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* * DOENÇA DE PARKINSON Diagnóstico e Tratamento * * Um ensaio sobre a Paralisia Agitante Londres, 1817 “Enfermidade caracterizada pela presença de movimentos tremulantes involuntários, diminuição da força muscular, tendência à inclinação do tronco para frente e alteração da marcha. Os sentidos e o intelecto são preservados.” James Parkinson * * Jean-Martin Charcot França, 1877 Neurologista francês, pai da Neurologia. Destacou o tremor como manifestação cardinal e inicial da doença e ressaltou sua presença no repouso unilateral, afetando o membro superior. Distinguiu duas formas: “Tremulante”e “Rígido-acinética”. Micrografia. Relatou a presença de demência em alguns casos. * * Micrografia * * Doença de Parkinson Epidemiologia Geral//, pctes. > 50 anos. Antes de 20 anos é rara (Parkinson Juvenil). Mais comum em homens. Prevalência = 1 a 3 % da população > 65anos. Incidência = 20 por 100.000 habitantes/ano. Risco de desenvolver a doença = 1 em 40. Maior prevalência = América do Norte e Europa Associações com vida rural, ingestão de água de poço, cultivo de vegetais, exposição a polpa de madeira e pesticidas (???). * * Anatomia Básica da D.P. A habilidade em produzir movimento depende de um circuito motor complexo que envolve a subst. negra, os gânglios da base, núcleo subtalâmico, tálamo e o córtex cerebelar. Dopamina é o neurotransmissor desse circuito. Na DP a produção de Dopamina está reduzida. Há degeneração dos neurônios contendo Melanina (dopaminérgicos) no tronco encefálico, principalmen- te, na sustância negra. Sintomas aparecem quando a subst. negra já perdeu 60% dos neurônios dopaminérgicos e o conteúdo de Dopamina é 80% inferior ao normal. * * Anatomia Básica da D.P. Neuropatologia Os neurônios sobreviventes, na substância negra, contêm inclusões citoplasmáticas eosinofílicas conhecidas como Corpos de Lewy - a característica patológica da doença. * * ETIOLOGIA DA DOENÇA DE PARKINSON Genética ? Toxinas exógenas ? Toxinas endógenas ? Estresse oxidativo ? I D I O P Á T I C A * * SINAIS E SINTOMAS DA DOENÇA DE PARKINSON Tremor em repouso Rigidez Bradicinesia - Hipocinesia Postura fletida Perda dos reflexos posturais Fenômeno de parada = “freezing” * * TREMOR 70% casos Pode estar presente em um ou mais membros. É comum nos lábios, queixo e língua. Geralmente, assimétrico. 4 a 5 ciclos/segundo Ocorre, tipicamente, quando o membro está em repouso. Desaparece à ação, ressurgindo quando os membros mantêm uma postura. Aumenta ao andar. “Contar moedas” ou “enrolar pílulas” = flexão /exten- são dos dedos ou do pulso. Amplitude aumenta em períodos de estresse ou quando pede-se ao paciente que realize alguma tarefa cognitiva Desaparece durante o sono. * * RIGIDEZ Aumento do tônus muscular quando o examinador move os membros, o pescoço ou o tronco do paciente (movimentos passivos). A rigidez é igual em todas as direções. Fenômeno da roda denteada (catraca). A rigidez do membro passivo aumenta quando outro membro é envolvido em um movimento ativo voluntário. * * RIGIDEZ Aumento do tônus muscular quando o examinador move os membros, o pescoço ou o tronco do paciente (movimentos passivos). A rigidez é igual em todas as direções. Fenômeno da roda denteada (catraca). A rigidez do membro passivo aumenta quando outro membro é envolvido em um movimento ativo voluntário. * * BRADICINESIA Lentidão de movimentos, dificuldade em iniciar movimentos e perda de movimentos automáticos. A face perde a expressão espontânea = Facies em máscara ou hipomimia ou facies congelada - não traduz o estado emocional do paciente. Diminuição do piscar. Facies em pomada. Diminuição da movimentação espontânea = perda da gesticulação, tendência a ficar sentado, imóvel. Rigidez cérea (como se fosse de cera). A voz torna-se baixa (hipofonia), com um tom monótono. * * BRADICINESIA A bradicinesia da mão dominante leva a uma escrita lenta e com letra pequena (micrografia), dificuldade em fazer barba, escovar dentes, pentear o cabelo, abotoar roupas, maquiar, etc. O andar é lento, com passos mais curtos e tendência a arrastar os pés. O balanço dos braços diminui. Bradicinesia do tronco = Dificuldade em levantar-se de uma