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FACULDADE SUPERIOR DE EDUCAÇÃO PROGRAMUS – ISEPRO 
BACHARELADO EM SERVIÇO SOCIAL 
 
 
 
 
 
VALÉRIA LÍLIA FERNANDES DE MORAES 
 
 
 
 
 
 
 
 
UM ESTUDO DO EXERCÍCO PROFISSIONAL DO ASSISTENTE SOCIAL NO 
NÚCLEO DE APOIO À SAÚDE DA FAMÍLIA –NASF EM ÁGUA BRANCA-PI 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ÁGUA BRANCA – PI 
2019 
 
 
VALÉRIA LÍLIA FERNANDES DE MORAES 
 
 
 
 
 
 
 
UM ESTUDO DO EXERCÍCO PROFISSIONAL DO ASSISTENTE SOCIAL NO 
NÚCLEO DE APOIO À SAÚDE DA FAMÍLIA –NASF EM ÁGUA BRANCA-PI 
 
 
Trabalho de conclusão de curso 
apresentado a Faculdade Superior de 
Educação PROGRAMUS-ISEPRO como 
um dos pré-requisitos para obtenção do 
grau de Bacharelado em Serviço Social. 
Orientadora: Patrícia Maria Macedo de 
Moura 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ÁGUA BRANCA -PI 
2019 
 
 
 
 
VALÉRIA LÍLIA FERNANDES DE MORAES 
 
 
 
 
 
UM ESTUDO DO EXERCÍCO PROFISSIONAL DO ASSISTENTE SOCIAL NO 
NÚCLEO DE APOIO À SAÚDE DA FAMÍLIA –NASF EM ÁGUA BRANCA-PI 
 
 
 
 
Trabalho de conclusão de curso 
apresentado a Faculdade Superior de 
Educação PROGRAMUS-ISEPRO como 
um dos pré-requisitos para obtenção do 
grau de Bacharelado em Serviço Social. 
 
 
 
 
APROVADA EM: ___________ de ________________ de 2019 
 
 
 
_______________________________________________________ 
Presidente 
_______________________________________________________ 
Avaliador 
_______________________________________________________ 
Avaliador 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedico este trabalho: 
A Deus em primeiro lugar, que esteve 
comigo em todos os momentos. Aos 
meus pais e meu irmão, que são 
minha base e meu apoio. 
Aos meus amigos e a todos que 
contribuíram direta e indiretamente 
para a realização deste trabalho. 
 
 
 
 AGRADECIMENTOS 
Primeiramente agradeço a Deus por ter me dado forças, saúde, coragem e 
principalmente disposição para chegar até aqui e superar todas as dificuldades que 
apareceram no decorrer deste curso. O que não foi fácil. 
A minha orientadora Patrícia Macedo, pela orientação, confiança e apoio durante 
o curso e elaboração deste trabalho. 
Quero agradecer imensamente a minha mãe Francilene, meu Pai Manoel (in 
memoriam), meu irmão Wagner, meu namorado Luan e a todos que torceram por mim 
e que contribuíram para os meus estudos. 
A todos que fizeram parte da minha formação, meu muito obrigado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO 
 
A função do assistente social no NASF é de suma importância para as políticas 
públicas, com a ação do planejamento, execução e gestão de políticas públicas, 
atuação em programas, projetos e serviços sociais. Nesta perspectiva, o profissional 
em Serviço Social tem integrado equipes multidisciplinares de acompanhamento, 
monitoramento e controle, para adequações e transformações sociais e culturais. A 
presente monografia visa estudar a atuação do Assistente Social no NASF da cidade 
de Água Branca- PI. A metodologia da presente pesquisa caracterizou-se inicialmente 
como pesquisa bibliográfica e documental com os autores Polignano (2001), Teixeira 
(2014), Bravo (2009), Nogueira (2002), Paim (2009), entre outros para o 
embasamento teórico com análises em documentos, artigos científicos e sites e com 
a pesquisa-campo no NASF da cidade de Água Branca-PI para a coleta de dados e 
aplicação do questionário para obter a análise de dados. O objetivo geral da pesquisa 
é analisar o trabalho da assistente social junto a equipe multidisciplinar do NASF-
AB.Com a realização pretende-se relatar a importância do assistente social e seu 
exercício profissional na equipe do Nasf-AB. 
 
Palavras-Chave: Assistência Social, NASF, Saúde Pública. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
The role of the social worker in the NASF is of paramount importance to public policies, 
with the action of planning, execution and management of public policies, acting in 
programs, projects and social services. In this perspective, the professional in Social 
Work has integrated multidisciplinary teams of monitoring, monitoring and control, to 
adaptations and social and cultural transformations. This monograph aims to study the 
performance of the Social Worker at NASF in the city of Água Branca - PI. The 
methodology of the present research was initially characterized as bibliographic and 
documentary research with the authors Polignano (2001), Teixeira (2014), Bravo 
(2009), Nogueira (2002), Paim (2009), among others for the theoretical basis with 
analyzes. in documents, scientific articles and websites and with field research at 
NASF of Água Branca-PI for data collection and application of the questionnaire to 
obtain data analysis. The general objective of the research is to analyze the work of 
the social worker with the NASF-AB multidisciplinary team. With the purpose of this 
work is to report the importance of the social worker and his professional practice in 
the Nasf-AB team.. 
 
Keywords: Social Assistance, NASF, Public Health. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................09 
2 REFERENCIAL TEÓRICO.................. ...................................................................10 
2.1 Antecedentes da ação estatal e conjuntura da ditadura militar.......................10 
2.2 Reforma Sanitária no Brasil...............................................................................11 
2.3 Constituição do Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil...............................14 
2.4 Política Nacional de Atenção Básica (PNAB) ...................................................16 
3 SERVIÇO SOCIAL NO NASF-AB...........................................................................19 
3.1 Serviço Social no Brasil- A Inserção da Profissão na Saúde.........................19 
3.2 O surgimento dos Núcleos de Apoio à Saúde da família (NASF) ....................20 
3.3 NASF: Princípios E Diretrizes Gerais............................................................... 23 
3.4 O exercício profissional do assistente social nesse espaço sócio-
ocupacional...............................................................................................................25 
4. O TRABALHO DO ASSISTENTE SOCIAL JUNTO A EQUIPE 
MULTIDISCIPLINAR DO NASF-AB..........................................................................26 
4.1 Breve Histórico do NASF-AB de Água Branca – PI...........................................26 
4.2 Compreensão do NASF-AB sobre o trabalho do Assistente Social................27 
5 METODOLOGIA......................................................................................................31 
6 ANÁLISE DE DADOS.............................................................................................32 
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................................38 
 REFERÊNCIAS 
 APÊNDICE
9 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
A mudança do modelo assistencial com foco na doença para que esse seja o 
modelo assistencial voltado para a saúde, é uma luta que vem se estruturando no 
Brasil. Com a proposta da Reforma Sanitária a saúde tem uma nova concepção, 
considerada também como melhores condições de vida e de trabalho, ou seja, com 
ênfase nos determinantes sociais. 
Nessa lógica, os mais diversos profissionais sãochamados para atuarem nos 
variados segmentos da saúde, contribuindo assim para a melhoria da qualidade de 
vida da população. O NASF surge como apoio as ESF e consigo traz o Assistente 
Social, profissional capaz de trabalhar com questão social nas suas mais variadas 
expressões, e atuarem na defesa dos direitos sociais, visando qualificar a atenção à 
saúde e melhorar a sua resolutividade. Diante disso, pretende-se realizar este trabalho 
a partir da seguinte problemática: Como se dá o trabalho do Assistente Social junto a 
equipe multidisciplinar para a efetivação dos direitos dos usuários? 
No entanto, consideramos que por se tratar de uma estratégia inovadora, vários 
desafios deverão ser superados e que a prática do assistente social deve estar 
pautada nos fundamentos teórico-metodológicos, ético-político e técnico-operativo, 
possibilitando assim, que o profissional estabeleça um olhar crítico para o 
enfrentamento da realidade, realizando juntamente com toda equipe e com os sujeitos 
políticos envolvidos, estratégias criativas e inovadoras. 
A metodologia da presente pesquisa caracterizou-se inicialmente como 
pesquisa bibliográfica e documental para o embasamento teórico com análises em 
documentos, artigos científicos e sites. No segundo momento foi realizada a pesquisa-
campo no NASF da cidade de Água Branca-PI para a coleta de dados e aplicação do 
questionário para obter a análise de dados. 
O presente trabalho tem como objetivo geral analisar o trabalho do Assistente 
Social junto a equipe multidisciplinar do NASF-AB de Água Branca- PI. Como objetivos 
específicos tem-se de analisar as atividades que são desenvolvidas pelo Assistente 
Social no NASF-AB; Identificar as técnicas adotadas pelo Assistente Social. A 
organização do trabalho é feita em capítulos, o primeiro consta a introdução, no 
segundo o referencial teórico para o embasamento do conteúdo, o terceiro e quarto 
capítulos relatam sobre o trabalho do assistente social no Nasf, em seguida vem a 
10 
 
metodologia com a análise dos dados adquiridos na pesquisa-campo e por fim as 
considerações finais 
 
