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Requisitos para ser Advogado no Brasil

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Ética
Lei 8906/94 – Estatuto da OAB.
O Conselho Federal da OAB não pode mudar o Estatuto.
O Estatuto é uma lei federal, e só pode ser alterada por outra lei de mesma hierarquia.
Quadros da OAB. 
Formada pelo quadro dos:
Advogados → requisitos art. 8 EAOAB
I- Capacidade civil: plena e presumida. Plena atingida aos 18 anos. Presumida porque basta que o advogado demonstre pelo documento que é maior de 18 anos. Presume que ele é capaz civilmente.
A emancipação por conclusão de curso em ensino superior comprova a capacidade civil, antes dos 18.
II - diploma ou certidão de graduação em direito obtida em instituição de ensino oficialmente autorizada e credenciada. Esse art. deve ser combinado com art. 23 do Regulamento Geral que exige ainda o histórico escolar na ausência de diploma.
III – título de eleitor e quitação do serviço militar, se brasileiro. BrasileirA somente o título de eleitor.
IV - Aprovação em Exame de Ordem; (pode ser prestado inclusive por aqueles que exercem atividades incompatíveis com a advocacia, ficando, entretanto, impossibilitado de exercer a atividade de advocacia enquanto incompatíveis. Obtém apenas uma certidão de aprovação, com prazo de validade indeterminado. A competência regulamentar do exame é do Conselho Federal, para realização é do Conselho Seccional.
V - Não exercer atividade incompatível com a advocacia. Não se confunde atividade incompatível com conduta incompatível, inidoneidade moral e crime infamante.
Atividade incompatível: ligada a vida profissional. As hipóteses estão previstas no art. 28 do Estatuto. 
Conduta incompatível: ligada a vida social, pessoal. A lei exige o requisito da habitualidade para configuração. Ex: art. 34, p;ú. O advogado que tem conduta incompatível, sofre punição de suspensão pela OAB. A embriaguez habitual é exemplo. Se for doença, o advogado pode pedir licença/afastamento para se tratar, não está sendo punido, ele mesmo pede.
Inidoneidade moral: ligada a vida social, pessoal. Aqui é mais grave do que a conduta incompatível. Basta praticar uma vez. A punição será exclusão. 
Crime infamante: crime que causa má fama na advocacia. Aquele que atinge a reputação de toda uma classe profissional causando repúdio da comunidade social. Advogado que leva drogas no presídio para um apenado. O povo vai falar que advogado é assim mesmo, ladrão.
Exemplo de inidoneidade moral e gera exclusão pelo voto de 2/3. Para inscrever de novo, precisa apresentar a realibitação na esfera judicial (benefício concedido ao condenado por sentença definitiva após 2 anos da extinção da pena).
VI – ter idoneidade moral.
Qualquer pessoa pode suscitar inidoneidade moral. Para que declare, tem de ter voto de 2/3 de todos os membros competentes. O que é inidoneidade pra mim, pode não ser para outra pessoa.
VII – Prestar compromisso perante o conselho. É o juramento que se faz na hora de pegar a carteira da OAB, que é solene, personalíssimo e indelegável (ninguém pode fazer e pegar no lugar).
Estrangeiros:
§2º E os estrangeiros? O estrangeiro ou brasileiro, quando não graduado em direito no Brasil, deve fazer prova de título de graduação, obtido em instituição estrangeira, devidamente revalidado, além de atender aos demais requisitos previstos neste artigo. OU SEJA, tanto faz se é estrangeiro ou brasileiro que se graduou em outro país. Podem advogar no Brasil desde que revalidem o diploma (fazer valer no Brasil) e preencher os mesmos requisitos do art. 8º. Inclusive, a aprovação no exame da ordem.
O conselho pode editar provimentos (atos normativos emanados do Conselho Federal da OAB) com objetivo de detalhar ou regulamentar determinados assuntos. Ex: O provimento que diz como será a OAB. E 2 provimentos que vão falar do advogado estrangeiro:
91/200 → o advogado estrangeiro pode vir para o Brasil fazer consultoria em direito do país dele. Com a própria carteira dele da OAB do seu país, pode fazer isso. Agora se quiser advogar em direito brasileiro, aí somente atendendo os requisitos acima mencionados. Ex: um advogado americano no Brasil só poderá prestar consultoria em dto americano no Brasil.
129/2008 → advogado português, inscrito na Ordem dos Portugueses, pode vir para o Brasil e se inscrever na OAB quase automaticamente, não precisa revalidar o diploma nem fazer o exame da ordem.
Estagiários – art. 9º
A partir dos últimos 2 anos do curso. Bacharel em dto pode ter carteira de estagiário.
Requisitos:
Capacidade civil, título de eleitor e quitação do serviço militar, se brasileiro, não exercer atividade incompatível, idoneidade moral, prestar compromisso perante o conselho. Policial militar não pode ser estagiário inscrito na OAB (pode por aprendizagem) e nem advogado.
Tipos de inscrição:
	Principal: a primeira inscrição que deve ser feita naquele conselho seccional onde pretende estabelecer o seu domicílio profissional. Não precisa ser onde você mora. Na dúvida, onde tem domicílio da pessoa do advogado. O domicílio profissional abrange toda a área territorial do Estado-membro ou DF, não está restrito a subseção.
Art. 10.
	Suplementar: Se exercer em outro Estado com habitualidade diferente do principal, tem de fazer a inscrição suplementar. Com a inscrição suplementar o advogado passa a recolher a anuidade no outro Estado (§2º). 
Habitualidade: ter mais de 5 causas por ano (não conta: advocacia extrajudicial, impetração de HC, acompanhamento de carta precatória e advocacia nos tribunais superiores e interestaduais – advogar no STJ ou STF não preciso filial em Brasília, agora se fosse direto na 1 a instância, aí sim), em outro Estado e abrir filial do escritório (§5º).
Art. 15, §5º. O ato de constituição de filial deve ser averbado no registro da sociedade e arquivado junto ao Conselho Seccional onde se instalar, ficandoos sócios obrigados a inscrição suplementar.
Ex: Tenho sede no RJ com mais 4 sócios. Abre uma filial no escritório em Pernambuco. Se é filial, são os mesmos sócios, mesmo que só eu fique em Pernambuco. Todos os sócios são obrigados a providenciar a inscrição suplementar.
	Transferência: Art. 10, §3º. No caso de mudança efetiva de domicílio profissional para outra unidade federativa, deve o advogado requerer a transferência de sua inscrição para o Conselho Seccional correspondente. Se ele resolveu mudar para SP com a família mas pega ônibus para atender no escritório normal que é no RJ, não mudou o domicílio profissional.
Estagiário só tem um tipo de inscrição → Inscrição de estagiário. Deve ser feita no Estado onde ele estuda, onde está localizada a faculdade. Art. 9º, §2º.
Art. 35 Regulamento Geral: dura até 3 anos a carteira de estagiário.
Licença e cancelamento da inscrição
Licença: Aqui, o advogado vem advogando, quando acontecer qualquer hipótese do art. 12., ficará afastado, licenciado da advocacia, não vai advogar, nem pagar anuidade, bem como votar nas eleições da OAB. Cessando o motivo, volta a advogar com o mesmo número de inscrição. Enquanto tiver de licença ainda é advogado, só fica um tempo afastado.
Art. 12. O advogado será licenciado quando:
I- assim o requerer, por motivo justificado. Ex: Advogado com doença grave, ou vai fazer doutorado em outro país.
II- passar a exercer, em caráter temporário, atividade incompatível com o exercício da advocacia. A pessoa já é advogado e depois passa a ter atividade incompatível. Ex: prefeito.
III- sofrer doença mental considerada curável (enquanto durar a enfermidade mental e curável. Se se tornar incurável, haverá o cancelamento.
OBS: o fato de o advogado não poder honrar com o pagamento das anuidades devidas à OAB, não é considerado motivo justo para efeito de licenciamento.
Cancelamento: O cancelamento da inscrição é definitivo e não precisa de motivo. Volta a ser Bacharel em Dto. Pode fazer nova inscrição, mas será com novo número da OAB. O número antigo não se restaura, fica para dados históricos da OAB, tendo de apresentar os mesmos requisitos, exceto fazer novo exame da ordem.
Art. 11.
Cancela-se a inscrição do profissional que:
I- a pedido do próprio advogado, se assim o requerer. É ato personalíssimo e irretratável.
II- sofrer penalidade de exclusão (exclusão é a sanção mais grave que pode ser aplicada. Automaticamente é excluída.)
III- falecer
IV- passar a exercer, em caráter definitivo, atividade incompatível com a advogacia. Ex: passa em um concurso.
V- perder qualquer um dos requisitos necessários para inscrição (do art. 8).
Impedimento e incompatibilidade
Art. 27. A incompatibilidade determina a proibição total, e o impedimento, a proibição parcial do exercício da advocacia.
Evitar que algumas pessoas levem vantagem ou desvantagem em relação a outras que também queiram exercer a advocacia.
Incompatibilidade é a mesma coisa que atividade incompatível. Não pode advogar. Se definitivo, cancela a inscrição, se temporário, licença.
Impedimento: pode continuar advogando, mas com observação. 
Casos de incompatibilidade:
Art. 28. A advocacia é incompatível, mesmo em causa própria, com as seguintes atividades
I- chefe do Poder Executivo (TEMPORÁRIO) e membros da Mesa do Poder Legislativo e seus substitutos legais; 
II- membros de órgãos do Poder Judiciário, do Ministério Público, dos tribunais e conselhos de contas, dos juizados especiais, da justiça de paz, juízes classistas, bem como de todos os que exerçam função de julgamento em órgãos de deliberação coletiva da administração pública direta e indireta. Membro é o cargo mais importante do setor. Membro do MP por ex é o promotor.
III- ocupantes de cargos ou funções de direção em órgãos da Administração Pública direta ou indireta, em suas fundações e em suas empresas controladas ou concessionárias de serviço público.
