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Rev Bras Ciênc Esporte. 2016;38(1):42---49 www.rbceonline.org.br Revista Brasileira de CIÊNCIAS DO ESPORTE ARTIGO (Re) p esporte e lazer: a socio urocrático do esp Fernand a,∗ b a Departam b Departam Recebido em Disponível n PALAVR Políticas Esporte; Lazer; Subcamp político/ KEYWO Public po Sports; Leisure; Subfield cal/bure ∗ Autor pa E-mail: f http://dx.d 0101-3289/© o Augusto Starepravo e Wanderley Marchi Júnior ento de Educac¸ão Física, Centro de Ciências da Saúde, Universidade Estadual de Maringá, Maringá, PR, Brasil ento de Educac¸ão Física, Setor de Ciências Biológicas, Universidade Federal do Paraná, Curitiba, PR, Brasil 11 de outubro de 2011; aceito em 23 de março de 2012 a Internet em 14 de novembro de 2015 AS-CHAVE públicas; o burocrático Resumo A pretensão deste ensaio é resgatar o histórico de disputas no subcampo polí- tico/burocrático do esporte e lazer e destacar algumas tensões, rivalidades, ac¸ões e disposic¸ões, especialmente na gênese do subcampo, que poderão servir como subsídio para futuras refle- xões sobre as políticas públicas de esporte e lazer no Brasil. Para tanto foi feita uma releitura crítica de algumas relevantes obras que tratam do assunto, sob a perspectiva da constituic¸ão do subcampo, amparados especialmente nos pressupostos teóricos de Pierre Bourdieu e Norbert Elias. © 2015 Colégio Brasileiro de Ciências do Esporte. Publicado por Elsevier Editora Ltda. Todos os direitos reservados. RDS licies; politi- aucratic (Re) thinking about public policy of sport and leisure: the socio-genesis of the subfield political/bureaucratic of the sport and leisure in Brazil Abstract The intention of this essay is to rescue the history of the dispute in subfield politi- cal/bureaucratic of the sport and recreation, highlighting some tensions, rivalries, actions and measures, especially in the genesis of the subfield, which may serve as an input for future reflec- tions of public policies of the sport and leisure in Brazil. To that end, we performed a critical ra correspondência. ernando.starepravo@hotmail.com (F.A. Starepravo). oi.org/10.1016/j.rbce.2015.10.008 2015 Colégio Brasileiro de Ciências do Esporte. Publicado por Elsevier Editora Ltda. Todos os direitos reservados. ORIGINAL ensando as políticas públicas de gênese do subcampo político/b orte e lazer no Brasil (Re) pensando as políticas públicas de esporte e lazer: a sociogênese do subcampo 43 rereading of some relevant works dealing with the matter from the perspective of the consti- tution of the subfield, especially in the theoretical assumptions supported by Pierre Bourdieu and Norbert Elias. © 2015 Colégio Brasileiro de Ciências do Esporte. Published by Elsevier Editora Ltda. All rights reserved. PALABRAS CLAVE Políticas públicas; Deporte; Ocio; Subespecialidad político/burocrático (Re)pensando la política pública de dep subespecialidad política/burocrática de Resumen La intención de este ensayo es r pecialidad política/burocrática del deporte rivalidades, acciones y medidas, especialme servir como una aportación a futuras refle lizad la pe os ap o Esp Introduc¸ Observa-se física brasi de esporte aumento d sendo vinc científicos educac¸ão f Essa pr com baixo Mezzadri, proliferac¸ã Ademais, s deram o hi do esporte (1988), Lin Veronez (2 como livro Diante nos refere posicionam de esporte 1 Defende ancorado no que supõe a do funcioná que paradox porque a gê acumulac¸ão área no inte ser entendid especificida social de atu rama r o c ues a mu cess rta d tamb er so no q ac¸õe s po idas, am d mos ocio en Brasil. Con este fin hemos rea tes relacionadas con este tema desde especialmente en los supuestos teóric © 2015 Colégio Brasileiro de Ciências d derechos reservados. ão no campo científico/acadêmico da educac¸ão leira um interesse crescente nas políticas públicas e lazer. Isso pode ser observado no progressivo a produc¸ão científica sobre o assunto, que vem ulada especialmente por meio de livros e artigos em periódicos e anais de congressos da área de ísica, esporte e lazer (Amaral e Pereira, 2009). oduc¸ão, por sua vez, tende a apresentar-se valor científico (Starepravo, 2007; Starepravo e 2007; Starepravo et al., 2009) e caracteriza uma o horizontal de estudos de caso (Melo, 1999). ão raros os estudos que tratam ou ao menos consi- o prog atende estanq públic um pro compo cas e escrev social das rel quais a preter passar Fala stórico de lutas do subcampo político/burocrático e lazer.1 Algumas excec¸ões são Castellani Filho hales (1996), Mezzadri (2000), Manhães (2002) e 005), porém todas essas são obras configuradas s e/ou teses, o que dificulta sua difusão. desse quadro brevemente evocado, e pautados nciais que serão desenvolvidos no texto, nos os no