Buscar

Aula 03 - Procedimentos Laboratoriais relacionados à Análise Microbiológica

Prévia do material em texto

Microbiologia clínica
Dr. César Augusto Caneschi
2019
Procedimentos Laboratoriais 
relacionados à Análise Microbiológica
Exame microbiológico
- Requisição médica;
Identificação clara
Informações sobre o paciente
Dados da amostra
Exames Solicitados
Inconformidades relacionadas ao exame microbiológico:
ƒ- Hipótese diagnóstica mal elaborada.
ƒ- Informações mal coletadas, interpretação errada, etc.
- ƒAnálise equivocada.
- Problemas: coleta, conservação e transporte.
ƒ- Falhas técnicas nas fases pré-analítica, analítica e pós-
analítica.
- Representativo da infecção;
- Técnica/procedimentos;
- Identificação (no corpo do frasco);
- Armazenamento;
- Transporte.
Coleta Recebimento Processamento Resultados
Problemas associados:
- Troca de resultado;
- Perda de material;
- Falso positivo (contaminante);
Amostra identificada:
✓ ƒNome e registro do paciente
✓ ƒLeito ou ambulatório
✓ ƒMaterial biológico;
✓ ƒData, hora e responsável.
Profissional:
- Treinado;
- Atento;
→Colher antes da antibioticoterapia;
→Local exato;
→Técnicas de antissepsia e assepsia;
→Quantidade adequada;
→Pedido do exame;
→“TODA AMOSTRA É PATOGÊNICA” – EPI;
→Levar o mais rapidamente para o laboratório.
TÉCNICAS DE COLETA –
Hemocultura
ƒ - Coletar antes da administração de antibióticos.
ƒ - Remover os selos dos frascos de hemocultura → assepsia prévia 
com álcool 70%.
ƒ - Garrotear o braço do paciente e selecionar uma veia adequada. 
- Fazer a anti-sepsia com álcool 70% de forma circular e de dentro 
para fora.
- Aplicar solução de iodo (tintura de iodo 1% a 2% ).
ƒ- Coletar a quantidade de sangue (10% do frasco) e o número de 
amostras recomendados de acordo com as orientações descritas.
-ƒ Remover o iodo do braço do paciente com álcool 70%.
ƒ - Identificar cada frasco e enviar ao laboratório junto
da solicitação médica.
TÉCNICAS DE COLETA 
Secreção orofaríngea
- Evitar contaminação com saliva;
- Utilizar abaixador de língua e swab estéril (duplicata);
- Suspeita de Streptococcus pyogenis.
Ponta de cateter 
- Fazer anti-sepsia da pele ao redor do cateter 
(álcool 70% e solução de iodo (tintura de iodo 1% 
a 2%); remover com álcool 70%.
- Remover o cateter e cortar 5 cm .
TÉCNICAS DE COLETA 
FLUIDOS ORGÂNICOS ESTÉREIS
Líquidos: Pleural, Ascítico, Biliar, de Articulações e outros.
Anti-sepsia no sítio da punção com álcool 70% e com solução de iodo 
(tintura de iodo
1% a 2 % ).
Usar tubo seco.
Líquor
-Primeiro: Encaminhar ao setor de micro.
- Não refrigerar.
- Tubo estéril.
TÉCNICAS DE COLETA 
FERIDAS e ABSCESSOS
- Realizar limpeza com soro fisiológico;
- Coleta na parte mais profunda;
- Usar seringa e agulha, evitar swab.
- Evitar lesões secas e duras.
TECIDO ÓSSEO
Amostra por biópsia ou curetagem.
ƒTransportar em recipiente estéril com NaCl 0,85% estéril.ƒ Não usar 
formalina.
Secreção vaginal
ƒ- Paciente: não deve estar menstruada,
- ƒEvitar ducha e cremes vaginais na véspera da coleta
- Abstinência sexual – 3 dias;
- Utilizar um espéculo (sem lubrificante; usar água morna).
ƒ- Retirar o excesso de muco cervical com swab de algodão.
ƒ- Inserir os swabs:
ـSwab seco: realizar as lâminas para bacterioscopia da secreção 
fresca.
ـSwab do meio de transporte para cultura aeróbia/fungos.
Secreção uretral
N. gonorrhoeae – muito sensível → semeadura imediata.
Desprezar a primeira secreção → secreção purulenta, de preferência pela 
manhã, antes da primeira micção ou após 2 horas sem urinar.
-Swab ou alça descartável
Secreção anal
ƒ Inserir o swab (1 cm) no canal anal.
ƒ Adicionar em meio de transporte e enviar o swab imediatamente ao 
laboratório.
Fezes
Devem ser coletadas no início ou fase aguda da doença.
Adicionar ao meio Cary Blair. Usar material purulento e com sangue.
Transportar em 1h ou até 12h sob refrigeração(4ºC)
Swab retal
ƒSwab de algodão.
ƒUmedecer o swab em salina estéril e inserir no esfíncter retal 
(movimentos rotatórios).
ƒVerifique a presença de fezes → colocar em meio de transporte.
URINA
A coleta deve ser feita pela manhã, preferencialmente da primeira micção 
do dia, ATO MÉDIO.
Atenção para:
-Higienização necessária (homens, mulheres e crianças);