IV- ocupantes de cargos ou funções vinculados direta ou indiretamente a qualquer órgão do Poder judiciário e os que exercem serviços notariais e de registro. (São os servidores – diretamente: técnicos, auxiliares, oficial, indiretamente: motorista do fórum, faxineiro, segurança)
V- ocupantes de cargos ou funções vinculados direta (policial civil, PM, PRF, delegado, agente)ou indiretamente (bombeiro, guarda municipal) a atividade policial de qualquer natureza
VI- militares de qualquer natureza, na ativa (exército, marinha e aeronáutica). Depois que aposentar não tem problema.
VII- ocupantes de cargos ou funções que tenham competência de lançamento, arrecadação ou fiscalização de tributos e contribuições parafiscais.
VIII- ocupantes de funções de direção e gerência em instituições financeiras, inclusive privadas. Está tudo relacionado a cargo público e não empresa privada. Exceção: entra a empresa privada no caso de instituição financeira. Gerente do banco Santander, Itaú, não podem advogar.
Casos de impedimento:
Art. 30. São impedidos de exercer a advocacia:
I- os servidores da administração direta, indireta e fundacional, contra a Fazenda Pública que os remunere ou a qual seja vinculada a entidade empregadora.
A regra é de que os funcionários públicos podem advogar, menos contra quem o remunera. 
II- os membros do Poder Legislativo, em seus diferentes níveis, contra ou a favor das PJ de dto público, EP, SEM, fundações públicas, entidades paraestatais ou empresas concessionárias ou permissionárias de serviço público.
Aqui, vereador, senador e deputado. Podem advogar menos contra e favor da Adm publica em geral. Apenas quando as duas partes forem particulares. Ex: divórcio, ação trabalhista
Exceções ao macete:
→ Membros da MESA do poder legislativo: incompatíveis (art. 28, I, parte final)
OBS: Poder legislativo é formado: 
União:Congresso Nacional → adota o bicarenalismo: Senador e Deputados.
Estados: Assembleia Legislativa
Municípios: Camara dos Vereadores
DF: Camara legislativa
Cada uma dessas casas tem uma mesa que representa, composta pelo PR, Vice e secretários. Ex: é vereador mas passa a integrar a MESA, então será incompatível.
→ Professor de Direito é livre para advogar (art. 30, p.ú.). OBS: Reitor não, vai para regra.
→ Diretor sem poder de decisão e diretor acadêmico de Direito: não há incompatibilidade. 
→ Procurador Geral (do Estado/Município) tem exclusividade para o desempenho do cargo, não pode ter causas por fora (art. 29). 
→ advogado que é juiz eleitoral pode advogar (art. 28, I e entendimento do STF). Não existe concurso para juiz eleitoral. O TRE e TSE compostos pelos juizes eleitorais, são escolhidos entre juízes de dto que cumulam função como juiz de dto + juiz eleitoral. Tem vagas para advogados. Será advogado + juiz eleitoral.
Juiz leigo do juizado pode advogar menos no juizado (art. 7, p.ú. lei 9099/95). Se o advogado for juiz leigo da Fazenda Pública pode advogar menos em todos os juizados da Fazenda Pública de todo o país.
Direito dos advogados
Art. 6º. Não há hierarquia nem subordinação entre advogados, magistrados e membros do MP, devendo todos tratar-se com consideração e respeito recíprocos.
Deve receber tratamento compatível com a dignidade de sua função pública e social, não só das autoridades, mas também dos servidores públicos e dos demais serventuários da justiça, os quais devem fornecer condições adequadas para o seu desempenho na busca da aplicação da justiça.
3 agentes da justiça: Juiz, Promotor e advogado.
p.u. Ser bem tratado no exercício da profissão. Via de mão dupla.
Art. 7º. São dtos do advogado:
I- exercer, com liberdade, a profissão em todo território nacional. Essa atuação, em alguns casos, é condicionada à realização de outra inscrição.
II- A inviolabilidade de seu escritório ou local de trabalho, bem como de seus instrumentos de trabalho, de sua correspondência escrita, eletrônica, telefônica e telemática, desde que relativas ao exercício da advocacia.
Essa inviolabilidade não é absoluta. Por decisão motivada do juiz (art.7º,§6º) pode haver a quebra da inviolabilidade, mediante indícios da prática de crime pelo advogado, expedindo para tanto, o devido mandado de busca e apreensão, específico e pormenorizado, cumprido na presença de representante da OAB. Proibido utilizar documentos, mídias e objetos pertencentes aos clientes e do advogado averiguado, muito menos dos instrumentos de trabalho onde deposita informações de clientes, salvo aqueles que estejam sendo formalmente investigados como partícipes ou coautores (§7º).
III- Comunicar-se com seus clientes, pessoal e reservadamente, mesmo sem procuração, quando estes se acharem presos, detidos ou recolhidos em estabelecimentos civil ou militares, ainda que considerados incomunicáveis.
A incomunicabilidade não alcança o advogado. 
IV- ter a presença de representante da OAB, quando preso em flagrante, por motivo ligado ao exercício da advocacia, para lavratura do auto respectivo, sob pena de nulidade e, nos demais casos, a comunicação expressa à seccional da OAB.
O Estatuto garante SOMENTE ser preso em flagrante em caso de crime inafiançável, desde que ligado ao exercício da profissão.
Se for crime afiançável, não haverá prisão em flagrante. Nos casos em que não tem nada a ver com o exercício da profissão, haverá comunicação expressa a seccional da OAB.
OBS: Se a OAB não enviar representante em tempo hábil, mantém a validade da prisão, entretanto, se a OAB não for avisada pela autoridade policial, o ato será inválido e o juiz relaxará a prisão.
V- não ser recolhido preso (independente se no exercício da profissão), antes de sentença transitada em julgado, senão em sala de Estado Maior, com instalações e comodidades condignas, e, na sua falta, em prisão domiciliar.
Prisão antes do trânsito em julgado, o advogado terá dto em permanecer em sala de Estado maior (prisão especial, ou toda sala utilizada para ocupação ou detenção eventual dos oficiais integrantes do quartel militar respectivo – compartimento de qualquer unidade militar, incluindo PM e BM). Na ausência de sala com tais características, o advogado ficará em prisão domiciliar, até o fim do processo. 
VI- Ingressar livremente (qualquer impedimento
é ilegal – abuso de autoridade):
a) nas salas de sessões dos tribunais, mesmo além dos cancelos que separam a parte reservada aos magistrados;
b) nas salas e dependências de audiências, secretarias, cartórios, ofícios de justiça, serviços notariais e de registro, e, no caso de delegacias e prisões, mesmo fora da hora de expediente e independentemente da presença de seus titulares;
c) em qualquer edifício ou recinto em que funcione repartição judicial ou outro serviço público onde o advogado deva praticar ato ou colher prova ou informação útil ao exercício da atividade profissional, dentro do expediente ou fora dele, e ser atendido, desde que se ache presente qualquer servidor ou empregado;
d) em qualquer assembléia ou reunião de que participe ou possa participar o seu cliente, ou perante a qual este deva comparecer, desde que munido de poderes especiais;
VII- permanecer sentado ou em pé e retirar-se de quaisquer locais indicados no inciso anterior, independentemente de licença;
VIII- dirigir-se diretamente aos magistrados nas salas e gabinetes de trabalho, independentemente de horário previamente marcado ou outra condição, observando-se a ordem de chegada;
IX – inconstitucional. O dto de sustentação no processo disciplinar é após o voto do relator.
X- usar da palavra, pela ordem, em qualquer juízo ou tribunal, mediante intervenção sumária, para esclarecer equívoco ou dúvida surgida em relação a fatos, documentos ou afirmações que influam no julgamento, bem como para replicar acusação ou censura que lhe forem feitas; DEVEM SER USADAS EM CARATER EXCEPCIONAL.
Durante o julgamento o advogao precisa de utilizar do mecanismo de “pela ordem excelencia”por algum equívoco ou duvida dos FATOS.
XI- reclamar, verbalmente ou por escrito, perante qualquer juízo, tribunal ou autoridade, contra a inobservância de preceito de lei, regulamento ou regimento;
XII - falar, sentado ou em pé, em juízo, tribunal ou órgão de deliberação coletiva da Administração Pública ou do Poder Legislativo
XIII - examinar, em qualquer órgão dos Poderes Judiciário e Legislativo, ou da Administração Pública em geral, autos de processos findos ou em andamento, mesmo sem procuração, quando não estiverem sujeitos a sigilo ou segredo de justiça, assegurada a obtenção de cópias, com possibilidade de tomar apontamentos;
XIV - examinar, em qualquer instituição responsável por conduzir investigação, mesmo sem procuração, autos de flagrante e de investigações de qualquer natureza, findos ou em andamento, ainda que conclusos à autoridade, podendo copiar peças e tomar apontamentos, em meio físico ou digital; CASO ESTEJA EM SEGREDO DE JUSTIÇA, PRECISA DE PROCURAÇÃO. Não precisa estar disponível em cartório, o exame é permitido mesmo se concluso a autoridade. O impedimento importará em responsabilidade criminal e abuso de autoridade da autoridade responsável pela condução do processo.
XV - retirar autos de processos findos, mesmo sem procuração, pelo prazo de dez dias. Não é absoluto, pois se for segredo de justiça, precisa de procuração, e se houver nos autos documentos originais de difícil restauração ou ocorrer circunstância relevante que justifique a permanência dos autos reconhecido por despacho motivado. Fornece então xerox para não caracterizar cerceamento de defesa. E se o advogado reteu os autos de forma abusiva, devolvendo após ser intimado, sofre essa penalidade de Não poder retirar em carga até o encerramento do processo. 
XVI - ter vista dos processos judiciais ou administrativos de qualquer natureza, em cartório ou na repartição competente, ou retirá-los pelos prazos legais; CASO ESTEJA EM SEGREDO DE JUSTIÇA, PRECISA DE PROCURAÇÃO.
XVII - ser publicamente desagravado, quando ofendido no exercício da profissão ou em razão dela;
Desagravo público (arts. 18 e 19 RG). É a resposta a um agravo. Sempre que o advogado for ofendido no exercício da sua profissão, poderá requerer seu desagravo público, independente das medidas penais, civis e disciplinares cabíveis. É procedimento utilizado pela OAB, no sentido de repudiar tal fato, a ao mesmo tempo, prestar solidariedade às ofensas sofridas pelo advogado. Não depende de concordância do ofendido. 
