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1 
 
ERGOGÊNICA NUTRICIONAL 
 
 2 
 
FACULESTE 
 
A história do Instituto Faculeste, inicia com a realização do sonho de um 
grupo de empresários, em atender à crescente demanda de alunos para cursos de 
Graduação e Pós-Graduação. Com isso foi criado a Faculeste, como entidade 
oferecendo serviços educacionais em nível superior. 
A Faculeste tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de 
conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação 
no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. 
Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos 
que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, 
de publicação ou outras normas de comunicação. 
A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma 
confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base 
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições 
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, 
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 3 
 
Sumário 
 
 
FACULESTE ............................................................................................................. 2 
Ergogênica Nutricional ............................................................................................ 4 
Recursos ergogênicos ............................................................................................ 6 
Origem dos Suplementos Alimentares ................................................................... 7 
Classificação dos Suplementos Alimentares ........................................................ 9 
Repositores hidroeletrolíticos para praticantes de atividade física ..................... 9 
Repositores energéticos para atletas ................................................................... 10 
Alimentos protéicos para atletas .......................................................................... 10 
Alimentos compensadores para praticantes de atividade física ........................ 11 
Recursos ergogênicos e suas questões .............................................................. 30 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................ 35 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 4 
Ergogênica Nutricional 
 Cada vez mais está em evidencia a busca por uma vida com hábitos mais 
saudáveis que incluam uma alimentação equilibrada aliada à prática de exercícios 
físicos regulares, tendo como motivação objetivos estéticos ou o alcance a um 
patamar mais elevado de saúde e qualidade de vida. 
 Entre os locais destinados à prática de atividades físicas, as academias vêm 
ocupando cada vez mais espaço no contexto social, como organizações 
especializadas, prestadoras de serviços físico esportivos. Neste contexto, percebe-
se que o número de academias tem aumentado nos últimos anos e após a década 
de 1970 tem sido bastante expressivo. 
 Segundo a Associação Brasileira de Academias – ACAD, o Brasil, 
atualmente, é o maior mercado de academias de ginástica da América Latina e o 
segundo país do mundo com o maior número destes estabelecimentos, perdendo 
apenas para os Estados Unidos. O setor de academias de ginástica no Brasil cresce 
cerca de 10% ao ano, atendendo a 1,7% da população, representando uma 
frequência de 3,2 milhões de pessoas. Este grande número de estabelecimentos 
destinados à prática de exercícios físicos exige grande quantidade de trabalhadores. 
Neste sentido, o segmento de serviços de atividades físicas alcançou em janeiro de 
2010 33.987 empregos formais, representando uma evolução de 23%, em relação a 
janeiro de 2007. 
 A busca por um corpo que se assemelha aos padrões de beleza atuais exige 
que os profissionais que atuam nestes espaços tenham corpos parecidos com o 
modelo almejado pelo público, pois precisam passar a ideia de que exercitar o corpo 
realmente funciona para atingir tais objetivos. 
 
 5 
 Em decorrência da exigência profissional, é passível acontecer transtornos 
alimentares e excesso de exercício físico nos profissionais atuantes nas academias . 
Diante disso, os profissionais atuantes nestes espaços, via de regra, apresentam 
elevado gasto energético e para suportarem a carga de exercícios utilizam com 
frequência suplementos ditos nutricionais e, eventualmente, substâncias 
farmacológicas. 
 Suplementos nutricionais são alimentos que servem para complementar com 
calorias e ou nutrientes a dieta diária de uma pessoa saudável, nos casos em que 
sua ingestão, a partir da alimentação, seja insuficiente, ou quando a dieta requer 
suplementação. Porém, frequentemente, são consumidos sem levar em 
consideração o real gasto energético e sua necessidade de utilização. O consumo 
de tais substâncias acontece principalmente entre atletas, mas na busca constante 
pelo corpo perfeito ou pela obtenção de melhoria no desempenho, os 
frequentadores de academia, incluindo os profissionais que lá trabalham, também 
têm aderido ao consumo de suplementos esportivos, muitas vezes de forma abusiva 
e desconsiderando as recomendações nutricionais individuais . Grande parte dos 
suplementos utilizados na prática esportiva pode ser considerada segura, entretanto, 
o consumo exagerado do suplemento pode causar problemas gastrintestinais, 
neurológicos e renais, entre outros. 
 Com o crescente número de academias de ginástica e seus frequentadores, 
além do alto consumo de recursos ergogênicos associados a esses locais, encontra-
se a necessidade de melhor estudar o uso de suplementos entre profissionais de 
academias numa tentativa de propor ações que possam conscientizar e reduzir o 
uso indiscriminado desse tipo de recursos. 
 
 6 
 
Recursos ergogênicos 
 São mecanismos capazes de melhorar o desempenho de praticantes de 
atividade física. A procura pelo melhor condicionamento físico, estética e boa 
aparência tem levado cada vez mais as pessoas a praticar vários exercícios físicos, 
como também a utilização de recursos ergogênicos, como o uso dos suplementos 
alimentares, visando alcançar os objetivos propostos. Nesta busca por 
melhoramento no corpo, muitas pessoas adotam os recursos denominados 
ergogênicos, compostos por suplementos alimentares e esteroides anabólicos 
androgênicos (NOGUEIRA, SOUZA et al. 2013). 
 Conforme a Resolução do Conselho Federal de Nutrição, CFN nº380/2005, 
suplementos nutricionais são alimentos que servem para complementar, com 
calorias, e ou nutrientes a dieta diária de uma pessoa saudável, em casos onde sua 
ingestão, a partir da alimentação, seja insuficiente, ou quando a dieta requerer 
suplementação. Segundo a Diretriz da Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte 
(2003), os suplementos alimentares devem ser prescritos pelos profissionais 
qualificados para tal, que são os médicos especialistas e nutricionistas, sendo que a 
suplementação alimentar deve ficar limitada aos casos especiais. 
 Os suplementos alimentares, em geral, são anunciados e oferecidos com 
intuito de melhorar algum aspecto do desempenho físico, principalmente, aumentar 
massa muscular, reduzir gordura corporal, aumentar a capacidade aeróbica, 
estimular a recuperação, e/ou promover alguma característica que melhore o 
desempenho esportivo. Como também, para perda de peso, melhora da estética 
corporal, prevenção de doenças e retardo dos efeitos adversos do envelhecimento. 
 
 7 
(WILLIAMS, 2002; MAUGHAN; BURKE, 2004). Os consumidores muitas vezes não 
conhecem os ingredientes, a função e os possíveis riscos das reações adversas dos 
suplementos alimentares, gerando-se uma preocupação importante devido a 
disseminação destes produtos (HIRSCHBRUCH, 2008). 
 Considerando o crescente uso de suplementos alimentares por praticantes de 
exercíciosfísicas em academias, sendo resultado muitas vezes de recomendações 
de colegas, treinadores, revistas e sites na internet, sem o devido acompanhamento 
nutricional; torna-se necessário avaliar as características do consumo dos 
suplementos alimentares por praticantes de atividade física, de forma a contribuir 
para o conhecimento e orientação sobre esta temática, servindo de subsídios para 
estudos futuros, bem como para o desenvolvimento de ações de educação em 
saúde. 
 