 
2 REFERENCIAL TEÓRICO 
 
2.1 Antecedentes da ação estatal e conjuntura da ditadura militar 
 
A conquista dos direitos sociais através de lutas pela classe trabalhadora foi 
mediada pela interferência estatal, no seu papel de manutenção da ordem social 
capitalista e de mediação das relações entre as classes sociais. Com isso, a saúde 
surgiu como efetiva prioridade de governo no Brasil no começo do século XX (RISI 
JUNIOR; NOGUEIRA, 2002). Neste tempo as ações atribuíam-se de controles das 
epidemias e faziam campanhas para o controle de enfermidades. 
Em 1920, com a chegada da industrialização no país e o forte crescimento da 
massa de trabalhadores urbanos, começaram as reivindicações por políticas 
previdenciárias e por assistência à saúde (SILVA, ALVES, 2007). Sendo assim, neste 
período também foram colocadas as questões de higiene e saúde do trabalhador, 
sendo tomadas algumas medidas que se constituíram no embrião do esquema 
previdenciário brasileiro, sendo a mais importante a criação das Caixas de 
Aposentadoria e Pensões (CAPs), onde esse sistema era gerido empregados e 
empresas empregadoras e União em 1923, que ficou conhecida como a Lei Elói 
Chaves. 
Seguindo essa linha de pensamento, afirmou Polignano (2001), 
 
“Enquanto a sociedade brasileira esteve dominada por uma economia 
agroexportadora, acentada na monocultura cafeeira, o que se exigia do 
sistema de saúde era, sobretudo, uma política de saneamento destinado aos 
espaços de circulação das mercadorias exportáveis e a erradicação ou 
controle de doenças que poderiam prejudicar a exportação”. (POLIGNANO, 
2001, p.06). 
 
 
Vale ressaltar que neste momento as ações desenvolvidas pelo setor da saúde 
é contencionista e assistencialista, restando ao trabalhador se responsabilizar por sua 
saúde, pois nesse contexto era exigido do sistema de saúde prioridade para os 
espaços em que circulavam as mercadorias. Para Oliveira e Teixeira (1986:61-65), “ 
11 
 
modelo de previdência que norteou os anos 30 a 45 no Brasil foi de orientação 
contencionista, ao contrário do modelo abrangente que dominou o período anterior 
(1923-1930) ”. Para os autores, um dos determinantes para a diminuição dos gastos 
foi, sem dúvida, o efeito produzido pelo rápido crescimento da massa de trabalhadores 
inseridos. 
 
2.2 Reforma Sanitária no Brasil 
 
A mudança do modelo assistencial centrado na doença para o modelo 
assistencial voltado para a saúde, é uma luta que vem se estruturando no Brasil. Com 
a proposta da Reforma Sanitária a saúde tem uma nova concepção, considerada 
também como melhores condições de vida e de trabalho, ou seja, com ênfase nos 
determinantes sociais. 
Na década de 1970, “foi registrado uma relativa decadência do ciclo de 
prosperidade econômica e social que se iniciou no pós-guerra (PAIVA; TEIXEIRA, 
2014) ”. Ou seja, nesse período foi registrado grandes conturbações na área 
econômica, social e política que trouxe grandes considerações em relação ao 
movimento da reforma sanitária e também da organização da saúde. 
Ainda segundo Teixeira (2014), houve o registro da abertura do processo 
democrático na década de 1980, que marcou por muito tempo o processo da ditadura 
militar e limitou os movimentos populares, onde cidadãos reivindicavam seus direitos. 
Após esse período, iniciaram os movimentos de redemocratização do país, dando 
importância para a crise econômica que afligia o país, além da falência da atenção 
médica da Previdência Social e também o modelo biomédico. 
Nesse processo de ruptura da ditadura, que ficou demarcado a política de saúde 
com as ações que foram desenvolvidas de forma fragmentada, centralizadoras e 
tecnocráticas. Conforme (BRAVO, 2009, p.95) ““A sociedade brasileira, ao mesmo 
tempo em que vivenciou um processo de democratização política, superando o regime 
ditatorial suportou uma profunda crise econômica”. Sendo assim Nogueira (2002) 
define que, 
 
“Até as reformas ocorridas na década de 1980, o Estado de Bem-estar 
brasileiro era caracterizado por centralização política e financeira em nível 
federal, fragmentação institucional, tecnocratismo, autofinanciamento, 
privatização e uso clientelístico das políticas sociais” (RISI JUNIOR; 
NOGUEIRA, 2002, p.127). 
12 
 
 
Ainda nessa década, após essa ruptura, houve a aparição de movimentos 
populares, onde foi considerado o ponto culminante para o movimento da reforma 
sanitária e também da Oitava Conferência Nacional de Saúde, realizada no ano de 
1986, com as principais pautas aprovadas da demanda do movimento sanitarista que 
são, fortalecimento do setor público de saúde, expansão da cobertura a todos os 
cidadãos e a integração da medicina previdenciária construindo assim um sistema 
único (TEIXEIRA, 2014). Com essas conquistas, Polignano registra alguns subsídios: 
 
“O governo criou em 1981 o Conselho Consultivo de Administração da Saúde 
Previdenciária (CONASP) ligado ao INAMPS5. Em 1983 foi criado a AIS 
(Ações Integradas de Saúde), um projeto interministerial (Previdência-Saúde-
Educação), visando um novo modelo assistencial que incorporava o setor 
público, procurando integrar ações curativas preventivas e educativas ao 
mesmo tempo”. (POLIGNANO, 2001, p.20) 
 
 A criação desse conselho gerou maior prestação de serviços de enfermagem 
para grandes grupos populacionais, uma vez que os recursos (de verbas, de pessoal, 
de | plantas físicas). “A Reforma Sanitária Brasileira, enquanto reforma social 
concebida e desencadeada em um momento de crise de hegemonia, defendia a 
democratização do Estado e da saúde” (PAIM,2009). Nestas considerações o 
movimento propunha uma nova relação com o setor da saúde que culminou com o 
processo de redemocratização do país. Segundo enfatiza Cohn: 
 
“A noção de Reforma Sanitária vem sendo associada à de movimento. Isso 
traz implicações importantes. Movimento significa processo, fenômeno 
dinâmico e inacabado. Sendo um processo em curso e sem final 
predeterminado, demarca seu início também é tarefa complexa” (COHN, 
1989, p.123). 
 
Do ponto de vista metodológico, o autor toma a Reforma Sanitária como 
fenômeno histórico-social e estrutura sua análise a partir dos eixos: ideia, proposta, 
projeto, movimento e processo. As fontes de dados e informações foram documentos 
e publicações [estudos, livros, teses e dissertações, relatórios das Conferências 
Nacionais de Saúde, editoriais do Centro Brasileiro de Estudos de Saúde (CEBES). 
Como foi citado anteriormente “a Reforma Sanitária é estabelecida como projeto social 
e um fenômeno histórico e social que é esquematizando como: ideia, proposta, 
projeto, movimento e processo” (PAIM, 2008). 
13 
 
 
“Como o momento da ideia a tese de Arouca e a fundação do CEBES (1976) 
e da ABRASCO (1979), o marco do momento proposta é o evento realizado 
na Câmara dos Deputados em 1979, o primeiro Simpósio de Política Nacional 
de Saúde, quando já se identificava um conjunto de proposições políticas 
definidas” (CONTREIRAS, 2009, p.22). 
 
 O momento projeto é representado pela Oitava Conferência Nacional de 
Saúde, realizada em 1986, e abriu possibilidades da sociedade civil como os 
movimentos sociais, sindicatos e trabalhadores da área de saúde participar. Vale 
considerar que esta conferência foi de grande importância para o setor saúde como 
também para sociedade, a saúde começa então ganhar uma dimensão não mais nos 
hospitais ou em medicamentos e sim em melhores condições de vida. 
 “A saúde deixou de ser interesse apenas dos técnicos para assumir uma 
dimensão política, estando estreitamente vinculada à democracia” (BRAVO, 2011). 
Na conclusão da conferência foi redigido um relatório final de modo geral que dizia: 
“ampliação do conceito de saúde, reconhecimento da saúde como direito de todos e 
dever do Estado, criação de um sistema único de saúde, participação popular, 
constituição e ampliação do orçamento social” (CONTREIRAS, 2009). 
O momento é representado pelos conjuntos de práticas ideológicas, políticas e 
culturais aquelas empreendidas junto com o processo de democratização do país. E 
por fim, o momento processo é a formalização do projeto. Sérgio Arouca também traz 
a sua contribuição para compreender a Reforma Sanitária: 
 
“ A Reforma Sanitária Brasileira deve ser entendida como um processo de 
transformação da atual situação sanitária. (Compõe uma situação sanitária 
pelo menos quatro dimensões: 1-a.) A dimensão específica: como o campo 
da dinâmica do fenômeno saúde/doença nas populações, que se expressa 
pelos indicadores disponíveis, como o coeficiente da mortalidade infantil, 
expectativa de vida, etc., pela experiência acumulada, pela comparação com 
o nível de saúde já alcançado por outras populações, etc. 2-a.) A dimensão 
institucional: como o campo das instituições que atuam no setor (públicas 
privadas, beneficentes), da produção de mercadorias, de equipamentos, a 
formação de recursos humanos. Este campo é mais tradicionalmente definido 
como o Sistema ou o Setor Saúde. 3-a.) A dimensão ideológica: em que há 
valores, juízos, concepções, preconceitos que representam a expressão 
simbólica e histórica de uma dada situação sanitária. 4- a.) A dimensão das 
relações: num dado momento histórico, a organização social e produtiva de 
uma sociedade leva a que a produção, distribuição e apropriação das 
riquezas de forma a determinar situações de risco e de possibilidades ao 
fenômeno saúde/doença” (AROUCA,1988, p.2, apud. PAIM, 2008, p.157). 
 