sentido de pensar as políticas públicas e lazer para além da política pública em si, mos que o estudo das políticas públicas possa comec¸ar conceito de campo político/burocrático, um espac¸o dissociac¸ão da posic¸ão e de seu ocupante, da func¸ão e rio, do interesse público e dos interesses privados, mas almente funciona como um metacampo do poder, até nese da ordem pública vem acompanhada da aparic¸ão e de um ‘‘capital público’’ (Bourdieu, 2005, p. 68). Cada rior do campo político/burocrático, por sua vez, pode a como um subcampo político/burocrático, no qual as des da área de atuac¸ão do Estado delimitam o espac¸o ac¸ão dos agentes a ela vinculados. do esporte esporte e entretanto Estado mo dificuldade necessário científico, lutas do es sentido, a de disputa e lazer, d disposic¸ões poderão s políticas p foi feita um que tratam 2 Apesar d esporte e laz fontes do p Mezzadri (20 orte y ocio: la sociogénesis de la l deporte y el ocio en Brasil escatar la historia de la controversia sobre la subes- y el ocio para poner de manifiesto algunas tensiones, nte en la génesis de la subespecialidad, que puedan xiones sobre las políticas públicas sobre deporte y o una relectura crítica de algunas obras importan- rspectiva de la constitución de la subespecialidad, oyados por Pierre Bourdieu y Norbert Elias. orte. Publicado por Elsevier Editora Ltda. Todos los esportivo ou a iniciativa pública voltada para idadão no seu direito ao lazer como fenômenos ou isolados de um contexto social. A política itas vezes é apenas a parte mais visível de todo o desenvolvido num espac¸o social específico, que isputas, relac¸ões, alianc¸as, decisões estratégi- ém ‘‘não planejadas’’ (Elias, 2005). Em suma, bre políticas públicas requer mapear o espac¸o ual essa é produzida, avanc¸ar no entendimento s entre os agentes, até finalmente compreender líticas que foram efetivadas, aquelas que foram as que obtiveram êxito e aquelas que não e propostas. , portanto, de um subcampo político/burocrático e lazer, e não apenas das políticas públicas de lazer. A tarefa de compreender o subcampo, , é complexa (até mesmo pela complexidade do derno) e por vezes limitada. Para minimizar as s e tentar avanc¸ar nessa compreensão, faz-se cumprir algumas etapas, pautados pelo rigor quedeve comec¸ar pelo resgate do histórico de pac¸o social pesquisado (Bourdieu, 1983). Nesse pretensão deste ensaio é resgatar o histórico s no subcampo político/burocrático do esporte estacar algumas tensões, rivalidades, ac¸ões e , especialmente na gênese do subcampo, que ervir como subsídio para reflexões sobre as úblicas de esporte e lazer no Brasil. Para tanto a releitura crítica de algumas relevantes obras do assunto,2 sob a perspectiva da constituic¸ão e escassa, a literatura sobre políticas públicas de er no Brasil apresenta alguns bons trabalhos que foram resente estudo, em especial os de Linhales (1996), 00) e Manhães (2002). 44 F.A. Starepravo, W. Marchi Júnior do subcampo, amparados especialmente nos pressupostos teóricos de Pierre Bourdieu e Norbert Elias. O início da organizac¸ão do esporte no Brasil Como mencionado, ao fazer a leitura e compreensão de um espac¸o social, um dos primeiros procedimentos descritos na sociologia reflexiva de Pierre Bourdieu consiste em resgatar o histórico de lutas no interior do campo ou subcampo3 a ser estudado. Num primeiro momento haverá especial atenc¸ão à sociogênese4 da intervenc¸ão estatal no esporte e lazer, por entender que os pilares dessa intervenc¸ão impactam até hoje a forma de se fazer políticas públicas no setor. Antes disso, porém, pode-se dizer que as práticas esportivas foram paulatinamente introduzidas na sociedade brasileira a partir do século XIX. A elite letrada brasileira daquele fim estigma da dade e nov distante d para si me nac¸ão e de e recreac¸õ Primeiro se popular Lucena (20 considerar envolvimen relacionad cional, o qu da diversifi Nesse co esporte no no século europeia. D observa-se organizar edade em característ A interv forma lent XX. Segund estimulou cada como seguinte, d da prática sivas mobil entre 1910 3 A caract definic¸ão do e os agentes 4 Elias (19 civilizador c de ‘‘psicoge comportame cada pessoa estruturas s tanto históri ao desenvolv 2001). [. . .] os dirigentes públicos comec¸aram, assim, a identifi- car o caráter utilitário do esporte como instrumento de negac¸ão e substituic¸ão de conflitos sociais. [. . .] Inaugura- -se um novo quadro para a relac¸ão que se estabelece ao redor do fenômeno esportivo, capaz de transformar a autonom e bargan Esse qu quando no atribuído a consolidac¸ã poder públ esportivo, cesso de c que culmin Novo de co cime gên por sferê até lizad na v nte ieda se n cor nc¸ã des c a sup oten os vá trad na b , o e as as s. Se utor, olig ais e , a in jog ais