Origem dos Suplementos Alimentares 
 A preocupação do Homem pela estética e a alimentação diferenciada tiveram 
sua origem na antiguidade, quando atletas gregos se preparavam diariamente para 
as competições da época, a fim de vencerem os jogos olímpicos (APPLEGATE; 
GRIVETTl, 1997; GRANDJEAN, 1997). A origem do uso de suplementos alimentares 
incidiu desde a antiguidade, quando atletas e soldados eram orientados a consumir 
partes específicas de animais, para obter bravura, habilidade, velocidade ou força, 
imitando as características desses animais (APPLEGATE; GRIVETT,1997). A 
alimentação diferenciada para melhorar o desempenho são relatadas desde 400 a.C 
a 500 a.C, quando os atletas e guerreiros ingeriam fígado de veado e coração de 
leões (APPLEGATE; GRIVETT,1997). A dieta dos atletas gregos e romanos era 
 
 8 
vegetariana composta por vegetais, legumes, frutas, cereais e vinho diluído em 
agua. Há relatos da introdução de carne a esta dieta para aumentar o desempenho 
dos atletas de elite, um exemplo é Milo de Cróton, renomado e vitorioso lutador 
grego, um dos primeiros atletas que tem registros do cuidado com a alimentação, 
este chegou a consumir até 9kg de carne, 9kg de pão e 8,5L de vinho por dia, nos 
Jogos Olímpicos da Antiguidade (APPLEGATE; GRIVETT,1997; 
GRANDJEAN,1997). 
 Desde o Renascimento, com a redescoberta da arte clássica, idealiza-se a 
tradição de tomar a escultura grega como o ideal de corpo masculino. Desde então, 
a escolha da academia, a preocupação com a aparência, o exercício do corpo e o 
seguimento de dieta adequada são bons e velhos hábitos herdados. da Grécia 
antiga e almejados por muitas pessoas (GOLDHILL, 2007). A histórica procura do 
homem em melhorar o desempenho esportivo por meio de alterações na 
alimentação e a suplementação de nutrientes específicos com a finalidade de 
melhorar o desempenho físico humano deu origem a nutrição ergogênica, palavra de 
origem grega ergo (trabalho) e gen (produção de) tendo comumente o significado de 
melhora do potencial para produção de trabalho (BUCCI, 2002; MCARDLE,1999; 
TIRAPEGUI e CASTRO 2005). 
 Desde então, o desempenho esportivo por meio de alterações dietéticas e a 
procura pelo conhecimento da fisiologia e da nutrição humana foi enormemente 
incrementado. Sendo nutrição esportiva uma área que envolve a aplicação de 
princípios nutricionais visando aprimorar o desempenho esportivo (WILLIAMS, 
2002). 
 
 
 9 
 
Classificação dos Suplementos Alimentares 
 Segundo a portaria do Ministério da Saúde, n° 222 de 24 de Março, de 1998, 
os suplementos alimentares são classificados em repositores hidroeletrolíticos para 
praticantes de atividade física, repositores energéticos para atletas, alimentos 
proteicos para atletas, alimentos compensadores para praticantes de atividade 
física, aminoácidos de cadeia ramificada para atletas (ou BCAA), outros alimentos 
com fins específicos para praticantes de atividade física. Estes produtos 
especialmente formulados e elaborados para praticantes de atividade física podem 
ser apresentados sob a forma de: tabletes, drágeas, cápsulas, pós-granulados, 
pastilhas mastigáveis, líquidos, preparações semissólidas e suspensões (BRASIL, 
1998). 
 
Repositores hidroeletrolíticos para praticantes de atividade 
física 
 São produtos formulados a partir de concentração variada de eletrólitos, 
associada a concentrações variadas de carboidratos, com o objetivo de reposição 
hídrica e eletrolítica decorrente da prática de atividade física. (BRASIL, 1988). A 
concentração do eletrólito sódio deve está entre 460 e 1150 mg/l, devendo ser 
utilizados sais inorgânicos para fins alimentícios como fonte de sódio; e a de 
potássio , deve está em até 700 mg/l (BRASIL, 2010). Eles podem ser classificados 
em: soluções isotônicas ou hipotônicas, sen diferenciados pela osmolaridade do 
produto pronto para consumo, bebidas com valor de osmolaridade entre 270 e 330 
mOsm/kg de água são denominadas isotônicas e aquelas de valor < 270 mOsm/kg 
 
 10 
água hipotônicas (BRASIL, 2010). Segundo a resolução RDC nº 18, de 27 de abril 
de 2010 da ANVISA os suplementos hidroeletrolíticos para atletas devem seguir 
alguns requisitos, como: os carboidratos podem constituir até 8% (m/v) do produto 
pronto para o consumo; o produto pode ser adicionado de vitaminas e minerais; o 
produto não pode ser adicionado de fibras alimentares entre outras especificações 
(BRASIL, 2010). 
 
 
Repositores energéticos para atletas 
 Esse tipo de suplemento é constituído principalmente de carboidrato, e visa 
aumentar o desempenho do atleta retardando a ocorrência de fadiga pela 
manutenção da glicose sanguínea (CASTRO; SCHERER; GODOY, 2006). Esses 
suplementos devem conter no mínimo 75% do valor energético total oriundo do 
carboidrato, podendo ser adicionado de vitaminas e minerais, lipídios, proteínas 
intactas e ou parcialmente hidrolisadas, não sendo permitido a adição de fibras 
alimentares e de não nutrientes (BRASIL, 2010). 
 
 
Alimentos protéicos para atletas 
 São produtos constituídos predominantemente por proteína, no mínimo 50% 
do valor energético total, formulados com o intuito de aumentar a ingestão ou 
complementar a dieta de atletas, cujas necessidades proteicas não estejam sendo 
satisfatoriamente supridas pelas fontes alimentares habituais. Os suplementos 
 
 11 
proteicos podem ser adicionados de vitaminas e minerais, e não podem ser 
acrescido fibras alimentares e não nutrientes (BRASIL, 2010). São exemplos de 
suplementos protéicos: Whey Protein®, Albumina Pura®, Sport Amino®, Myoplex®, 
Amino Fluid 35.800®, WP3® e Amino 2222® (BIESEK; ALVES; GUERRA, 2005). 
 A proteína é um dos suplementos alimentares mais conhecidos dentre os 
praticantes de atividades físicas. Ela têm a função de aumentar o balanço 
nitrogenado diário, a ressíntese de ATP depois da atividade física, evitar a anemia 
esportiva por meio do aumento da síntese de hemoglobina, mioglobulina e enzima 
oxidativas durante o exercido aeróbio, melhorar a recuperação tecidual e a resposta 
imunitária do organismo, dentre outros fatores (AMERICAN DIETETIC 
ASSOCIATION, DIETITIANS OF CANADA, 2007). 
 A suplementação proteica é utilizada com o objetivo de hipertrofia muscular, 
que é o aumento na secção transversa do músculo, significando aumento do 
tamanho e número de filamentos de actina e miosina e adição de sarcômeros dentro 
das fibras musculares já existentes (UCHIDA et al., 2004). 
Alimentos compensadores para praticantes de atividade 
física 
 São produtos utilizados para substituição parcial de refeições, empregados 
para adequação de nutrientes da dieta de atletas. Os suplementos devem fornecer, 
no mínimo 300kcal por porção, devendo conter 50-70% do valor energético total do 
produto pronto para consumo de carboidrato, 13-20% de proteínas e no máximo 
30% do valor energético total do produto pronto de lipídios, sendo que os teores de 
gorduras saturadas e gorduras trans não podem ultrapassar 10% e 1% do valor 
energético total, respectivamente (BRASIL, 2010). 
 
