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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ
IEFES – INSTITUTO DE EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTES
CURSO DE BACHARELADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA
TAISA MENEZES DE ANDRADE
PRÁTICA INTEGRATIVA IV:
FICHAMENTO DE ARTIGO COM ALGUMA PROPOSTA DE INTERVENÇÃO COMO FORMA DE AVALIAÇÃO ÚNICA DA DISCIPLINA 
FORTALEZA
2019
Artigo: Treinamento físico e administração de insulina: efeitos sobre o metabolismo de carboidratos e proteínas.
Autores: PAULI, José Rodrigo; RODRIGUES JUNIOR, José Carlos; ANTUNES, Danilo Fernando Ramos; LUCIANO, eleite.
Local de publicação/ano: Revista Motriz Rio Claro - 2003 
Objetivo: Estudar as adaptações metabólicas em ratos Wistar submetidos ao treinamento de natação associado à administração de insulina.
A insulina é um hormônio polipeptídio que regula o metabolismo de carboidratos, influência na síntese de proteína e de RNA, além da formação e do armazenamento de lipídeos, atuando de forma a aumentar e facilitar o transporte de glicose e aminoácidos para celulares musculares e adipócitas, aumentando assim a síntese e armazenamento de proteínas celulares de forma a reduzir o processo de catabolismo protéico, além de aumentar o glicogênio no músculo e dos triglicerídeos nas células adipócitas. Alguns estudos são apontados no artigo que comprovam que a insulina induz o aumento da síntese de proteína e redução na degradação como no caso do Biolo et al (1995) e do Rooyakers e Nair (1997), todavia alguns trabalhos mais recentes como Tipton e Wolf (1998), Wraycahen et al (1998) e Houston (1999) já apontam que o hormônio pode até diminuir a mobilização de proteína muscular, mas não teria uma efeito tão significante sobre a síntese de proteína como apontado em outros estudos. Os autores também apresentam a importante influência do exercício físico sobre o metabolismo de carboidratos e proteínas, de forma que a insulina e o exercício trabalham de forma aditiva, sugerindo que os transportes de glicose podem e são ativados por diferentes mecanismos, no caso da insulina, a mesma proporciona maior entrada de glicose na célula devido a sua ligação com receptor que desencadeia um conjunto de reações responsáveis por sinalizar estímulos que aumentam o deslocamento dos transportadores de glicose, por outro lado no exercício diversos mecanismos podem agir para realizar uma melhora na captação de glicose, como o aumento no fluxo sanguíneo muscular, a ligação da insulina ao receptor e o turnover do receptor. Cientes desses efeitos metabólicos proporcionados pelo exercício e insulina o objetivo do trabalho foi investigar o efeito do treinamento físico (programa de natação) associado à administração de insulina sobre o metabolismo de carboidratos e proteínas em ratos, para isso foram utilizados 24 ratos machos adultos da linhagem Wistar mantidos no biotério (Local onde se conservam animais em condições adequadas à utilização em experimentos científicos ou produção de vacinas e soros) de um laboratório da UNESP, os animais foram divididos igualmente em 4 grupos: controle sedentário (CS), controle treinado (CT), insulina sedentário (IS) e insulina treinado (IT), o animais do grupos treinado realizaram um programa de natação no período da tarde, com sobrecarga de 5% da massa corporal durante 5 dias da semana durante seis semanas com duração de 60 minutos diários, as sessão aconteceram em tanques de amianto de dimensões padrão contendo água numa profundidade de 40 cm, a administração de insulina ocorreu com uma dosagem de 30 mU por 100g do peso corporal via subcutânea, sendo realizado três vezes por semana (como forma de evitar maiores estresse na área onde a insulina era injetada) em dias alternados no período da manhã como forma de evitar hipoglicemia na hora do treinamento, no sangue coletados forma determinados glicemia e insulinemia, foram retirados amostras do músculos gastrocnêmio e fígado para análise de proteínas totais, DNA e glicogênio, sendo que os animais forma sacrificados após trinta e seis horas depois da última sessão de treinamento. Quanto aos resultados a glicemia e a insulinemia não mostraram diferenças estatísticas significativas entre os grupos, o mesmo aconteceu em relação ao glicogênio hepático e muscular não apresentando resultados tão diferenciados, já em relação as proteínas totais e DNA no músculo gastrocnêmio e no fígado, os teores de proteína hepática foram significativamente aumentada no grupo CT e reduzida no grupo IT, enquanto que os teores do DNA foram reduzidos no grupo CT e IT e elevados no grupo CS e TS quando comparados, sendo que a as proteínas totais e DNA no músculo gastrocnêmio não foram alteradas significativamente pela administração de insulina realizada, o peso também foi avaliado durante o experimento e também não se obteve alterações significativas, todavia o menor peso no final do experimento foi do grupo IT e aquele que menos aumentou