q osic¸ã e um lava elme lecid ado. caso ] no nto. rven men out cor do c de século, diante de um passado marcado pelo escravidão, buscou novos padrões de sociabili- as referências culturais na modernidade europeia o mundo hispânico-português. Essa elite impôs sma a tarefa de criar uma nova história para a finir, entre outras coisas, novos padrões de lazer es sociais (De Decca, 2001). restrito à elite brasileira, o esporte rapidamente izou e atingiu outros grupos sociais. Segundo 01), trata-se de um período no qual se deve que o alargamento da prática de esportes e o to de camadas sociais diferenciadas estiveram os à emergência de uma maior diversificac¸ão fun- e permitiu o embate de diferentes grupos a partir cac¸ão no quadro das redes sociais mais amplas. ntexto, a primeira etapa da trajetória política do Brasil inicia-se, segundo Linhales (1996), ainda XIX, quando o esporte chega com a influência esse momento até o início da década de 1930, uma efetiva autonomia da sociedade para se esportivamente. A autonomia relativa da soci- organizar-se esportivamente acaba sendo uma ica central do esporte brasileiro em sua origem. enc¸ão do Estado brasileiro vai se efetivando, de a de gradual, nas primeiras décadas do século o Linhales (1996), por volta de 1904, o governo o futebol em substituic¸ão à capoeira, identifi- crime ou prática social desviante. Na década e forma mais significativa, estimulou a expansão do futebol como forma de dispersão das inten- izac¸ões e greves operárias que eclodiam no país e 1917. Com o passar do tempo, erizac¸ão do campo ou subcampo se dá por meio da espac¸o social no qual se encontram fixadas as posic¸ões sociais movimentam-se objetivando conquistas. 94) busca a compreensão de um sentido no processo om base em investigac¸ões que ele mesmo denominou néticas’’ e ‘‘sociogenéticas’’. As mudanc¸as sociais e de nto, segundo Elias, não ocorrem apenas no íntimo de . Elas estão ligadas também ao desenvolvimento das ociais. Por isso, as transformac¸ões da consciência são cas quanto pessoais. Assim, a sociogênese corresponde imento das estruturas sociais em longo prazo (Lucena, fortale Socio do es A tran tituído centra mente um age da soc Nes Estado interve entida de um O p entre concen líbrio (2005) de tod polare pelo a do tipo nível m Porém a cada por m uma p visão contro provav estabe do Est No [. . . me inte tica Por cas Esta ia da sociedade em instrumento de composic¸ões has (LINHALES, 1996, p. 74). adro vai se consolidando até a década de 1930, Estado Novo o significado político-ideológico o esporte influenciou, de forma decisiva, sua o como prática social e esfera de atuac¸ão do ico. A intervenc¸ão do Estado brasileiro no campo nesse período, guarda estreita relac¸ão com o pro- onstruc¸ão de uma nova ordem política e social, ou com o projeto maior característico do Estado ntrolar grande parte da sociedade, no sentido de nto do poder público. ese do subcampo político/burocrático te e lazer no Brasil ncia do modelo liberal de administrac¸ão, cons- o fim da década de 1920, para o modelo or, a partir do Estado Novo, interferiu direta- ida cotidiana dos indivíduos. O Estado tornou-se ativo na organizac¸ão política, social e econômica de (MEZZADRI, 2000). ovo momento, verifica-se a existência de um porativizador da ordem social, que pressupõe a o do Estado na dinâmica e no funcionamento das ivis, que superpõe o público ao privado em nome osta harmonia social. cial de poder que se encontrava mais disperso rios agentes e instituic¸ões na época passa a ser o nas mãos do Estado. Há na verdade um reequi- alanc¸a de poder, já que, como nos lembra Elias quilíbrio de poder constitui um elemento integral relac¸ões humanas, que são, usualmente, multi- gundo os modelos de jogos sociais apresentados pode-se verificar a presenc¸a de uma competic¸ão árquico, na qual o equilíbrio de poder a favor do levado é muito desproporcional, rígido e estável. terdependência entre os níveis impõe limitac¸ões ador, mesmo no nível mais elevado. Ou seja, ue tenha o Estado, por meios legais, garantido o de destaque na sociedade brasileira, com uma entendimento privilegiado do jogo, ele não a completamente. Outros estratos da sociedade nte obtiveram lucros a partir da ordem social a e foram coniventes com a atuac¸ão controladora do esporte, essa, va ordem adentrou o esporte num duplo movi- Por um lado, o setor esportivo sofreu forte c¸ão do poder público,nos moldes do que iden- te aconteceu em vários setores da vida social. ro lado, o esporte, no conjunto das práti- porais de movimento, foi também usado pelo omo estratégia e como suporte do processo de (Re) pensando as políticas públicas de esporte e lazer: a sociogênese do subcampo 45 ordenamento da sociedade nos moldes de seu projeto político-ideológico (Linhales, 1996, p. 75). Esse projeto político-ideológico usaria do esporte na contribuic¸ão no alcance de alguns dos objetivos propos- tos pelo Es poder e n 2000). Seg cava a hom manifestac¸ acentuou-s cultural br sil não tin nac¸ão. Não um Estado situac¸ão, o vencionista educaciona tre elas aq A justifi outras que século XIX conflito e esportivo giravam, b de questõ res do ama representa cessos dec organizac¸ã do Brasil e Dentre constantem ras cisões ‘‘problema o aparecim direito da mesmo esp Para ar responsabi justificativ nista no ca necessidad conflitos. M mentos ori olhos a rel da iniciativ Assim c vos do pro Vargas, que [. . .] os muitos de suas que é e em dive Entreta ‘‘falta imprima tica, co formac¸ã 2002, p Vale ressaltar que, segundo Linhales (1996), tal como ocorreu em outros setores sociais, a intervenc¸ão estatal no campo esportivo caracterizou-se como uma antecipac¸ão do Estado à sociedade. Os clubes constituíam formas básicas de organizac¸ão esportiva e os conflitos, mesmo que aconte- dav tes l co um miac¸ gias as p esp ossib iner essa m e os e fede ica e nte gmen es, pou do c hale o do nta : erá s próp anos 0, o pou com cil c iro e o. Pa ] O e rcia or u , ex ntac¸ , ao ‘‘ca iscur terv o cam ar d ieda a o ariam to d smo. im, s (1 eiro: stado fere aniza tado Novo, principalmente na centralizac¸ão do a formac¸ão da identidade nacional (Mezzadri, undo Mazo (2005), o projeto nacionalista bus- ogeneizac¸ão cultural, era contrário a qualquer ão pluralista e diversificada. Naquele período e a preocupac¸ão com a formac¸ão da identidade asileira, pois, como assinalou Ortiz (1994), o Bra- ha uma identidade e, portanto, não tinha uma havia uma imagem de povo brasileiro, mas sim composto de governo e território. Frente a essa Estado brasileiro assumiu características inter- s, enquanto promotor de políticas culturais e is destinadas a construir a nac¸ão brasileira, den- uelas voltadas para o esporte. cativa para tal intervenc¸ão, porém, passava por stões. Diferentemente do cenário do fim do , observava-se nesse período certo nível de disputa de poder dentro do incipiente campo brasileiro. As disputas de poder e os conflitos asicamente, segundo Linhales (1996), em torno es tais como: as diferenc¸as entre os defenso- dorismo e os do profissionalismo; a legitimidade tiva das confederac¸ões e federac¸ões, seus pro- isórios e suas áreas de abrangência; as formas de o dos selecionados nacionais para representac¸ão m eventos internacionais, entre outras. as disputas citadas, Manhães (2002), destaca que ente ocorriam nas entidades esportivas brasilei- responsáveis pelo que se acostumou chamar de de duplicidade de entidades’’, que significava ento de mais de uma entidade avocando-se o administrac¸ão de determinado ramo esportivo no ac¸o geopolítico. bitrar tais conflitos, o Estado tomaria para si a lidade de controlar o campo esportivo no país. As as do poder público para sua ac¸ão intervencio- mpo esportivo orientaram-se, basicamente, pela e de constituic¸ão de um árbitro neutro para os anhães (2002) relata que tendo em vista docu- ginais e depoimentos de autoridades, salta aos evância da categoria ‘‘disciplina’’, justificativa a de legislar sobre esporte. onsta, segundo o autor, da exposic¸ão de moti- jeto levado ao presidente da república, Getúlio resultaria no decreto-lei n◦ 3.199, que, desportos vêm sendo praticados entre nós há decênios e já conseguiram, em grande número modalidades, um desenvolvimento notável, do xpressiva prova o êxito dos jogadores brasileiros rsas e memoráveis competic¸ões internacionais. nto, acrescenta que o mesmo ressente-se da de organizac¸ão geral e adequada, que lhes a disciplina necessária à sua correta prá- nveniente desenvolvimento e útil influência na o espiritual e física da juventude’’ (Manhães, . 29, destaque do autor). cendo, existen possíve cia de e agre estraté buscad campo A p regras Ordem duos e em que ligas, dinâm sivame dos se (Manhã Aos toman por Lin situac¸ã aprese mento Pod do 11 193 não que É fá sile Nov [. . . divo Imp tico orie pios não O d uma in trolar de torn da soc citos n necess tramen plurali Ass Linhale de Jan O E indi org am o tom da pluralidade e da autonomia relativa no setor. Ainda segundo a autora, embora fosse nstatar, no início da década de 1930, a existên- significativo nível de conflitos entre os grupos ões esportivas, também vale registrar que as e soluc¸ões para tais problemas vinham sendo elos próprios agentes inseridos no embrionário ortivo brasileiro. ilidade de divergência era legítima, segundo as entes ao campo esportivo, até então liberais. originária da associac¸ão espontânea de indiví- ntidades de direito privado, os clubes, centros sportes eram praticados e ensinados. Desses, em rac¸ões e