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resenha critica capoeira

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Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ
IEFES – INSTITUTO DE EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTES
CURSO DE BACHARELADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA
Yuri de Paula Muniz 
DICIPLINA:
O ENSINO DA CAPOEIRA
FORTALEZA 
2019
Resenha Crítica
 A CAPOEIRA E A EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR
Inicia se pelos fatores históricos onde mostra de onde os “criadores” da capoeira vieram e sua trajetória ao longo do tempo no Brasil colônia que era uma colônia de exploração e que virou uma nação escravocrata. Primeiro tentou se fazer os nativos indígenas de escravos e depois foi gerado todo um comercio de escravos trazidos de varias regiões africanas em grandes embarcações conhecidas e citadas no texto como navios negreiros . 
É importante mergulhar aos alunos na historia da capoeira pois ela esta presente não apenas nas suas cantigas e musicas que por vezes contam historias da época como também estão por trás de todo seu desenvolvimento como o porque de ser praticado com musica , tipos de capoeira e ate porque se chama “capoeira” se é uma dança ou luta ?
Essas e outras duvidas que podem surgir são explicadas no texto conforme vamos avançando no tempo 
“Segundo Nascimento (2005), os negros escravos reuniam-se em grupos, durante as suas ínfimas horas de folga, para usufruir de suas danças e de seus rituais religiosos. Durante esses momentos de celebração os aspectos culturais que os uniam, se transformaram em elementos aglutinadores de forças diante da necessidade do agir contra a situação social inferiorizada em que viviam e da exigência de se adaptar a uma nova realidade”
Esse trecho mostra a necessidade do escravo africano trazido para trabalhar no Brasil em seus poucos momentos de lazer relembrar suas crenças e ritos religiosos e para se adaptar a sua nova realidade eles se juntam para criar uma luta que junta golpes predominantes com as pernas e bem ritmados visando derrubar ou imobilizar o oponente rapidamente , como seus donos ou capitães do mato que os caçavam quando estavam em fuga 
“Dança negra. Com muitos rituais. Brincadeira de movimentos com malícia. Na dança negra de pés no chão a agilidade da esquiva e a esperteza da fuga. E de repente, ante os olhos surpresos do adversário, o gesto rápido. O ataque fulminante. Então, prostrado, o inimigo se dá conta de que foi vítima da mandinga. Isto, se ainda tiver vida...”(ADORNO, 2017, pag 4)
Esse trecho tirado do livro a rate da capoeira integra muito bem a ideia dos movimentos com tons de dança e brincadeira mas com malicia e agilidade para esquivas e ataques rápidos e certeiros.
 Avançando um pouco na historia já no século XIX, a capoeira praticada principalmente por escravos e por conta dessa marginalização da cultura afro na época se teve muitas perseguições , repressões , prisões e racismo mas com o passar do tempo a partir da segunda metade do século XIX, outros grupos sociais se juntaram à prática da Capoeira como os brancos, estrangeiros e até membros da alta sociedade e os mesmo introduziram na capoeira alguns objetos como navalha facas e etc ainda hoje citado em cantigas de rodas de capoeira .
Com grandes grupos diferentes praticando a capoeira surgem as maltas que nada mais é que grupos de capoeiristas que viviam nas margens da sociedade e tinham seus territórios e richas uns contra os outros os mesmos buscavam domínio geográfico e político nos centros urbanos como Rio de janeiro, Salvador e Recife.em época de carnaval os capoeiras saiam na frente dos desfiles de recife e ficavam aos pulos e passos como uma dança para chamar a atenção e com o tempo foi chamado esses passos de frevo . no rio de janeiro quando eram parados pela policia para não serem presos eles falavam que estavam praticando a “pernada carioca” para não acabar sendo presos e em 1890, em 11 de outubro, a prática da capoeira foi proibida pelo governo por conta da violência gerada e associada a pratica afinal quem era capoeira era pessoas ruins que ficavam a margem da sociedade brasileira , o governo decretou nº 487, do Código Penal da República dos Estados Unidos do Brasil, no capítulo XII, que tratava dos “Vadios e Capoeiras” e assim permaneceu durante 40 anos e apenas em 1934 na era Vargas devido as reivindicações a pratica foi liberada e voltou a ativa.