 12 
 Aminoácidos de cadeia ramificada para atletas São produtos formulados a 
partir de concentrações variadas de aminoácidos de cadeia ramificada (valina, 
leucina e isoleucina), e tem como objetivo o fornecimento de energia para atletas, 
podem ser comercializados isolados ou combinados, contendo no mínimo 70% dos 
nutrientes energéticos da formulação, fornecendona ingestão diária recomendada 
até 100% das necessidades diárias de cada aminoácido (BRASIL, 1998). Em 
humanos saudáveis, nove aminoácidos são considerados essenciais, devendo ser 
consumidos por meio da dieta, por não serem sintetizados endogenamente. Dentre 
esses aminoácidos, estão leucina, isoleucina e valina, aminoácidos de cadeia 
ramificada, que representam 35% de aminoácidos essenciais em proteínas 
musculares (ROGERO e TIRAPEGUI, 2008). Também chamado de BCAA, do 
inglês: Branched Chain Amino Acids, os aminoácidos de cadeia ramificada são 
encontrados em alimentos como a carne, ovos, leite, peixe e em alguns suplementos 
alimentares elaborados como a Whey Protein, aminoácidos de cadeia ramificada 
(BCAA), Lleucine, podendo ser apresentados em forma de pó, tabletes, cápsulas, 
líquido, etc (GONÇALVES, 2013). No cenário da nutrição esportiva, os aminoácidos 
de cadeia ramificada são utilizados por atletas com o objetivo promover anabolismo 
protéico muscular, atuar em relação à fadiga central, favorecer a secreção de 
insulina, melhorar a imunocompetência, diminuir o grau de lesão muscular induzido 
pelo exercício físico e aumentar a performance (ROGERO, M. M.; TIRAPEGUI, J., 
2008). 
 Outros alimentos com fins específicos para praticantes de atividade física 
Estes produtos são formulados de forma variada e com finalidades metabólicas 
específicas para praticantes de atividade física. Estes suplementos podem conter 
vitaminas e minerais até o limite de 7,5% a 15% da DRI em 100 mL e de 15% a 30% 
 
 13 
da DRI em 100g, desde que o consumo diário não ultrapasse 100% da DRI em 
qualquer situação (BRASIL, 1998). 
 Creatina: O suplemento de creatina é regulamentado pela Agência Nacional 
de Vigilância Sanitária (ANVISA) por meio da Resolução RDC nº 18, de 
27/04/20106, sendo este produto destinado a complementar os estoques endógenos 
de creatina (BRASIL, 2010). A creatina é um composto orgânico derivado dos 
aminoácidos L-arginina, Lmetionina e L-glicina, pode ser sintetizada no organismo 
através de rins, fígado ou pâncreas ou através da ingestão de alguns alimentos 
como peixes e carnes vermelhas (PEREIRA et al., 2009). Mais de 90% da creatina 
em humanos é encontrada na musculatura esquelética sendo a sua principal função 
fisiológica de fornecer energia rápida para esforços curtos e intensos, através da 
formação da fosfocretina e da ressíntese da molécula de energia adenosina 
trifosfato (ATP) (LATTAVO et al., 2007; GUALANO et al., 2008). Deste modo a 
suplementação de creatina vem sendo utilizada por atletas como lutadores, 
nadadores, ciclistas, fisiculturistas e frequentadores de academias, com o objetivo 
de força máxima, explosiva e velocidade (CORRÊA, 2013). 
 Visto que a busca de recursos ergogênicos nutricionais, mais especificamente 
os do grupo das proteínas vêm crescendo de forma acelerada e que os mesmos são 
associados a potenciais riscos ao consumidor, demonstrando a importância de 
estudos nesta área. Objetivo: Identificar ações e possíveis riscos associados ao 
consumo de recursos ergogênicos nutricionais proteicos mais utilizados, são eles, o 
Whey Protein, Creatina, BCAA, Leucina isolada, Glutamina, Arginina e Beta alanina. 
Metodologia: Seleção de 47 artigos e 5 livros publicados entre 2007 e 2016 obtidos 
através das bases de dados Google Acadêmico, Pubmed, SciELO, Lilacs e Medline. 
 
 14 
 Resultados: os Aminoácidos de cadeia ramificada (AACR) – utilizados na 
premissa de que possam promover anabolismo muscular e diminuir fadiga central. 
Leucina isolada – apontada como regulador dos processos metabólicos que 
envolvem a síntese e catabolismo muscular. Whey Protein - amplamente utilizado 
com o objetivo de promover hipertrofia muscular. Creatina - Relacionado ao aumento 
de força. Glutamina – combate quadros de imunossupressão. Arginina - relacionado 
ao aumento de massa magra. Beta alanina – promove aumento de carnosina 
muscular. Conclusão: Em geral, os recursos ergogênicos nutricionais protéicos são 
utilizados visando hipertrofia muscular. 
 Mecanismos para aumentar a performance de praticantes de atividade física 
vêm crescendo de forma acelerada, mecanismos esses denominados recursos 
ergogênicos. Tais recursos são divididos em 5 categorias: nutricionais, 
farmacológicos, fisiológicos, psicológicos e os mecânicos (TIRAPEGUI, 2012; 
GUERRA et al., 2015; PEREIRA, 2014). 
 Dentro desse contexto, os recursos ergogênicos nutricionais apresentam 
relevância significativa, uma vez que seu uso inadequado se associa a potenciais 
riscos para o consumidor. A seleção dos recursos ergogênicos proteicos foi Whey 
Protein, BCAA, Leucina Isolada, Creatina, Glutamina, Arginina e β - Alanina. Os 
descritores utilizados foram: Ergogênicos nutricionais, proteína, suplementos, riscos 
à saúde, Whey Protein, creatina, glutamina, BCAA, aminoácido de cadeia 
ramificada, leucina, arginina e β alanina. 
 Ergogênicos: Os recursos ergogênicos são definidos como mecanismos 
capazes de melhorar o desempenho em praticantes de atividade física por meio da 
potência física, força mental ou vantagem mecânica (GUERRA et al., 2015 e 
 
 15 
TIRAPEGUI, 2012). O termo ergogênico é derivado da palavra grega ergon 
(trabalho) e gennan (produção), usualmente referido como “que produz” ou “que 
aumenta” (AOKI et al., 2012). Os recursos ergogênicos são classificados em 5 
categorias, são eles, nutricionais, Revista Saúde em Foco – Edição nº 9 – Ano: 2017 
revistaonline@unifia.edu.br Página 509 farmacológicos, fisiológicos, psicológicos e 
os mecânicos. (TIRAPEGUI, 2012; PEREIRA, 2014 e GUERRA et al., 2015). 
 De acordo com PEREIRA (2014), os recursos ergogênicos nutricionais ainda 
são subdivididos em suplementos nutricionais e alimentos para atletas. São 
utilizados principalmente para aumentar o tecido muscular, a oferta de energia para 
o músculo e a taxa de produção de energia muscular (GUERRA et al., 2015). 
 Considerando se os recursos ergogênicos nutricionais, os proteicos são os 
mais utilizados atualmente, dado esse que pode ser confirmado por estudos 
realizados em alguns municípios brasileiros como o estudo de Vieira e Biesek 
(2015), o qual avaliou o consumo desses recursos ergogênicos nutricionais por 
praticantes de artes marciais na cidade de Curitiba. Nesse estudo, foi verificado que 
aproximadamente 63,6% dos atletas utilizavam recursos proteicos, dentre tais 
recursos, os mais utilizados foram os BCAAs alcançando valores próximos a 72,7%. 
 Outro estudo que confirma a procura significativa pelos recursos ergogênicos 
nutricionais proteicos foi realizado por Peçanha et al. (2009), o qual analisou o perfil 
dos culturistas da cidade de Niteroi-Rj. Nesse estudo, foram selecionados 12 
culturistas de diversas categorias com idades entre 19 e 42 anos, que responderam 
a um questionário validado com 12 perguntas. O resultado mostrou que todos os 
entrevistados utilizavam suplementos proteicos, sendo que 100% relataram utilizar o 
Whey Protein; 83,3% utilizavam BCAA; 75% utilizavam glutamina e 41,7% utilizavam 
 
