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Prática Simulada II - Aula 7 - Professor Wagner

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Rio de Janeiro, 21 de outubro de 2019. 
 
Prática Simulada II 
 
Professor Wagner D’Assumpção 
 
E-mail - wagnerassumpcao@hotmail.com 
 
Aula 7 
 
1) Endereçamento 
 
2) Processo No 
 
3) Qualificação 
 
4) Peça Processual (Art. 847, CLT c/c Art. 336 ao 343, 
CPC) 
 
5) Mérito 
 
5.1) Síntese da Inicial 
 
5.2) Equiparação Salarial 
 
• Art. 461, CLT; 
• Súmula 6, III, TST) 
• paragonado - paradigma 
 
5.3) Horas Extras 
 
• Art. 62, II e pú, CLT; 
• Súmula 287, TST; 
• Súmula 102, TST. 
 
5.4) Adicional de Transferência 
 
• Art. 469, § 3º da CLT; 
• OJ 113, SDI-I, TST 
 
5.5) Devolução de Descontos 
 
• Art. 462, CLT; 
• Súmula 342, TST; 
• OJ 160, SDI-I, TST. 
 
5.6) Multa do Art. 477, § 8º, CLT 
 
• Art. 132, CC; 
• OJ 162, SDI-I, TST. 
 
6) Juros de Mora e Correção Monetária 
 
• Art. 883, CLT e Súmula 439, TST; 
• Art. 879, § 7º, CLT. 
 
7) Dedução X Compensação 
 
• Art. 767, CLT; 
• Art. 368, CC. 
 
8) Honorários Sucumbenciais 
 
• Art. 791-A, CLT. 
 
9) Requerimentos 
 
10) Provas 
 
11) Fechamento 
 
I - Gerente Geral porte pequeno + adicional de 50% 
II - Jornada de trabalho 
III - Fixou residência com família 
IV - Descontos planos de saúde 
V - 06.02.17 - 16.02.17 
CASO CONCRETO 
 
XVII EXAME OAB FGV (adaptado) 
 
Você foi procurado pelo Banco Dinheiro Bom S/A, em razão de ação 
trabalhista nº XX, distribuída para a 99ª VT de Belém/PA, ajuizada pela 
ex-funcionária Paula, que foi gerente geral de agência de pequeno porte 
por 4 anos, período total em que trabalhou para o banco. Sua agência 
atendia apenas a clientes pessoa física. Paula era responsável por 
controlar o desempenho profissional e a jornada de trabalho dos 
funcionários da agência, além do desempenho comercial desta. Na 
ação, Paula aduziu que ganhava R$ 8.000,00 mensais, além da 
gratificação de função no percentual de 50% a mais que o cargo efetivo. 
Porém, seu salário era menor que o de João Petrônio, que percebia R$ 
10.000,00, sendo gerente de agência de grande porte atendendo 
contas de pessoas físicas e jurídicas. Requer as diferenças salariais e 
reflexos. Paula afirma que trabalhava das 8h às 20h, de segunda a sexta-
feira, com intervalo de 20 minutos. Requer horas extras e reflexos. Paula 
foi transferida de São Paulo para Belém, após um ano de serviço, tendo 
lá fixado residência com sua família. Por isso, ela requer o pagamento de 
adicional de transferência. Paula requer a devolução dos descontos 
relativos ao plano de saúde, que assinou no ato da admissão, tendo 
indicado dependentes. Requer, ainda, multa prevista no Art. 477 da CLT, 
pois foi notificada da dispensa em 06/02/2017, uma segunda-feira, e a 
empresa só pagou as verbas rescisórias e efetuou a homologação da 
dispensa em 16/02/2017, um dia após o prazo, segundo sua alegação. 
Redija a peça prático-profissional pertinente ao caso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA 99ª VARA DO 
TRABALHO DE BELÉM/PA 
 
 
 
 
 