Não caberá desagravo se a ofensa tiver caráter pessoal, religioso, doutrinário ou político.
Apurar em quais circunstâncias ocorreram as ofensas. O ofensor (quem ofendeu o advogado) tem dto de se defender. Ele tem que ser funcionário público, ou pessoas com caráter público, de notoriedade. Mesmo que o ofendido-advogado não queira o desagravo, a OAB pode fazer se entender que cabe. 
O Presidente da OAB vai ler uma nota, do tipo “Nos não vamos deixa isso acontecer, porque o advogado tal foi ofendido....” Essa nota lida, vai ser publicada na imprensa, encaminhada ao ofensor, se entender que há violação a dispositivos disciplinares, pode até fazer representação ou noticia de crime. De quem é a competência para fazer desagravo publico? Via de regra, é do Conselho Seccional, mas as vezes, pode ser feita na área de uma subseção. Comarca do interior, por ex. A competência será do Conselho Federal, quando forem ofendidos: presidente de Conselho Seccional, Conselheiro Federal e advogado ofendido com repercussão nacional. Se ele mora no RJ, Vai ser realizado no RJ o desagravo, mas organizado pelo Conselho Federal com representante. ENTRETANTO, será realizado e organizado em Brasília no caso de ofensa a Conselheiro Federal. 
XVIII - usar os símbolos privativos da profissão de advogado;
XIX - recusar-se a depor como testemunha em processo no qual funcionou ou deva funcionar, ou sobre fato relacionado com pessoa de quem seja ou foi advogado, mesmo quando autorizado ou solicitado pelo constituinte, bem como sobre fato que constitua sigilo profissional;
XX - retirar-se do recinto onde se encontre aguardando pregão para ato judicial, após trinta minutos do horário designado e ao qual ainda não tenha comparecido a autoridade que deva presidir a ele, mediante comunicação protocolizada em juízo.
A audiência está marcada para as 13h. O juiz chegou as 9 mas as audiências atrasaram. As 17h e ainda não começou a minha. Só posso embora depois de 30 minutos se o juiz nem chegou. O advogado deve protolocar uma petição no setor competente requerendo a redesignação da audiência.
XXI - assistir a seus clientes investigados durante a apuração de infrações, sob pena de nulidade absoluta do respectivo interrogatório ou depoimento e, subsequentemente, de todos os elementos investigatórios e probatórios dele decorrentes ou derivados, direta ou indiretamente, podendo, inclusive, no curso da respectiva apuração:
Não quer dizer que é obrigado a ter advogado durante inquerito. Mas se o advogado manifesta interesse em querer participar, ai entende que há nulidade absoluta, quando o delegado impossibilitar essa participação.
Art. 7, §4º O Poder Judiciário e o Poder Executivo devem instalar, em todos os juizados, fóruns, tribunais, delegacias de polícia e presídios, salas especiais permanentes para os advogados, com uso assegurados à OAB.
Imunidade profissional do advogado
→ imunidade ligada a profissão o advogado. E no exercício pode ser responsabilizado em 3 esferas: civil, penal e disciplinar na OAB. Se essa imunidade é profissional, quer dizer que o advogado não será processado em nenhuma dessas esferas.
Art. 7º, §2º. O advogado tem imunidade profissional, não constituindo injúria ou difamação puníveis qualquer manifestação de sua parte, no exercício de sua atividade, em juízo ou fora dele, sem prejuízo das sanções disciplinares perante a OAB, pelos excessos que cometer.
Então, não se consideram crimes de injúria ou difamação punível os conceitos ou opiniões emitidas pelos advogados, em suas razões ou alegações jurídicas, juntas ao processo, ou qualquer ofensa infligida em juízo, na discussão da causa.
O poder de punir compete exclusivamente ao Conselho Seccional em cuja base territorial tenha ocorrido a infração, salvo se a falta for cometida perante o Conselho
Federal. O Juiz não tem legitimidade de punir, cabendo representar à OAB.
Possuem também prerrogativas no caso de prisão em flagrante, proteção do sigilo profissional.
Dtos da advogadA:
Art. 7º-A: São dtos da advogada:
I- GESTANTE (lactante/adotante/que acabou de dar a luz também não, apenas a grávida):
Entrada em tribunais sem ser submetida a detectores de metais e aparelhos de raio X; e reserva de vaga em garagens dos fóruns dos tribunais, enquanto perdurar o estado gravídico.
II- LACTANTE, ADOTANTE ou QUER DER A LUZ, acesso a creche, onde houver, ou a local adequado ao atendimento das necessidades do bebe. Pelo prazo de 120 dias. O dto permanece enquanto perdurar o período de amamentação no caso da lactante.
III- GESTANTE, LACTANTE, ADOTANTE ou QUEM DER A LUZ (os 4), preferência na ordem das sustentações orais e das audiências a serem realizadas a cada dia, mediante comprovação de sua condição. Por 120 dias. A lactante, enquanto perdurar a amamentação.
IV- ADOTANTE ou QUE DER A LUZ, a suspensão de prazos processuais quando for a única patrona da causa, desde que haja notificação por escrito ao cliente. Prazo de 30 dias de suspensão a contar do parto ou da concessão da adoção.
Atos privativos da advocacia: atos que só podem ser praticados por advogado em juízo.
Art. 1º. São atividades privativas da advocacia:
I- a postulação a órgão do Poder Judiciário e aos juizados especiais (atos judiciais);
II- as atividades de consultoria, assessoria e direção jurídicas – diretor jurídico de tem se advogado. (atos extrajudiciais).
Postulação é o ato de pedir a prestação jurisdicional do Estado. Necessária a capacidade postulatória. O advogado poderá postular em juízo ou fora dele desde que faça prova do mandato que lhe foi outorgado. Entretanto, poderá atuar sem procuração, em caso de urgência, obrigando-se a apresentá-la no prazo de 15 dias, prorrogável por igual período. 
Direção jurídica é a função de administrar, gerir, coordenar serviços jurídicos. Função de diretoria e gerência jurídica em qualquer empresa pública, privada ou paraestatal, inclusive em instituição financeira, são privativas de advogado.
Súmula 115 do STJ: na instância especial é inexistente recurso interposto por advogado sem procuração nos autos.
§1º. Não se inclui na atividade privativa de advogado a impetração de HC em qualquer instância ou tribunal. Pode ser impetrado por qualquer pessoa. Apenas as impetrações, a interposição de recurso ordinário em HC é privativo do advogado.
Não se tem necessidade de contratar advogado nos Juizados Especiais (nas causas cujo valor não ultrapassa 20 salários mínimos. Nos recursos, são obrigados), Justiça do Trabalho (podem reclamar pessoalmente)e Juizado Especial Cível Federal (teto de 60 salários mínimos).
§2º. Os atos e contratos constitutivos de PJ, sob pena de nulidade, só podem ser admitidos a registro, nos órgãos competentes, quando visados por advogados. → Atos constitutivos de PJ: tem que ter o visto de advogado – porque analisa o contrato. Não se aplica essa exigência do visto quando se tratar de microempresa (ME) ou empresa de pequeno porte (EPP).
Se o advogado presta serviço para Junta Comercial ou exerce qualquer cargo ou função na Adm publica direta ou indireta não pode assinar/dar visto atos constitutivos na Junta comercial ou no cartório de registro da PJ, desde que seja empregado da mesma esfera de governo, como é o cartório.
§3º. É vedada a divulgação de advocacia em conjunto com outra atividade. Posso ser advogado e contador ou corretor de imóveis, mas elas devem ser desenvolvidas em locais separados.
A advocacia é profissão de caráter exclusivo, não podendo ser exercida de forma concomitante com outra atividade no mesmo espaço físico, pois visa o sigilo profissional. Não é proibido de exercer outra profissão, o que não pode é ser realizado no mesmo espaço. Quem fizer estará praticando infração ética, sujeito a pena de censura.
Atos dos estagiários:
O estágio profissional de advocacia é requisito necessário para a inscrição no quadro de estagiários da OAB.
Art. 29 do RG: Os atos de advocacia, previstos no art. 2 do EOAB, podem ser subscritos por estagiário inscrito na OAB, em conjunto com o advogado ou o defensor público.
§1º. O estagiários inscrito na OAB pode praticar isoladamente (sozinho) os seguintes atos, sob responsabilidade do advogado:
→ retirar e devolver autos em cartório, assinando a respectiva carga;
→ obter junto aos escrivães e chefes de secretarias certidões de peças ou autos de processos em curso ou findos;
→ assinar petições de juntada de documentos a processos judiciais ou administrativos.
§2º Para o exercício de atos extrajudiciais, o estagiário pode comparecer isoladamente quando receber autorização ou substabelecimento do advogado.
Vedado ao estagiário → figurar em publicidade de escritório de advocacia (placa, internet...) pode ter cartão de visitas devendo constar a expressão “estagiário”. Não pode figurar como contratado de prestação de serviços advocatícios.
Atos nulos:
Art. 4º. São nulos os atos privativos de advogado praticados por pessoa não inscrita na OAB, sem prejuízo das sanções civis, penais e administrativas.
p.ú. praticados por advogado impedido – no âmbito do impedimento (o advogado, funcionário administrativo de qualquer instituição pública, atuar em processo contra o Estado, os atos serão nulos), suspenso (é punição, não se confunde com licença), licenciado (afastamento por motivo justificado) ou que passar a exercer atividade incompatível com a advocacia.
1 º grupo: Pessoas não inscritas na OAB
2 º grupo: impedido no âmbito do impedimento. Pode advogar, mas em certas ocasiões. Os atos são nulos se praticar em outras que não devem.
3 º grupo: suspenso (punido pela OAB). Se praticar nesse tempo, o ato é nulo.
4 º grupo: licenciado (afastado)
5 º grupo: que passam a exercer atividade incompatível com a advocacia.