 16 
creatina. As recomendações da ingestão diária de proteínas para atletas dependem 
do nível de treinamento e da intensidade e duração dos exercícios, consistindo em 
1,2 a 1,7g/kg de peso corporal ou 12% a 15% do consumo energético total. Atletas 
de endurance (resistência) envolvidos em treinamento de moderada intensidade 
necessitam de uma ingestão proteica de 1,1g/kg/dia, enquanto atletas de endurance 
de elite podem requerer até 1,6g/kg/dia. Por outro lado, atletas de força podem 
necessitar de 1,6 a 1,7g/kg/dia de proteína (TERADA, 2009). 
 Os aminoácidos de cadeia ramificada, popularmente conhecidos como BCAA 
(branched chain amino acids), compreendem três aminoácidos essenciais, ou seja, 
aqueles que não são sintetizados endogenamente, são eles: leucina, isoleucina e 
valina (GONÇALVES, 2013). Seis aminoácidos podem ser oxidados pelo músculoesquelético, são eles, a leucina, isoleucina, valina, glutamato, aspartato e 
asparagina, porém os BCAAs (leucina, isoleucina e valina) são os preferencialmente 
oxidados (ROGERO E TIRAPEGUI, 2008 apud JUNIOR, 2012; GONÇALVES, 2013; 
WLOCK et al., 2008). 
 Com isso, melhores resultados são obtidos com a suplementação dos 
BCAAs. Estudos mais recentes sugerem que os mesmos promovem a diminuição da 
fadiga central durante o exercício prolongado (JUNIOR, 2012), condição essa a qual 
pode estar associada a fatores periféricos e centrais, dependentes do consumo de 
nutrientes, do nível de treinamento e da intensidade e duração dos exercícios 
realizados pelo indivíduo (ROGERO, TITAPEGUI, 2008). 
 Além disso, os BCAAs são muito utilizados por praticantes de atividade física 
na premissa de que possam promover anabolismo proteico muscular, reduzir o grau 
de lesão muscular ocasionado pela prática de exercícios físicos (JUNIOR, 2016), 
 
 17 
facilitar a liberação de insulina e melhorar o desempenho do usuário. Além disso, 
são fontes de nitrogênio para a síntese de dois outros aminoácidos, a alanina e a 
glutamina (JUNIOR, 2012). 
 Durante a prática de exercício prolongado, verifica se aumento na oxidação 
de BCAAs, o que leva a redução de sua concentração plasmática facilitando assim a 
entrada de triptofano livre no sistema nervoso central. Com isso, é gerado a 5 – 
hidroxitriptamina (5-HT), precursor da serotonina, um neurotransmissor envolvido no 
quadro de fadiga central (JUNIOR et al., 2014). A intervenção dietética com a 
suplementação de BCAAs é importante para reduzir a taxa de passagem dos 
precursores da 5-HT pela barreira hematoencefálica, e assim ocasionar efeitos 
benéficos sobre o desempenho de resistência a partir do retardamento da fadiga 
central em exercícios prolongados (JUNIOR et al., 2014; JUNIOR, 2012; WLOCK et 
al., 2008). 
 Quanto à questão dos benefícios da ingestão de BCAA em relação aos níveis 
de glutamina, há uma hipótese de que o consumo de aminoácidos de cadeia 
ramificada seja baseado na possível modulação do sistema imunológico por meio da 
manutenção da concentração de glutamina, que no caso estaria envolvida na 
atenuação da imunossupressão observada pós-exercício (UCHIDA et al., 2008). 
 Mesmo que a glutamina seja considerada um aminoácido não essencial, ou 
seja, é produzida endogenamente, em situações de estresse, como no exercício 
físico intenso e prolongado, ocorrem mudanças no fluxo da glutamina com a 
diminuição de sua concentração no plasma devido ao aumento da concentração do 
hormônio cortisol que é responsável por estimular o efluxo de glutamina muscular e 
a captação de glutamina pelo fígado (JUNIOR, 2012). A redução de até 50 % da 
 
 18 
concentração plasmática de glutamina (FRANCISCO et al., 2002 apud JUNIOR, 
2012) seria responsável pela supressão da resposta imune e esta, está relacionada 
ao aumento da taxa de infecções observadas na síndrome de over training 
(ROGERO et al., 2005 apud JUNIOR, 2012). A recomendação diária de aminoácidos 
de cadeia ramificada para adultos segundo a FAO/OMS (2011) é de 20 mg/kg de 
isoleucina, 26 mg/kg de valina e 39 mg/kg de leucina. 
 De acordo com Kleiner (2009), dosagens de 4 a 21g diárias de BCAA durante 
o treinamento e 2 a 4g/h com solução de glicose– eletrólitos de 6 a 8 % antes e 
durante exercício prolongado melhoram as respostas fisiológicas e psicológicas 
frente ao treinamento. Entretanto, dosagens elevadas de aminoácidos de cadeia 
ramificada podem aumentar a concentração plasmática de amônia e de BCAA 
(JUNIOR, 2012), e o aumento da concentração de amônia durante e após o 
exercício físico está relacionado com a possibilidade de fadiga. Por outro lado, em 
estudo realizado por Uchida et al.. (2008), a alta dosagem de BCAA não promoveu 
alteração na fadiga, nem tão pouco interferiu nas concentrações de lactato, amônia 
e glicose. Já outros dois estudos também citados por Junior (2012), o de Bomstrand 
e Saltin (2001) e Karlsson et al. (2004) não resultou em aumento de performance e 
nem aumento da concentração plasmática de amônia, mas resultou em aumento 
nas concentrações plasmáticas de BCAA em relação ao grupo placebo. 
 Leucina isolada: Dos três aminoácidos que compreendem o BCAA, a leucina 
possui a maior taxa de oxidação em comparação com os outros dois e por isso é o 
maior alvo de investigações (JUNIOR, 2012), além disso, a leucina também tem 
ganhado atenção por suas propriedades fisiológicas (GONÇALVES, 2013). A 
mesma é apontada como um regulador dos processos metabólicos que envolvem a 
síntese e a degradação da proteína muscular (JUNIOR, 2012). Da mesma forma, 
 