Processo nº XXX 
 
 
 
 
 
BANCO DINHEIRO BOM S/A, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no 
CNPJ sob o nº ..., representada neste ato por seu sócio gerente..., com sede na (endereço 
completo), por meio de seu advogado (a) infra-assinado, nos termos do documento de 
outorga de mandato anexo, com (endereço profissional) e (endereço eletrônico), vem, 
respeitosa e tempestivamente, perante Vossa Excelência, apresentar sua resposta em 
forma de 
 
CONTESTAÇÃO 
 
à Reclamação Trabalhista ajuizada por PAULA (NOME COMPLETO), já devidamente 
qualificada na inicial, com fulcro no Art. 847, da CLT c/c Art. 336 ao 343, do CPC, pelas 
razões de fato e de direito a seguir expostas. 
 
 
1 - DO MÉRITO 
 
1.1 – SÍNTESE DOS FATOS 
 
Paula trabalhou por quatro anos para a Reclamada na função de gerente-geral de 
agência, cumprindo a jornada de segunda a sexta-feira, das 08:00 às 20:00 horas, com 
intervalo de 20 (vinte) minutos para o almoço. Foi dispensada sem justa causa no dia 
06/02/2017, percebendo o salário de R$ 8.000,00 (oito mil reais), além da gratificação de 
função de 50% (cinquenta por cento) a mais que o cargo efetivo. 
 
 
1.2) DA EQUIPARAÇÃO SALARIAL 
 
A empregada aduziu que o seu salário era menor que o de João Petrônio, que 
percebia o valor de dez mil reais de salário efetivo como gerente de agência de grande 
porte, atendendo contas de pessoas físicas e jurídicas. A agência de Paula era de pequeno 
porte e atendia somente pessoas físicas. 
 
Verifica-se, assim, que há diferenças nas funções e tarefas desempenhadas por 
João Petrônio na sua agência, o que justifica a aplicação do art. 461, §1º, da CLT, 
corroborado pela Súmula 6, III, do TST. 
Destarte, não prospera a pretensão da Reclamante em pleitear as diferenças 
decorrentes da equiparação salarial nem seus respectivos reflexos. 
 
Dessa forma, requer a improcedência do pedido. 
 
 
1.3 - DAS HORAS EXTRAS 
 
A Reclamante exercia a função de gerente-geral de agência bancária, sendo 
responsável por controlar o desempenho profissional e a jornada dos funcionários, bem 
como o desempenho comercial da agência. Percebia 50% (cinquenta por cento) como 
gratificação de função. Enseja, na inicial, receber horas extras durante o período laborado. 
 
Ocorre que são indevidas horas extraordinárias quando o empregado exerce cargo 
de gestão e recebe 40% ou mais como gratificação de função, enquadrando-se na situação 
prescrita no art. 62, II e parágrafo único, da CLT. Esta situação é ratificada pela Súmula 
102 e 287 do Tribunal Superior do Trabalho (TST), ao lecionar que o gerente-geral de 
agência bancária se presume em cargo de gestão, aplicando-se lhe o que prescreve o art. 
62 da CLT, não cabendo, assim, o pagamento de horas extraordinárias. 
 
Portanto, a Reclamante não faz jus ao pagamento das horas trabalhadas além da 
jornada normal de trabalho, por exercer cargo de confiança e perceber 50% de 
gratificação de função, tampouco são devidos os seus reflexos. 
 
Dessa forma, requer a improcedência do pedido. 
 
 
1.4 - DO ADICIONAL DE TRANSFERÊNCIA 
 
Paula foi transferida de São Paulo para Belém, após um ano de serviço, tendo lá 
fixado residência com sua família, requerendo o pagamento do adicional de transferência 
em forma de adicional mensal. 
 