cadeira baixa, sair de automóveis e virar-se na cama. A bradicinesia é interpretada, erroneamente, pelos pacientes como fraqueza. * * BRADICINESIA A saliva escorre pelos cantos da boca devido à incapacidade para deglutir. ( Não há produção excessiva de saliva). A deglutição pode alterar-se com o avanço da doença . Engasgos e aspirações são preocupações freqüentes. Dissinergia óculo-cefálica = O doente ao dirigir os olhos para um determinado lado não acompanha com a cabeça o movimento dos olhos. É a característica mais limitante da doença. * * POSTURA FLETIDA A rigidez parkinsoniana confere ao doente uma atitude característica: Cabeça em ligeira flexão, tronco ligeiramente inclinado para frente, flexão moderada da perna sobre a coxa e do antebraço sobre o braço. Ao deambular o doente parece um bloco, com o tronco inclinado para frente, como que à procura do seu centro de gravidade. * * Cabeça em ligeira flexão, tronco inclinado para frente. * * PERDA DOS REFLEXOS POSTURAIS Teste do puxão. O paciente desaba sobre uma cadeira ao tentar sentar-se (sentar-se em bloco). Marcha festinante = o paciente anda mais e mais rapidamente, tentando mover os pés para frente para ficar sob o centro de gravidade do corpo em flexão e assim evitar quedas. A perda dos reflexos posturais leva a quedas e, finalmente, à incapacidade de ficar de pé, sem auxílio. * * FENÔMENO DE PARADA (BLOQUEIO MOTOR) Incapacidade transitória na execução de movimentos ativos. Mais comum nas pernas. Os pés parecem grudados ao solo e então, subitamente se desprendem, possibilitando caminhar novamente. A parada ocorre subitamente, durando no máximo alguns segundos, de cada vez. Ocorre, tipicamente, quando o paciente começa a andar (hesitação de partida), tenta virar-se ao caminhar ou aproxima-se de um destino (hesitação de alvo). Freezing * * Como é feito o diagnóstico da D.P ? Anamnese + exame neurológico. Assimetria no início dos sintomas. Presença de tremor de repouso. Boa resposta à terapia dopaminérgica. Não há exames de sangue que façam o diagnóstico. TC de crânio e RNM de encéfalo, nada revelam de anormal. * * Como é feito o diagnóstico da D.P. ? PET Scan ( Tomografia por emissão de positron com flurodopa) Índice útil da função dopaminérgica do corpo estriado. Cara e de acesso restrito. * * Como é feito o diagnóstico da D.P. ? POSSÍVEL = Se uma das características estiver presente: Tremor, rigidez ou bradicinesia. PROVÁVEL = Se duas das características estiverem presentes (tremor, rigidez, bradicinesia ou instabili - dade postural) ou se uma delas for assimétrica. DEFINITIVO = Se três das características estiverem presentes, ou se duas das características estiverem presentes, sendo que uma delas apresente-se assime-tricamente. As causas de Parkinsonismo têm de ser excluídas antes de se fazer o diagnóstico da DP * * DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL Tremor Essencial ou Familiar É o distúrbio mais comum// confundido com DP. Tremor postural das extremidades superiores que não é causado por agentes farmacológicos. Geralmente, aparece em pacientes acima de 40 anos. Transmissão autossômica dominante, embora alguns pacientes não tenham históricofamiliar de tremor. O tremor é predominante// postural, com um componente cinético (teste índex-nariz). A freqüência é mais alta que na DP ( 4 a 12 HZ) Relativamente simétrico. * * DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL Tremor Essencial ou Familiar Melhor notado com os braços estirados. Movimento de flexão-extensão ou pronação- supina-ção das mãos. Piora lentamente com o passar do tempo. Estresse pode aumentar a amplitude do tremor. A ingestão de álcool pode, temporariamente, aliviá-lo. O tremor essencial, habitualmente, atinge o segmento cefálico e a voz, enquanto na DP, caracteristicamente, o tremor ocorre na língua, mandíbulas e lábios. * * Tremor essencial de cabeça * * DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL Tremor Essencial ou Familiar Não há rigidez, nem bradicinesia associada. Interfere em funções como escrever ou alimentar-se. A escrita à mão é grande, irregular e trêmula, em notável contraste com a micrografia da DP. 80% casos têm boa resposta clínica ao uso de Propranolol (até 