confederac¸ões, cujo funcionamento, relacionamento eram regulados única e exclu- por seus estatutos, consequentes da iniciativa tos e agentes afins, sem interferência do Estado 2002). cos, as características da ordem dominante vão onta do campo esportivo. Tomás Mazoni citado s (1996, p. 80), ao fazer em 1941 uma síntese da esporte brasileiro durante a década de 1930, alguns argumentos que corroboram esse movi- urpreender aos neófitos e também a muita gente rio ambiente esportivo afirmarmos que nestes transcorridos desde o advento do governo de esporte no Brasil tenha evoluído muito, devendo co dessa evoluc¸ão à nova mentalidade política ec¸ou a dominar o País desde aquela data. [. . .] ompreender o que representa para o esporte bra- star integrado nas leis e no espírito do Estado ssará a colocar-se a servic¸o da Pátria, eis tudo! sporte brasileiro não poderia viver mais tempo do do espírito e da doutrina do Estado Novo. ma só disciplina, acabar com o espírito clubís- terminar a política dos homens, dar-lhes outra ão, outras func¸ões que atendem aos seus princí- s seus ideais, fazer de seus homens dirigentes, e ciques’’ ou chefetes de grupos e clubes. so então caminha no sentido da necessidade de enc¸ão estatal que conseguisse disciplinar e con- po esportivo. Para Manhães (2002), a iniciativa ominantes os pressupostos referentes ao projeto de hegemônica, em detrimento daqueles explí- rdem liberal das entidades esportivas, passava ente pela inviabilizac¸ão do conflito ou pelo arbi- os já existentes, tendo por consequência o fim do novamente escreve Tomás Mazoni, citado por 996, p. 82), no jornal Correio da Noite, do Rio Novo não poderia, por mais tempo, permanecer nte ante essegrave e complicado problema da c¸ão e direc¸ão do esporte do País, uma vez que 46 F.A. Starepravo, W. Marchi Júnior uma das suas principais func¸ões é a educac¸ão, é o futuro da mocidade brasileira! Enganaram-se redondamente os que julgaram que a vida esportiva nacional não se inte- graria na doutrina e nos princípios que conduzem o Brasil Novo aos seus grandes destinos, trac¸ados pelo regimen de 10 d tas de s Novo qu dar-lhe ses adia a existir esporte mocidad Como já projeto de intervenc¸ã res, pela v assim, pelo prio Estado incentivos minou por d de política a legislac¸ão momento fi (Frey, 2000 neada pelo sistema po O contro A primeira sil data de (Brasil, 194 9.267 (Bra sas Deliber órgão criad Sobre as Filho (prim por Manhãe vez destac esportivo, fissionalism Em 194 tardame pôr ord amador galheira do profi Flumine criar a Guinle l CBF. Arg número que a C meio de não filia um tum desport Também em que se por Manhães (2002, p. 30), em discurso proferido no dia 20.04.1940, na Reabertura das Aulas da Escola de Educac¸ão Física, afirmava que: [. . .] para completo êxito dos desportos brasileiros, que stão erno s des u a d o do nsifi es d ativ a ass tos. sar d bur o se l os cole o pa eio em des riu d lei rac¸ã ivas, orte ivas. segu em adon ativi inam rete erizo ] um as tent os c ado issez posi onot ocra ento lico idua egun da p alism ultur Nes idac¸ã sa u a nac¸ alme ada olític tigas e novembro. O esporte brasileiro já está às por- ua verdadeira missão disciplinar, pois o Estado er transformá-lo em forc¸a nova da Nac¸ão, quer a mesma importância que possui em todos os Paí- ntados. [. . .] As bandeiras dos clubes continuarão , mas acima dessas bandeiras estará o ideal do e mais acima ainda a bandeira da Pátria dessa e. A ela, só a ela, é que devemos olhar! apontado, esse período caracteriza-se por um sociedade corporativo, no qual o espac¸o de o dos segmentos sociais na direc¸ão dos seto- ia das entidades civis, é muito pequeno. Sendo perfil autoritário da ordem corporativa, o pró- não interveio no campo esportivo por meio de ou de instruc¸ões próprias dos planos, mas deter- ecreto e por lei. Nesse sentido, inexistem planos de esporte durante o período, mas é vastíssima afim (Manhães, 2002). Portanto, a análise nesse cará mais centrada na dimensão política polity ), que se refere à ordem do sistema político, deli- sistema jurídico e a estrutura institucional do lítico administrativo. le por decreto proposta de Lei Orgânica para os esportes no Bra- abril de 1941. Trata-se do Decreto-Lei n◦ 3.199 1), adjetivado especialmente pelos decretos n◦ sil, 1942), n◦ 7.674 (Brasil, 1945) e pelas diver- ac¸ões do Conselho Nacional de Desportos (CND), o pelo próprio Decreto-Lei 3.199. motivac¸ões do Decreto-Lei 3.199, o Dr. João Lyra eiro presidente do CND), entrevistado e citado s (2002, p. 36-7, destaques do autor), mais uma a os conflitos existentes no interior do campo com realce à disputa entre amadorismo e pro- o: 1, a razão do Decreto n◦ 3.199, foi o abas- nto das atividades desportivas. Precisava-se em na vida desportiva. Até