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Eficiência da utilização de aminoácidos de cadeia ramificada como recurso ergogênico no exercício de endurance

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03/11/2014 Eficiência da utilização de aminoácidos de cadeia ramificada como recurso ergogênico no exercício de endurance. Revisão sistemática
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Eficiência da utilização de aminoácidos de cadeia ramificada
como recurso ergogênico no exercício de endurance. Revisão
sistemática
La eficiencia en el uso de aminoácidos de cadena ramificada como recurso ergogénico
en el ejercicio de endurance. Una revisión sistemática
The use of branched chain amino acids as ergogenic aid for endurance exercise. A systematic review
 
*Programa de Pós Graduação Lato Sensu da Universidade Gama Filho
em Fisiologia do Exercício - Prescrição do exercício
**Graduação em Educação Física pela Faculdade Social da Bahia
***Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública
Universidade Estadual de Feira de Santana
(Brasil)
Mário César Carvalho Tenório* **
Ms. Rafaela Liberali*
Dr. Francisco Navarro*
Ms. Cloud Kennedy Couto de Sá***
mariocesartenorio@hotmail.com
 
 
 
 
Resumo
 Introdução: Atletas têm utilizado cada vez mais os suplementos nutricionais na tentativa de melhorar seu rendimento e suprir uma possível lacuna deixada pela
alimentação. Dentre os suplementos mais utilizados, vem se mostrando crescente a utilização dos aminoácidos de cadeia ramificada (ACR). Objetivo: Revisar os efeitos da
suplementação dos ACR no desempenho de exercício de endurance. Metodologia: Foi realizada uma revisão sistemática de artigos nacionais e internacionais dos últimos
cinco anos envolvendo exercícios de endurance. Os descritores usados para a busca foram: BCAA intake; BCAA and endurance. Resultados: Foram encontrados
resultados significantes em marcadores de lesão muscular, limiar de lactato, VO2máx, percepção subjetiva de esforço, desempenho da memória e quociente
respiratório. Conclusão: A suplementação de ACR se mostrou eficaz em beneficiar de alguma maneira os praticantes de exercícios de longa duração. Entretanto, devido
as diversos protocolos de uso e intensidades utilizadas e aos mecanismos bioquímicos de utilização dos ACR, são necessários mais estudos para que possamos identificar em
qual situação a suplementação será mais efetiva.
 Unitermos: Suplementação. Aminoácidos de cadeia ramificada. Endurance.
 
Abstract
 Introduction: The nutritional supplement has been use to development of endurance performance for Athletes, being the branched chain amino acids (BCAAs)
one of the most common. Objective: To review the effects of supplementation of BCCAs on the of endurance performance. Methods: We performed a systematic review
in the last papers about effects of supplementation of BCCAs on the of endurance performance. The key-words were: BCAA intake, BCAA and endurance. Results: We
found significant results on markers of muscle damage, lactate threshold, VO2max, perceived exertion, memory performance, and respiratory quotient. Conclusion: The
evidences showed that somehow BCAA supplementation was effective in endurance exercises. However, fur ther studies are needed to identify the best situations for use.
 Keywords: Supplements. Branched chain amino acids. Endurance.
 