Responsabilidade funcional do advogado: por ação ou omissão pode causar prejuízo ao seu cliente, crimes ou contravenções, ou processado pela OAB.
a) Civilmente: Art. 32 EOAB. 
b) Penalmente: 
c) Disciplinar: 
Quebra do sigilo viola os 3.
Infrações e sanções disciplinares:
Punidas com censura (leves), suspensão (graves) (ambas com multa) e exclusão (gravíssimas).
Art. 35 EOAB. 
Pena de censura: infração de natureza leve; incisos I ao XVI e XXIX, violação ao Código de Ética de Direito; violação a preceito dessa lei quando não tiver estabelecido sanção mais grave.
OBS: A censura poderá ser convertida em uma simples advertência escrita, encaminhada ao advogado mediante ofício reservado, sem registro nos assentamentos, desde que presente atenuante (art. 40 EOAB).
O advogado pode continuar exercendo sua profissão, apesar da punição estabelecida, porém será registrada nos assentamentos do inscrito, deixando de ser primário.
Pena de suspensão: infração de natureza grave; cessação temporária, ou por tempo limitado, de uma atividade ou procedimento profissional em todo país. Está nos incs. XVII e XXV e reincidência.
Varia de 30 a 12 meses conforme os antecedentes profissionais, atenuantes, grau de culpa, circunstâncias e as consequências da infração. Mesmo se tiver atenuante, não converte, mas pode diminuir o tempo. Se reincidente, aumenta.
Uma vez suspenso, o advogado não pode exercer nenhum atividade privativa da advocacia, inclusive consultoria e assessoria jurídica.
Pode ser suspendido preventivamente, em caso de repercussão prejudicial à dignidade da advocacia, depois de ouvi-lo em sessão especial para a qual deve ser notificado a comparecer (art. 70, §3º).
Pena de exclusão: infração gravíssima; aplica-se quando teve 3x suspensão, em que exclui o advogado do quadro da OAB, ocorrendo após o trânsito em julgado da decisão que fixou com ratificação de 2/3 dos membros do Conselho competente. Sua inscrição será cancelada.
Não poderá advogar até que seja reabilitado.
Art. 36, p.ú. prevê a advertência. É um benefício aplicado
ao advogado que comete uma infração de natureza leve e possui alguma circunstância atenuante. Não é considerada para fins de reincidência.
Quando advogado sofre censura, pode continuar advogando, mas fica com a ficha suja. Suspenso ou excluído, não pode. Mas se comete uma infração leve e tem atenuante do art. 40 (primários, já exerceu cargo muito bem na OAB etc). Nesse caso, sofre uma advertência. Se houver essa conversão, a ficha fica limpa, mas terá anotada essa advertência para controle, porque se cometer outro, ai censura.
Art. 37, §2º e 3º → Será aplicada a suspensão por prazo indeterminado em 3 casos:
1 → deixar de pagar a OAB: anuidade, multa, preço de serviço... quando a oab descobrir, notifica para pagar em 15 dias. Se não paga, pune com suspensão até que pague, com juros e correção.
2 → deixar de prestar contas ao cliente.
3 → inépcia profissional: configurada quando o advogado comete erros reiterados de português ou processuais. Suspenso até prestar novas provas de habilitação. 
Multa: sanção acessória. Sempre acompanhada de censura ou suspensão quando houver circunstâncias agravantes, variando de 1 a 10 anuidades, não sendo aplicada isoladamente.
Qualquer outra que não esteja nos inc. Do art. 34 serão leves passíveis de censura.
OBS: as 3 (censura, exclusão e multa) devem constar dos assentamentos do inscrito após o trânsito em julgado da decisão e não poderá ser, em nenhuma hipótese, objeto de publicidade e de censura.
COMO SABER SE É SUSPENSÃO OU EXCLUSÃO:
$ - incis. XVIII, XIX, XX, XXI, XXIII
F – Fraudar lei
R – Reter abusivamente ou extrair autos recebidos com vista ou em confiança;
I – Incidir em erros reiterados que evidenciem inépcia profissional;
C – Conduta incompatível com a advocacia
F – falsa prova de requisito para inscrição na OAB (falsifica diploma);
I – Inidôneo para o exercício da advocacia;
C – Crime infamante.
Se tiver dinheiro ou FRIC → suspensão
Se FIC → Exclusão
Sobra: Censura – incs. I a XVI e os demais, não previstos nos incisos.
Atenuantes:
→ Falta cometida na defesa de prerrogativa profissional,ou seja, se demonstrar que agiu na defesa das prerrogativas concedidas legalmente aos advogados;
→ Ausência de punição disciplinar anterior;
→ Exercício assíduo e proficiente de mandato ou cargo em qualquer órgão da OAB;
→ Prestação de relevantes serviços à advocacia e à causa pública.
Agravantes:
→ reincidência e gravidade da culpa.
Reabilitação: se a infração se deu apenas no âmbito administrativo, é permitido ao condenado, requerer a sua habilitação, mediante comprovação efetiva de bom comportamento, depois de um ano após o cumprimento da pena. 
Se a sanção resultar da prática de crime, o pedido de reabilitação dependerá também da reabilitação criminal (art. 41, p.ú.)
Espécies de advogados:
Advogado associado: pode participar de mais de um escritório, sem estar sujeito a subordinação ou controla e sem qualquer outro vinculo, firmando para tanto, contrato de associação averbado no Conselho Seccional.
Não integrará como sócio na sociedade de advogados. Mas recebe honorários advocatícios e de sucumbência nas causas que atuou sozinho ou em conjunto.
Responde subsidiária e ilimitadamente pelos danos causados aos clientes, como as sociedades.
Advogado empregado: mantém um vínculo empregatício, na qualidade de advogado, com uma empresa ou com uma sociedade de advogados, em que presta serviços de advocacia, mantendo isenção técnica e independência profissional (art. 18) - trabalha da maneira como achar melhor, a peça cabível, o tipo de ação que deve entrar e tal.
p.ú. o advogado empregado não está obrigado à prestação de serviços profissionais de interresse pessoal dos empregadores, fora da relação de emprego. Ex: eu sou adv-empregado de um supermercado. Ai o patrão quer fazer o divórcio dele. Posso até fazer, mas cobra por fora, porque o salário é para serviço do mercado. 
Tem garantia dos dtos trabalhistas assegurados pela CF e pela CLT.
Art. 19. O salário mínimo profissional do advogado será fixado em sentença normativa, salvo se ajustado em acordo ou convenção coletiva de trabalho. NUNCA POR LEI.
Art. 20. A jornada de trabalho do advogado empregado, no exercício da profissão, não poderá exceder a duração diária de 4 horas contínuas e a de 20h semanais. SALVO, acordo ou convenção coletiva de trabalho ou caso de dedicação exclusiva (passa a ser de 8h/dia)
Via de regra, trabalha 4h/dia ou 20h/semana.
Art. 21. Nas causas em que for parte o empregador, ou pessoa por este representada, os honorários de sucumbência são devidos aos advogados empregados.
Tem a empresa com advogados empregados. E a lei diz que os honorários sucumbenciais são devidos aos advogados empregados e não ao dono da empresa.
Tem sociedade de advogado com advogados empregados. Os honorários sucumbenciais serão partilhados entre os advogados empregados e os sócios.
Poderão esses honorários ir para um fundo especial (poupança), usado em benefício dos próprios advogados. Ex: pagar anuidade, mestrado, congressos, livros.
As horas extras são pagas com add não inferior a 100% sobre o valor da hora normal.
É considerado período de trabalho todo o tempo em que o advogado estiver à disposição do empregador, aguardando ou executando ordens, no seu escritório ou em atividades externas, sendo reembolsados os gastos que tiverem com transporte, hospedagem e alimentação.
Proibido ao advogado-empregado exercer simultaneamente no mesmo processo, como patrono e preposto do empregador ou cliente.
Sociedade de advogados
Os advogados podem reunir-se em sociedade simples de prestação de serviço de advocacia ou constituir sociedade unipessoal de advocacia (art. 15 EAOAB).
Art. 37. Os advogados podem constituir sociedade simples, unipessoal ou pluripessoal, de prestação de serviços de advocacia, a qual deve ser regularmente registrada no Conselho Seccional da OAB em cuja base territorial tiver sede.
§1 º. As atividades profissionais privativas dos advogados são exercidas individualmente ainda que revertam à sociedade os honorários respectivos.
Só pode ser sócio de um escritório de advogado, o advogado. Não pode estagiário ou bacharel em dto ser sócio.
Natureza jurídica: Os advogados poderão reunir-se em sociedade simples, de prestação de servicos de advocacia. Sui generis porque segue as regras do Estatuto e não do CC.
Personalidade jurídica: precisam de registro dos atos constitutivos em órgão competente. No caso de sociedade de advogados, só pode ser feito o registro no Conselho Seccional do OAB no Estado em que estiver localizado o escritório.
Denominação: tem de ser composto por: 
→ nome pelo menos de um sócio + expressão que indique a finalidade daquele escritório.
Ex: Pedro Meira, Flávia Vidal e Tício das Couves. 3 advogados que vão montar uma sociedade de advogados. Possibilidades:
Flavia e advogados.
Meira, Vidal e das Couves, Advocacia.
Escritório de Advocacia Vidal e Meira.
Escritório jurídico Tício das Couves.
Flavia e Meira, sociedade de advogados (a OAB quer padronizar).
Quanto a sociedade unipessoal de advocacia, o nome deve ser obrigatoriamente formado pelo nome de seu titular, completo ou parcial, com a expressão: sociedade individual de advocacia, vedado sigla ou nome fantasia.
OBS:
Pode colocar a expressão &? Embora não esteja na lei, o provimento 102/06 da OAB, permite.
Se um dos sócios que tem utilizado seu nome, morre, apenas continua se houver previsão no ato constitutivo. Em vida tem que ter autorizado a manutenção do nome após a morte.
Não pode ter as denominações Ltda, Cia, SA. Mas S/S (sociedade simples) pode.
Não pode nome fantasia.
Flavia passou p Magistratura e Meira foi eleito prefeito. Pode permanecer o nome? Flavia cancela a OAB, porque o cargo é de alto escalão, não participa do legislativo e o cargo é definitivo. Já o Meira, de alto escalão, não sendo membro do Legislativo, e temporário, pede a licença. Pode permanecer o dele, enquanto o de Flávia
não mais.