então, só havia ismo. Veio o profissionalismo e iniciou-se uma bri- geral. Quiseram extinguir a própria CND. O grupo ssionalismo, liderado pelo Sr. Arnaldo Guinle, do nse, não admitia entidades ecléticas. Chegou a CBF. Só que a CBD estava filiada à Fifa. Arnaldo utou para que a Fifa desfiliasse a CBD e atraísse a umentava com o fato verdadeiro de que o maior de clubes de futebol estava subordinado à CBF, BD já não representava o futebol brasileiro. No tudo, a CBD procurou tirar jogadores de clubes dos a ela para formar uma selec¸ão. Daí houve ulto nacional. [. . .] Urgia disciplinar e pacificar o o brasileiro. o ministro da Educac¸ão e Saúde da época, pasta inseria o esporte, Gustavo Capanema, citado já e gov ma viso tud inte dad das par por Ape Estado ceu, n no qua resses govern Alh (2002) (2000) interfe sil. A estrutu esport ao esp esport Já apoiou rio est corpor discipl e do p caract [. . . form exis que tific ‘‘la A o uma c e dem repres do púb e indiv A s robora nacion uma c onais. consol preten própri Fin destac sociop das an se aparelhando das técnicas de que necessita, o não quer burocratizar a vida esportiva do país, eja dar-lhe disciplina. [. . .] a legislac¸ão federal isciplina das atividades correspondentes, sobre- desporto profissionalizado, e à sistematizac¸ão e cac¸ão dos auxílios dos poderes públicos à enti- esportivas. [. . .] escrevi, alhures, que a disciplina idades desportivas deu causa à criac¸ão do CND, egurar clima saudável à ordem espiritual dos des- e o ministro ressaltar que não seria interesse do ocratizar a vida esportiva, foi isso o que aconte- ntido dado por Bourdieu ao campo burocrático, interesses particulares são sobrepostos por inte- tivos. Esse até é um dos argumentos usados pelo ra controlar o campo esportivo. à categoria disciplina destacada por Manhães relac¸ão à legislac¸ão esportiva da época, Mezzadri taca que a aprovac¸ão do Decreto-Lei n◦ 3.199 iretamente na estruturac¸ão do esporte no Bra- teria contribuído em três pontos básicos da o do esporte: a regulamentac¸ão das entidades a definic¸ão da func¸ão do Estado brasileiro frente e a indicac¸ão de como administrar as práticas ndo Linhales (1996), o projeto para o esporte se três dimensões centrais e constitutivas do ideá- ovista. A primeira dimensão dizia respeito ao smo, adotado como estratégia de organizac¸ão e ento da sociedade. Em nome da harmonia social ndido fortalecimento do Estado, tal estrutura u-se como a sobreposic¸ão do público ao privado, em que as embrionárias e pluralistas de organizac¸ão social es foram consideradas ilegítimas, na medida em onflitos e a diversidade de interesses eram iden- s com a barbárie, com o anarquismo ou com o -faire’’ (Linhales, 1996, p. 83). c¸ão do público ao privado, que poderia ter ac¸ão positiva, já que isso poderia impulsionar tizar o esporte, da forma que foi feita, apenas u a burocratizac¸ão do mesmo e inverteu a lógica sobre o privado, quando das ac¸ões personalistas is dadas pelos burocratas. da dimensão apontada por Linhales (1996), cor- or Mezzadri (2000), refere-se à consolidac¸ão do o como elemento de unificac¸ão e construc¸ão de a cívica capaz de sobrepor às diferenc¸as regi- se sentido, o esporte seria um instrumento de o do nacionalismo, auxiliar na construc¸ão de uma nidade nacional, e forma de representac¸ão da ão. nte, a terceira dimensão do ideário estadonovista por Linhales (1996) diz respeito à modernizac¸ão a, justificada tanto como forma de superac¸ão orientac¸ões nas relac¸ões econômicas e sociais (Re) pensando as políticas públicas de esporte e lazer: a sociogênese do subcampo 47 do Brasil urbano durante a Velha República quanto como condic¸ão necessária ao país para sua inserc¸ãono plano das relac¸ões internacionais. A construc¸ão de um Brasil moderno e industrializado demand Nac¸ão, o sentido onalidad o esport Lenharo dos ben vament A const demais ati questão, t dade e pro de movime vidos. Cabi metas de m pela eficiê Diante governo f no Brasil, A instituci uma carac cratas e pe sociedade 1996; Mezz ideia de q oligárquica A criac¸ exemplo, d tica de des constituir- das entida inicialmen sidente da O CND, comandou tivas desen confederac¸ lamentado Saúde (Mez O inter Estado) o c tificou a l interesses ao propósi causa que dos cidadã Arreliad Novo não se e organiza esportiva, bém fez e Linhales, 1 Segundo a autonom mente pod que o espo uma relac¸ão de dependência tutelar. Aqui pode estar a raiz da vinculac¸ão e subordinac¸ão da sociedade ao Estado no que tange à prática esportiva até os dias atuais. Essa relac¸ão quase umbilical pode ter desencadeado práti- cas ‘‘salvacionistas’’, ‘‘utilitaristas’’ e ‘‘paternalistas’’ do para rópr ivo s pró ecid zado eito par écad tant ue e rizac¸ , po a d um leg m co uma le e fi izado bém iedad ac¸ão ac¸õe . Pa a ve de tam o a a esp s, co o ca es po les, 1 der amp e a p rant io um os. É nde p resse se n essa e no ntido cans Esta e), q soci o, qu al, fe iros o e m ava ac¸ões e projetos capazes de educar a u mais especificamente a classe trabalhadora, no do desenvolvimento produtivo, baseado na raci- e e na eficiência. Aqui também, nesse prisma, e recebeu e deu sua contribuic¸ão [. . .]