Essas dimensões apontavam a necessidade de pensar a RSB articulando a 
questão sanitária, expressa nas condições de saúde, ao sistema de saúde, à ideologia 
14 
 
e à estrutura econômica da sociedade. Desse modo, caberia discutir o SUS, o controle 
social, a produção industrial, a modernidade e a ciência e tecnologia. 
 
2.3 Constituição do Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil 
 
 O Sistema único de Saúde (SUS) é considerado uma das maiores conquistas 
sociais reconhecida na Constituição de 1998, e nela é garantido a todo brasileiro o 
direto à saúde como um “dever do Estado”. “A nova carta constitucional propôs um 
novo ordenamento ao setor saúde, propiciando um desenho particular em aspectos 
éticos-políticos fundamentais”. (NOGUEIRA; MIOTO, 2009, p.221). 
Esse direito é oferecido na rede pública de forma gratuita, com serviços e 
tratamentos que vão da prevenção de doenças a tratamentos que são mais complexos 
e caros, onde todos têm garantia ao acesso aos serviços sem quaisquer critérios de 
discriminação ou exclusão. O SUS norteia-se, baseado nos seus preceitos 
constitucionais, pelas seguintes doutrinas: 
 
Universalidade: É a garantia de atenção à saúde, por parte do sistema, a todo 
e qualquer cidadão (“A saúde é direito de todos e dever do Estado” – Art. 196 
da Constituição Federal de 1988). Equidade: O objetivo da equidade é 
diminuir desigualdades. Mas isso não significa que a equidade seja sinônima 
de igualdade. Integralidade: As ações de promoção, proteção e reabilitação 
da saúde não podem ser fracionadas, sendo assim, os serviços de saúde 
devem reconhecer na prática que: se cada pessoa é um todo indivisível e 
integrante de uma comunidade, as ações de promoção, proteção e 
reabilitação da saúde também não podem ser compartimentalizadas, assim 
como as unidades prestadoras de serviço, com seus diversos graus de 
complexidade, configuram um sistema capaz de prestar assistência integral 
(BRASIL, CF DE 1988). 
 
O final da década de 1970 e início de 1980 foi marcada pela reforma sanitária no 
Brasil representou um marco final em que o país passou pelo processo de 
redemocratização e por um período de luta em busca da democratização da saúde e 
também da sociedade. Devendo ser levado em consideração que o movimento da 
reforma sanitária fundamentava a luta em uma proposição de uma sociedade e Estado 
com uma concepção de saúde centrada na coletividade, na estrutura social e nas 
classes sociais e não restrita ao corpo e indivíduo (SOARES, 2012). Conforme está 
no artigo 198 da CF em seu texto, algumas diretrizes do SUS, 
 
15 
 
“Art. 198. As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede 
regionalizada e hierarquizada e constituem um sistema único, organizado de 
acordo com as seguintes diretrizes: I - Descentralização, com direção única 
em cada esfera de governo; II - Atendimento integral, com prioridade para as 
atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais; III - 
participação da comunidade (BRASIL, Constituição Federal de 1988) ”. 
 
Todas as ações conquistadas através da CF de 1988 via movimento popular, 
devem ser pautadas com o objetivo de trazer legitimidade. A Lei n° 8.080 de 1990 e a 
Lei n° 8.142 de 1990, ambas editadas em 1990, que conjuntamente formam a “Lei 
Orgânica da Saúde”, que constituem a organização do sistema, como também a 
participação da comunidade nas decisões sobre financiamento e gestão. Segundo 
Teixeira (2012), “deve-se garantir que a atenção à saúde deve ser democrática, ou 
seja, descentralizada com controle social, com as ações integralizadas e 
universalizadas”. 
Em 1990, houve a negação dos direitos sociais dos cidadãos e dos princípios do 
Sistema Único de Saúde colocando a serviço do sistema capitalista, onde no 
receituário neoliberal foi revisto as conquistas adquiridas pormeio da Reforma 
Sanitária. A “questão social” passou a ser controlada pela parte internacional, 
tornando-as mais complexas, após o neoliberalismo e as mudanças políticas e 
econômicas ocorridas na época, condicionando prioridades em relação aos direitos 
trabalhistas, combate à pobreza, assistência à saúde, programas de emprego e 
previdências. 
 Com isso, afirma Souza (2014), 
 
A política macroeconômica foi eixo condutor do governo e as políticas sociais 
se mantiveram pontuais e compensatórias. No sistema de saúde isso se 
reverteu em uma maior abertura à expansão do setor privado, que se 
beneficiou de várias formas: na oferta/venda de serviços ao SUS, 
assegurando e ampliando a saúde suplementar; na manutenção de 
mecanismos de renúncia fiscal; e na inserção das novas modalidades de 
gestão (terceirizações, fundações e Organizações Sociais). (SOUZA, 2014, 
p.232). 
 
Diante das perspectivas apresentadas desde a década de 1990 até os dias 
atuais que trouxeram reformas no Estado como também em outros setores da 
sociedade, [...] “a racionalidade hegemônica hoje no SUS agrega elementos do projeto 
de reforma sanitária, mas rompe com a sua tradição essencialmente progressista, 
com a sua radicalidade mesmo dentro da ordem do capital”. (SOARES, 2012, p.96). 
16 
 
Em síntese dessas conquistas adquiridas, nos anos de 1994 a 2002 foi a fase 
de maior progresso relativo, onde ficou mais fácil o ordenamento das políticas para o 
SUS como: o piso de Assistência Básica (PAB), que são os recursos capitados para 
o financiamento da atenção primária; os programas de agentes comunitários de saúde 
e de saúde da família (PACS-PSF); a transferência de hospitais federais para os 
Estados; as Organizações Sociais de Saúde (OSS) que dão autonomia na gestão para 
os hospitais públicos para aumentar sua eficiência e a melhoria dos sistemas de 
informação, com a proposta do cartão SUS, a criação de mecanismos de 
acompanhamento dos gastos públicos setoriais (SIOPS). 
Sendo assim, “inegavelmente, a maior conquista do SUS foi quanto ao direito 
legal de acesso universal e igualitário às ações e serviços de saúde em todos os níveis 
de complexidade” (NOGUEIRA; MIOTO, 2009, p.233). Logo, desde o movimento 
ocorrido na reforma sanitária dado todo o contexto envolvido, como o social, histórico 
e econômico em que foi baseada a política social, trouxe uma nova concepção na 
área da saúde e um alargamento do poder estadual como também, uma maior 
participação da sociedade na compressão do processo de gestão. 
 
2.4 Política Nacional de Atenção Básica (PNAB) 
 
A principal estratégia do governo ao enfatizar e garantir prioridade ao 
atendimento básico em saúde se consolida em 1998, com a introdução do PAB (Piso 
de Atenção Básica), criado através da Portaria GM/MS n.1882, de 18/12/97. O PAB 
altera a lógica de repasse de recursos federais para o sistema de prestação de ações 
médico-sanitárias e se constitui uma medida decisiva na perspectiva da 
descentralização financeira do sistema de saúde no Brasil, incentivando os municípios 
a assumirem, progressivamente, a gestão da rede básica de serviços de saúde. 
A implantação do PAB traz como principal novidade a transferência regular e 
automática, com repasse federal feito diretamente aos municípios. A condição de 
habilitação ao PAB é definida pela NOB/96, e obriga a criação do Fundo Municipal de 
Saúde e do Conselho Municipal de Saúde, dando relativa autonomia e crescente 
responsabilidade ao gestor municipal. Esse novo mecanismo dissocia a produção do 
faturamento, característica central do sistema anterior. Isto é, através do sistema de 
pagamento por serviços previamente prestados, os municípios mais pobres e, 
17 
 
portanto, sem uma infraestrutura adequada de unidades e de estabelecimentos de 
saúde vinham sendo prejudicados. 
Segundo o Ministério da Saúde (BRASIL, 2009), “o programa inclui ações de 
promoção da saúde, prevenção, recuperação, reabilitação de doenças e agravos mais 
frequentes”. No âmbito da reorganização dos serviços de saúde, a Estratégia Saúde 
da Família (ESF) vai ao encontro dos debates e análises referentes ao processo de 
mudança do paradigma que orienta o modelo de atenção à saúde vigente e que vem 
sendo enfrentada, desde a década de 1970, pelo conjunto de atores e sujeitos sociais 
comprometidos com um novo modelo que valorize as ações de promoção e proteção 
da saúde, prevenção das doenças e atenção integral às pessoas. 
 