Uma sociedade pode ser montada por prazo determinado ou indeterminado.
Outras considerações:
As procurações devem ser outorgadas individualmente aos advogados e mencionar a sociedade de advogados que façam parte. Ainda que tenha mais de um advogado na causa da parte, coloca eles, mas individualmente.
Advogados do mesmo escritório (da sociedade), não pode patrocinar cliente com interesses opostos.
No caso de falecimento do titular, exclusão dos quadros d OAB ou incompatibilidade definitiva, a sociedade individual é EXTINTA.
Só posso ser sócio de um escritório por Estado. No Rio de Janeiro, sou sócio de um escritório com 5 sócios (sede), resolvemos abrir uma filial em SP (mesmos sócios). Posso ter um escritório individual autônomo, se o contrato social da PJ permitir. Em MG posso ser sócio de uns mineiros, se não tiver nada. Não dá pra abrir filial da que tem em RJ em MG, tem de escolher um.
A filial deve ser averbado no registro da sociedade matriz e arquivado na filial.
Art. 17 EOAB. Além da sociedade, os sócios ou o titular de sociedade individual de advogado respondem subsidiária e ilimitadamente pelos danos causados aos clientes, por dolo ou culpa, por ação ou omissão, no exercício da advocacia, sujeitos ainda à responsabilidade disciplinar e penal que possam incorrer. Se um cliente sofre um prejuízo primeiro responde a sociedade, e os sócios de forma subsidiária serão atingidos e de forma ilimitada.
Deve ser combinado com o art. 40 RG → que acrescenta os associados.
Sociedade entre cônjuges: é permitida, qualquer que seja o regime de bens. Entretanto, ambos devem ser advogados inscritos no Conselho Seccional onde foi promovido o registro da sociedade.
Cooperação recíproca: é a união de advogados, cujo elo caracteriza-se pelo esforço comum, onde serão rateados as despesas com o escritório entre si. Porém, a prestação dos serviços advocatícios é individual, cada um possui sua própria clientela, suas próprias causas e seus próprios honorários. Não podem representar em juízo clientes com interesses opostos.
Sociedades irregulares: quando advogados trabalham em conjunto, constituindo uma verdadeira sociedade, mas não registraram na forma estabelecida pela legislação dos advogados, ou fez o registro em local impróprio. 
Das 20h até as 5 → adicional noturno de 25%.
Honorários advocatícios
Nome que se dá a contraprestação percebida pelo advogado pela prestação de serviço.
3 tipos de honorários pertecem ao advogado:
1. Pactuados ou convencionados → advogado e cliente acordam um valor. Pode ser feito por escrito ou de forma verbal. O CED recomenda escrito porque o verbal é mais difícil cobrar na justiça.
2. Arbitrados judicialmente → nos casos de briga. O juiz arbitra na sentença. Juiz nomeia um perito advogado que observará o piso da Tabela de honorários, o trabalho e valor econômico da questão. Mais utilizados quando no Estado não tem Defensoria Pública, ou tem mas está em greve, ou não tem defensor suficiente, ai a OAB indica advogados para atuar e ao final o juiz arbitra o valor de quanto o Estado deve pagar.
3. Sucumbenciais → pagos pela parte vencida ao advogado da parte vencedora. Também arbitrados em títulos extrajudiciais. É nula qualquer disposição , cláusula, regulamento ou convenção individual ou coletiva que retire do advogado o dto ao recebimento dos honorários de sucumbência.
Pode interpor recurso contra decisão que fixa honorários em valor insuficiente, pelo advogado.
Piso, teto e gratuidade: o advogado deve respeitar os valores da Tabela de Honorários Advocatícios, variáveis em cada Estado. Estabelece parâmetros para a fixação de honorários pertinentes e aceitáveis no mercado e estabelece seu piso, evitando concorrência desleal.
É infração disciplinar fixação irrisória de honorários (pena de censura). Já os valores fixados abusivamente sujeita a suspensão por locupletamento.
Advogado que presta serviço gratuito nos casos em que defende outro em processo oriundo de ato ou omissão praticado no exercício da profissão (solidariedade profissional) E na advocacia pro bono.
Forma de pagamento: é livremente pactuada entre as partes. Não há um critério rígido fixado em lei, porém na falta de convenção, será observado norma supletiva do Estatuto, prevendo a divisão do pagamento em 3 momentos, em partes iguais, quando se tratar de processo judicial:
1/3 no início da prestação de serviço;
1/3 após a decisão de 1 ª instância;
1/3 no final do processo.
Se for serviços extrajudiciais é na mesma proporção.
Formas judiciais de cobrança:
Sempre que fizer o contrato por escrito, é título executivo judicial. A forma é uma execução por quantia certa. Se de forma verbal, será uma ação de cobrança. 
OBS: Art. 25 EOAB. A ação de cobrança prescreve em 5 anos a contar:
do vencimento do contrato, se houver.
do transito em julgado da decisão que os fixar. Arbitrados judicialmente ou sucumbenciais.
da ultima ação do serviço extrajudicial. Se eu só fiz parecer jurídico, conto do último.
da desistência (por parte do cliente) ou da transação (entre as partes).
da renúncia (do advogado) ou da revogação (do cliente).
Art. 48. A prestação de serviços profissionais por advogado, individualmente ou integrado em sociedades, será contratada preferentemente por escrito.
§1º. O contrato de prestação de serviços de advocacia não exige forma especial, mas deve estabelecer com clareza e precisão o seu objeto, os honorários ajustados, a forma de pagamento.
§2º. A compensação de créditos, pelo advogado, de importâncias devidas ao cliente, somente será admissível quando o contrato de prestação de serviços a autorizar ou quando houver autorização especial do cliente para esse fim, por este firmada.
Eu posso pegar adiantado com o cliente 10 mil reais porque tenho que comprar passagem para ir ao STF, e presto contas depois. Só posso embolsar esse credito como honorário se previsto no contrato ou com autorização do cliente.
§3º. O contrato de prestação de serviços poderá dispor sobre a forma de contratação de profissionais auxiliares, bem como sobre o pagamento de custas e emolumentos, os quais, na ausência de disposição em contrário, presumem-se devam ser atendidos pelo cliente. Caso o contrato preveja que o advogado antecipe tais despesas, ser-lhe-á lícito reter o respectivo valor atualizado, no ato de prestação de contas, mediante comprovação documental.
Ex: o advogado contrata um perito e diz que por conta dele. Se o cliente não pagar, desconta do que eu tinha pedido “adiantado”.
§5º. É vedada, em qualquer hipótese, a diminuição dos honorários contratados em decorrência da solução do litígio por qualquer mecanismo adequado de solução extrajudicial.
§6º. Não pode cobrar abaixo da tabela. Se eu mudar de Estado, começo a olhar a tabela dele.
§7º.O advogado promoverá, preferentemente, de forma destacada a execução dos honorários contratuais ou sucumbenciais.
Elementos éticos para estipulação, acima do mínimo utiliza dessas hipóteses para aumentar o seu valor.
Art. 49. Os honorários profissionais devem ser fixados com moderação, atendidos os elementos seguintes:
I - a relevância, o vulto, a complexidade e a dificuldade das questões versadas; 
II - o trabalho e o tempo a ser empregados; 
III - a possibilidade de ficar o advogado impedido de intervir em outros casos, ou de se desavir com outros clientes ou terceiros; 
IV - o valor da causa, a condição econômica do cliente e o proveito para este resultante do serviço profissional;
V-o caráter da intervenção, conforme se trate de serviço a cliente eventual, frequente ou constante;dependendo se procura uma vez, cobra um valor bom.. frequente (ai faz desconto) e constante (tambem- cartão fidelidade); 
VI - o lugar da prestação dos serviços, conforme se trate do domicílio do advogado ou de outro; 
VII - a competência do profissional; 
VIII - a praxe do foro sobre trabalhos análogos. 
Art. 50. Cláusula quota litis → No contrato tem que colocar o valor em pecúnia,
coloca a cláusula dizendo que pode ser pago com o bem especificado (proporcional ao valor em pecúnia representado no contrato).
§1º.A participação do advogado em bens particulares do cliente só é admitida em caráter excepcional, quando esse, comprovadamente, não tiver condições pecuniárias de satisfazer o débito de honorários e ajustar com o seu patrono, em instrumento contratual, tal forma de pagamento.
§2º.Quando o objeto do serviço jurídico versar sobre prestações vencidas e vincendas, os honorários advocatícios poderão incidir sobre o valor de umas e outras, atendidos os requisitos da moderação e da razoabilidade.
Morte ou incapacidade: os honorários integram o patrimônio civil da pessoa do advogado, portanto, em caso de morte, transmite-se a seus sucessores legítimos.
Justiça do trabalho é competente para julgar ações de cobrança de honorários advocatícios, desde que ajuizada por advogado na condição de pessoa natural, pois a prestação do advogado não tem relação de consumo.
Art. 51. Os honorários de sucumbência e os honorários contratuais, pertencendo ao advogado que houver atuado na causa, poderão ser por ele executados, assistindo-lhe dto autônomo para promover a execução do capítulo da sentença que os estabelecer ou para postular, quando for o caso, expedição de precatório ou requisição de pequeno valor em seu favor. 
§1º No caso de substabelecimento, a verba correspondente aos honorários da sucumbência será repartida entre o substabelecente e o substabelecido, proporcionalmente à atuação de cada um no processo ou conforme haja sido entre eles ajustado. 
§2º Quando for o caso, a Ordem dos Advogados do Brasil ou os seus Tribunais de Ética e Disciplina poderão ser solicitados a indicar mediador que contribua no sentido de que a distribuição dos honorários da sucumbência, entre advogados, se faça segundo o critério estabelecido no § 1º.
§3º nos processos disciplinares, se houver divergência sobre os honorários de subumbência entre advogados, deverá ser tentada a conciliação pelo relator.