 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires - Año 17 - Nº 169 - Junio de 2012. http://www.efdeportes.com/
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Introdução
 Qualquer que seja a modalidade esportiva, aeróbia ou anaeróbia, se faz necessário a junção de múltiplos fatores para que haja uma
melhora no desempenho do atleta. Os principais condicionantes para um bom desempenho esportivo são: a preparação física, técnica,
psicológica e nutricional (WEINECK, 2003). A herança genética representa um dos principais fatores para o destaque de um atleta,
seguido de uma capacidade de treinamento melhorada por uma boa nutrição, que deve fornecer os substratos necessários para a
sustentação do sistema energético predominante em uma determinada modalidade (WILLIAMS, 2002).
 Atletas na tentativa de melhorar seu rendimento e suprir uma possível lacuna deixada pela alimentação têm utilizado cada vez mais os
suplementos nutricionais (PANZA et al., 2007; SANTOS e SANTOS, 2002). Dentre os suplementos mais utilizados, vem se mostrando
crescente a utilização dos aminoácidos de cadeia ramificada (ACR) (BCAA, do inglês: Branched Chain Amino Acids) como recurso
ergogênico (SILVA e ALVES, 2005; CHEUVRONT, 2004).
 A atuação de alguns aminoácidos no organismo se tornou um tema de grande interesse por pesquisadores, principalmente no que diz
respeito ao rendimento esportivo. Deste modo, os ACR vêm sendo utilizados por diferentes modalidades e com diferentes finalidades,
desde manutenção de substratos energéticos, retardamento da fadiga central, síntese protéica (turnover), melhora na resposta imune ao
exercício e diminuição no dano tecidual (GLEESON, 2005; FERNSTROM, 2005). Entretanto, a eficácia do uso deste suplemento ainda não
está totalmente comprovada (SALES et al., 2005).
 Contudo, esta revisão sistemática tem como objetivo investigar os resultados encontrados sobre a suplementação dos ACR no exercício
de endurance e sua possível efetividade.
Metodologia
Tipo de pesquisa
 A metodologia empregada foi a revisão sistemática, que se baseia em estudos para identificar, selecionar e avaliar
criticamente pesqui​sas consideradas relevantes, também contribuem como suporte teórico-prático para a análise da
pesquisa bibliográfica classificatória (LIBERALI, 2008).
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Sistema de busca dos artigos
 Foi realizada uma revisão de artigos nacionais (1) e internacionais (6) dos últimos cinco anos. Os descritores usados
para a busca foram: BCAA intake; BCAA and endurance.
 Nas bases de dados: PubMed, Scielo e Google acadêmico. Foram coletados artigos científicos encontrados nas revistas:
The Journal of Strength and Conditioning Research (1), The Journal of Sports Medicine and Physical Fitness(2), Journal of
Nutritional Science and Vitaminolgy (Tokyo) (1), European Journal of Applied Physiology (1), International Journal of Sport
Nutrition and Exercise Metabolism, Journal of Nutrition (1), Revista Brasileira de Medicina do Esporte (1).
Critérios de inclusão dos estudos
 E os critérios de inclusão dos artigos foram: ser publicado em revista indexada as bases de dados citadas acima;
originais; ser utilizado a suplementação com associação apenas com carboidratos (CHO), ser duplo cego cruzado.
Resultados e discussão das pesquisas de campo
 Os resultados encontrados sobre a suplementação dos ACR em suas diferentes circunstâncias de utilização, no exercício de endurance,
e sua possível efetividade, estão descritos abaixo e sintetizados na tabela 1.
População e amostra
 Foram analisados 7 artigos envolvendo ACR e o treinamento de endurance, os estudos totalizam 128 amostras no total
de 70 participantes dentre os quais 100% eram homens. Todos os estudos realizaram duas intervenções, sendo estas
separadas por no mínimo uma semana e no máximo oito semanas. Apenas um estudo teve seu N dividido (N=12), pois
suas coletas foram realizadas em uma competição.
Utilização dos ACR e fadiga, e os protocolos usados nos estudos (quantidades, qualidades, fontes)
 A fadiga nos exercícios de longa duração (endurance) se relaciona com a redução dos substratos energéticos,
desequilíbrio iônico das células musculares e uma liberação excessiva ou insuficiente de acetilcolina (WOLINSKY e
HICKSON, 2002; WEINECK, 2005). Nesta modalidade de exercício o metabolismo dos lipídeos é predominante, porém,a
glicose muscular ou sanguínea continua a ser utilizada para manter a oxidação dos ácidos graxos (McARDLE, KATCH,
KATCH, 2003).
 Em situações em que os níveis de glicose sanguínea encontram-se baixos (hipoglicemia), é necessário que haja utilização
dos aminoácidos como substrato energético. Este mecanismo de utilização ocorre quando a célula muscular necessita dos
esqueletos de carbono dos aminoácidos deaminados para subsidiar os intermediários do ciclo de Krebs que antes eram
fornecidos pela glicose na tentativa de retardar a interrupção do exercício pelo aparecimento da fadiga periférica (SILVA, et
al., 2007).
 Apenas seis aminoácidos podem ser oxidados pelo músculo esquelético, são eles: alanina, ácido aspártico, ácido
glutâmico, leucina isoleucina e valina (MAUGHAN, GLEESON, GREENHAFF, 2000). No músculo, os aminoácidos leucina,
valina e isoleucina (ACR), são metabolizados em quantidades superiores, fato este que acontece por apresentarem as
mesmas enzimas para transaminação e descarboxilação e por escaparem do consumo hepático podendo assim, serem
utilizados no músculo onde a atividade da enzima transaminaze do ACR é elevada (STRYER, 1992).
 Os aspectos metabólicos mencionados sobre a fadiga periférica ligam-se estreitamente a fadiga central. Deste modo, os
sinais de fadiga enviados da periferia para os centros nervosos originam o surgimento de impulsos inibitórios que irão
diminuir as funções motoras, induzindo o indivíduo a interromper o exercício (WEINECK, 2005).
 Outra hipótese que foi levantada por Newsholme et al (1987) vem sendo muito estudada. Esta hipótese baseia-se no
aumento da liberação de serotonina cerebral (5- hidroxitriptamina, 5-HT) como indutor de fadiga central afetando a função
