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Resumo capítulo O Santo do livro Homem Medieval

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3. Funções dos santos na cristandade medieval
Pag. 223
Paragrafo
Antes do século XIII, os anto era aquele que sofreu perseguições e tormentos por sua crença em Deus, assim quando morria, seu corpo era usado como forma de contato entre Deus e os fiéis. Por vezes, corpos dos santos que fora mutilados pelos pagãos eram encontrados intactos, o que era considerado sinal de eleição divina, por conta disso, ingênuos fiéis adquiriram habito de venerar como santo corpos mortos que foram reencontrados intactos.
Paragrafo
Os clérigos do período conservavam os corpos para que não apresentassem sinais de decomposição. Então, a igreja tinha capacidade de dividir os restos mortais dos santos sem que perdessem o poder divino que lhes foi concebido por Deus, sendo partículas de um corpo santificado fonte de vida e regeneração. Muitas das vezes, ocorriam fraudes nessas transladações, visto que a posse de um corpo santo era de extrema relevância no período. Sabendo da importância de seus corpos, os santos escolhiam onde morrer para que seus restos pudessem exercer influência benéfica.
Pag. 224
Paragrafo
Existiam lendas no período medieval que diziam sobre restos mortais de santos que se tornavam pesados na tentativa de serem transferidos de um local para outro, sendo sinal de desaprovação do santo. Normalmente, essas transladações eram justificadas por não estarem em local digno e não serem venerados. Durante o século XIII, o Papa chegou a afirmar que “a falsidade sob o manto da santidade não é tolerado”, mas os fiéis se sentiam no direito desses roubos de corpos santos, acreditavam que as relíquias não estavam sendo veneradas adequadamente, noção que os fazia tomar os corpos por bem ou mal.
Paragrafo
Os santos são considerados heróis desde o seu nascimento, habitados pela graça e perfeição divina, viveram entre os homens para que fossem reconhecidos como fruto do divino através da manifestação de seus poderes. Assim, suas histórias eram contadas nas hagiografias, provindas de uma cultura folclórica. Para corresponder às expectativas do seu público, os autores ressaltavam a parte de abstenção de tudo aquilo que o homem desfruta, e de tudo aquilo que o santo renunciou, omitindo parte da vida do indivíduo. Dessa forma, a humanidade pecadora espera que o homem de Deus os beneficie-os pela graça que seu sacrifício lhe valeu, sendo o intercessor que protege aqueles que invocam.
3.1 Uma salvação acessível
Pag. 225
paragrafo
As pessoas já não se contentavam em cultuar santos que veneravam em um passado distante em regiões misteriosas, passam a manifestas interesse por figuras familiares modernas. Sendo assim, as atitudes ainda em vida começam a tomar o lugar dos mártires, atraindo a atenção dos fiéis. O santo era reconhecido como tal em vida por ter dominado a natureza humana, sendo lhes conferido um poder sobrenatural por isso. Sua divindade era fundamentada nas hagiografias, em que os associava nas privações ascéticas do servo de Deus aos sofrimentos de Cristo. O sucesso do modelo se da devido a sua eficácia, pois o santo coloca seus poderes à disposição humana, sendo visto como o homem das mediações bem sucedidas, e graças ao prestígio que possui, e o temor que inspira, é capaz de reconciliar famílias e suspender vinganças. Sua autoridade era legitimada pelo ascetismo, que os tirava do patamar de humano comum. Esperava-se que com seus poderes pudessem reestabelecer a paz por meio da intervenção dos milagres. Quando a catástrofe do pecado era eminente, se contentavam em “profetizar” o desastre, assim eram vistos, também, como profetas.
Pag. 226
Paragrafo
Dessa forma, os santos, constituíam para os fiéis o sagrado enquanto acessível, que independente de mediação clerical aconteceria, porque para alcançar a virtude desejada pelo servo, bastava ir ao santo em vida ou em seu túmulo. Futuramente, a presença física do intercessor já não era mais necessária, bastava orar e oferecer alguma oferenda em troca para que fosse atendido

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