Art. 52. O crédito por honorários advocatícios, seja do advogado autônomo ou de sociedade de advogado, não autoriza o saque de duplicatas ou qualquer outro título de crédito de natureza mercantil, podendo, apenas, ser emitida fatura, quando o cliente assim pretender, com fundamento no contrato de prestação de serviços, a qual, porém, não poderá ser levada a protesto. Parágrafo único. Pode, todavia, ser levado a protesto o cheque ou a nota promissória emitido pelo cliente em favor do advogado, depois de frustrada a tentativa de recebimento amigável.
NÃO PODE SER LEVADA A PROTESTO
p.ú. pode protestar o cheque ou a nota promissória emitida pelo cliente em favor do advogado, depois de frustada a tentativa de recebimento amigável.
Art. 53. É lícito ao advogado ou sociedade de advogado, empregar cartão de crédito para recebimento de honorários, mediante credenciamento junto a empresa operadora do ramo. 
Art. 54. Havendo necessidade de promover arbitramento ou cobrança judicial de honorários, deve o advogado renunciar previamente ao mandato que recebera do cliente em débito.
Se eu precisar entrar com uma ação contra o meu cliente, tenho que sair da causa para entrar com a ação.
Órgãos da OAB
É formado por 4 órgãos: Conselho Federal, Conselhos Seccionais, Subseções e Caixa de Assistência de Advogados.
1.Conselho Federal (arts. 51 a 55, EAOAB e arts. 62 a 104, RG).
Órgão supremo da OAB; (órgão julgador).
Tem como sede é a capital do país, no caso é Brasília.
Composição → Art. 51, EAOAB. São conselheiros federais:
→ Integrantes das delegações de cada unidade federativa, 3 representantes de cada Estado. Cada Estado tem direito a 1 voto. Externa o voto da delegação. Cada voto é tomado pela maioria dos integrantes, ou seja, 3 representantes do Mato Grosso tem dto a 1 voto. Tem que se dar 3x0 ou 2x1. Se for apenas 2 pessoas no dia da eleição, tem de dar 2x0 porque se der 1x1, o voto deles não serão computados.
→ Ex-presidentes do Conselho Federal, na qualidade de membros de honorários vitalícios;
Estes na eleição, tem direito a voz. Aos que foram presidente até 1994 (onde os ex-presidentes tinham dto a 1 voto) podem votar, porque tem dto adquirido, pra frente tem apenas dto a voz. 
OBS: Presidente do conselho federal só vota se depois que todo mundo votar der empate. Tem o voto de minerva/ de desempate.
Competências do Conselho Federal
Art. 54, EAOAB.
Julga em última instância os recursos na OAB, representa a advocacia brasileira em congressos internacionais, pode intervir nos conselhos seccionais se houver irregularidades...
Faz a lista sêxtupla para encaminhamento de advogados para o quinto constitucional. Quem escolhe dos 6, é o chefe do Poder Executivo respectivo.
2.Conselhos Seccionais (arts. 56 a 59 EAOAB e arts. 105 a 114, RG). 
Sede: Estados, DF e Territórios. Se lei complementar criar Território no Brasil, obrigatoriamente cria um novo Conselho Seccional (cria-se por meio de resolução do Conselho Federal da OAB – art. 46, RG).
Tem ex presidente do conselho seccional também, com a voz e o voto, se antes de 1994. O número de conselheiros seccionais será proporcional ao número de advogados inscritos. 
Ou seja, o art. 106 RG, determina que se no Estado tiver abaixo de 3 mil advogados, pode ter até 30 conselheiros. 
Se acima de 3 mil advogados, coloca mais um a cada grupo completo de 3 mil que forem se formando, até o número máximo de 80. 1 grupo completo é 3 mil, coloco +1, se entrar mais um grupo de 3 mil (totalizando 6 mil) +1...
Competências → art. 58, EAOAB. Elabora a tabela mínima dos honorários advocatícios, estipulação do valor da anuidade daquele Estado, podem criar ou intervir nas Subseções. 
*Funcionam como Tribunais de Recurso: as decisões tomadas por Presidente de Conselho Seccional, Diretoria de Conselho Seccional, Diretoria do Caixa e Assistência de Advogados, Diretoria de Subseção, Tribunal de Ética e Disciplina (tipos “1ª instância”) serão revistas em segunda instância pelo Conselho Seccional. E daqui pode se recorrer para o Conselho Federal. 
Quando se tratar de Tribunal Estadual fará a lista sêxtupla para o quinto constitucional.
3.Subseções (arts. 60 e 61, EAOAB e arts. 115 a 120, RG).
São órgãos autônomos dos Conselhos Seccionais, que funcionam como extensões, tendo como finalidade a descentralização de algumas atividades destes.
Tem como sede: um Município, mais de um Município ou parte de um Município.
Para que uma Subseção seja criada, tem que se ter pelo menos 15 advogados domiciliados profissionalmente.
Se houver mais de 100 advogados, pode ser criado um Conselho de Subseção, dentro da Subseção. Se tiver → art. 61, p.ú EAOAB. Ex: receber um pedido de inscrição no quadro de advogados e estagiários. Receber representação contra advogado/estagiário, vai emitir um parecer prévio, mas na hora de julgar vai para o Conselho Seccional. 
Único órgão da OAB que não tem personalidade jurídica própria. Mesmo tendo Conselho de Subseção. 
4.Caixa de Assistência de Advogados (arts. 62, EAOAB e arts. 121 a 127, RG).
Tem finalidade de assistir advogado, prestar assistência, aos benefícios que tem. E é responsável por buscar benefícios para eles também. Ex: desconto em restaurante, passagens aéreas, planos de saúde etc.
Para que um Conselho Seccional crie uma CAA, tem de ter mais de 1500 inscritos e estudo da viabilidade de se criá-la (custo-benefício).
Art. 45, EAOAB. OAB tem personalidade jurídica. Nesse caso, a personalidade jurídica da OAB se revela por meio de seus órgãos com exceção da Subseção.
Art. 44, §4 º. Diz que a CAA tem personalidade jurídica
Eleições e mandatos (arts. 63 a 67, EAOAB e 128 a 137, RG)
O voto é obrigatório para todos os advogados inscritos, inclusive os maiores de 70 anos, sob pena de multa equivalente a 20% de uma anuidade, salvo ausência justificada por escrito.
As eleições são diretas (salvo para Presidente Nacional da OAB) realizadas de 3 em 3 anos,
em TODOS os Conselhos Seccionais, na segunda quinzena de novembro.
O cargo de conselheiro ou de membro da diretoria de órgão da OAB é de exercício gratuito e obrigatório, considerado serviço público relevante, inclusive para fins de disponibilidade e aposentadoria.
Conselho Seccional até 60 dias antes convocará os advogados por meio de edital resumido publicado na imprensa oficial, vez que eles tem a responsabilidade de promover a ampla divulgação das eleições.
Requisitos de elegibilidade → advogado com inscrição principal ou suplementar na Seccional, em efetivo exercício há mais de 5 anos, e estar em dia com as anuidades na data de protocolo do pedido de registro de candidatura. Consideram regulares aqueles que parcelaram seus débitos e estão adimplentes com a quitação das parcelas.
Inelegibilidade → mesmo regularmente inscritos, exercem função ou cargo incompatíveis com a advocacia, cargos em comissão de livre nomeação e exoneração pelos Poderes Públicos, ainda que compatíveis com o exercício da advocacia; tenham recebido sanção disciplinar transitada em julgada, salvo se reabilitado.
As eleições são feitas por meio de chapas (time que vai concorrer). A diretoria integra:
→ Presidente de Conselho Seccional;
→ Vice-presidente;
→ Secretário geral;
→ Secretário geral adjunto;
→ Tesoureiro 
Integra ainda na chama o rol de:
→ Conselheiros seccionais;
→ Diretoria da Caixa de Assistência dos Advogados;
→ 3 nomes de advogados que representarão no Conselho Federal.
Se houver vacância entre esses integrantes, a escolha será feita pelo próprio Conselho Seccional.
Vota 2 vezes, porque além dessa chapa, tem que escolher uma chapa que vai concorrer a diretoria da Subseção. A chama que tiver a maioria dos votos, será eleita.
Posse:
Conselhos Seccionais: 1º de janeiro
Conselho Federal: 1º de fevereiro.
No dia 31 de janeiro, os 3 de cada Estado se reunirão e escolherão entre eles a diretoria do Conselho Federal. Mesmos nomes da chapa do Seccional. 
Contudo, o Presidente do Conselho Federal, não precisa ser escolhido entre os 3 de cada Estado. 
Art. 66, EAOAB. Extinção dos mandatos:
→ Atividade incompatível com a advocacia;
→ Sofrer qualquer punição disciplinar pela OAB, qualquer uma.
→ Faltar 3 reuniões consecutivas ordinárias de cada órgão deliberativo do conselho ou da diretoria da Subseção ou CAA.
Processo Disciplinar (art. 55 e ss do CED e art. 70 e ss EAOAB).
O poder de punir disciplinarmente os inscritos na OAB compete exclusivamente ao Conselho Seccional em cuja base territorial tenha ocorrido a infração.
O processo disciplinar tem início por meio de uma representação, que pode ser feita por qualquer pessoa, ou de ofício, instaurado desde que obtida por meio idôneo ou em virtude de comunicação da autoridade competente, vedado o anonimato.
Se por representação é encaminhada ao Presidente da OAB (pode ser do Conselho Seccional, Subseção ou do Tribunal de Ética e Disciplina). Recebida a representação, o Presidente designará um relator para presidir a instrução crimal que pode, em 30 dias:
	propor o arquivamento; (não arquiva, só sugere, nos dois casos) → vai para o presidente da OAB que pode arquivar. Cabe recurso para o pleno do Conselho Seccional.
	propor a instauração → o presidente instaura o processo. Instaurado o procedimento disciplinar, o relator determinará notificação do advogado para apresentar defesa prévia, no prazo de 15 dias. Essa notificação se dará através de correspondência, com aviso de recebimento, enviada para o endereço profissional ou residencial cadastrado.