de peso durante a intervenção foi o grupo CT. Foram analisadas algumas adaptações endócrino–metabólicas de ratos submetidos ao treinamento físico associado á administração de insulina, onde não foram detectadas diferenças significativas de glicose no sangue desses animais devido possivelmente a gliconeogênese e a glicogenólise hepáticas que devem estar contribuindo para a manutenção da glicemia, nenhuma diferença marcante no hormônio insulina entre os grupos podendo ser justificado pelas modulações do exercício físico, a manutenção da insulinemia reduzida mesmo no repouso, além do mais, a prática do exercício físico induz diversas adaptações como o aumento das reservas energéticas que contribui com a capacidade do organismo em desenvolver e manter o trabalho muscular contribuindo para uma melhor performance, contudo ainda assim não houve uma diferença marcante entre os grupos presente no trabalho quanto ao glicogênio muscular e hepático nas condições de repouso, também não foi encontrado diferenças nos teores de proteínas totais e DNA no músculos gastrocnêmio que pode estar relacionado a insuficiência do protocolo de exercícios físicos utilizados sobre o mecanismos de ativação da síntese de proteína, todavia mesmo diante dessa insuficiência existente foi possível detectar diferenças no teores de proteína e DNA no fígado, onde os ratos do grupo CT apresentaram aumento significativo da concentração de proteína hepáticas no repouso enquanto que os ratos do grupo de treinamento que receberam a insulina (IT), tiveram redução na concentração de proteína hepáticas, quanto aos teores de DNA no fígado, foram reduzidas nos grupos treinados quando comparado com os grupos sedentários. Assim a mobilização de proteínas pode ter de certa forma contribuído para a realização do treinamento físico, pois embora as proteínas tenham papel estrutural elas podem contribuir mesmo que de forma pequena para o fornecimento de energia, sendo importante citar que o modelo de administração de insulina em ratos induz uma resistência periférica ao hormônio, possivelmente o exercício físico associado a dosagem de insulina injetada fez com que aminoácidos gliconeogênicos fossem utilizados para a síntese de nova glicose para manutenção da glicemia em níveis satisfatórios. Ou seja, os resultados mostrado nessa pesquisa apontam importantes adaptações endócrinas e metabólicas em curto prazo como manutenção da glicemia, insulinemia e estoque de glicogênio hepático, mas que pode ter algumas consequências a longo prazo. Pode-se concluir que o treinamento de natação com utilização de 5% de carga em relação ao peso corporal associado a insulina e com as características metodológicas já citadas acima não modificam a glicemia e a insulina endógena, além de não encontrar diferenças nas reservas de glicogênio tanto no músculo quanto no fígado, todavia pode aumentar a mobilização de proteínas totais no fígado fundamental para a homeostase glicêmica. 
Palavras chaves: Exercício físico, insulina, glicose, metabolismo, proteína.
Trechos com citação direta do artigo escolhido (PAULI, 2003, p. 71-74):
Trecho I: “Insulina e drogas estimuladoras da liberaçãode hormônios, com a finalidade de aumentar ou estimular a insulina endógena têm sido utilizado por atletas para aumentar a performance e o ganho de massa muscular”.
Trecho II: “A insulina facilita e aumenta o transporte de glicose e de aminoácidos para as células musculares e para os adipócitos, aumenta a síntese e armazenamento de proteínas celulares, de glicogênio no músculo e dos triglicerídeos nas células gordurosas, além de diminuir o catabolismo proteico (MAY; BUSE, 1989)”.
Trecho III: “Alguns estudos têm observado que o efeito da insulina e da contração muscular são aditivos, sugerindo que a insulina e o exercício ativam os transportadores de glicose por diferentes mecanismos (WALLBERG-HENRIKSSON, 1988; PASCOE ; GLADDEN, 1996)”.
Trecho IV: “A prática de exercício físico induz diversas adaptações bioquímicas em diferentes níveis orgânicos, como nos tecidos muscular e hepático. Entre outras adaptações possíveis, o aumento das reservas energéticas (LUCIANO; LIMA, 1997; LUCIANO; MELLO, 1999)”.
Trecho V: “Assim, a mobilização proteica pode ter contribuído para o fornecimento de energia durante a realização do treinamento físico”.
Trecho VI: “Possivelmente, o exercício físico associado à administração de insulina em nosso experimento fez com que aminoácidos gliconeogênicos fossem usados na síntese de nova glicose para a manutenção da glicemia em níveis satisfatórios”.
Trecho VII: “Os nossos resultados, portanto, apontam para algumas adaptações metabólicas e endócrinas que podem ser importantes para o organismo em curto prazo...”.
Referência: PAULI, José Rodrigo et al. Treinamento físico e administração de insulina: efeitos sobre o metabolismo de carboidratos e proteínas. Motriz, Rio Claro, v.9, n.2, p.71-74, mai./ago. 2003.

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