. Segundo , ‘‘a prática esportiva é colocada no mesmo plano efícios trabalhistas que o governo vinha gradati- e concedendo’’ (Linhales, 1996, p. 85). ruc¸ão da hegemonia do esporte, em relac¸ão às vidades corporais, que iniciara no período em ambém guarda relac¸ão com a ideia de moderni- gresso, já que o esporte era a atividade corporal nto em pleno crescimento nos países desenvol- a ao Brasil adotá-lo também como parte de suas odernizac¸ão, sustentadas pela racionalidade e ncia (Linhales, 1996). desse contexto e dessas intencionalidades, o ederal propôs a regulamentac¸ão do esporte por meio do Decreto-Lei n◦ 3.199, de 1941. onalizac¸ão do esporte, porém, foi marcada por terística administrativa comandada pelos buro- los políticos, com uma participac¸ão restrita da e dos indivíduos nas tomadas de decisão (Linhales, adri, 2000; Manhães, 2002), o que corrobora a ue aqui configuram-se relac¸ões sociais do tipo s, segundo os pressupostos de Elias (2005). ão do CND, por meio do dispositivo legal, por estinado a ‘‘orientar, fiscalizar e incentivar a prá- portos no país’’, que, em outros termos, poderia se um avanc¸o para o esporte, não permitiu acesso des esportivas às cadeiras do CND, a compor-se, te, de cinco membros, todos nomeados pelo Pre- República. durante as décadas de 1940 a 1970, estruturou e o esporte nacional, fiscalizou as atividades espor- volvidas no país. Os estatutos das federac¸ões e ões deveriam ser aprovados pelo CND e regu- s posteriormente pelo Ministério da Educac¸ão e zadri, 2000). esse do Estado Novo em disciplinar (atrelar ao ampo esportivo foi o argumento central que jus- egislac¸ão esportiva da época. O pluralismo de até então vigentes foi interpretado como nocivo to de elevac¸ão do esporte à condic¸ão de uma deveria estar a servic¸o da Pátria, e não a servic¸o os organizados esportivamente. (Linhales, 1996). o com a ‘‘indisciplina’’ (pluralidade), o Estado ocupou com ac¸ões políticas capazes de legitimar r os conflitos de interesse; lanc¸ou-se à sociedade sobrepõe-se a ela por lei, aos moldes do que tam- m outros setores da vida social (Manhães, 2002; 996). Linhales (1996), o efeito dessa legislac¸ão sobre ia da sociedade para se organizar esportiva- e ser considerado devastador, na medida em rte brasileiro passa a estabelecer com o Estado Estado O p esport rior do reconh oficiali um dir oficiais A d é, por mar q popula Estado nificou como ganhou um be tituiu contro public Tam da soc estatiz de rel Estado por su seriam niência atrelad sistem mérito solidar relac¸õ (Linha Consi O subc emerg lida du princíp privad ora pe os inte interes Sob esport é gara do des CLT. O esport grupos públic nacion brasile viment com o restante da sociedade brasileira. io processo de intervenc¸ão do Estado no campo e deu muito mais por lógicas existentes no inte- prio campo político/burocrático do que por uma a demanda da sociedade. Tampouco o esporte foi a partir da perspectiva do reconhecimento como social, mesmo sendo esse um dos argumentos a a intervenc¸ão. a de 1940, para o campo esportivo no Brasil, o, crucial. Se, por um lado, é possível afir- ssa etapa acolheu um verdadeiro processo de ão e massificac¸ão do esporte, apoiado pelo r outro, vale destacar que tal processo não sig- emocratizac¸ão do esporte ou a sua consolidac¸ão direito social. O esporte foi institucionalizado, islac¸ão própria, foi oferecido pelo Estado como letivo. Recebeu investimentos públicos e cons- burocracia oficial para seu desenvolvimento, scalizac¸ão. Foi estatizado, sem contudo, ter sido (Linhales, 1996). a perda ou a fragilizac¸ão da autonomia relativa e para se organizar esportivamente, associada à do campo esportivo, provocou o fortalecimento s de dependência tutelar entre o esporte e o ra existir, o esporte dependia do Estado e esse, z, só implantava e apoiava aquelas ac¸ões que seu interesse. Essa espécie de pacto de conve- bém gerou seus efeitos perversos. Um esporte o Estado, e um Estado que institucionaliza um ortivo controlado por dirigentes escolhidos por nfianc¸as e anuências ao poder, acabou por con- mpo esportivo como espac¸o privilegiado para as líticas baseadas no clientelismo e no populismo 996). ac¸ões finais o político/burocrático de esporte e lazer, que artir da década de 1930 no Brasil, e se conso- e todo o século XX e início do século XXI, é por espac¸o de coexistência de interesses públicos