Vale destacar que há previsão de transferência para empregados que exercem 
cargo de confiança no art. 469, §1º, da CLT. Porém, a Orientação Jurisprudencial 113 da 
Seção de Dissídios Individuais, Subseção 1 (OJ-113-SDI-1) do TST, aduz que esta 
transferência está apta a legitimar a percepção do adicional de transferência, se for de 
forma provisória, o que não é o caso da situação em tela. 
 
Sendo assim, requer a improcedência do pedido de adicional de transferência, 
pelas razões acima expostas. 
 
 
 
1.5 - DO DESCONTO SALARIAL/PLANO DE SAÚDE 
 
A empregada assinou, em sua admissão, autorização de desconto relativo ao plano 
de saúde, tendo indicado dependentes. No entanto, na inicial, está requerendo a sua 
devolução. 
 
Deve-se esclarecer, entretanto, que os descontos salariais efetuados pelo 
empregador, autorizados pelo empregado por escrito, integrando planos de assistências 
médico-hospitalar, odontológica, de seguro, de previdência privada, entre outros, 
aduzidos na Súmula 342 do TST, em benefício do empregado e de seus dependentes, não 
afrontam a disposição do art. 462 da CLT, salvo se demonstrada a coação ou outro defeito 
praticado pelo empregador, o que não foi o caso. 
 
Portanto, não pode prosperar o pedido de devolução dos descontos relativos aoplano de saúde. 
 
 
1.6 - DA MULTA DO ART. 477, § 8º, DA CLT 
 
Requer a Reclamante a multa do art. 477, § 8º, da CLT, tendo em vista que as 
verbas foram pagas dia 16/02/2017, sendo que a dispensa ocorreu em 06/02/2017. Na 
ocasião do pagamento, se deu a homologação, segundo Paula, um dia após o prazo. 
 
Verifica-se que o prazo de dez dias, contado da notificação da demissão, exclui o 
dia da notificação e inclui o dia do vencimento, de acordo com o art. 132 do Código Civil 
(CC), interpretado pela OJ-162-SDI-1 do TST. Desta forma, o prazo terminou exatamente 
no dia 16/02/2017. 
 
Neste sentido, a empregada não faz jus à multa do art. 477, § 8º, da CLT. 
 
 
1.7 - DOS JUROS DE MORA E CORREÇÃO MONETÁRIA 
 
Os juros de mora começam a correr a partir do ajuizamento da reclamação 
trabalhista, na forma do art. 883, da CLT c/c Súmula 439 do TST. 
 
A correção monetária será realizada com base na taxa referencial (TR), conforme 
o art. 879, § 7º, da CLT. 
 
 
1.8 - DA COMPENSAÇÃO E DEDUÇÃO 
 
Na remota hipótese de procedência de algum pleito, requer seja determinada, no 
que couber, a compensação das verbas pagas sob idêntico título, conforme art. 767, da 
CLT, bem como a dedução, se verificado o pagamento parcial de parcelas deferidas na 
sentença, a fim de se evitar o enriquecimento ilícito. 
 
 
2 - DOS REQUERIMENTOS 
 
De acordo com os fatos e fundamentos acima explicitados, requer a Vossa 
Excelência, o acolhimento da presente contestação, a fim de que as pretensões 
apresentadas na Reclamatória Trabalhista sejam julgadas totalmente improcedentes e a 
Reclamante seja condenada ao pagamento das custas processuais e demais cominações 
legais conferidas à presente causa, bem com a compensação das parcelas a idênticos 
títulos e a dedução. 
 
 
3 - DAS PROVAS 
 
Protesta provar o alegado mediante todos os meios de prova em direito admitidos, 
em especial o depoimento pessoal da Reclamante, que fica desde já requerido, sob pena 
de confissão, bem como pela juntada de documentos, oitiva de testemunhas, perícias e o 
que mais for necessário para elucidação dos fatos. 
 
Nestes termos, 
pede deferimento. 
 
Local e data... 
 
Nome do Advogado (a) 
OAB/UF

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