Se não for encontrado, ou ficar revel, será designado defensor dativo que pode fazer a defesa por negativa geral. A consequência da revelia é a nomeação do defensor dativo, não importa em presunção de verdadeiros todos os fatos articulados na representação.
Se apresentar defesa, depois dela o relator pode propor o arquivamento. Ex: o processo é porque não prestei contas ao cliente e na defesa eu demonstro documentos de que prestei sim. 
OU pode entender que deve seguir o processo e designa audiência. Ouvidas até 5 testemunhas para cada parte. As de acusação são arroladas na representação. 
Depois da audiência → faz relatório (parecer premilinar) e encaminha para julgamento no Tribunal de Ética e Disciplina dando enquadramento legal aos fatos imputados → razões finais, no prazo comum de 15 dias → Desse julgamento, cabe recurso, no prazo de 15 dias, para o Conselho Seccional ou Pleno do Conselho → cabe recurso dessa decisão, no prazo de 15 dias se a decisão do Conselho Seccional não for unânime, ou se unânime, contraria o EAOAB, RG, CED, decisão de outro Conselho Seccional ou do Conselho Federal → Conselho Federal.
Em regra os prazos são de 15 dias. Foi instituído Diário eletrônico da OAB.
Ao processo disciplinar da OAB se aplica subsidiariamente as regras do processo penal, quando faltar regra.
Aos demais processos da OAB, que não sejam disciplinares → Processo administrativo e processo civil nesta ordem.
Recursos na OAB tem efeito suspenso, exceto recursos referentes a eleições, escusão com base em falsa prova ou contra suspensão preventiva.
Competência: 
Regra (art. 70, caput, EAOAB) → local da infração. Se eu sou advogado do RJ, e vou p Bahia fazer uma audiência, e lá cometo uma infração. A competência é da Bahia, mesmo que o advogado não tenha inscrição lá.
Exceções:
Art. 70, parte final do EAOAB → A competência será originária no CF para processar e julgar presidentes de CS, conselheiro federal, advogado que ofender o CF. Advogados detentores da medalha Rui Barbosa, maior homenagem da OAB, tem foro por prerrogativa de função, sendo processado dto no Conselho Federal.
Art. 70, §3 º EAOAB → Será do Tribunal de Ética e Disciplina do Conselho Seccional onde o advogado tem inscrição principal quando houver necessidade de ser aplicada uma suspensão preventiva.
Advogado é suspenso antes de ter o dto de defesa, aplicado quando se envolver em situação que possa vir a causar repercussão a dignidade da advocacia. Ex: advogado que foi filmado entrando numa delegacia entregando uma mala de dinheiro ao delegado, que foi filmado e postado gerando repercussão. Intimou o advogado para se defender dessa provável suspensão preventiva, para que não seja suspenso. 
Aplicada a suspensão preventiva, o processo disciplinar deve ser concluído no prazo máximo 90 dias.
Prescrição (art. 43, caput, EAOAB) → A pretensão à punibilidade das infrações disciplinares prescreve em 5 anos, a contar da constatação oficial do fato pela OAB.
Exceção (§1º) → prazo da prescrição intercorrente. Se o processo ficar parado por mais de 3 anos, aguardando despacho ou julgamento o processo será arquivado. O relator responsável que deixou parado será punido.
Casos de interrupção da prescrição (art. 43, §2 º EAOAB):
I- pela instauração de processo disciplinar ou pela notificação válida feita diretamente ao representado. O prazo inicia do zero.
II- pela decisão condenatória recorrível de qualquer órgão julgador da OAB. Não cabe no Conselho Federal porque não é recorrível.
Revisão Disciplinar cabível como a Revisão Criminal, sendo a favor do representado (advogado acusado), quando houver erro de julgamento ou condenação baseada em prova falsa.
Do sigilo → Enquanto o processo disciplinar estiver tramitando, deve ocorrer em sigilo, até seu término. Porém as partes, terão acesso às informações, assim como seus defensores e autoridade judiciária competente. O sigilo cessa após o término do julgamento, quando as penas se tornam públicas.
Conferência Nacional da Advocacia Brasileira (art. 145 a 150 RG):
É órgão de consulta máximo do Conselho Federal da OAB, que objetiva debater questões e problemas que digam respeito às finalidades da OAB e ao congraçamento dos advogados.
Ao final das Conferências, tiram-se conclusões contributivas, de caráter recomendativo aos respectivos Conselhos, não tendo caráter vinculante.
Congresso que se realiza de 3 em 3 anos. Debate
assuntos referente a advocacia. Realiza no segundo ano do mandato.
Ex: 2018 foi ano de eleição, 2019 é o primeiro ano do mandato – aqui decide o local, tema e data, em 2020 vai ser o segundo ano do mandato.
Formam enunciados através dos votos de seus membros.
Membros da CNAB (art. 146, RG): 
→ Efetivos: presidentes e conselheiros presentes; advogados e estagiários que se inscreverem. 
→ Convidados: São as pessoas a quem a Comissão Organizadora concede tal qualidade, sem dto a voto, salvo se for advogado. Ex: professor de dto que não seja advogado, um Ministro..
Quem pode votar para formar essas jurisprudências? Todos os membros efetivos e apenas o convidado se for advogado.
Medalha Rui Barbosa (art. 152 RG)
Maior homenagem que a OAB presta a uma grande personalidade da advocacia brasileira, concedida uma única vez a cada 3 anos pelo Conselho Federal da OAB, ou seja, no prazo do mandato, em sessão solene. Esse advogado agraciado tem dto a participar das sessoes do conselho federal com dto a VOZ.
Tem prerrogativa de foro funcional → processado pelo CF.
Finalidades da OAB: (art. 44 EAOAB e art. 44 do RG).
I- finalidades institucionais: OAB como instituição agindo no seu mundo exterior. Defender a Constituição; a ordem jurídica do Estado Democrático de Dto; dtos humanos; Justiça social e pugnar pela boa aplicação das leis, pela rápida administração da Justiça e pelo aperfeiçoamento da cultura e das instituições jurídicas.
Comissões obrigatórias: art. 109, §2º RG. Comissão de dtos Humanos, Comissão de Estágio e Exame de Ordem, Orçamentos e Contas.
II- finalidades corporativas: a OAB dentro do seu próprio corpo. Promover com exclusividade a representação, a defesa, a seleção e disciplina dos advogados em toda a República Federativa do Brasil. Havendo questão referente a advogado empregado atua o sindicato.
É finalidade também da OAB participar dos concursos públicos previstos na Constituição e nas leis, em todas as suas fases, através de representante do Conselho competente, designado pelo Presidente.
Código de Ética e Disciplina da Ordem dos Advogados.
Ato normativo criado pelo Conselho Federal.
Art. 7, XIII. Novidade no EAOAB. O advogado também tem aceso mesmo sem procuração aos processos eletrônicos, salvo se em segredo de justiça.
Preâmbulo: texto inaugural antes mesmo do art. 1 º do CED, que traz os princípios norteadores da ética e disciplina (formam a consciência profissional do advogado e representam imperativos de sua conduta)
Advogados são obrigados a obedecer o CED. Porque apesar de ato normativo, o Estatuto, no art. 33 obrigam rigorosamente os mandamentos desse Código. 
Regras éticas:
Art. 1º. O exercício da advocacia exige conduta compatível com os princípios da moral individual, social e profissional e as legislações (CED, EAOAB..)
Múnus Público → está ligado a concepção da advocacia como um serviço público e por sua relevante função social. É serviço público, na medida em que o advogado participa necessariamente da adminsitração pública da justiça, sem que seja agente estatal; cumpre uma função social, na medida em que não é simples defensor judicial do cliente, mas tendo em mente que o interesse individual que patrocina deve estar pautado no interesse social.
O advogado exerce função SOCIAL, de acordo com o ESTATUTO.
De acordo com o CED exerce função PÚBLICA.
Deveres do advogado:
O advogado, indispensável à administração da Justiça, é defensor do Estado Democrático de Direito, dos direitos humanos e garantias fundamentais, da cidadania, da moralidade, da Justiça e da paz social, cumprindo-lhe exercer o seu ministério em consonância com a sua elevada função pública e com os valores que lhe são inerentes.
São DEVERES DO ADVOGADO: I - preservar, em sua conduta, a honra, a nobreza e a dignidade da profissão, zelando pelo caráter de essencialidade e indispensabilidade da advocacia; II - atuar com destemor (sem medo), independência, honestidade, decoro, veracidade, lealdade, dignidade e boa-fé; III - velar por sua reputação pessoal e profissional; IV - empenhar-se, permanentemente, no aperfeiçoamento pessoal e profissional; V - contribuir para o aprimoramento das instituições, do Direito e das leis; VI - estimular, a qualquer tempo, a conciliação e a mediação entre os litigantes, prevenindo, sempre que possível, a instauração de litígios; VII - desaconselhar lides temerárias, a partir de um juízo preliminar de viabilidade jurídica; 
OBS: VII. Evitar a aventura judicial (coisa que sabe que vai perder). Lide temerária: Junto com o cliente altera a verdade dos fatos ao propor uma ação.
Acordo procura a parte contrária para fazer acordo, pois deve ser entre advogados e com o cliente sabendo.
ABSTER-SE de: a) utilizar de influência indevida, em seu benefício ou do cliente; b) vincular seu nome ou nome social a empreendimentos sabidamente escusos; (NR)2 c) emprestar concurso aos que atentem contra a ética, a moral, a honestidade e a dignidade da pessoa humana; d) entender-se diretamente com a parte adversa que tenha patrono constituído, sem o assentimento deste; e) ingressar ou atuar em pleitos administrativos ou judiciais perante autoridades com as quais tenha vínculos negociais ou familiares; f) contratar honorários advocatícios em valores aviltantes. IX - pugnar pela solução dos problemas da cidadania e pela efetivação dos direitos individuais, coletivos e difusos; X - adotar conduta consentânea com o papel de elemento indispensável à administração da Justiça; XI - cumprir os encargos assumidos no âmbito da Ordem dos Advogados do Brasil ou na representação da classe; XII - zelar pelos valores institucionais da OAB e da advocacia; XIII - ater-se, quando no exercício da função de defensor público, à defesa dos necessitados.