e como se se apresentasse como uma balanc¸a, que ara os interesses particularistas, ora pende para s coletivos, públicos, muitas vezes chamados de acional. égide que o Estado brasileiro regulamentou o Brasil na década de 1940. Nessa mesma época aos trabalhadores o direito ao lazer, por meio o semanal remunerado e das férias, presentes na do passa a controlar uma manifestac¸ão social (o ue até então constituía uma prática de lazer de ais específicos, e dá a ele uma conotac¸ão de bem e deveria ser usado como forma de representac¸ão rramenta para consolidar um habitus comum aos (nacionalismo) ou ainda um símbolo do desenvol- odernidade da nac¸ão. Segundo Bourdieu (2007), 48 F.A. Starepravo, W. Marchi Júnior em nossas sociedades, o Estado contribui de maneira deter- minante na produc¸ão e reproduc¸ão dos instrumentos de construc¸ão da realidade social. Enquanto estrutura organi- zacional e instância reguladora de práticas, ele exerce uma ac¸ão formadorade disposic¸ões duradouras, por meio de todo controle e Através o Estad percepc¸ percepc¸ mentais as condi habitus de cons tilhadas p. 116-7 Um fenô ses particu público, co habitus na financiame esporte e in tivo ao cam Além di que se env meio muit público ou consigo sig além do p agentes tiv sileira. A político/bu lógica do E tada tamb envolvidos Esse mo esportiva b tais como o Resgatar a esporte e l ais política desnuda a ticas oriund nesse senti por vezes duzindo, d têm como vidual e p democratiz Financia Coordenac¸ Superior/R Federais (C Conflitos Os autores Referências Amaral SCF, Pereira APC. Reflexões sobre a produc¸ão em políticas públicas de educac¸ão física, esporte e lazer. Revista Brasileira de Ciências do Esporte, 31. Campinas: Autores Associados; 2009, . u P. u P. camp istéri eiro: u P. R pina Decr ases l em s.acti Decr ment htt on?id Decr e a ment idas ://w 6458 ani F ta. Ca ca ES idad ores A . A so ael S ato J Intro Polít es à ejam s MA envol uldad inas RF. ileir E, 20 s ED. al; 20 Z. Me idade do d 9). Re iro/a A. Est e ler políti 9-100 ri FM ac¸ão tora ersid . Cult se; 1 avo F icipa ta. I disciplina que impõe ao conjunto de agentes. do enquadramento que impõe às práticas, o instaura e inculca formas e categorias de ão e de pensamento comuns, quadros sociais de ão, da compreensão ou da memória, estruturas , formas estatais de classificac¸ão. E cria, assim, c¸ões de uma espécie de orquestrac¸ão imediata de que é, ela própria, o fundamento de uma espécie enso sobre esse conjunto de evidências compar- , constitutivas do senso comum (Bourdieu, 2007, ). meno social que trazia prioritariamente interes- lares é forjado a carregar a bandeira do bem m vistas especialmente à constituic¸ão de um cional. Como contrapartida, o Estado oferece nto aos atletas e às instituic¸ões de promoc¸ão do staura uma dependência tutelar do campo espor- po político/burocrático. sso, os agentes do campo político/burocrático olveram com o esporte perceberam ser esse um o eficaz para aprimorar o acúmulo de capital político, já que a natureza do esporte carrega nos de amizade, companheirismo, descontrac¸ão, róprio apelo popular, que fazia com que esses essem grande visibilidade junto à sociedade bra- incorporac¸ão do campo esportivo pelo campo rocrático, sob a justificativa da prevalência da stado (pública), rapidamente passa a ser pau- ém por interesses individuais daqueles agentes com o esporte no âmbito estatal. vimento deixou um grande lastro na política rasileira, que até hoje convive com fenômenos clientelismo, o utilitarismo e o assistencialismo. sociogênese do subcampo político/burocrático do azer no Brasil, portanto, ajuda a pensar as atu- s esportivas nas diferentes esferas de governo e incapacidade da área de desvencilhar-se de prá- as no Estado Novo. Trazer à tona essas questões, do, pode ser útil a pesquisadores e gestores, que, pautados apenas no empirismo, acabam repro- e forma consciente ou não, essas práticas, que finalidade o acúmulo de capital de maneira indi- ouco contribuem para o desenvolvimento e a ac¸ão do esporte no país. mento ão de Aperfeic¸oamento de Pessoal de Nível eestruturac¸ão e Expansão das Universidades apes/Reuni), modalidade bolsa de doutorado. de interesse declaram não haver conflitos de interesse. n. 1 Bourdie Bourdie do min Jan Bourdie Cam Brasil. as b níve coe Brasil. regi em acti Brasil. sôbr cial med http id=2 Castell con De Dec na c Aut Elias N Mich Ren Elias N. Frey K. rent Plan Linhale ses Fac de M Lucena bras CBC Manhãe Gra Mazo J vers estu 196 jane Melo M O qu cia p. 5 Mezzad form (Dou Univ Ortiz R lien Starepr mun dire Coisas ditas. São Paulo: Brasiliense; 1983. A casa do rei à razão de Estado: um modelo da gênese o burocrático. In: Wacquant L, editor. 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