do sistema nervoso central (SNC) nos exercícios de endurance. Este aumento acontece devido a alta concentração do AA
essencial triptofano (TRP), que é o precursor da 5-HT (SMRIGA, et al., 2006; DAVIS, et al., 1992).
 Em exercícios de longa duração, o triptofano entra em disputa com os ácidos graxos livres pela mesma proteína, a
albumina. Nesta modalidade de exercício o elevado nível de ácidos graxos livres irá provocar o deslocamento do TRP da
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albumina aumentando a concentração de TRP livre (CASTELL, et al., 1999). Entretanto, o TRP livre, disputa também os
mesmos transportadores de membrana que os aminoácidos neutros (AN) (tirosina, fenilalanina e ACR), que por sua vez no
prolongamento do exercício sofre uma diminuição na concentração plasmática devido a sua utilização no músculo como
substrato energético.
 Deste modo, à baixa concentração de ACR no plasma é também um fator importante na quantidade de TRP que irá
ultrapassar o endotélio dos vasos cerebrais aumentando a quantidade de TRP cerebral, conseqüentemente aumentando a
produção de 5-HT (YAMAMOTO, NEWSHOLME, 2000).
 Foram utilizados nos estudos de campo da tabela 1, para coleta de dados, avaliações sanguíneas, ergoespirometrias,
percepção subjetiva de esforço, freqüência cardíaca, auto avaliação de fadiga, teste de desempenho mental, amostra de
saliva, salto vertical e preensão manual. Os estudos foram realizados utilizando modalidades diferentes, tais como: corrida,
ciclismo e remo. Todos os estudos foram caracterizados como experimentais do tipo duplo cego cruzado.
 Em todos os ensaios os indivíduos ingeriram bebida contendo ACR (com ou sem CHO) ou bebida placebo (apenas CHO
ou sem calorias). Nos estudos as formas de suplementação foram feitas de diferentes formas: quantidades de ACR.kg.dia;
dieta mais ACR e bebida com percentual de ACR. A quantidade variou entre 77mg.kg-1 e 300mg.kg.dia a bebidas (500 a
1500ml) contendo 0,4% de ACR, 0,4% de CHO.
 Metade dos estudos fizeram sobrecarga de ACR em dias antecedentes ao teste, no mínimo dois dias (PORTIER, et
al.,2008) três (GUALANO, et al., 2011) e máximo seis dias (MATSUMOTO, et al., 2009). Os demais estudos fizeram
administração pré e durante os testes (GREER, et al., 2011; USHIDA, et al., 2008; KOBA, et al., 2007; GREER, et al., 2007).
Suplementação de ACR e resultados dos estudos de campo da tabelas (recomendações, benefícios e indicações)
 A suplementação de AA tem sido bastante estudada para um possível aperfeiçoamento no desempenho esportivo,
principalmente os ACR (Leucina, Valina e Isoleucina) que podem ser usados no auxilio energético nos exercícios
prolongados (SHE et al., 2010; BLOMSTRAND et al., 1995; MARQUEZI, LANCHA JUNIOR, 1997). Existem várias hipóteses
para justificar a utilização do ACR como recurso ergogênico nas diferentes modalidades de treinamento. No exercício
aeróbio, o principal objetivo é o retardamento da fadiga, seja central ou periférica (ROSSI, TIRAPEGUI, 2004; WILLIAMS,
2002). Entre as modalidades de endurance as hipóteses giram em torno de dois aspectos: melhorar o desempenho nos
treinamentos promovendo um melhor desempenho competitivo, e retardar o surgimento da fadiga em competições
(SANTOS; DEZAN; SARRAF, 2003).
 Dos sete estudos, apenas um não obteve nenhum resultado significante em nenhuma variável estudada. Todos ou outros
apresentaram alguma variável com resultado significante para os grupos em uso de ACR, como: diminuição na percepção
subjetiva do esforço (PSE), aumento na resistência a fadiga, diminuição do quociente respiratório (RQ) e da glicose
sanguínea, aumento na oxidação de ácidos graxos (AG), aumento no consumo máximo de oxigênio (VO2máx), aumento no
ponto do limiar de lactato (LL), diminuição de marcadores de lesão muscular e alteração no desempenho da memória.
 Ushida et al. (2008), após controlar a dieta dos participantes no dia anterior e depois de um protocolo de depleção de
glicogênio não obteve nenhum resultado significante no teste até exaustão a 90% do limiar anaeróbio nas variáveis
analisadas: tempo até exaustão, concentração de lactato, glicose e amônia.
 Em estudos publicados por Greer et al. (2007; 2011) respectivamente, foram encontrados resultados significantes pra
diferentes análises: diluição na concentração de creatina quinase (CK), lactato desidrogenase (LDH), percepção de dor após
24h e aumento no torque de flexão de perna após 48h; diminuição na percepção subjetiva de esforço (PSE). Entretanto, não
foi verificado melhora no desempenho aeróbio em ambos os estudos citados acima.
 Corroborando com os resultados encontrados por Greer et al, (2007), estudo publicado por Koba et al (2007), mostrou
que a suplementação de ACR foi eficaz em reduzir a liberação de LDH, consequentemente, diminuindo o dano muscular.
 Portier et al., (2008), no único estudo realizado num ambiente competitivo, em dois dias de corrida de barcos offshore,
analisou a sensação de fadiga e o desempenho da memória de curto prazo e encontrou resultados significantes, mostrando
que uma dieta rica em proteínas associado a suplementação de ACR pode diminuir a sensação de fadiga e a perda da
memória de curto prazo. Entretanto, o mesmo não observou melhora no desempenho físico dos participantes.
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 Ao investigar a interferência da suplementação de ACR no limiar de lactato, Matsumoto et al. (2009), verificou que o uso
deste suplemento foi capaz de diminuir o RQ no teste ergométrico, aumentar o VO2 e os níveis de carga no limiar de lactato
e aumentar o VO2máx. Resultados semelhantes em relação ao RQ foram encontrado por Gualano et al. (2011). Nesteestudo, pode-se verificar que em situação de glicogênio depletado, houve diminuição na utilização de glicose através do RQ,
mostrando uma maior utilização dos lipídios como fonte energética e aumento de 17,2% na resistência a fadiga
comparando ao grupo placebo.
Tabela 1. Estudos de campo
Autor
Objetivo/ Amostra
(n, sexo)
Duração e intervenção/ o
que mediu
Resultado
Greer et al
(2011)
Objetivo –investigar o
efeito do consumo de ACR o
desempenho aeróbio,
percepção subjetiva de
esforço (PSE) e utilização do
substrato.
 
