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Evolucionismo Cultural

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Universidade Federal do Rio de Janeiro
Disciplina: Antropologia Cultural
Professora: Letícia Carvalho
Aluna: Milena Guerrão Lourenço
DRE: 119029525
Resenha - O Escopo da Antropologia Social, James Frazer
 Sendo profundamente influenciados pela teoria da evolução das espécies de Charles Darwin, surge no século XIX a teoria do evolucionismo cultural. Utilizando-se do método comparativo, os evolucionistas tinham por objetivo traçar as afinidades entre os povos existentes para, então, conceber as leis gerais que conduziam a evolução da humanidade.
 O evolucionista James Frazer, no texto O Escopo da Antropologia Social, procura apresentar o que seria a pesquisa antropológica, esta que se propunha a analisar a gênese da mentalidade humana e suas instituições. O evolucionismo pressupunha que, sendo a raça humana una, todos os povos estariam localizados no mesmo processo civilizatório, onde alguns estariam ainda no estado de selvageria e outros, os europeus, no estado mais avançado de civilização. Nesse contexto, concebe-se apenas uma cultura, estando cada povo em um estágio evolutivo. Isso se dá pelo fato dos etnólogos encontrarem em outros povos aspectos semelhantes entre os costumes os levando, assim, a colocar todos estes num só processo evolutivo.
 Frazer coloca esse processo como sendo da selvageria à civilização, comparando esta relação à relação entre uma criança e um adulto, onde os ditos selvagens teriam ainda que passar por determinados processos que os europeus já passaram para chegar no mesmo nível de civilização, explicitando, assim, a proximidade com a biologia, aspecto que era determinante na análise dos evolucionistas.
 Todavia, o autor esclarece que não admite o selvagem como primitivo absoluto, mas apenas como atrasado, anterior, na cronologia evolutiva em relação aos civilizados. Portanto, Frazer diz que tanto os selvagens quanto os civilizados alcançaram seu estado atual posteriormente à um longo processo. Frente à isso, a antropologia deveria analisar dois departamentos: os costumes e crenças dos selvagens, e como isso foi modificado ou perpetuado nos povos civilizados.
 É de grande importância ressaltar que Frazer coloca a humanidade dentro de um mesmo processo tendo como destino a mesma cultura mas admite os indivíduos como diferentes entre si. Sendo assim, ele afirma que dentro das sociedades existem indivíduos que se destacam, estes, tendo uma mente superior, desenvolvem pensamentos que, aos poucos, influenciam toda a sociedade, modificando, assim, os aspectos e costumes da mesma, o que constitui o processo evolutivo. Esses destaques entre os indivíduos, entretanto, não se diferem em tipo, mas em grau.
 Em suma, os evolucionistas estudavam os selvagens para compreender como chegaram à sua própria civilização, a fim de conceber leis gerais que regulam a história humana.

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