Ate então a capoeira era so capoeira mas com o tempo ela foi se recriando e juntando golpes de outras lutas e se adaptando nas mãos de 2 grandes mestres na Bahia os tão conhecidos “bimba” e “pastinha” 
Onde mestre bimba criou uma capoeira mais rápida com golpes e contra golpes mais comuns e os batizou de “sequencia de bimba” criou vários golpes com projeção, agarrões criando assim a capoeira regional visto hoje em dia como uma capoeira rápida, que tem malicia mas tem uma grande variação de golpes. 
Mestre pastinha tinha uma visão diferente da capoeira ele ensinava baseado se nas tradições africanas, pois o mesmo aprendeu com um negro vindo de angola, onde ele passava seus ensinamentos através da cultura e historia usando os rituais , musicas e ludicidade e batizou sua capoeira de capoeira de Angola hoje conhecido como uma capoeira mais lenta com toque do berimbau mais marcado é uma capoeira mais rasteira com objetivo de desequilibrar o oponente.
“em 1º de Janeiro de 1973, começa a vigorar o regulamento de 1972, que reconhece a capoeira como modalidade esportiva, pela Confederação Brasileira de Pugilismo (CBP). Esta regulamentação adotava normas e regras de outras lutas tratando a capoeira como um desporto do ramo pugilístico” 
com isso podemos ver a capoeira deixando de ser uma pratica marginalizada e sendo reconhecida como uma modalidade esportiva , isso foi de grande importância para o incentivo da pratica ,em 1992 foi criada a Confederação Brasileira de Capoeira e com ela se teve a tentativa de padronizar sua pratica como esporte mas com isso foi negado a pluralidade da manifestação cultural já que cada grupo ou escola tinha seu jeito de ensinar as praticas com seus valores históricos e culturais cantos e gestos 
Em 23 de outubro de 1992, é criada a Confederação Brasileira de Capoeira (CBC), sendo desligada oficialmente da CBP. Contudo essas tentativas de padronização sob a perspectiva do esporte de rendimento negam a pluralidade desta manifestação cultural, bem como os seus valores sócio-históricos e culturais arquivados em seus rituais, cantos e gestos.
Com o tempo a capoeira foi reconhecida tambem como um bem cultural pelo governo por conta de todo seu valor histórico e social como nas rodas realizadas em praças , cantos e historia entrelaçada com a do pais.
Com o passar dos anos a capoeira foi se modificando mostrando seus lados contemporâneos e para varias vertentes como a capoeira acrobática com muitos “floreios” a capoeira de lutas como uma arte marcial e a atualização ou incrementarão nas capoeiras regionais e angolas que se deu por meio de novos mestres que saiam do seu lugar de origem para aprender e criar novas formas de pratica e golpes , os mesmos voltavam para seus grupos com “novidades” que aprenderam ou criavam.
Vendo esse contesto histórico e social da evolução da capoeira apresentada de forma detalhada no texto podemos ver as transformações e vertentes que a capoeira se tornou de uma luta disfarçado de dança criada pelos escravos e proibida pelo governo até se transformar em parte da cultura brasileira e esporte mundialmente conhecido no mundo aparecendo ate em grandes filmes.
A capoeira é um esporte completo pois tem múltiplas possibilidades conceituais, podendo ser definida como luta, jogo, dança, brincadeira, esporte, filosofia de vida, dentre outros, tendo na luta sua mais significativa expressão e é praticado por todos os tipos de pessoas sem preconceito de sexo , cor ou idade.O ponto alto da capoeira sempre foi resistir Contra o preconceito à manifestação “a capoeira foi feita para se libertar “.
As cantigas de capoeira ainda hoje contam historias da vida do capoeira podendo ser fatos históricos ou do dia a dia com um cortador de cana no canavial ou do dia em que a capoeira venceu umaluta de vale tudo contra outra arte marcial.
Seus golpes são de junções de outras artes marciais se complementando com a ginga a malicia e os floreios muitas vezes usados para confundir o oponente e derrubado , é importante enfatizar os nomes dos golpes pois muitos deles tem historia por trás do nome e representam uma releitura ou adaptação de outro golpe , apesar de não ter contato em sua maioria do tempo entre os jogadores isso mantém o tempo e a fluidez do jogo mas podendo ser muitas vezes mudado com a ajuda do coro , do toque do berimbau e dos participantes na roda
Assim como em qualquer outro esporte se tem regras na roda como pedir licença para entrar, cantar sempre o coro de forma a animar a jogatina,ficar sempre atento ao que esta acontecendo na roda e ao mestre pois pode sobra golpes e restos de esquivas .