Amostra – 9 homens, não
treinados
Intervenção - fizeram 3
sessões de ciclismo de 90min a
55% VO2máx com
suplementação de ACR, CHO
ou placebo 60 min antes e
após.
 
Mediu – Glicose e ACR
plasmáticos pré e pós exercício
e medidas metabólicas a cada
15min.
1 – Ingestão de ACR não
influenciou o desempenho
aeróbio, mas diminuiu a PSE
nos últimos 15 min de
exercício.
Gualano et
al (2011)
Objetivo – verificar se a
suplementação de ACR
aumenta a capacidade de
exercício e oxidação lipídica
em estado de glicogênio
depletado
Amostra – 7 homens
Intervenção – 3 dias de
suplementação (300 mg kg..
dia -1) ou placebo. No segundo
dia protocolo de depleção de
glicogênio e no 3º dia exercício
exaustivo.
Mediu – RQ, Cetonas no
sangue, AG livres, Lac e
glicemia.
1– Ingestão de ACR
promoveu aumento de
17,2% na resistência a
fadiga
2- diminuição do RQ e da
glicose sanguínea.
3- aumento na oxidação de
AG
Matsumoto
et al (2009)
Objetivo – investigar os
efeitos do ACR sobre o LL
como índice da capacidade
aeróbia.
 
