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Conceitos e definições O sistema é tudo aquilo que desejamos estudar. Pode ser algo pequeno como uma bole de golfe ou algo grande como uma indústria. A composição da matéria dentro de um sistema pode ser fixa ou variar em função de reações. A forma ou o volume do sistema que está sendo analisado não é necessariamente constante, como no caso de um gás no interior de um cilindro comprimido por um pistão ou quando um balão é inflado. Tudo que é externo ao sistema é considerado vizinhança do sistema. O sistema é separado de sua vizinhança por uma fronteira especificada, que pode estar em repouso ou em movimento. Dois tipos básicos de sistemas serão estudados. São eles os sistemas fechados e os volumes de controle. 1 – Definindo sistemas qual pode ocorrer fluxo de massa. A fronteira do sistema também pode ser chamada de superfície de controle. Os volume de controle também podem ser chamados de sistemas abertos. Um sistema fechado refere-se a uma quantidade fixa de matéria, enquanto um volume de controle é uma região do espaço através da 1.1 – Sistemas fechados: Um sistema fechado sempre contém a mesma quantidade de matéria, não podendo ocorrer fluxo de massa através de suas fronteiras. Um tipo especial de sistema fechado que não interage de modo algum com sua vizinhança é chamado de sistema isolado. fechado. As linhas tracejadas representam a fronteira. Como a fronteira entre o gás e o pistão se move, o volume do sistema varia. Se a combustão ocorrer, a composição do sistema muda conforme a mistura inicial de combustível se transforma nos produtos de combustão. 1.2 – Volumes de controle (sistemas abertos): Algumas análises termodinâmicas serão realizadas em dispositivos como turbinas e bombas, através da qual a massa flui. A maneira mais comum de analisar esses sistemas é imaginar uma região do espaço através da qual existe fluxo de massa, essa região delimitada por uma fronteira é chamada de volume de controle. A massa pode cruzar a fronteira de um volume de controle. A figura mostra um gás em um conjunto cilindro-pistão. Quando as válvulas estão fechadas podemos considerar o gás como um sistema Motor de automóvel procedimento de análise termodinâmica. Em geral, a escolha da fronteira de um sistema é determinada por duas considerações: 1) O que é conhecido sobre o possível, dentro dessas fronteiras; 2) O objetivo da análise. 1.4 – Ponto de vista macroscópico e microscópico: A abordagem macroscópica da termodinâmica está preocupada com o comportamento geral ou global. Isso muitas vezes é chamada de termodinâmica clássica. A abordagem microscópica da termodinâmica, conhecida também como termodinâmica estatística, se preocupa diretamente com a estrutura da ma - 1.3 – Selecionando a fronteira do sistema: É essencial que a fronteira seja cuidadosamente delineada antes do clássica não apenas fornece uma abordagem consideravelmente mais direta para a análise e projeto, mas também requer menor complexidade matemática. Por esse motivo, o ponto de vista macroscópico será a abordagem utilizada dentro na disciplina. Para aplicações envolvendo lasers, plasmas, escoamento de gases em altas velocidades, cinética química, temperaturas extremamente baixas (criogenia), a termodinâmica estatística é empregada de maneira a fornecer análises e resultados mais objetivos. 1.5 – Propriedade, estado e processo: Uma propriedade é uma característica macroscópica do sistema, tal como massa, volume, energia, pressão e temperatura, para os quais um valor nu - téria em níveis molecular, atômico e subatômico. Para uma vasta gama de aplicações de engenharia, a termodinâmica Um estado refere-se a condição de um sistema descrito por suas propriedades. Com frequência o estado pode ser especificado fornecendo-se os valores de um subconjunto de propriedades, e assim, todas as demais propriedades podem ser determinadas a partir desse conjunto conhecido. Quando qualquer uma das propriedades de um sistema é alterada, ocorre uma mudança de estado e diz-se que o sistema percorreu um processo. Um processo é uma transformação de um estado para outro (evaporação da água). Se um sistema exibe o mesmo valor de suas propriedades em dois tempos distintos, o sistema encontra-se sem alteração de estado, quando isso ocorre dizemos que o sistema se encontra em regime permanente, uma vez que nenhuma de suas propriedades varia com o tempo. mérico pode ser atribuído em um dado tempo sem o conhecimento do comportamento prévio do sistema. um todo é a soma de seus valores para as partes nas quais o sistema é dividido (massa, volume e energia). Elas dependem do tamanho do sistema e podem variar com o tempo. Uma propriedade é dita intensiva quando seus valores independem do tamanho do sistema e podem variar de local para local no interior de um sistema em qualquer momento (volume específico e temperatura). Elas podem ser funções da posição e do tempo, enquanto as extensivas são função apenas do tempo. 