 19 
tem demonstrado efeito promissor na terapia antiatrófica agindo através da inibição 
da proteólise ocasionada pelo estado catabólico quando o treino é intenso 
(GONÇALVES, 2013). O mesmo aminoácido encontra-se relacionado à liberação de 
precursores gliconeogênicos, como a alanina, através do músculo esquelético 
(WHOCK et al., 2008 apud JUNIOR, 2012). A FAO/OMS (2011), já citada 
anteriormente propõe que o indivíduo necessita de 39 mg/kg de leucina diariamente. 
A leucina pode ser obtida através da suplementação ou ainda de fontes alimentares. 
 A proteína do soro do leite, popularmente conhecida como Whey Protein 
(MARSHALL, 2004 apud SANTANA, 2014) é extraída do soro, porção aquosa 
gerada durante a fabricação do queijo (HARAGUCHI et al., 2008 apud CARRILHO, 
2013), que apresenta 20 % das proteínas totais do leite bovino (FISCHBORN, 2009 
apud SOUZA et al., 2015). Após a obtenção do soro por meio da dessoragem, o 
mesmo é processado por diversas técnicas de separação de proteínas a fim de 
obter o Whey Protein concentrado (WPC) ou o Whey Protein isolado (WPI) (SOUZA 
et al., 2015). O concentrado protéico do soro de leite (CPS) também conhecido 
como Whey Protein concentrado (WPS), possui concentração de proteínas entre 25 
% e 89 %. Nesses produtos, ocorre retirada de constituintes não protéicos, fazendo 
com que ocorra aumento do teor de proteínas e redução do açúcar presente no leite 
(CARRILHO, 2013). 
 O isolado do soro de leite (IPS) também conhecido como Whey Protein 
isolado (WPI) contém entre 90% e 95 % de proteína, com gordura e lactose em 
mínima proporção, podendo até não estar presente. Já a proteína hidrolisada do 
soro corresponde à fração isolada e concentrada, que é quebrada em peptídeos de 
alto valor nutricional e alta digestibilidade e absorção (CARRILHO, 2013) O Whey 
Protein é considerado uma proteína de rápida absorção, nesse sentido, é capaz de 
 
 20 
aumentar rapidamente os níveis de aminoácidos plasmáticos logo após sua ingestão 
(SOUZA et al., 2015), já que é a fonte mais concentrada em aminoácidos essenciais, 
incluindo o BCAA (CARRILHO, 2013). Esse suplemento é amplamente utilizado no 
esporte com o objetivo de promover hipertrofia muscular (SOUZA et al., 2015; 
CARRILHO, 2013). 
 A hipertrofia muscular é o aumento da secção transversa do músculo devido 
ao aumento do tamanho e do número de filamentos de actina e miosina e também 
pela adição dos sarcômeros das fibras musculares. É obtida através de treinamentos 
de força por meio da adaptação fisiológica e metabólica do músculo após 
treinamento prolongado, promovendo assim, a máxima hipertrofia muscular possível 
(FIGUEIREDO, 2010 apud SOUZA et al., 2015). O treinamento de força promove 
hipertrofia muscular por meio da liberação de hormônios anabólicos (GH, IGF – 1 e 
testosterona) e pela disponibilidade de nutrientes (aminoácidos e glicose) presentes 
no músculo (MAESTÁ, 2008 apud SOUZA et al., 2015). Existem diferentes formas 
pelas quais o Whey Protein auxilia a hipertrofia muscular, uma delas é o aumento 
das concentrações de leucina, que favorece o anabolismo muscular (CARRILHO, 
2013) por meio do processo de fosforilação de proteínas envolvidas na formação do 
complexo do fator de iniciação eucariótico 4 F (elF4F)que, por sua vez, inicia a 
tradução do RNAm para síntese das proteínas (SOUZA et al., 2015; SANTANA, 
2015). 
 Outra forma pela qual o Whey Protein auxilia na hipertrofia muscular está 
relacionada ao fato de que a composição de suas proteínas são similares às 
proteínas do músculo esquelético, sendo assim, fornecem quase todos os 
aminoácidos em proporção similar ao músculo esquelético, o que acarreta valor 
efetivo como suplemento anabólico (HA e ZAMEL, 2003 apud SOUZA et al., 2015). 
 
 21 
Diversos estudos mostram elevação da síntese proteica muscular após sua 
suplementação como nos estudos realizados por Tang et al. (2009), citado por 
Souza et al. (2015) e os estudos de Pennings et al. (2011) e Yang et al. (2012) 
citados por Santana (2014). Através dos estudos conduzidos por Carrilho (2013) a 
suplementação de Whey protein promoveu significativa redução da gordura corporal, 
aumento da massa muscular e força, aumento do glicogênio hepático e muscular e 
aumento da densidade mineral óssea sem a presença de condições adversas. 
 Em contradição, o estudo realizado por Santana (2014), onde verificou os 
efeitos da suplementação do Whey durante o treinamento de força na massa magra 
a partir de ensaios clínicos randomizados controlados demonstrou que de oito 
ensaios, seis não apresentaram diferenças significativas no aumento de massa 
magra entre o grupo suplementado com Whey e o placebo. 
 Creatina A: a palavra creatina deriva do grego Kreas que significa carne. Ela é 
um composto orgânico derivado dos aminoácidos L-glicina, L-arginina e L-metionina 
denominada ácido metilquanidinoacético que estão presentes em nosso cérebro e 
fibras musculares e sua síntese ocorre inicialmente no rim onde a glicina e arginina 
sofrem uma alteração e são transformadas em quanidinoacetato devido à ação da 
enzima transaminase (TERENZI, 2013 apud PANTA, 2015). No fígado, o 
quanidinoacetato recebe um grupamento metil oriundo da metionina, formando o 
acido metil-quanidinoacético (DONATO et al., 2007; TERENZI, 2013). O uso dessa 
substância como suplemento esportivo foi proibido no país durante anos sob 
alegação de ausência de estudos que garantem a segurança do seu consumo, 
sendo esta proibição revogada pela RDC n⁰ 18, de 27 de março de 2010, devido 
ausência de estudos que comprovem a ocorrência de efeitos adversos associados 
com a suplementação de creatina em doses diárias de até 3g, sendo, portanto, esta 
 
 22 
dose recomendada como limite pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária 
(ANVISA, 2010 apud GAMA, 2011). 
 Exercícios de curta duração e alta intensidade promovem uma hidrólise de 
adenosina trifosfato muito alta. A necessidade de ressintetizar o ATP rápido devido 
esta geração de energia elevada provém dos estoques de creatina fostato que, 
quando estão esgotados, seu desempenho cai devido à incapacidade da via 
glicolítica em manter a ressíntese de ATP na mesma velocidade do sistema creatina 
fosfato (BATISTA, 2005 apud TERENZI, 2013). A Adenosina Trifosfato e a Creatina 
Fosfato juntos podem proporcionar energia para os músculos por um tempo de 
aproximadamente 3 a 12 segundos (ARAÚJO et al., 2009). O estudo de Netreba et 
al. (2006) citado por Araújo et al. (2009), estudaram os efeitos da suplementação de 
creatina sobre o desempenho muscular e capacidade aeróbica do organismo. Este 
estudo foi composto por dois grupos com 9 pessoas, com duração de 10 semanas, 
sendo 3 vezes por semana, os quais foram submetidos a treinamento de força com 
ou sem suplementação de creatina. O grupo suplementado recebeu 5g de creatina 
monohidratada por dia. Após 10 semanas de treinamento de força, houve aumento 
na força nos dois grupos, porém no grupo suplementado o aumento foi maior. 
 O estudo de Souza et al. (2007), citado por Araújo et al. (2009), realizaram um 
estudo duplo cego onde verificaram as alterações na resultante de força máxima 
dinâmica. Este estudo foi composto por 18 universitários do sexo masculino com 
experiência prática de pelo menos um ano com exercícios de sobrecarga. Foi 
utilizado o protocolo de suplementação de 30g de creatina monoidratada por dia 
durante a 3ª semana de treinamento e entre a 4ª e a 8ª semana, foram 
administradas doses de 5g por dia. Os resultados evidenciaram que a 
 