No Brasil, a origem do PSF remonta criação do PACS em 1991, como parte 
do processo de reforma do setor da saúde, desde a Constituição, com 
intenção de aumentar a acessibilidade ao sistema de saúde e incrementar as 
ações de prevenção e promoção da saúde. Em 1994 o Ministério da Saúde, 
lançou o PSF como política nacional de atenção básica, com caráter 
organizativo e substitutivo, fazendo frente ao modelo tradicional de 
assistência primária baseada em profissionais médicos especialistas focais. 
Atualmente, reconhece-se que não é mais um programa e sim uma Estratégia 
para uma Atenção Primária à Saúde qualificada e resolutiva. (BRASIL, 2009, 
p. 102). 
 
O PSF surgiu após a reforma no setor da saúde com a função de aumentar a 
acessibilidade do sistema de saúde e promoção. O PSF é uma estratégia de 
reorganização da atenção primária que só trouxe benefícios à população. O governo 
emitiu a Portaria Nº 648 de 28 de março de 2006 (BRASIL, 2001), onde ficava 
estabelecido que o PSF “é a estratégia prioritária do Ministério da Saúde para 
organizar a Atenção Básica” — que tem como um dos seus fundamentos possibilitar 
o acesso universal e contínuo a serviços de saúde de qualidade, reafirmando os 
princípios básicos do SUS: universalização, equidade, descentralização, integralidade 
e participação da comunidade - mediante o cadastramento e a vinculação dos 
usuários. 
Em 2011, a portaria GM Nº 2.488/2011 revogou a portaria GM Nº 648/2006 e 
demais disposições em contrário ao estabelecer a revisão de diretrizes e normas para 
a organização da Atenção Básica e aprovar a Política Nacional de Atenção Básica 
para a Estratégia Saúde da Família (ESF) e para o Programa de Agentes 
Comunitários de Saúde (PACS) (BRASIL, 2011). 
18 
 
Depreendemos que a Saúde da Família é entendida como uma estratégia de 
reorientação do modelo assistencial, operacionalizada mediante a implantação de 
equipes multiprofissionais em unidades básicas de saúde. Estas equipes são 
responsáveis pelo acompanhamento de um número definido de famílias, localizadas 
em uma área geográfica delimitada. A responsabilidade pelo acompanhamento das 
famílias coloca para as equipes saúde da família a necessidade de ultrapassar os 
limites classicamente definidos para a atenção básica no Brasil, especialmente no 
contexto do SUS (BRASIL, 2009). 
A Saúde da Família como estratégia que visa estruturar os sistemas municipais 
de saúde tem provocado um importante movimento com o escopo de reordenar o 
modelo de atenção no SUS. Destarte, busca maior racionalidade na utilização dos 
demais níveis assistenciais e tem produzido resultados positivos nos principais 
indicadores de saúde das populações assessoradas às equipes saúde da família 
(BRASIL, 2009). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
19 
 
3 O SERVIÇO SOCIAL NO NASF-AB 
 
3.1 Serviço Social no Brasil- A Inserção da Profissão na Saúde 
 
O assistente social no Brasil é majoritariamente um funcionário público que atua 
nas diferentes políticas sociais, com destaque à política de saúde, assistência social, 
educação, habitação, entre outras. Foi na década de 40 que o profissional de serviço 
social foi inserido na área da saúde, atuandoprincipalmente nos hospitais, sendo o 
Hospital das Clínicas de São Paulo, com o chamado Serviço Social Médico, o pioneiro 
na contratação destes profissionais (BRAVO, 1991 apud CORREIA, 2005). 
No ano de1948 a área da saúde tornou-se o principal campo de absorção dos 
profissionais de serviço social, fazendo acontecer a elaboração de um conceito de 
saúde que trouxe os aspectos biopsicossociais como seus determinantes e também 
a elaboração de uma política de saúde centrada na assistência médica hospitalar e 
curativa (CORREIA, 2005). 
O Serviço Social passou por um período de renovação profissional na década 
de 60 durante a ditadura militar. Segundo Netto (1998), se deu em três direções: “a 
modernizadora, a reatualização do conservadorismo e a intenção de ruptura”. A 
direção modernizadora tornou-se hegemônica face às exigências do mercado de 
trabalho e do modelo autocrático da época, sendo que na área da saúde, a perspectiva 
modernizadora sedimenta a prática profissional na dimensão curativa. 
Com a Constituição de 1988 e a implantação do SUS, a saúde passa a ser 
considerada direito de todos e dever do Estado e os princípios da descentralização, 
da universalização, da integralidade, da participação da comunidade passam a ser 
diretrizes do novo sistema. A regulamentação do SUS, em 1990, pelas Leis Orgânicas 
8.080/90 e 8.142/90 trouxe ainda mais inovações para a área da saúde, como a 
ampliação do conceito de saúde, que passou a considerar fatores como “a 
alimentação, a moradia, o saneamento básico, o meio ambiente, o trabalho, a renda, 
a educação, o transporte, o lazer e o acesso aos bens e serviços essenciais” 
(BRASIL,1990). 
As inovações influenciaram na superação do modelo centrado na doença e nas 
ações curativas e na construção de um novo modelo de assistência à saúde, voltado 
para sua promoção. Esse novo modelo requisitou um trabalho multiprofissional e com 
20 
 
isso, o assistente social passou a ter maior importância na área da saúde (CORREIA, 
2005), exigindo um profissional capacitado para atuar nas múltiplas expressões da 
questão social originadas nas relações sociais que afetam a saúde. 
Mudanças internas na profissão influenciaram o exercício profissional do 
assistente social principalmente através do movimento de reconceituação profissional, 
consolidando seu projeto profissional baseado nas lutas sociais das classes 
trabalhadoras na construção de uma nova ordem societária (ABREU, 2004). 
Também as leis orgânicas de 1990 provocaram mudanças no exercício 
profissional na área da saúde, ou seja, o assistente social passa a ter subsídios para 
realizar seu trabalho na perspectiva da universalidade de acesso e da integralidade 
da assistência. Após a criação do SUS e dos avanços trazidos pelo mesmo, os 
campos de atuação do assistente social têm ampliado gradativamente e cada vez 
mais esse profissional é chamado para atuar nas políticas públicas realizando 
intervenções que sejam permeadas e orientadas pela noção de direito social. 
 
3.2 O surgimento dos Núcleos de Apoio à Saúde da família (NASF) 
 
O surgimento dos Núcleos de Apoio à Saúdes da Família (NASF) foram pela 
necessidade em gerenciar e atender diversas demandas na área da saúde e suas 
particularidades envolvidas como também pela necessidade que houve de ampliar a 
Estratégia Saúde da Família (EFS), envolvendo nesse conjunto profissionais de várias 
áreas. De acordo com o Caderno de Atenção Básica nº 27, 
 
“A Estratégia de Saúde da Família (ESF), vertente brasileira da APS, 
caracteriza-se como a porta de entrada prioritária de um sistema de saúde 
constitucionalmente fundado no direito à saúde e na equidade do cuidado e, 
além disso, hierarquizado e regionalizado, como é o caso do SUS. A ESF 
vem provocando, de fato e de direito, um importante movimento de 
reorientação do modelo de atenção à saúde em nosso país” (CFESS, 
Brasília, 2010). 
 
Com isso, no ano de 2008, o Ministério da Saúde mediante a Portaria GM n° 154 
de 24 de janeiro de 2008, criou os Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF), 
sendo republicada em 04 de março do mesmo ano com o objetivo de apoiar a inserção 
da EFS na rede de serviços, como também aumentar a abrangência das ações e a 
resolutividade envolvendo a Atenção Básica (AB). 
A união compartilhada entre o NASF e ESF têm o objetivo de revisar a prática 
21 
 
atual do encaminhamento levando em consideração os processos de referência e 
contra referência existentes, fazendo com que haja uma ampliação no atendimento 
atuando no fortalecimento de seus atributos e também no papel de coordenação do 
cuidado no SUS. Logo, a Estratégia Saúde da Família (ESF) continua com a função 
de recebimento inicial para o sistema e o Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) 
continua sendo referência para o apoio multiprofissional. Como explica Andrade 
(2011), “a intervenção do NASF deve priorizar o apoio matricial as equipes da ESF, 
mas também as intervenções coletivas de promoção, prevenção e acompanhamento 
de grupos sociais em vulnerabilidade” (ANDRADE, et al, 2011, p.19). 
De acordo com a Portaria n° 154, existem três modalidades de NASF: 
 
“O NASF 1, composto por no mínimo cinco profissionais com formação 
universitária, entre os seguintes: psicólogo, assistente social, farmacêutico, 
fisioterapeuta, fonoaudiólogo, ginecologista, profissional da educação física, 
médico homeopata, nutricionista, médico acumpunturista, pediatra, psiquiatra 
e terapeuta ocupacional. Cada um desses NASF deve estar vinculado a um 
mínimo de oito e máximo de 20 equipes de ESF, exceto nos estados da 
Região Norte, onde o número mínimo passa a ser cinco. O NASF 2 deverá 
ter no mínimo três profissionais, entre os seguintes: psicólogo, assistente 
social, farmacêutico, fisioterapeuta, fonoaudiólogo, profissional da educação 
física, nutricionista e terapeuta ocupacional, e se vincular a no mínimo três 
equipes de ESF”. Os NASF 3 são estabelecimentos que visam promover a 
atenção integral em saúde e saúde mental, prioritariamente para usuários de 
crack, álcool e outras drogas na Atenção Básica para Municípios com porte 
populacional menor que 20.000 (vinte mil) habitantes, devendo obedecer ao 
disposto na Portaria nº 154/GM/MS, de 24 de janeiro de 2008, que cria os 
NASF. (CFESS, Brasília, 2010). 
 