Os batizados são sempre animados e tem suas variações em cada grupo como cor da corda ,movimentos e apresentações que são feitas como citado anterior mente a capoeira não tem um padrão estabelecido e isso que eleva seu nível de riqueza pois esta sempre se adaptando.
Seus instrumentos são bem conhecidos como o berimbau que da o tom e comanda o ritmo do jogo , o atabaque e pandeiro que ajudam a dar ginga e marcar o tempo e todos juntos com as cantigas , coro e as palmas geral o som da roda de capoeira. Um fato interessante é Quando um capoeira visita uma roda formada por grupo que não frequente habitualmente, o canto de abertura pode ser seu, o que demonstrará deferência e homenagem ao visitante
 
O fato de não haver o toque entre os jogadores, na maior parte do jogo é que mantém a fluidez e a circularidade da luta, assim como evita que a integridade dos capoeiristas seja atingida. Os golpes girados principalmente, como o rabo-de-arraia, por exemplo (Figura 3), atingem um alto nível de velocidade e potência que poderiam se tornar violentos, o que hoje, não é objetivo das principais escolas de capoeira, como a Regional e a Angola.
A CAPOEIRA NA FORMAÇÃO DOCENTE DE EDUCAÇÃO FÍSICA
Como já mostrado acima a capoeira tem seu grande valor esportivo e cultural mostrando que tem que fazer parte da formação docente de educação física , sua pratica deve ser usada assim como os vários esportes pois com a espotivização da mesma somos donos de tal cultura e uma boa forma de propagar crescimento sobre nossas raízes do Brasil colônia ate o Brasil contemporâneo terá do futebol onde os brasileiros reis da bola no pé que possuem a ginga nos dribles . ensinar é um poder de se libertar , de descoberta mostrando que não é preciso para ser um mestre de caopeira ter formação acadêmica um 
Ensinar é um ato de descoberta e de liberdade, portanto, assim como não é preciso (e nem viável) ser professor de Educação Física para ser um mestre de capoeira, então um docente com essa formação não necessita ser um educador físico pois ambos se completam porem não são obrigatórios.
Os grandes mestres de capoeira podem não ter diplomas universitários podem ser analfabetos, mas isso não define se os mesmos tem ou não conhecimento sobre o conteúdo da capoeira já que foram treinados por outros mestre e sua sabedoria foi passada de forma verbal ,corporal e lúdica com anos e anos de experiências e assim como tal é chamado de mestre por ter tal conhecimento e passado por provações e testes nas suas formas tradicionais capoeiristicas. 
O profissional não necessita ser um mestre, mas a vivencia da capoeira é extremamente relevante para se ter um bom conhecimento geral e domínio do conteúdo a que vier passar para os seus alunos pois ele precisa contextualizar todos os fatores históricos ,esportivos e praticas usadas principalmente pelos mestres que ensinam a capoeira como não apenas um esporte mas uma filosofia de vida. Como visto nas escolas o aprendizado tem de ser de forma lúdica e contextualizadas visando a vivencia e o possível incentivo a pratica dependendo da faixa etária as atividades vão ser como “brincadeira” para ajudar a contextualizar e aumentar o aprendizado dos alunos.
Referências: 
ADORNO,C. A Arte da Capoeira.ed Independently published ,2017.
SILVA, L. O ensino da capoeira na educação física escolar, 2012.
SANTOS,G; PALHARES,L. A CAPOEIRA NA FORMAÇÃO DOCENTE DE EDUCAÇÃO FÍSICA,2010.
SOARES,C . A Capoeira Escrava e Outras Tradições Rebeldes no Rio de Janeiro (1808-1850), Editora da Unicamp; Edição: 2ª,2004
LOPES.MANOEL . HISTORIA DA CAPOEIRA– 2005 – http://www.brasilcapoeira.com/sites_p/historia-3_p.htm – Acesso em: 25.jun.2019
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