 23 
suplementação de creatina aumentou consideravelmente a força em relação ao 
grupo placebo. 
 Volek et al. (2004) citado por Araújo et al, (2009) realizaram um estudo 
randomizado, onde avaliaram os efeitos da suplementação de creatina durante 
treinamento de força de curta duração e sua influência na composição corporal. Este 
estudo foi composto por 17 homens, sendo 9 com suplementos de 0,3g de creatina 
monoidratada por kg de peso corporal por dia e 8 pessoas sem suplementação 
(grupo placebo). O período de treinamento foi realizado 5 vezes na semana durante 
4 semanas seguidas e 2 semanas de fase de repouso. O presente estudo 
evidenciou que a massa corporal e a massa livre de gordura nas pernas foram 
maiores no grupo que utilizou a creatina. 
 Carvalho et al. (2011) realizaram um estudo com objetivo de avaliar indivíduos 
sob suplementação de creatina para verificar se haveria mudanças na função renal e 
hepática. Sua duração foi de oito semanas de treinamento de musculação 
(exercícios resistidos). O presente estudo concluiu que a suplementação com 
creatina nas dosagens utilizadas (0,03g/kg e 5g/dia) associada ao treinamento com 
exercícios resistidos não altera a função hepática ou renal na amostra estudada. A 
dose de 0,03g/kg de massa corporal por dia (2 a 3g de creatina por dia) demonstrou 
resultados similares aos da dosagem de 5g nas oito semanas, corroborando os 
resultados já encontrados. A saturação de creatina (20 g/dia por 5-7 dias) promove 
um aumento nas concentrações de creatina muscular, e desde então este protocolo 
passou a ser investigado para verificar o efeito desta suplementação na performance 
de atletas (FALCÃO 2016). 
 
 24 
 Pesquisadores estudam diferentes tipos de programas para o carregamento 
de creatina, entre eles o mais comum envolve uma fase inicial de carga em 20 g/dia 
pelo período de 5-7 dias, chamado de saturação, com aumento dos estoques totais 
de PCr entre 10-30% podendo chegar aos 40% (KREIDER, 2003) e posteriormente 
uma fase de manutenção por um período de até seis meses (FALCÃO, 2016). 
Gualano (2008) realizou um estudo com o intuito de revisar os efeitos da 
suplementação de creatina na função renal, não apenas descrevendo resultados da 
literatura, mas também discutindo criticamente os principais fatores que contribuem 
para a divergência nas conclusões. Relatos de caso sugerem que a creatina é um 
potencial agente nefrotóxico. Em contrapartida, estudos longitudinais, embora 
possuam diversas limitações, indicam o oposto. 
 Em humanos, pesquisas não demonstram efeitos deletérios da 
suplementação de creatina sobre a função renal, porém a falta de controle 
experimental e o caráter retrospectivo da maioria das pesquisas comprometem as 
conclusões dos autores. Contudo, os resultados destes são contraditórios. Estudos 
futuros devem investigar os efeitos da suplementação de creatina em diversas 
patologias renais, assim como em idosos, diabéticos do tipo 2 e hipertensos, cuja 
propensão a nefropatia é bem descrita. 
 Glutamina: A glutamina é classificada como um aminoácido não essencial, ou 
seja, ele é sintetizado pelo nosso organismo, entretanto, sob certas condições 
clínicas hipercatabólicas, passa a ser considerado um aminoácido condicionalmente 
essencial, pois, a síntese de glutamina não supre a demanda exigida pelo organismo 
(CRUZAT, PETRY e TIRAPEGUI, 2009; CRUZAT, ALVARENGA e TIRAPEGUI, 
2010; RIOS, MENDES e SILVA, 2011; PAULA, 2015). 
 
 25 
 A suplementação com glutamina antes, durante e após o exercício, seja ele 
de caráter exaustivo ou não, tem sido estudada com a intenção de atenuar os efeitoscatabólicos associados à redução da concentração de glutamina tanto em humanos 
como em modelos experimentais. (CRUZAT et al., 2010; VANELLI et al., 2015). A 
suplementação de glutamina em atletas de resistência e de força tem como objetivo 
promover o anabolismo celular, reduzir o catabolismo e combater quadros de 
imunossupressão (PAULA, 2015). O músculo estriado esquelético é o principal 
tecido envolvido na produção de glutamina e em adultos libera aproximadamente 50 
mmol/h de glutamina na circulação sanguínea, assim, tem papel metabólico 
essencial na regulação da glutaminemia (PAULA 2015). Em situações de estresse, 
como atividade física de alta intensidade, a concentração intracelular e do plasma, 
desse aminoácido, diminui pela metade, estabelecendo assim um quadro de 
deficiência (CRUZAT, PETRY e TIRAPEGUI, 2009; PAULA, 2015). Este quadro de 
glutaminemia pode prejudicar a função imunológica e foi sugerido que isto possa ser 
parcialmente responsável pelo acometimento de imunossupressão em muitos atletas 
de resistência (CRUZAT, PETRY e TIRAPEGUI, 2009; PAULA, 2015). Em situações 
que há um catabolismo elevado como após uma atividade física intensa, a 
concentração de glutamina se reduz e consequentemente há um aumento da 
produção de EROs amplificando as lesões celulares (CRUZAT, PETRY e 
TIRAPEGUI, 2009; PAULA, 2015). 
 Vários estudos apontam que a suplementação de glutamina por via oral, 
aumentaria a concentração sérica e pouparia os substratos energéticos musculares, 
que promoveria uma melhora no desempenho de atletas de alto rendimento com 
atividades físicas de longa duração. (PAULA, 2015). O estudo de Kreher e Schwartz 
(2012) citado por Vanelli et al (2015) relataram em um estudo sobre Síndrome de 
 
 26 
Overtraining que a diminuição da concentração sérica de glutamina no plasma após 
exercício pode ser responsável pelo aumento de incidência da infecção do trato 
respiratório superior em atletas em Overtraining e a suplementação de glutamina 
pode restaurar os níveis séricos normais, mas não melhora a deficiência pós-
exercício de células imunes. Candow et al. (2001) em seu estudo não encontraram 
efeitos da suplementação de glutamina sobre a massa muscular e a degradação 
proteica muscular (SIMON et al., 2012). A quantidade de glutamina recomendada 
como terapêutica é de 30 g/dia para pacientes adultos, podendo variar de 20 a 40 
g/dia de acordo com a necessidade do paciente. A administração da glutamina deve 
ser dividida ao longo do dia, em 3 a 6 doses, para aumentar o contato direto com os 
enterócitos (MEIRA et al., 2007). O estudo de Hoffman et al. (2010) citado por Paula 
(2015) em seu estudo encontraram efeitos ergogênicos da suplementação com 
glutamina, com aumento do tempo de exaustão, que pode ter sido mediado pela 
melhora na absorção de eletrólitos e fluidos. Entretanto, as evidências disponíveis 
até o momento não são fortes o suficiente para garantir uma recomendação ao 
atleta para usar um suplemento de glutamina como recurso ergogênico (VANELLI, 
2015). 
 Arginina: A administração oral de arginina tem sido relacionada com a 
melhora do desempenho físico por provável diminuição da fadiga muscular. Esse 
efeito seria associado à vasodilatação promovida pelo óxido nítrico, resultando no 
aumento da perfusão muscular, e pela diminuição do consumo de glicose pelos 
músculos esqueléticos em atividade. O óxido nítrico (NO) é um gás (molecular) que 
consiste na ligação covalente entre um átomo de nitrogênio e um átomo de oxigênio. 
A sua produção no organismo humano ocorre quando o aminoácido L-arginina é 
convertido em L-citrulina numa reação catalisada pela enzima óxido nítrico sintetase 
 