O MINISTRO DE ESTADO DA SAÚDE, no uso das atribuições que lhe conferem 
os incisos I e II do parágrafo único do art. 87 da Constituição, e considerando a 
PORTARIA Nº 3.124, DE 28 DE DEZEMBRO DE 2012, redefine os parâmetros de 
vinculação dos Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF) Modalidades 1 e 2 às 
Equipes Saúde da Família e/ou Equipes de Atenção Básica para populações 
específicas, cria a Modalidade NASF 3, e dá outras providências. 
As atribuições dos profissionais do NASF compreendem: conhecer e articular os 
serviços de saúde e sociais existentes no território; conhecer a realidade 
socioeconômica e epidemiológica das famílias residentes na área adstrita; identificar, 
em conjunto com a comunidade e as ESF, o público prioritário para o desenvolvimento 
das ações, além do tipo de abordagem a ser adotada; atuar na prevenção e na 
promoção da saúde por meio de ações educativas; promover ações interdisciplinares 
com as ESF, a partir de discussões de caso realizadas periodicamente, além de apoiar 
22 
 
as equipes de AB para populações específicas (BRASIL, 2008, 2009, 2011, 2012; 
SUNDFELD, 2010). 
A nova PNAB prevê atribuições ao ACS a serem realizadas em caráter 
excepcional, assistidas por profissional de saúde de nível superior, membro da equipe, 
após treinamento específico e fornecimento de equipamentos adequados, em sua 
base geográfica de atuação, encaminhando o paciente para a unidade desaúde de 
referência. 
O Núcleo de Apoio a Saúde da Família (NASF), instituído por meio da Portaria 
nº 154 de 24 de janeiro de 2008, tem como objetivo apoiar as equipes da Estratégia 
Saúde da Família (ESF), visando à atuação conjunta e ao desenvolvimento de novas 
práticas em saúde (BRASIL, 2009). Busca-se a corresponsabilização e a gestão 
integrada do cuidado, por meio de atendimentos compartilhados com as equipes da 
ESF, e projetos terapêuticos que envolvam os usuários e que sejam capazes de 
considerar a singularidade dos sujeitos. Utilizam-se ferramentas validadas pela 
Política Nacional de Humanização, ou seja, a clínica ampliada, o apoio matricial e o 
projeto terapêutico singular (NASCIMENTO; OLIVEIRA, 2010). 
 
O NASF não é caracterizado como um serviço de livre acesso à população. 
Os profissionais desses núcleos podem realizar atendimentos individuais e 
coletivos, de forma pontual, desde que a demanda seja regulada pela ESF. 
Além disso, os atendimentos devem ser decididos em conjunto com a equipe 
de referência e outras redes, como a assistência social e outros recursos da 
comunidade, como associação de moradores, igrejas e escolas (BRASIL, 
2011ª). 
 
Portanto, esses atendimentos precisam ser programados em conjunto com a 
equipe, sem que haja o descomprometimento da equipe apoiada e tendo está o 
cuidado de manter o seguimento do cuidado. Concebido dentro de um modelo 
assistencial que preconiza não somente outra forma de atenção à saúde, mas a 
reorganização de todo o processo de trabalho, além de beneficiar o usuário – na 
medida em que coloca este como o objeto de intervenção, diferentemente do que se 
realiza no modelo hegemônico que utiliza como objeto de intervenção essencialmente 
a doença -, beneficia também os profissionais de saúde que atuam nos serviços. Isso 
porque coloca o profissional como mais um dos atores na construção da intervenção 
e não como o único ou principal. 
Nesse diálogo, ou interação entre trabalhador e usuário, ambos contribuem e 
assumem responsabilidades na condução do processo terapêutico e na própria forma 
23 
 
de intervir no processo saúde-doença. O processo de criação de NASF é de iniciativa 
do gestor municipal. Devem ser identificadas as principais demandas de saúde da 
região na qual o (s) núcleo (s) será (ão) implantado (s) e considerada a disponibilidade 
de profissionais na região/município. 
O projeto de implantação deve ser aprovado pelo Conselho Municipal de Saúde 
e ser enviado à Secretaria Estadual de Saúde que, no prazo máximo de 30 dias, 
encaminha para análise da Comissão Inter gestora Bipartite (CIB). Em não havendo 
resposta dentro do prazo estipulado, o município pode encaminhar a solicitação de 
implantação do NASF diretamente ao Ministério da Saúde (BRASIL, 2008). 
Atualmente no Brasil existem cerca de 5 a 9 ESF e/ou AB para populações 
específicas (eCR, eSFR e eSFF) vinculadas ao Nasf 1, 3 a 4 eSF e/ou eAB para 
populações específicas (eCR, eSFR e eSFF) no Nasf 2 e 1 a 2 eSF e/ou eAB para 
populações específicas (eCR, eSFR e eSFF) equipes no Nasf 3. 
 
3.3 NASF: Princípios e Diretrizes Gerais 
 
A principal diretriz a ser praticada pela Nasf é a integridade. De acordo com o 
Caderno de Atenção Básica nº 27, “o conceito de integralidade é também uma das 
diretrizes do SUS, ao lado da universalidade do acesso, do cuidado organizado em 
rede, da prioridade das ações preventivas, sem detrimento das assistenciais, bem 
como da equidade da oferta e das oportunidades em saúde” (CFESS, Brasília, 2010). 
A integridade pode ser compreendida conforme três sentidos, o primeiro é a 
abordagem integral do paciente levando em consideração seu contexto familiar, social 
e cultural, o segundo são as práticas de saúde que são organizadas a partir da 
integração das ações de promoção, prevenção, habilitação e cura, e por fim uma 
organização do sistema que garanta o acesso às redes de atenção, conforme surjam 
as necessidades da população (CFESS, Brasília, 2010). 
A procura pela integridade dentro dos serviços de saúde deve ser um processo 
de permanente construção, onde a equipe de Saúde da Família (SF) seja bem 
acessível e próspera na atenção integral ao paciente. Com isso, agindo em conjunto, 
as equipes dos Nasf’s devem atuar na função de apoio para que possam incrementar 
não somente na integridade como também na resolutividade, tendo qualidade no 
cuidado, havendo ações de promoção de saúde como também o monitoramento e 
acompanhamento em seus diversos aspectos. 
24 
 
Além da integralidade, outros princípios e diretrizes devem orientar as ações a 
serem desenvolvidas pelo Nasf, com reflexos óbvios no processo de trabalho das 
equipes de SF. O território é um conjunto de sistemas naturais e artificiais que engloba 
indivíduos e instituições, independentemente de seu poder. Deve ser considerado em 
suas divisões jurídicas e políticas, suas heranças históricas e seus aspectos 
econômicos e normativos. A educação popular em saúde que tem como finalidade a 
apuração, a sistematização de modos de sentir, pensar, sonhar, querer, agir e se 
expressar das pessoas. Deve ser um modo orgânico, participativo e prazeroso de 
cuidar da saúde e de fazer a gestão dos territórios, por meio dos indivíduos, como 
sujeitos do seu próprio processo de trabalho, do seu conhecimento. 
Outro princípio é a interdisciplinaridade que é o trabalho em que as diversas 
ações, saberes e práticas se complementam. Disciplinas implicam condutas, valores, 
crenças, modos de relacionamento que incluem tanto modos de relacionamento 
humano quanto de modos de relação entre sujeito e conhecimento. O prefixo “inter” 
indica movimento ou processo instalado tanto “entre” quanto “dentro” das disciplinas. 
A interdisciplinaridade envolve relações de interação dinâmica entre saberes. “No 
projeto interdisciplinar não se ensina, nem se aprende: vive-se, exerce-se”. 
A participação social envolve o fortalecimento dos espaços sociais, comunitários 
e locais em geral, com foco na gestão participativa. A intersetorialidade, é o conceito 
ampliado de saúde e o reconhecimento de uma complexa rede de condicionantes e 
determinantes sociais da saúde e da qualidade de vida exigem dos profissionais e 
equipes trabalho articulado com redes/instituições que estão fora do seu próprio setor. 
A intersetorialidade é essa articulação entre sujeitos de setores sociais diversos e, 
portanto, de saberes, poderes e vontades diversos, a fim de abordar um tema ou 
situação em conjunto. 
A humanização que é entendida como uma possibilidade de transformar as 
práticas de atenção e gestão no SUS, a partir de construções coletivas entre gestores, 
trabalhadores e usuários, atores sociais implicados com a produção de saúde. É 
efetivada quando os princípios do SUS são traduzidos a partir da experiência concreta 
do trabalhador e do usuário num campo do trabalho concreto e, nesse caso, o usuário 
deve ser entendido como cidadão em todas suas dimensões e redes de relações. E a 
promoção da saúde que é uma das estratégias de organização da gestão e das 
práticas em saúde, não deve ser compreendida apenas como um conjunto de 
procedimentos que informam e capacitam indivíduos e organizações, ou que buscam 
25 
 
controlar as condições de saúde em grupos populacionais específicos. Sua maior 
contribuição a profissionais e equipes é a compreensão de que os modos de viver de 
homens e mulheres são produtos e produtores de transformações econômicas, 
políticas, sociais e culturais. 
Dessa maneira, as condições econômicas, sociais e políticas do existir não 
devem ser tomadas, tão somente, como meros contextos – para conhecimento e 
possível intervenção na realidade –, e sim como práticassociais em transformação, 
exigindo constante reflexão das práticas do setor saúde. 
 