240 mg/dia) ou Primidona ( 50 mg/dia) * * DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL * * DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL Tremor Essencial ou Familiar Faça os mesmos desenhos: * * Diagnóstico Diferencial da D.P. Parkinsonismo Grupo de distúrbios com características clínicas semelhantes à DP ( tremor, rigidez e / ou bradicinesia), mas de etiologia diferente da DP. Quase sempre os sinais e sintomas são simétricos. Raramente o tremor aparece em repouso. Geralmente, não há resposta à Levodopa . (Exceções: Intoxicação por reserpina, pós-encefalítico, atrofia olivo-ponto-cerebelar, etc) * * DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL Parkinsonismo medicamentoso Neurolépticos Antieméticos (Metroclopramida é a causa mais comum) Reserpina Tetrabenazina Alfametildopa Lítio Antidepressivos tricíclicos Antivertiginosos Ácido valpróico (tremor) Anti-epilépticos (sinais cerebelares) Aguardar 6 meses sem a medicação antes de definir o diagnóstico de Doença de Parkinson. * * DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL Parkinsonismo induzido por toxinas Manganês Metanol Etanol MTPT (derivado sintético da heroína) Chumbo (saturnismo) * * DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL Infecções HIV Tuberculose Sífilis Parkinsonismo pós-encefalítico (Forma epidêmica de “Encefalite Letárgica” ou “Doença de von Economo” - 1919 a 1926. * * DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL Traumatismo Craniano Lutadores de boxe podem desenvolver a síndrome demência + parkinsonismo + sinais piramidais e cerebelares. “Demência pugilística” * * DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL Doença de Wilson Mal funcionamento do metabolismo do cobre, com herança autossômica recessiva. Acomete crianças, adolescentes e adultos jovens. Raríssimo, após os 40 anos. Baixos níveis de ceruloplasmina e aumento da concentração de cobre no fígado e na urina. Anel de Kayser - Fleischer Tremor (“bater asas”) + disartria + rigidez + bradicinesia + distonia + distúrbios psíquicos. * * DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL Parkinsonismo Vascular Pacientes acometidos por infartos cerebrais múltiplos podem vir a sofrer uma progressão paulatina dos sintomas. Acinesia e rigidez, sem tremor. Só apresentam parkinsonismo quando estão em pé, andando. Sentados / deitados = motricidade normal. Evidências clínicas de um AVC. Uma TCC ou RNM encéfalo deve ser solicitada para a confirmação da doença. * * TRATAMENTO DA D.P. Visa o controle dos sintomas, porque nenhum tratamento farmacológico ou cirúrgico impede a progressão da doença. A doença evolui de forma lenta. Demência pode ocorrer após longos anos. Maioria se dá bem com a medicação por 4 a 6 anos. Muitos desenvolvem sério distúrbio de equilíbrio entre 10 e 12 anos de doença. A Levodopa é o tratamento gold standard ( É um precursor da Dopamina ; aumenta a concentração de Dopamina na corpo estriado). * * OPÇÕES TERAPÊUTICAS Terapias Neuroprotetoras Retardam a degeneração neuronal, tornando mais lenta a progressão da doença. Selegilina (Niar®, Jumexil®, Deprilan®) = IMAO, inibe o metabolismo oxidativo da Levodopa e pode reduzir o estresse oxidativo e a formação de radicais livres. Novos medicamentos estão avaliados - DATATOP: ( Deprenyl and Tocopherol Antioxidative Therapy of Parkinsonism ) vitamina E ??? * * OPÇÕES TERAPÊUTICAS Terapia Sintomática I.M.A.O. Inibidores da Monoamino Oxidase ( MAO = Responsável pelo catabolismo da Dopamina, no cérebro) Selegilina (Niar®) 5 mg 2x/dia Efeito dura 3 a 4 meses após interrupção da droga. Retarda a terapia com Levodopa - cerca de 9 meses. Efeito sintomático fraco. * * OPÇÕES TERAPÊUTICAS Terapia Sintomática I.M.A.O. Medicamentos que devem ser evitados com os IMAO: Inibidores da recaptação de serotonina (Citalopram, Fluoxetina, Paroxetina e Sertralina) Antidepressivos tricíclicos e tetracíclicos (maproptilina) Meperidina Opiáceos Dextrometorfano (Silencium®) Triptofano (Forten® ) SÍNDROME SEROTONINÉRGICA:Confusão, agitação, rigidez, hiperreflexia, tremores, mioclonias, febre, náuseas, diarréia, coma, rabdomiólise e morte . * * OPÇÕES TERAPÊUTICAS Terapia Sintomática - Levodopa Eficaz na redução