- Volume de coleta.
Recebimento das amostras – criterioso
Qualidade do resultado → Amostra recebida
Observar: Identificação; quantidade suficiente e o aspecto.
Coleta Recebimento Processamento Resultados
EXAMES DIRETO
- KOH 10-40% → clarificação do material - morfologia de 
fungos;
- Microscopia de campo escuro → Treponema
pallidum e da Leptospira sp.
Coleta Recebimento Processamento Resultados
- Tinta da China → fungo Cryptococcus neoformans
cápsulas
- Coloração de Gram → bacterioscopia
Culturas novas, isoladas, material clínico direto, meio de cultura 
líquido ou sólido. Materiais purulentos, diluir com salina (se 
muito espesso);
Líquor e líquidos límpidos – 2.000 a 5.000rpm/15min.
e desprezar o sobrenadante.
Urina jato-médio – homogeneizar e usar uma gota.
Identificação
Esfregaço
Fixação
Cristal 
violeta/corante 
1’
Água/ limpeza
Lugol/ 
mordente
Álcool-
acetona/ 
descorante
Água Safranina/ 30”
água
Bactérias Gram-positivas - coloração violeta
Gram-negativas se apresentam róseas.
objetiva de 100x
Salina 0,85% estéril
Coloração de Gram
- Coloração de ZIEHL-NEELSEN
→ baciloscopia – BAAR
Myobacterium tuberculosis e M. leprae.
TÉCNICAS DE SEMEADURA
→ Semeadura qualitativa
Esgotamento → isolar
Ágar sangue, Ágar chocolate e Ágar Mac Conkey
Técnicas de semeadura
→ Semeadura qualitativa
Esgotamento → isolar
Ágar sangue, Ágar chocolate e Ágar Mac Conkey
→ Semeadura quantitativa
Contagem de micro-organismos
Suspensão
Diluições em 
salina
Plaqueamento:
- profundidade/ Pour plate
1mL
Incubação: 
37ºC/24h
≤300 UFC
1
3
2
4
Fonte: https://fitopatologia1.blogspot.com/2013/06/relatorio-de-campo-diversidade.html
Teste de Susceptibilidade aos antifúngicos
✓Suspensão fúngica padronizada (espectrofotômetro; 
citômetro ou câmara de Neubauer).
Concentrações
Inóculo
Microdiluição em caldo
Protocolos CLSI 
Fonte: 
http://br.depositphotos.com/45785071/stock-
photo-tools-for-pcr-amplification-of.html
Suspensão Padronização
Fonte: http://facilitycemc.wixsite.com/servicio-
facility/citometro-de-flujo
Fonte: http://www.pro-
lab.com.mx/camara_de
_neubauer_331.html
Fonte: 
http://www.shimadzu.com.br/analitica/p
rodutos/spectro/uv/uvmini-1240.shtml
Fonte: http://br.depositphotos.com/45785071/stock-
photo-tools-for-pcr-amplification-of.html
Suspensão
antimicrobiano
Incubação
Temperatura/tempo
CIM
Fonte: CANESCHI, 2018.
Fonte: http://br.depositphotos.com/45785071/stock-photo-tools-for-pcr-
amplification-of.html
Incubação
Temperatura/tempo
CBM/
CFM
Fonte: https://microbiologie.umftgm.ro/atlas/micologie/levuri/general/afg.php
Alíquota
Micro-organismo
Suspensão Padronização
Escala de 
McFarland
Fonte: http://facilitycemc.wixsite.com/servicio-
facility/citometro-de-flujo
Fonte: http://www.pro-
lab.com.mx/camara_de
_neubauer_331.html
Fonte: 
http://www.shimadzu.com.br/analitica/p
rodutos/spectro/uv/uvmini-1240.shtml
Suspensão
Disco de 
Antimicrobiano; 
E-test
Incubação
Temperatura/tempo
Fonte: http://www.biomedicinabrasil.com/2010/09/meios-de-cultura.html
Sensibilidade e resistência
Difusão em disco e
E-test
Fonte: https://microbiologie.umftgm.ro/atlas/micologie/levuri/general/afg.php
Difusão em disco
- Sensível ou 
- Resistenteantimicrobiano
Fonte: http://www.biomerieux-diagnostics.com/culture-media-ast
E-test
CIM
Fonte: AL-SWEIH et al., 2014.
→ Repique (manutenção da cepa);
MANUNTENÇÃO DAS CULTURAS
Freezer 
(-20ºC; -80ºC)
10-15mL de água destilada estéril/ 
“skin milk” (leite desnatado a 10%)
→ Pureza;
→ Viabilidade;
→ Testes de controle de qualidade
Temperatura ambiente/
Longos períodos.
Liofilização
Suspensão
Nitrogênio líquido
Suspensão de 
Esporos em 
glicerol 10%
Pré-congelamento
-35ºC
-196ºC
Fonte: 
https://microtando.wordpress.com/2016/04/1
0/preservacao-de-bacterias-e-fungos/
Repique
Temperatura ambiente
ou geladeira.
Fonte: 
http://www.maispreco.com/preco/oleo-
mineral-puro-amoravel-120ml
Fonte: CANESCHI, 2013,
Óleo mineral estéril
Coleta Recebimento Processamento Resultados
→ Treinamento de profissionais;
→ Análise atenta (morfologia, aspecto, textura, cheiro, meios 
diferenciais, testes confirmatórios, dados clínicos...);
→ Identificação de erros;
→ Rastreabilidade;
→ Controle de qualidade em todas as etapas.

Continue navegando