 27 
(NOS). Como a administração prolongada de arginina aumenta a produção de óxido 
nítrico, sua suplementação tem sido relacionada à melhora da função contrátil do 
músculo esquelético. (ANGELI et al., 2007). 
 O óxido nítrico (NO) é reconhecido como um fator de relaxamento 
dependente do endotélio (EDRF), proporcionando assim o controle do tônus 
vascular (AUGUSTO, 2006). A síntese de óxido nítrico ocorre principalmente pela 
oxidação dos dois nitrogênios guanidino do aminoácido L-arginina, que é convertida 
em L-citrulina, e uma reação catalisada por uma família de enzimas denominadas 
óxido nítrico sintase (DUSSE et al., 2003; CONTE et al., 2009). Embora o óxido 
nítrico apresente vários efeitos fisiológicos positivos, pode ser potencialmente tóxico 
dependendo de sua concentração, ou seja, o óxido nítrico pode reagir com o radical 
superóxido (O2°ˉ) e formar o radical peroxinitrito (ONOO°ˉ), um importante agente 
causador da lipoperoxidação de membranas celulares, durante situações de 
reoxigenação de tecidos isquêmicos (GROSS e WOLIN, 1991), contudo é pouco 
provável que no exercício aeróbio ocorra este tipo de situação, justamente por 
ocorrer a vasodilatação fisiológica (CONTE et al., 2009). 
 O Óxido Nítrico (NO) e a L-arginina (precursora do NO) vêm sendo utilizados 
como recursos ergogênicos no meio esportivo tanto no treinamento de endurance 
quanto de força com o intuito de melhorarem a capacidade aeróbica, reduzirem a 
fadiga e proporcionarem hipertrofia muscular. As propagandas atribuem efeitos 
extraordinários ao uso desses suplementos tais como: efeito de "Bombeado 
permanente" (após 5-7 dias de uso) que consiste numa volumização do músculo que 
literalmente não desaparece. Ao contrário da volumização induzida pelo exercício 
que rapidamente desaparece, o bombeamento permanente é virtualmente perpétuo; 
maior velocidade nas contrações musculares; aumento da força de contração 
 
 28 
muscular e da carga de treinamento; maior resistência e disposição para os 
treinamentos; rápida e completa recuperação muscular após treinamento; natural e 
sem efeitos colaterais (FERREIRA et al., 2008). Realizaram um estudo para avaliar 
os efeitos da administração oral de Larginina durante um programa de exercícios 
com pesos, que após oito semanas de treinamento, o grupo suplementado (3g/dia) 
com arginina apresentou valores de peso corporal e massa magra significativamente 
maior, percentual de gordura corporal significativamente menor e força de membros 
inferiores significantemente maiores, enquanto o grupo controle não mostrou 
diferenças significativas para o mesmo período. 
 Dentro desse contexto, a administração oral de arginina associada a um 
programa de treinamento com pesos potencializou os estímulos do exercício ao 
nível da musculatura esquelética, proporcionando o aumento de força e de massa 
muscular. Angeli et al. (2007) verificaram em seu estudo que a administração oral de 
arginina proporcionou melhor qualidade do treino através de três mecanismos inter-
relacionados e interdependentes desencadeados simultaneamente pela 
vasodilatação: o aumento da perfusão sanguínea, facilitando o aporte de oxigênio e 
nutrientes aos tecidos; a maior oferta de glicose para o músculo em atividade, 
proporcionando mais substrato energético para a contração muscular e a redução da 
concentração plasmática de amônia e lactato, retardando a fadiga e diminuindo o 
desconforto provocado pelo acúmulo desses catabólitos na musculatura. 
 Conte et al. (2009), realizaram um estudo onde foi comparado os efeitos da 
hidratação, restrição hídrica e suplementação de arginina no desempenho aeróbio 
de ciclistas. O método utilizado foi um estudo experimental com sete ciclistas sendo 
administrados 4,5g de arginina 20 minutos antes do exercício. Os resultados 
mostraram que a restrição hídrica reduziu o desempenho físico dos ciclistas em 
 
 29 
comparação à situação de hidratação ou suplementação de arginina. Por outro lado, 
a suplementação de arginina promoveu melhora da performance física em 
comparação as demais condições. O peso corporal reduziu significativamente após 
o exercício nas condições de restrição hídrica e suplementação de arginina. A 
concentração delactato plasmático após o exercício foi menor na restrição hídrica. A 
dose recomendada de L-arginina varia em torno de 1500 a 5000 mg/dia (FERREIRA 
et al., 2008). Deve-se ter cuidado com o abuso da suplementação de L-arginina, pois 
o excesso de aminoácidos é metabolizado dentro do ciclo da uréia e excretado pela 
urina podendo causar danos renais (SALES, 2005; FERREIRA et al., 2008). 
 β-alanina Β-alanina é um aminoácido identificado como precursor limitante da 
velocidade de síntese de carnosina (um dipeptídeo composto de dois aminoácidos 
β-alanina e L-histidina). A β-alanina é adquirida através do consumo de alimentos 
como carnes bovinas e aves, sua produção endógena é realizada no fígado 
(TREXLER et al., 2015). Segundo Culbertson et al. (2010) a suplementação de β-
Alanina promoveu aumento significativo dos níveis de carnosina por via 
intramuscular, o que corresponde em melhorias no desempenho do exercício. A 
carnosina é conhecida por ser um antioxidante que é capaz de impedir a 
acumulação de produtos oxidados derivados de componentes lipídicos das 
membranas biológicas. O presente antioxidante tem demonstrado ainda efetividade 
na redução da peroxidação lipídica, reduzindo o estresse oxidativo quando 
combinado com exercícios aeróbicos em homens e mulheres (TREXLER et al., 
2015). Trexler et al. (2015) administraram doses de 4-6 g/dia de β-alanina em atletas 
de resistência, o que promoveu aumento nas concentrações de carnosina muscular 
em até 64% após 4 semanas, e após 10 semanas aumentaram 80%. 
 
 30 
 Segundo Giannini et al. (2009), em seu estudo observou que a 
suplementação de β-alanina é capaz de melhorar o desempenho em atividades que 
sejam limitadas de fato pela queda no pH intramuscular, incluindo exercícios 
envolvendo grandes grupos musculares, sejam eles contínuos de alta intensidade 
com duração superior a 60 segundos, ou múltiplas séries intermitentes de esforços 
supramáximos. Trexler et al. (2015) em seu estudo observaram que durante quatro 
semanas de suplementação de β-alanina com doses de 4-6g/dia aumentaram 
significativamente as concentrações de carnosina muscular, atuando assim como 
um tampão de pH intracelular. O único efeito colateral associado ao consumo da β-
alanina foi a parestesia. Entretanto, com a redução da concentração das doses de 4-
6g/dia para 1,6g/dia estes efeitos desapareceram. Segundo Falcão (2016), a 
suplementação com β–alanina aumenta a concentração de estoques musculares do 
dipeptídeo carnosina (β-alanil-L-histidina) em até 50%, predominando maior estoque 
nas fibras rápidas com diferença em 30-100% em relação às fibras lentas, o que 
garante um aumento da capacidade de rendimento em exercícios intensos e de 
curta duração. 
 