Amostra – 8 homens
treinados
Intervenção – 6 dias de
suplementação (0,4% ACR,
4% de carboidratos, 1.500
mL/d) ou placebo. No 7º dia
teste incremental de LL com
ingestão de 500ml de bebida
15min antes e novo teste uma
semana depois.
Mediu – Lactato e ACR
sanguíneo, VO2 e RQ
1 – Diminuição do RQ com
ACR.
2 – Aumento no VO2máx
3 – Aumento no ponto de LL
Portier et al
(2008)
Objetivo – Investigar o
efeito de dietas ricas em
ACR sobre a percepção de
esforço e desempenho numa
corrida de barcos offshore
Amostra – 12 marinheiros
Intervenção – corrida de
barcos de 32h com dieta
padrão + suplementação de
ACR ou só dieta padrão.
Mediu – FC, Fadiga, cortisol,
salto vertical, preensão manual
e desempenho mental
1 – Sensação de fadiga no
2º dia menor no grupo ACR
2 – Não houve alteração no
desempenho físico.
3 – Diminuição no
desempenho da memória
apenas no grupo controle.
Objetivo - averiguar o
efeito da suplementação de
Intervenção – corrida até
exaustão a 90% do limiar
anaeróbio após depleção de 1 – Não houve resultados
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Ushida et al
(2008)
ACR sobre o desempenho
de corrida ate a exaustão,
Amostra – 17 soldados
glicogênio e suplementação de
ACR.
Mediu – tempo até exaustão,
concentração de glicose,
lactato e amônia
significantes em nenhuma
análise nem no tempo até
exaustão.
Koba et al
(2007)
Objetivo – analisar o efeito
da suplementação de ACR
sobre o dano tecidual em
corrida de longa distância
Amostra – 8 homens
Intervenção – corrida de
25km com 5 ingestões de ACR
ou placebo durante a mesma.
Mediu – ACR sanguíneo e
lactato desidrogenase (LDH)
1 - LDH foi menor no grupo
c/ ACR
2 - tendência a diminuir o
ACR sanguíneo no grupo
placebo
Greer et al
(2007)
Objetivo – Determinar se
ACR atenua indicadores
indiretos de lesão muscular
durante exercício de
endurance
Amostra – 9 homens
Intervenção – 3 estímulos de
90min de ciclismo com
ingestão de ACR, CHO ou
placebo
Mediu – creatina quinase
(CK), Lactato desidrogenase
(LDH), torque e dor muscular
1 – Diminuiu a concentração
de CK e LDH
2 – Diminuiu a percepção de
dor
3- Aumento no torque de
flexão de perna com 48h pós
teste
Conclusão
 Apesar da pouca quantidade de estudos encontrados, apenas um não obteve nenhum resultado significativo em variáveis ligadas ao
exercício de endurance. Deste modo, podemos observar que nas diversas variáveis analisadas, desde enzimas utilizadas como
marcadores de lesão muscular, percepção subjetiva de esforço e alguns limitadores da própria capacidade aeróbia, a suplementação de
ACR se mostrou eficaz em beneficiar de alguma maneira os praticantes de exercícios de longa duração.
 Entretanto, devido as diversas metodologias e intensidades utilizadas e aos mecanismos bioquímicos de utilização dos ACR, seja na
fadiga periférica ou central, são necessários mais estudos para que possamos identificar de fato em qual situação a suplementação será
mais efetiva.
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