da bradicinesia e da rigidez. Efeito altamente variável sobre o tremor. Metabolismo oxidativo da Dopamina pode formar radicais livres degeneração neuronal acelerada. Complicações a longo prazo (4 a 8 anos) em 50% dos casos: Flutuações motoras (deterioração fim de dose = degeneração neuronal diminui a capacidade de armazenar dopamina derivada da levodopa ) “On e off” Discinesias (movimentos anormais involuntários) * * OPÇÕES TERAPÊUTICAS Terapia Sintomática Levodopa Precursor da Dopamina = muitas náuseas e vômitos. A administração concomitante de Inibidores de Decarboxilase Periférica (Carbidopa ou Benzerazida), reduz a decomposição periférica de Levodopa e permite que mais Levodopa cruze a barreira hematoencefálica Diminui a incidência de náuseas e vômitos. Levodopa/carbidopa (Sinemet®, Cronomet®) Levodopa/benzerazida (Prolopa®, Parkidopa®) Iniciar 1/4 comp 2x/dia e aumentar a cada semana. * * OPÇÕES TERAPÊUTICAS Terapia Sintomática Domperidona Antidopaminérgico periférico = Antagonista dos receptores dopaminérgicos, que não penetra no SNC. É usado para evitar as náuseas da Levodopa e dos agonistas da Dopamina Domperidona = Motilium® * * OPÇÕES TERAPÊUTICAS Terapia Sintomática Agonistas da Dopamina Estimulam diretamente os receptores pós-sinápticos da Dopamina no corpo estriado. Benefícios sintomáticos como monoterapia no início da doença ou como coadjuvante da Levodopa. Torna-se ineficaz como monoterapia dentro de, no máximo, 3 anos deve-se adicionar Levodopa. Bromocriptina (Parlodel®) - 2,5 mg a 40 mg/dia Pergolida (Celance®, Pergolide®) - 0,25 mg 3x/dia Pramipexol (Sifrol®) -0,25mg a 4,5 mg/dia caros * * OPÇÕES TERAPÊUTICAS Terapia Sintomática As medicações dopaminérgicas ( preparações com Levodopa e Agonistas da Dopamina ) não devem ser interrompidas abruptamente. SÍNDROME NEUROLÉPTICA MALIGNA * * OPÇÕES TERAPÊUTICAS Terapia Sintomática Liberador de Dopamina Antiviral - demonstrou melhorar sintomas da DP em pctes. tratados para gripe asiática, na década de 60. Aumenta a liberação de Dopamina ( bloqueia a recaptação de Dopamina nos terminais pré-sinápticos). Nas fases iniciais é eficaz em 2/3 pctes. Benefício aparece em 2 dias. Comum: Livedo reticular Adia o uso da Levodopa ou age como adjuvante. Amantadina (Mantidan®) - 100 mg , 2 x/dia Contra-indicada nas doenças renais (excr. urinária) * * OPÇÕES TERAPÊUTICAS Terapias Sintomáticas Anticolinérgicos São eficazes na redução dos tremores. Mínimosbenefícios para rigidez e bradicinesia. Uso limitado pelos efeitos colaterais = Confusão mental, alucinações, retenção urinária e taquicardia Contra-indicações: Glaucoma e hipertrofia prostática Efeitos colaterais : Secura na boca, constipação e borramento visual. Triexifenidil = Artane® - 2 a 8 mg/dia Biperideno = Akineton® - 2 mg, 3 a 4 x/dia * * OPÇÕES TERAPÊUTICAS Terapia Sintomática Inibidores da C.O.M.T. COMT = Catecol-O-metiltransferase = Uma das principais enzimas responsáveis pelo metabolismo da Levodopa e da Dopamina. Inibem o metabolismo periférico da Levodopa, aumentando sua disponibilidade central. Efeito colateral tardio (4 a 12 semanas) = diarréia Risco de lesão hepática (10 a 100 vezes maior) Entacapone = Contam® Tolcapone = Tasmar® Muito caros * * OPÇÕES TERAPÊUTICAS Terapia Restauradora Transplante Fetal Visam substituir os neurônios perdidos = Implante de tecido embrionário. Células geneticamente criadas, células dopaminérgicas de animais e células de outras partes do corpo estão sendo desenvolvidas para transplante, com possíveis efeitos restauradores. São cirurgias experimentais. Futuro * * OPÇÕES TERAPÊUTICAS Cirurgia Extereotáxica Comum nos anos 50 quando não havia terapia adequada (levodopa). Retomada na década de 80. Candidatos: Pacientes refratários ao tratamento clínico, com incapacidade funcional. Demência é contra-indicação formal. Técnicas: Neuroestimulação (marcapasso cerebral) Cirurgia lesiva (destruição de um alvo para modificar sua função). Mortalidade = 1% Talamotomia (tremor) Palidotomias (bradicinesia, discinesias e rigidez) * * EXERCÍCIOS Atividades Físicas: Relaxamento muscular Redução do nível de estresse Natação Caminhadas Andar de bicicleta * * *
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