3.4 O Exercício Profissional Do Assistente Social Nesse Espaço Sócio 
Ocupacional 
 
A presença de assistentes sociais na Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de 
limitou-se a uma inserção pontual em programas e espaços como nos Centros de 
Atenção Psicossocial (CAPS), Cento de Testagem e Aconselhamento (CTA) e em 
programas nos quais os profissionais exerciam atividades de competência do 
assistente social, mas não caracterizadas como exclusivas por sua formação 
(KRÜGER et al, 2009), como no Núcleo de Prevenção a Violência, na área de 
capacitação de pessoal, entre outros. 
Atualmente, a SMS conta com a atuação de assistentes sociais divididos entre 
espaços de atuação. Comparando-se com outros profissionais inseridos na saúde do 
município, o assistente social é ainda o que se encontra em menor quantidade, mas 
o trabalho desses profissionais nos diferentes espaços que ocupam é fundamental na 
medida em que possibilitam ao usuário o acesso às informações e aos direitos e às 
equipes com as quais trabalham a ampliação do olhar sobre a saúde, garantindo sua 
compreensão em seu sentido ampliado e, a partir disso, sua articulação com outras 
políticas públicas. 
 
 
 
 
 
 
26 
 
 
4 O TRABALHO DO ASSISTENTE SOCIAL JUNTO A EQUIPE MULTIDISCIPLINAR 
DO NASF-AB 
 
4.1 Breve Histórico do NASF de Água Branca – PI 
 
O Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica (NASF-AB) de Água 
Branca, constitui-se de uma unidade operacional da Secretaria Municipal de Saúde 
(SMS). Foi oficialmente inaugurado em julho de 2008 na gestão do então Prefeito João 
Luiz Lopes de Souza. 
Foi criado pela portaria GM n° 154/08 do Ministério da saúde com o objetivo de 
apoiar a consolidação da atenção básica no Brasil, ampliando as ofertas de saúde na 
rede de serviços, assim como a resolutividade, a abrangência e o alvo das ações. 
Para implantação do NASF-AB I no município de Água Branca- PI, foi realizado um 
consórcio com a cidade de Lagoinha do Piauí na qual foi elaborado um projeto 
aprovado pelo conselho Municipal de saúde que criou uma resolução aprovando e 
enviado para o conselho estadual de saúde. 
 
27 
 
Fonte: Dados da Autora 
O Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica – NASF-AB realiza 
discussões de casos clínicos, possibilita o atendimento compartilhado entre 
profissionais tanto na Unidade Básica de Saúde como nas visitas domiciliares, permite 
a construção conjunta de projetos terapêuticos de forma que amplia e qualifica as 
intervenções no território e na saúde de grupos populacionais. Essas ações de saúde 
também podem ser Inter setoriais, com foco prioritário nas ações de prevenção e 
promoção da saúde. 
O Serviço Social é uma profissão regulamentada através da Lei 8.662/93. A 
profissão tem se redefinido desde seus primórdios aos dias atuais, considerando sua 
inserção na realidade social do Brasil, entendendo que seu significado social se 
expressa pela demanda de atuar nas sequelas da questão social brasileira, que em 
outros termos, se revela nas desigualdades sociais e econômicas. 
O Serviço Social na Instituição atua de forma integrada com a equipe 
multidisciplinar, composta por Coordenadora, Assistente Social, Farmacêutico, 
Educador Físico, Fonoaudióloga, Fisioterapeuta, Psicóloga e Nutricionista, tendo 
papel indispensável no atendimento da Atenção Básica buscando ações para 
promover a prevenção a saúde. O Assistente Social nos serviços de saúde tem o 
papel de assegurar a integralidade e o cumprimento das ações previstas na lei 
orgânica de saúde nº 8080, que descreve os princípios e o funcionamento do sistema 
único de saúde. 
 
4.2 Compreensão do NASF-AB sobre o trabalho do Assistente Social 
 
De acordo com o Caderno de Atenção Básica nº 27, o profissional do Serviço 
Social na área da saúde, enfatizando os aspectos biopsicossociais, vinculado ao 
agravamento das condições de saúde da população, exigindo um trabalho em equipe 
multidisciplinar. Neste aspecto o Assistente Social consolidou uma tarefa educativa 
em conexão aos hábitos de higiene e saúde, atuando nos programas prioritários 
estabelecidos pelas normatizações da política de saúde. 
Na saúde o Serviço Social tem espaços próprios e tradicionais de atuação, mas 
com o SUS se abriu muitos espaços multidisciplinares, interdisciplinares e 
interssetoriais, também no âmbito da gestão e planejamento da política, nos quais o 
Assistente Social pode desenvolver ações não exclusivas da profissão (KRÜGER, 
28 
 
2010, p. 123 e 124). Social é fundamental para o que prevê a Portaria nº 154, que 
regulamenta a criação dos NASF. 
O NASF-AB é uma modalidade de equipe formada por diferentes profissões e/ou 
especialidades. Constitui-se como apoio especializado na Atenção Básica, mas não 
atua como um ambulatório de especialidades como também não se constitui porta de 
entrada do sistema para os usuários, mais sim de apoio as equipes de ESF. 
 As intervenções diretas do NASF-AB frente aos usuários e famílias podem ser 
realizadas, mas sempre sob encaminhamentos das equipes de saúde da família com 
discussões e negociação a prioridade entre os profissionais responsáveis pelo caso. 
Tal atendimento direto e individualizado pelo NASF-AB ocorrerá apenas em situações 
extremamente necessárias. Seu principal objetivo é apoiar a inserção da Estratégia 
de Saúde da Família na rede de serviços. 
O mesmo realiza atividades com as equipes de Saúde da Família, bem como 
atividades assistenciais diretas aos usuários (com indicações, critérios e fluxos 
pactuados com as equipes e a gestão); recebe a demanda a partir da discussão 
compartilhada com as equipes de ESF que apoia, e não por meio de 
encaminhamentos impessoais; deve estar disponível para dar suportes em situações 
programadas e também imprevistas, tal como situação de urgência. 
O NASF-AB é composto de nove áreas estratégicas, que representa diversos 
capítulos da presente publicação. São elas: 
 Saúde da criança/ou adolescente e do jovem; 
 Saúde mental; 
 Reabilitação/saúde integral da pessoa idosa; 
 Alimentação e nutrição; 
 Serviço social; 
 Saúde da mulher; 
 Assistência farmacêutica; 
 Atividade física/práticas corporais; 
 Práticas integrativas e complementares; 
 
O governo federal repassa recursos para a implantação e custeio dos núcleos, 
respeitando as particularidades de cada modalidade (NASF 1, NASF 2 e NASF 3). É 
responsabilidade do gestor municipal definir a composição de cada núcleo, a partir 
das necessidades de saúde do território. 
29 
 
E tem como visão ser um núcleo de apoio quanto aos atendimentos dos casos 
referenciados O município de Água Branca-PI habilitado em gestão plena do sistema 
municipal de saúde é um município que possui uma população estimada de 17.068 
habitantes (ANO BASE 2016). Onde a rede básica de saúde está constituída de 07 
(sete) Equipes de Saúde da Família, 07 (sete) equipes de saúde bucal e 01 (uma) 
Equipe NASF AB em pleno funcionamento, a atenção básica no município de Água 
Branca-PI é composta por cerca de 98 profissionais. 
O NASF-AB de Água Branca-PI está vinculado a (07) sete equipes de saúde da 
família e para a implantação do NASF AB no município foi realizado um consórcio na 
época com a cidade de lagoinha do Piaui. Foi elaborado um projeto o qual foi aprovado 
pelo Conselho Estadual de Saúde. O Conselho Estadual criou uma nova resolução 
enviando para o conselho nacional de saúde o qual homologou a criação do NASF no 
município e este foi contemplado em maio de 2008, sendo inaugurado em 1º de julho 
de 2008.Atualmente o NASF-AB funciona em uma sala de apoio no prédio da Secretaria 
Municipal de Saúde com a inscrição no CNES nº 2.593.475, situada na Avenida Neco 
Teixeira, nº1720, Bairro São Luís, tendo em vista que as unidades básicas de saúde 
não possuem estrutura física adequada para acolher equipe NASF AB. 
O NASF-AB tem como missão ser um apoio às equipes de saúde da família e 
tendo como eixo de trabalho a responsabilidade, gestão compartilhada apoiando a 
coordenação do cuidado que se pretende pela saúde da família, pelas equipes de 
saúde família-ESF. 
A integralidade é principal diretriz exercida pelo NASF AB que é ligado à 
Secretaria Municipal de Saúde, de forma a garantir o apoio as UBS no que se refere 
a abordagem integral do indivíduo em sua longitudionalidade, as práticas de saúde 
são organizadas a partir da integração das ações de promoção, prevenção, 
reabilitação e cura, além da organização do sistema de saúde de forma a garantir o 
acesso dos usuários a rede de atenção básica conforme suas necessidades. 
O NASF AB de Água Branca possui uma equipe composta pelos seguintes 
profissionais (01) coordenadora, (01) Assistente Social, (01) Psicóloga, (01) 
Nutricionista, (01) Educador Físico, (01) Fonoaudióloga, (01) farmacêutico e (01) 
Fisioterapeuta. Essa equipe é responsável pelo escopo da atenção básica no 
município. O NASF AB é responsável pelo apoio e acompanhamento das equipes das 
30 
 