Art. 4, p.ú. É legítima a recusa, pelo advogado, do patrocínio de causa e de manifestação, no âmbito consultivo, de pretensão concernente a direito que também lhe seja aplicável ou contrarie orientação que tenha manifestado anteriormente. Quando todos entram contra a empresa e um recusa, e este que recusa é contratado para atuar na causa. Não é obrigado.
Das relações com o cliente: 
Art. 9. O advogado deve informar o cliente, de modo claro e inequívoco, quanto a eventuais riscos da sua pretensão, e das consequências que poderão advir da demanda. Deve, igualmente, denunciar, desde logo, a quem lhe solicite parecer ou patrocínio, qualquer circunstância que possa influir na resolução de submeter-lhe a consulta ou confiar-lhe a causa.
É dever do advogado informar ao cliente, com clareza, sobre os riscos da demanda e as consequências que poderão advir com desta, é o primeiro a ser observado.
O advogado ser o mais claro possível, não prometer o que não pode fazer.
Art. 12. A conclusão ou desistência da causa, tenha havido, ou não, extinção do mandato, obriga o advogado a devolver ao cliente bens, valores e documentos que lhe hajam sido confiados e ainda estejam em seu poder, bem como a prestarlhe contas, pormenorizadamente, sem prejuízo de esclarecimentos complementares que se mostrem pertinentes e necessários.
Recusando-se o advogado injustificadamente, sujeito a infração disciplinar de suspensão.
A parcela dos honorários paga pelos serviços até então prestados, não se inclui entre o valores a serem recebidos.
Art. 14. O advogado não deve aceitar procuração de quem já tenha patrono constituído, sem prévio conhecimento deste, salvo por motivo plenamente justificável ou para adoção de medidas judiciais urgentes e inadiáveis. 
Art. 16. § 1º A renúncia ao mandato não exclui responsabilidade por danos eventualmente causados ao cliente ou a terceiros. § 2º O advogado não será responsabilizado por omissão do cliente quanto a documento ou informação que lhe devesse fornecer para a prática oportuna de ato processual do seu interesse.
Art. 19. Os advogados integrantes da mesma sociedade profissional, ou reunidos em caráter permanente para cooperação recíproca, não podem representar, em juízo
ou fora dele, clientes com interesses opostos. Infração disciplinar.
Art. 20. Sobrevindo conflito de interesses entre seus constituintes e não conseguindo o advogado harmonizá-los, caber-lhe-á optar, com prudência e discrição, por um dos mandatos, renunciando aos demais, resguardado sempre o sigilo profissional. 
Se eu sou procurado para trabalhar em divorcio amigável e no meio dele vira litigioso. Bastava um para o casal – jurisdição voluntária. A partir do momento que torna litigioso, vai um advogado p cada, porque os interesses estão conflitantes.
Art. 21. O advogado, ao postular em nome de terceiros, contra ex-cliente ou exempregador, judicial e extrajudicialmente, deve resguardar o sigilo profissional. 
Não pode ser nas mesmas causas que eu advogava p ele. Ex: eu sou advogado do Itaú, saio de lá e abro um escritório pra advogar contra vários bancos, inclusive Itaú, pode, mas em novas causas e não nas que trabalhei, porque configura crime de tergevesação (art. 355 CP).
Art. 23.É direito e dever do advogado assumir a defesa criminal, sem considerar sua própria opinião sobre a culpa do acusado.
Não deve considerar a opinião pessoal sobre a culpa do acusado.
p.ú. Não há causa criminal indigna de defesa.
Art. 24. O advogado não é obrigado a aceitar imposição de seu cliente que pretenda vê-lo atuando outros advogados, nem fica na contingência de aceitar a indicação de outro profissional para com ele trabalhar no processo.
Eu vou ser procurado por um cliente, mas quer que eu trabalhe com um advogado que eu nem conheço. Não sou obrigado.
Art. 25. É defeso ao advogado funcionar no mesmo processo, simultaneamente, como patrono e preposto do empregador ou cliente. 
O advogado, no exercício da sua profissão, deve sempre manter a sua independência em qualquer circunstância, sem o receio de desagradar o magistrado ou qualquer outra autoridade, nem de incorrer em impopularidade, cabendo ao advogado responsabilizar pelos atos que praticar com dolo ou culpa.
Litigância de má-fé → aquele que atuando em juízo como autor, réu ou interveniente o faz de maneira malévola com a parte adversa, como também o Estado-juiz. Responde por perdas e danos. O juiz condenará de ofício ou a requerimento da parte a: multa de 1 a 10% do valor corrigido da causa, indenização se houver dano, honorários advocatícios e as despesas que efetuou.
Dever de urbanidade → Art. 27. O advogado observará, nas suas relações com os colegas de profissão, agentes políticos, autoridades, servidores públicos e terceiros em geral, o dever de urbanidade, tratando a todos com respeito e consideração, ao mesmo tempo em que preservará seus direitos e prerrogativas, devendo exigir igual tratamento de todos com quem se relacione. 
Esse dever deve ser observado nos atos e manifestações relacionados aos pleitos eleitorais no âmbito da OAB.
Art. 28. Consideram-se imperativos de uma correta atuação profissional o emprego de linguagem escorreita e polida, bem como a observância da boa técnica jurídica. 
Art. 29. O advogado que se valer do concurso de colegas na prestação de serviços advocatícios, seja em caráter individual, seja no âmbito de sociedade de advogados ou de empresa ou entidade em que trabalhe, dispensar-lhes-á tratamento condigno, que não os torne subalternos seus nem lhes avilte os serviços prestados mediante remuneração incompatível com a natureza do trabalho profissional ou inferior ao mínimo fixado pela Tabela de Honorários que for aplicável. 
A relação entre advogado e cliente baseia-se na confiança recíproca e honestidade. Sentindo o advogado que essa confiança lhe falta, é recomendável que externe ao cliente sua impressão e, não se dissipando as dúvidas existentes, promova, em seguida, o substabelecimento do mandato ou a ele renuncie.
No exercício do mandato, o advogado atua como patrono da parte, cabendo-lhe imprimir à causa orientação que lhe parecer mais adequada, sem se subordinar a intenções contrárias do cliente. Entretanto, procurará esclarecê-lo sobre a estratégia traçada.
Diante de dificuldades insuperáveis ou inércia do cliente em providência que lhe tenham sido solicitadas, o advogado poderá renunciar ao mandato. Renúncia é indicada para que o advogado não incorra no erro de deixar ao abandono ou desamparo as causas de seu patrocínio.
Mandato judicial
Mandato é um contrato através do qual alguém recebe poderes de outra pessoa para, em seu nome, executar atos de efeitos jurídicos ou administrar interesses.
Mandato e procuração não se confundem. Na procuração, que é instrumento por escrito do mandato, estão os poderes conferidos, com a procuração outorga o mandato.
O início do mandato dá-se com a assinatura do instrumento de procuração. O advogado não deve aceitar procuração de quem já tenha patrono constituído, sem prévio conhecimento deste, salvo por motivo plenamente justificável ou para adoção de medidas judiciais urgentes e inadiáveis (art. 14 CED).
Existe a possibilidade de atuar sem procuração, mas em caso de urgência, concedendo o juiz, prazo de 15 dias para que o advogado insira nos autos o instrumento de mandato, prorrogado por igual período desde que requerida e deferida. Não precisa de prova para requerer prorrogação.
Extinção do mandato: não se extingue pelo decurso de tempo , salvo se contrário for consignado no respectivo instrumento (art. 18).
	Renúncia: uma vez que a relação entre cliente-advogado torna-se insustentável, o advogado tem o direito de renunciar aos poderes de representação recebidos pelo cliente, entretanto, deve permanecer em seu pleno exercício durante o período de 10 dias, seguintes à notificação da renúncia, salvo quando o cliente substituir antes. O advogado deve dar ciência inequívoca ao cliente da renúncia, preferencialmente por meio de carta com aviso de recebimento, dando em seguida, conhecimento ao juízo da causa. Não precisa justificar o porque da renúncia ao cliente ou ao juiz.
	Revogação: Ato unilateral do cliente. Sendo necessário a ciência inequívoca do advogado por notificação judicial, extrajudicial, carta com aviso de recebimento. O cliente que revogar o mandato judicial não fica desobrigado ao pagamento das verbas honorárias contratadas, bem como não retira o direito do advogado de receber o que lhe seja devido em eventual verba honorária de sucumbência (art. 17 CED). Seja em renúncia ou revogação, o advogado faz jus aos honorários contratuais e decorrentes de verba honorária de sucumbência proporcional ao trabalho realizado.
	Forma presumida: a conclusão da causa ou arquivamento do processo presumem a extinção. O arquivamento presume-se cessado o mandato.
	Substalecimento sem reserva de poderes.
Substabelecimento → o advogado que recebeu poderes do cliente pode transferi-los para outro advogado através deste instrumento.
→ COM reserva de poderes: “COM mãos dadas”. É ato pessoal do advogado da causa, não preciso avisar o cliente. Os honorários devem ser ajustados antecipadamente com o substabelecente (art. 26, §2º). O primeiro advogado constituído estente os poderes ao novo advogado, dividindo com o substabelecido todos os poderes recebidos do outorgante. O advogado permanece na causa.
OBS: É vedado o substabelecido cobrar diretamente do cliente honorários advocatícios, sem intervenção e anuência do advogado substabelecente.
→ SEM reserva de poderes: “SEM mãos dadas”; o advogado transfere os poderes recebidos do outorgante ao substabelecido, extinguindo o contrato de mandato com ele e o cliente, deixando de ser patrono na demanda. EXIGE O PRÉVIO E INEQUÍVOCO CONHECIMENTO DO CLIENTE (art. 26, §1º).
Os honorários advocatícios são devidos pelo cliente ao advogado substabelecente até o momento em que este permaneceu no processo. Porém, a proporção da partilha dos honorários de sucumbência deve ser combinada entre os advogados substabelecente e substabelecido.
Advocacia pro bono: 
Art. 30. O advogado empregará o zelo e a dedicação habituais, quando do exercício da advocacia pro bono,

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