 
Recursos ergogênicos e suas questões 
 Recursos ergogênicos podem ser definidos como recursos ergogênicos 
nutricionais (REN), físicos, mecânicos, psicológicos ou farmacológicos capazes de 
aprimorar a capacidade de realizar trabalho físico e ou desempenho atlético, na 
atualidade atletas e alunos de academias procuram por recursos que ajudem no 
desempenho ou altere em curto prazo a composição corporal (Pereira, Lajolo e 
 
 31 
Hirschbruch, 2003; Sabino, Luz e Carvalho, 2010). Esse aumento do consumo e 
algo atual, Mason (2001) em sua pesquisa apenas 5% dos atletas consumiam algum 
REN. Em pesquisas mais recentes o consumo é de 80% para ambos os sexos (Silva 
e Marins, 2013). Além da busca por corpos estereotipados e por aumento do 
desempenho, outros fatores também contribuem para utilização desenfreada de 
REN, o incentivo oriundo de profissionais não habilitados, como educadores físicos, 
são fatores promotores do uso não orientado, e muitas vezes desnecessário de REN 
(Bishop, 2010; Sabino, Luz e Carvalho, 2010; Silva e colaboradores, 2009, 2010; 
Tian e colaboradores, 2009). Nieper (2005) mostra que orientações oriundas de 
treinadores possuem maior influência no consumo de REN em detrimento das 
provenientes de nutricionistas esportivos e de médicos, um fato preocupante e que 
segundo a pesquisa de Silva e Marins (2013) profissionais de saúde como 
educadores físicos são responsáveis por 14,5% da prescrição de recursos 
ergogênicos nutricionais e esteroide anabolizante para atletas, maior que a 
prescrição de médicos (2%) e nutricionista (10%). Apesar do aumento do consumo, 
não é observado o avanço concomitante do conhecimento destes indivíduos sobre o 
consumo destes suplementos alimentares, uma vez que a maioria dos pesquisados 
relatam a falta de conselhos e/ou informações sobre o correto uso destes recursos 
(Nieper, 2005; Tian e colaboradores, 2009). Quando é avaliado o tipo de suplemento 
nutricional usado por atletas, em relação aos motivos para a utilização dos mesmos, 
observa-se também que estes indivíduos não possuem conhecimento sobre os 
efeitos fisiológicos dos suplementos no organismo (Petroczi e colaboradores, 
2007a). 
 Muitos autores deixam clara a urgência de informações científicas sobre 
qualidade e quantidade do suplemento nutricional necessário a cada modalidade 
 
 32 
esportiva, como também a cada indivíduo necessário a cada modalidade esportiva, 
como também a cada indivíduo (Petroczi e colaboradores, 2007b; Tian e 
colaboradores, 2009). A prescrição de suplemento nutricional para atletas é 
regulamentada no Brasil. A Lei nº 8.234, de 17 de setembro de 1991, que 
regulamenta a profissão do nutricionista, atribui a este profissional a prescrição de 
suplementos nutricionais, necessários à complementação da dieta (Brasil, 1991). 
Por outro lado, a Lei nº 9.696, de 1 de setembro de 1998, que rege a profissão do 
educador físico, não menciona atividades relacionadas com alimentação, dieta ou 
suplementação nutricional (Brasil, 1998). E ainda segundo a Agência Nacional de 
Vigilância Sanitária (ANVISA), o consumo de alimentos para atletas deve ser 
orientado por nutricionista e/ou médico (Brasil, 2010). Mesmo tendo uma legislação 
vigente, na prática observamos ainda profissionais de saúde, como educadores 
físicos, que deveriam prezar pela orientação adequada e preservação da saúde de 
seus clientes, indicando e prescrevendo suplementos alimentares. Tal fato talvez se 
deva, além de uma falha na fiscalização dos órgãos responsáveis, também a cultura 
do consumo destes suplementos por aqueles que optaram pelo curso de Educação 
Física e na formação destes profissionais quanto ao nível de informação recebida ao 
longo de seu curso de graduação. Apesar de já estar bem claro na literatura o 
avanço da utilização de suplementos alimentares pela população em geral, até o 
momento não temos dados específicos ao consumo e nível de conhecimento 
adquirido pelos estudantes de Educação Física ao longo de sua formação (Sabino, 
Luz e Carvalho, 2010). Portanto, o objetivo do presente estudo é averiguar a 
prevalência do consumo de recursos ergogênicos e nível de conhecimento dos 
estudantes de Educação Física sobre o tema. 
 
 33 
 Esperamos ao final desta pesquisa contribuir com dados que poderão 
direcionar melhor a formação destes futuros profissionais, para que possa exercer a 
profissão a qual escolheram com ética e compromisso quanto à orientação 
adequada a população em geral, garantindo uma prestação de serviço quanto à 
Revista Brasileira de Nutrição Esportiva, São Paulo. v. 11. n. 67. Suplementar 1. 
p.875-883. Jan./Dez. 2017. ISSN 1981-9927. A amostra não probabilística foi 
composta por estudantes de Educação Física, maiores de 18 anos, residentes na 
cidade de Brasília, Minas Gerais e Goiás. Os estudantes foram convidados a 
participar do estudo através de convite verbal, após esclarecimentos sobre a 
metodologia e objetivos do trabalho, os mesmos assinaram um termo de 
consentimento livre e esclarecido. Para o levantamento de dados, utilizou-se um 
questionário autoaplicável, semiestruturado, validado por Domingues e Marins 
(2007), composto por 13 perguntas.Foram aplicados de maneira aleatória a 169 
Estudantes pertencentes a todos os semestres da graduação, no período de 
setembro a novembro de 2015. Não foi estabelecido um número mínimo de 
questionário por semestre, nem limite máximo de idade para os participantes. No 
tratamento estatístico utilizou-se o software Excel 2007 (Microsoft Office) para 
cálculos dos percentuais dos índices de frequência de respostas presentes nos 
questionários preenchidos. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética na Pesquisa 
com Seres Humanos da Universidade Paulista (UNIP). 
 
Resultados 
 A amostra foi constituída por 169 estudantes, dos quais 119 (70,4%) do 
gênero masculino e 50 (29,6%) do gênero feminino, sua maioria ativos (72,4%), na 
 
 34 
faixa etária entre 21 e 30 anos (70,4%). Quanto ao tempo despendido para 
treinamento, 17,8% treinavam quatro dias na semana, 23,7% treinavam cinco dias 
semanais e 20.1% treinavam superiores há seis dias na semana. Já em relação 
tempo por sessão de treinamento, 65,2% treinava entre 45 a 90 minutos. Quanto à 
intensidade, 83,2% treinavam com intensidade de moderado a intenso. 
Os objetivos com os exercícios destacados pelos estudantes investigados foram 
saúde (68%), condicionamento físico geral (65,6%) e qualidade de vida (57,4%). 
(Tabela 1). Em relação ao consumo de REN 41,29% afirmaram consumir sendo 
BCAA (64,1%), Whey Protein (64,1%), Creatina (45,3%) e hipercalórico (29,7%) os 
mais utilizados. Contudo, 42,8% obtiveram orientação através de profissionais não 
habilitados (Tabela 2). Quando questionados sobre a obtenção de informação sobre 
REN, 69,3% dos estudantes afirmaram obter alguma informação sobre o assunto, 
sendo a internet (64%) e o nutricionista (45%) as fontes mais citadas. 
 Em relação à prescrição de REN, apenas 18,3% afirmaram conhecer a 
legislação brasileira referente à prescrição de RE, 19,5% já indicou e/ou prescreveu 
algum RE e/ou suplemento alimentar e 10,7% acha que tem conhecimentos 
suficientes para indicar e/ou prescrever algum tipo de RE 
 
 
 
 
 
 
 
 35 
 
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