Unidades Básicas de Saúde - UBS. Objetiva ampliar a abrangência e o escopo das 
ações da Atenção Primária, bem como sua resolutividade. 
A instituição segue o seguinte processo de trabalho junto as Unidades Básicas 
de Saúde: agenda de reuniões de matricialmente com as equipes de Atenção básica-
AB com periodicidade variável (no mínimo mensal e no máximo semanal), Inter 
consulta, Educação Permanente, Sala de Espera, Encaminhamento para serviço de 
referência, Programa Saúde na Escola, Grupos Educativos, Atendimentos individuais, 
Atendimentos domiciliares, de grupos e atividades coletivas. 
Bem como Espaço destinado à elaboração de materiais de apoio, rotinas, 
protocolos e outras ações de educação permanente, reservado na agenda sob 
demanda quando acordadas tais ações com as equipes vinculadas. No cotidiano da 
instituição conta também com reunião entre os profissionais do NASF e com as 
equipes ESF e de outros pontos de atenção do município sempre que necessária. 
QUADRO 1 
Modalidades do Núcleo de Apoio à Saúde da Família segundo atividades 
realizadas 
NASF - AB ATIVIDADES REALIZADAS 
 Atendimentos individuais e 
compartilhados; 
 Visitas domiciliares; 
 Apoio matricial; 
 Ações integrais à saúde; 
 Avaliação e atendimento 
individual; 
 Projeto Terapêutico Singular; 
Atividades Laboral; 
 Educação Permanente; 
 Encaminhamento para Serviço de 
Referência; 
 Reuniões com EAB apoiadas; 
 Elaboração de Relatórios sociais, 
 Parecer Social, Laudo social; 
 Registro das Ações Realizadas; 
 Realização ações de 
responsabilidade sanitária; 
 Atividades assistenciais; 
 Programa Saúde na escola; 
 Terapia comunitária; 
 Oficinas; 
 Acompanhamento Bolsa Família; 
 Interconsultas; 
 Grupos Educativos; 
31 
 
 
5 METODOLOGIA 
 
A metodologia da presente pesquisa caracterizou-se inicialmente como pesquisa 
bibliográfica e documental para o embasamento teórico com análises em documentos, 
artigos científicos e sites. No segundo momento foi realizada a pesquisa-campo no A 
pesquisa de campo foi realizada no Núcleo de Apoio à saúde da Família – NASF, 
localizado na Av. Neco Teixeira s/n, Bairro São Luís da cidade de Água Branca-PI, 
para a coleta de dados e aplicação do questionário para obter a análise de dados. Tal 
estudo é classificado por Lakatos e MARCONI (2011, p.69): “pesquisa de campo 
consiste na observação de fatos e fenômenos tal como ocorrem espontaneamente, 
na coleta de dados a eles referentes e no registro de variáveis que se presume 
relevantes, para analisá-los”. 
Com desenvolvimento da pesquisa qualitativa foi possível a detecção que os 
profissionais debateram questões uns com os outros, com relação ao trabalho da 
equipe multidisciplinar de Água Branca –PI. Segundo RICHARDSON, (1989), a 
abordagem de cunho qualitativo trabalha os dados buscando seus significados, tendo 
como base a percepção do fenômeno dentro do seu contexto. 
Para tanto, na metodologia inicial seria realizado com todos os profissionais do 
NAS-AB, porém no decorrer do processo alguns profissionais não realizaram o 
questionário. Com isso, a metodologia utilizada foi uma pesquisa de campo, foi 
escolhida como instrumento um questionário estruturado de 05 questões para 3 
profissionais do NASF e um questionário semiestruturado contendo 05 questões para 
o Assistente Social do NASF-AB de Água Branca- PI. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
32 
 
6 ANÁLISE DE DADOS 
 
Nos resultados e discussão serão apresentadas as características da equipe 
multidisciplinar do NASF-AB; os resultados sobre o trabalho em equipe dos 
profissionais que compõe o NASF-AB de Água Branca- PI. 
 
Quadro 01 - Quais as atividades desenvolvidas no NASF-AB? 
Profissional 1 Atendimentos individuais, atendimentos compartilhados, visitas 
domiciliares, matriciamentos, atendimentos em grupos, dentre 
outros. 
Profissional 2 São realizados atendimentos individuais, coletivos, visitas 
domiciliares, matriciamentos, dentre outros. 
Profissional 3 Apoio matricial nas UBS, atendimento individual, atendimento em 
grupo e multiprofissional, sala de espera, palestra, visitas 
domiciliares. 
Fonte: Dados da Autora 
As atividades de apoio direto às equipes de SF e SB, por meio desses 
atendimentos, devem ser intervenções frequentes na rotina de trabalho de um 
profissional do NASF e abrangem tanto a dimensão clínica e sanitária quanto a 
pedagógica - ou até ambas ao mesmo tempo. Os atendimentos compartilhados 
contribuem para que os profissionais da SF/SB possam conduzir casos semelhantes 
com maior autonomia, tornando estas equipes mais resolutivas (Indicadores do 
PMAQ: NASF, 2017). 
Outro importante recurso a ser utilizados pelos profissionais do NASF são os 
trabalhos em grupo, especialmente grupos terapêuticos e operativos, e os 
atendimentos individuais específicos, que são essenciais para a resolutividade da AB 
e devem ser definidos e pactuados junto às equipes SF/SB apoiadas e com gestão 
municipal. Essas atividades possuem um maior potencial de impacto tanto no trabalho 
das equipes de saúde da família quanto na população coberta, sendo necessário um 
equilíbrio na oferta de atividades realizadas por esses profissionais. 
 
Quadro 02 - Que sistema de informação utiliza para registrar suas atividades? 
Profissional 1 Ficha de atendimento do E-SUS e ATA. 
33 
 
Profissional 2 Mapa de produção, E-SUS eletrônico e físico, caderno de ATA 
e evolução. 
Profissional 3 Ficha de atendimento do E-SUS e ATA. 
Fonte: Dados da Autora 
O e-SUS/SISAB é o sistema de informação vigente e que deve ser utilizado pelos 
profissionais do NASF para o de suas atividades. O NASF irá utilizar as mesmas fichas 
que os profissionais da equipe Saúde da Família utilizam para este registro a saber: 
ficha de atendimento individual e ficha de atendimento coletivo. 
 
Quadro 03 - Como se dá o trabalho multidisciplinar pelos profissionais do NASF-AB? 
Profissional 1 Sempre há reuniões entre os profissionais para discussão de 
casos e elaboração de projetos terapêuticos e relações 
interssetorial entre as secretárias. 
Profissional 2 Sempre há reunião entre os profissionais do NASF e das 
coordenadoras das UBS, discussão decasos, e elaboração de 
projetos. 
Profissional 3 Sempre há reuniões entre os profissionais para discutir casos e 
elaborar projetos terapêuticos e ocorre também interações 
interssetorial entre as secretárias. 
Fonte: Dados da Autora 
Segundo os profissionais, percebe se que há sempre reuniões para discutir 
casos, pois os profissionais do NASF devem atuar de maneira integrada e apoiando 
os profissionais das Equipes Saúde da Família, das Equipes de Atenção Básica para 
populações específicas, compartilhando as práticas e saberes em saúde nos 
territórios sob responsabilidade destas equipes, populações específicas, 
compartilhando as práticas e saberes em saúde nos territórios sob responsabilidade 
destas equipes. 
Quadro 04 - Quais são os desafios e limites? 
Profissional 1 Os desafios começam a partir do próprio usuário, pois alguns as 
vezes contem em resistir ou não seguir o tratamento; dentre os 
limites, os mais difíceis são em relação ao incentivo financeiro para 
desenvolver a vida melhor dos usuários. 
Profissional 2 Temos problemas no transporte para fazer visitas, problemas com 
faltas de materiais. Temos alguns problemas em relação aos 
encaminhamentos incompletos. 
34 
 
Profissional 3 Falta de compreensão da função do NASF pela gestão e 
profissionais da AB. Falta de entendimento da ideia de apoio 
(apoiar não é fazer por, é fazer com). 
Fonte: Dados da Autora 
 Os indivíduos são sujeitos que amam, sofrem, adoecem, buscam suas curas, 
necessitam de cuidados, lutam por seus direitos e desejos. Então, a gestão em saúde 
chega para favorecer a promoção da saúde e fomentar a reflexão sobre o objeto da 
saúde, compromissos pessoal e profissional, responsabilidade sanitária e a qualidade 
do processo de trabalho da equipe de saúde. 
 O Sistema Único de Saúde (SUS) é um sistema democrático e para produzir 
mudanças de prática de gestão neste sistema é fundamental construir novos pactos 
para a reorganização do SUS, dialogar com práticas e concepções vigentes. E, 
direcionar a política de saúde para o desencadeamento de um processo amplo que 
inclui a articulação de parcerias, atuações Interssetoriais e participação popular, que 
otimize os recursos disponíveis e garanta sua aplicação em políticas que respondam 
efetiva e integralmente às necessidades da sociedade (CHRIZOSTIMO, 2006). 
 