1.7 – Equilíbrio: Em mecânica, equilíbrio significa uma condição de estabilidade mantida por uma igualdade de forças que se opõem. O equilíbrio termodinâmico é mais abrangente, sendo necessário vários tipos de equilíbrio para se estabe - 1.6 – Propriedades extensivas e intensivas: Uma propriedade é dita extensiva se seu valor para o sistema como contra em equilíbrio termodinâmico através do seguinte procedimento: isole o sistema de sua vizinhança e aguarde por mudanças em suas propriedades observáveis. Se não ocorrerem mudanças, concluímos que o sistema estava em equilíbrio no momento que foi isolado, e assim, dizemos que o sistema se encontra em estado de equilíbrio. Quando um sistema está isolado ele não pode interagir com a vizinhança, mas seu estado pode mudar como consequência de eventos internos, à medida que suas propriedades intensivas (temperatura e pressão) tendem a valores uniformes. Quando todas as mudanças cessam o sistema está em equilíbrio. lecer uma condição de equilíbrio total (equilíbrio termodinâmico). Podemos fazer um teste para verificar se o sistema realmente se en- É muito comum o uso de diversos sistemas de unidades em problemas de engenharia, entre eles o sistema internacional (ao qual já estamos mais habituados) e o sistema inglês (que traz algumas dificuldades pela falta de familiarização). 2 – Sistema de unidades g = 9,8 m/s² g = 32,2 ft/s² sentam em termos numéricos, uma vez que as operações matemáticas que serão realizadas deverão, muitas vezes, levar em conta o número em toda sua grandeza. Alguns prefixos são comumente para expressar número muito grandes ou muito pequenos. Devemos estar cientes do que repre - Três propriedades intensivas importantes na termodinâmica são o volume específico (v), a pressão (P) e a temperatura (T). O volume específico é o menor volume para o qual a matéria pode ser considerada um meio contínuo, e é normalmente pequeno o suficiente para ser considerado um “ponto”. Ele pode ser definido como o inverso da massa específica (ρ), logo, tem também o inverso de sua unidade, sendo ela volume por unidade de massa. 3 – Volume específico sica. Para isso, usamos o número de mols (n) que é definido por: Na utilização de uma propriedade em base molar, uma barra é colocada acima do símbolo: Onde M é o peso molecular (massa molar) [kg/kmol] e v é o volume específico molar [m³/kmol] ou [ft³/lbmol]. Em certas aplicações é conveniente exprimir propriedades como o volume específico em unidades molares, ao invés de unidade más- Para ilustrar o conceito de temperatura e sua relação com outras propriedades, consideremos dois blocos de cobre e suponha que nosso sentido indique que umé mais quente que o outro. Se os blocos fossem colocados em contato e isolados de sua vizinhança, eles iriam interagir de uma maneira que pode ser descrita como interação térmica (calórica). Durante essa interação seria observado que o volume do bloco mais aquecido decresceria um pouco com o tempo (contração), enquanto que o bloco mais frio aumentaria com o tempo (expansão ou dilatação). No devido tempo não seriam observadas mudanças de volume, e os blocos produziriam a mesma sensação térmica aos nossos sentidos. Os dois blocos atingiram o que se chama de equilíbrio térmico. 4 – Temperatura zes é chamado de Lei Zero da Termodinâmica. O terceiro corpo é usualmente chamado de termômetro. 4.1 – Instrumentos de medição: Sensores mais preciso que os termômetros são conhecidos como termopares, são baseados no princípio de que quando dois metais diferentes são unidos uma força eletromotriz (fem), que é basicamente função da temperatura, será estabelecida em um circuito. Em certos termopares um dos fios é feito de platina com uma pureza especificada e o outro é uma liga de platina e ródio. Outros termopares também utilizam cobre e uma liga de cobre e níquel. Outros sensores importantes são os sensores eletroresistivos, que se baseam Quando dois corpos estão em equilíbrio térmico com um terceiro, eles estão em equilíbrio térmico entre si. Esse enunciado muitas ve- geralmente são bons condutores (platina, cobre ou níquel) ou semicondutores. Vários equipamentos medem a temperatura através da radiação, como o termômetro de ouvido e câmeras termográficas. Eles são um pouco diferentes dos citados anteriormente, pois não é necessário que exista contato entre o corpo e o instrumento de medição. no fato de que a resistência elétrica em uma série de materiais varia de uma maneira previsível com a temperatura. Os materiais usados A temperatura padrão (absoluta) utilizada para o detalhamento de medições de temperatura no sistema internacional é o kelvin (K). A escala Kelvin parte de 0 K, e valores inferiores a este não são definidos. A escala Rankine, cuja unidade é o grau Rankine (ºR) é proporcional à temperatura Kelvin de acordo com: T(ºR) = 1,8.T(K) A escala Rankine também é uma escala termodinâmica absoluta com um zero absoluto que coincide com o zero absoluto da escala Kelvin. Nas relações termodinâmicas a temperatura é sempre colocada em termos das escalas Rankine ou Kelvin. Apesar disso, outras escalas podem ser encontradas, como a Celsius e a Fahrenheit. 4.2 – Escalas de temperatura: 4.2.1 – Kelvin e Rankine: sui a mesma magnitude do Kelvin. Assim, as diferenças de temperatura em ambas as escalas são idênticas. No entanto, o ponto zero na escala Celsius é deslocada 273,15 K. E assim: T(ºC) = T(K) – 273,15 Um grau com a mesma magnitude do utilizado na escala Rankine é o usado na escala Fahrenheit, mas o ponto zero é transladado de acordo com a relação: T(ºF) = T(ºR) – 459,67 Assim podemos estabelecer a seguinte relação: T(ºF) = 1,8.T(ºC) + 32 Essa equação mostra que o ponto de solidificação (0 ºC) é 32 ºF e o ponto de vapor (100ºC) é 212 ºF. 4.2.2 – Escala Celsius e Fahrenheit: A escala de temperatura Celsius com unidade grau Celsius (ºC) pos-
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