica, a cessação de periculosidade. O prazo 
mínimo deverá ser de 1 (um) a 3 (três) anos. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
 Perícia médica 
 § 2º - A perícia médica realizar-se-á ao termo do prazo mínimo fixado e deverá ser repetida 
de ano em ano, ou a qualquer tempo, se o determinar o juiz da execução. (Redação dada pela 
Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
Art. 175 (LEP). A cessação da periculosidade será averiguada no fim do prazo mínimo 
de duração da medida de segurança, pelo exame das condições pessoais do agente, 
observando-se o seguinte: 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art96
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art96
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art99
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art97
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art97
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art97
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art97
I - a autoridade administrativa, até 1 (um) mês antes de expirar o prazo de duração 
mínima da medida, remeterá ao Juiz minucioso relatório que o habilite a resolver sobre 
a revogação ou permanência da medida; 
II - o relatório será instruído com o laudo psiquiátrico; 
III - juntado aos autos o relatório ou realizadas as diligências, serão ouvidos, 
sucessivamente, o Ministério Público e o curador ou defensor, no prazo de 3 (três) dias 
para cada um; 
IV - o Juiz nomeará curador ou defensor para o agente que não o tiver; 
V - o Juiz, de ofício ou a requerimento de qualquer das partes, poderá determinar novas 
diligências, ainda que expirado o prazo de duração mínima da medida de segurança; 
VI - ouvidas as partes ou realizadas as diligências a que se refere o inciso anterior, o 
Juiz proferirá a sua decisão, no prazo de 5 (cinco) dias. 
• Disposição incompatível com a CF. 
• Duração máxima: 40 anos (art. 75 do CP). 
• Duração máxima: pena máxima em abstrato prevista no tipo penal violado. 
d) Dependem de perícia médica (art. 97, e 2º do CP e art. 175 da LEP): 
 
PROF. ME. WENDELL LUIS ROSA 
AULA 04 – DIREITO PENAL III 
SANÇÃO PENAL: PENA DE MULTA E MEDIDAS DE SEGURANÇA 
2.5. ESPÉCIES 
a) Detentiva: 
• É fixada de acordo com o fato e não com a periculosidade do agente. Por isso, alguns 
doutrinadores consideram que tal espécie viola o princípio da proporcionalidade. 
• Art. 17 da Resolução 113 do Conselho Nacional de Justiça: políticas antimanicomiais 
previstas na Lei n° 10.216/01. 
Art. 17. O juiz competente para a execução da medida de segurança, sempre que 
possível buscará implementar políticas antimanicomiais, conforme sistemática da Lei 
nº 10.216, de 06 de abril de 2001. 
b) Restritiva (facultativa – art. 97 do CP): depende do grau de periculosidade do 
agente. 
 Imposição da medida de segurança para inimputável 
 Art. 97 - Se o agente for inimputável, o juiz determinará sua internação (art. 26). Se, 
todavia, o fato previsto como crime for punível com detenção, poderá o juiz submetê-lo a 
tratamento ambulatorial. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
 
2.6. REQUISITOS 
a) Prática de fato previsto como crime: 
b) Periculosidade: 
 
2.7. INTERNAÇÃO E DESINTERNAÇÃO OU LIBERAÇÃO (ART. 97 DO CP) 
a) Desinternação: medida de segurança detentiva. 
b) Liberação: medida de segurança restritiva. 
 
2.8. PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃO EXECUTÓRIA E MEDIDA DE SEGURANÇA 
a) Semi-imputável: de acordo com a pena fixada na sentença condenatória. 
b) Inimputável: 
• De acordo com o prazo máximo de cumprimento da pena (hoje, 40 anos – art. 75 do 
CP): entendimento da2ª Turma do STF. 
• De acordo com a pena máxima em abstrato cominada ao delito: entendimento da 1ª 
Turma do STF. 
2.9. DICA DO DIA 
• O que acontece com o sujeito ativo que era capaz na data do fato, mas desenvolve 
anomalia psíquica no curso da execução da pena? A anomalia é passageira ou 
permanente? Vide arts. 108 e 183 da LEP. 
Art. 108. O condenado a quem sobrevier doença mental será internado em Hospital de 
Custódia e Tratamento Psiquiátrico. 
Art. 183. Quando, no curso da execução da pena privativa de liberdade, sobrevier 
doença mental ou perturbação da saúde mental, o Juiz, de ofício, a requerimento do 
Ministério Público ou da autoridade administrativa, poderá determinar a substituição 
da pena por medida de segurança. 
 
Art. 183. Quando, no curso da execução da pena privativa de liberdade, sobrevier 
doença mental ou perturbação da saúde mental, o Juiz, de ofício, a requerimento do 
Ministério Público, da Defensoria Pública ou da autoridade administrativa, poderá 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art97
determinar a substituição da pena por medida de segurança. (Redação dada pela 
Lei nº 12.313, de 2010).

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