Quadro 05 – Existe uma rotina de reuniões entre os profissionais? 
Profissional 1 Sim, cronograma mensal com datas e horários sujeito a alterações 
para discussão de problema e casos. 
Profissional 2 Sim, uma vez por mês. 
Profissional 3 Reuniões mensais com datas e horários sujeitos a alterações 
Fonte: Dados da Autora 
Percebe se que ocorre reuniões mensalmente, para elaboração de projetos, 
planejamento, discussão de casos, dentre outros. Com o objetivo de compreender o 
trabalho do Assistente Social no NASF-AB de Água Branca - PI foi realizado o seguinte 
questionamento: 
Na primeira questão direcionada ao Assistente Social buscou saber como 
se dá o trabalho multidisciplinar no NASF-AB. Em resposta a isso: 
Dá se da seguinte forma, os profissionais irão compartilhar sua prática e os seus 
saberes em ATO para que as equipes sejam capazes de resolver os problemas mais 
comuns. Agrega recursos de saber. Faz-se na construção e ativação dos espaços 
para uma comunicação ativa para compartilhamento de conhecimento. O trabalho da 
equipe NASF AB preconiza atuar de forma multidisciplinar, ou seja, um conjunto de 
35 
 
especialistas, em diversas áreas, trabalhando em equipe em busca de um objeto 
comum. Ressalto ainda que toda ação deve ser desenvolvida de forma interdisciplinar 
e integrada com os demais profissionais das equipes, partindo de um conhecimento 
aprofundado do território de abrangência, de seu perfil epidemiológico, do 
mapeamento das situações e áreas de maior risco. 
O trabalho do Nasf começa a partir de uma identificação das equipes da 
Estratégia de Saúde da Família (ESF) que levantam dados sobre os pacientes. O 
diagnóstico é compartilhado e, então, define-se o melhor atendimento para cada 
situação. Exemplos são os grupos de gestantes, diabéticos, hipertensos e idosos 
formados a partir da necessidade dos pacientes. 
A atuação acontece por meio de visitas domiciliares; atendimentos individuais 
(quando necessário) e conjuntos; palestras, capacitações e, também, como 
assistência às equipes de ESF. “Capacitamos os próprios profissionais das unidades 
dentro da área de atuação de cada um. Os agentes, por exemplo, que fazem as visitas 
domiciliares da atenção básica passam por sessões de alongamento e outras 
atividades relativas ao trabalho que exercem. 
Cada NASF poderá ter características de trabalho diferentes a depender da 
região, da equipe e do perfil da ESF (LANCHMAN et al, 2013). Deste modo, as ações 
devem ser planejadas com base nas necessidades de saúde da população, levando 
em consideração as particularidades de cada território e em articulação com as 
equipes de referência. 
Na segunda questão buscou saber quais são as atividades realizadas pelo 
Assistente Social no NASF-AB? 
São realizadas as seguintes atividades: Reuniões com EAB apoiadas; Reuniões 
de equipes NASF; Apoio Matricial; Atendimento às situações urgentes e imprevistas; 
Monitoramento das solicitações de apoio; Registro de ações realizadas; Realização 
ações de responsabilidades sanitária; Elaboração de PTS individual e coletivo; Apoio 
com trabalhos em grupo; Visitas domiciliares; Atendimento compartilhado; Atividades 
Assistenciais; Educação permanente com as EAB apoiadas; Auxílio no 
encaminhamento a outros serviços de atenção e Ações de Atenção Integral à saúde. 
Para realização do trabalho, inúmeras atividades podem ser desenvolvidas, que 
abrangem tanto a dimensão clínica e sanitária quanto a pedagógica (ou até ambas ao 
mesmo tempo), a saber: discussões de casos, atendimento em conjunto com 
profissionais das equipes apoiadas, atendimentos individuais e posteriormente 
36 
 
compartilhados com as equipes, construção conjunta de Projetos Terapêuticos 
Singulares, educação permanente, intervenções no território e em outros espaços da 
comunidade para além das unidades de saúde, visitas domiciliares, ações 
Interssetoriais, ações de prevenção e promoção da saúde, discussão do processo de 
trabalho das equipes etc. 
Na terceira questão buscou saber quais instrumentos utilizados pelo 
Assistente Social? 
Relatório Social; Estudo Social; Parecer Social; Observação; Entrevista 
Individual e Grupal; Dinâmica de Grupo; Reunião; Mobilização Comunitária; Visita 
Domiciliar; Visita Institucional; Atas de Reuniões; Livro de Registro, Mapa de 
Produção; Ficha de Visitas domiciliares; Ficha de Acompanhamento Social; 
Referência e Contra Referência; PTS- Projeto Terapêutico Singular; Prontuário 
eletrônico; Sistema de Informação de Atenção Básica – SIAB; Fichas do E-SUS; Mapa 
de produção. 
A utilização desses instrumentais no cotidiano da prática profissional é um fator 
preponderante para o Assistente social. Como todos os profissionais têm seus 
instrumentos de trabalho, e sendo o assistente social um trabalhador inserido na 
divisão social e técnica do trabalho, necessita de bases teóricas, metodológicas, 
técnicas e ético-políticas necessárias para o seu exercício profissional. Os 
instrumentais técnico-operativos são como um “conjunto articulado de instrumentos e 
técnicas que permitem a operacionalização da ação profissional” (MARTINELLI, 1994 
p. 137). 
Na quarta questão buscou saber a realização de atendimentos domiciliares 
é uma atribuição dos profissionais do NASF-AB? Como se dá esse atendimento 
domiciliar? 
A visita domiciliar é um dos instrumentos técnicos mais requisitadospara nós 
assistentes sociais do NASF, pois facilita a aproximação do profissional à realidade 
do usuário, podendo assim intervir com mais eficácia, informando e orientando os 
caminhos que o usuário possa desconhecer para acessar os seus direitos. Passamos 
a apreender ainda mais a realidade dos nossos usuários, temos uma melhor 
compreensão acerca das condições de vida dos usuários, que envolvem a situação 
de moradia (residência e bairro) e as relações familiares e comunitárias. 
Dessa forma, os atendimentos domiciliares compartilhados realizados por 
profissionais da ESF e do Nasf seguem a mesma metodologia e sistemática que 
37 
 
embasa as ações da atenção domiciliar como um todo. Existem, contudo, algumas 
particularidades inerentes à dinâmica do processo de trabalho fundamentado no apoio 
matricial. A principal delas consiste no fato de os profissionais do Nasf não terem 
vinculação direta/imediata com os usuários. 
O vínculo primário do usuário dar se há com a equipe de Saúde da Família, e é 
justamente a qualidade desse vínculo que determinará uma série de fatores 
essenciais ao êxito das intervenções propostas. Assim, durante a fase de avaliação 
inicial de um caso, além das informações coletadas no prontuário e com os 
profissionais que solicitam o apoio, os atendimentos domiciliares compartilhados 
podem surgir como importante elemento auxiliar na coleta de informações sobre a 
família e seu funcionamento. Antes dos atendimentos domiciliares compartilhados, 
devem-se discutir os seus objetivos, estabelecer um roteiro básico a ser seguido e 
definir quais profissionais acompanharão o ACS durante a intervenção. 
Na quinta questão buscou saber quais formas de registro utilizado no seu 
cotidiano profissional no NASF-AB? 
Relatório mensal/anual; Estudo Social; Parecer; Encaminhamentos e outros. 
São instrumentais utilizados no cotidiano do trabalho do Assistente Social para 
registros de seu exercício profissional. Os registros de procedimentos referentes à 
produção de serviços realizada pelos profissionais cadastrados nos NASF deverão 
ser registrados no SIA/SUS, mas não gerarão créditos financeiros. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
38 
 
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Diante do trabalho do Assistente Social junto a equipe multidisciplinar, observou-
se que o NASF surge como apoio as ESF e consigo traz o Assistente Social, 
profissional capaz de trabalhar com questão social nas suas mais variadas 
expressões, e atuarem na defesa dos direitos sociais, visando qualificar a atenção à 
saúde e melhorar a sua resolutividade. 
Conforme fora preconizado, a definição dos profissionais que compõe o NASF é 
de responsabilidade dos gestores municipais e a ESF deverá criar espaços de 
discussões para gestão. Desta maneira, o NASF não se constitui porta de entrada do 
sistema para os usuários, mas apoio às equipes de saúde da família e tem como eixos 
a responsabilização, gestão compartilhada e apoio à coordenação do cuidado, que se 
pretende, pela saúde da família. 
No entanto, consideramos que por se tratar de uma estratégia inovadora, vários 
desafios deverão ser superados e que a prática do assistente social deve estar 
pautada nos fundamentos teórico-metodológicos, ético-político e técnico-operativo, 
possibilitando assim, que o profissional estabeleça um olhar crítico para o 
enfrentamento da realidade, realizando juntamente com toda equipe e com os sujeitos 
políticos envolvidos, estratégias criativas e inovadoras. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
39 
 
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