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FIBRILAÇÃO ATRIAL EPIDEMIOLOGIA - É a arritmia sustentada mais comum na prática clínica: afeta 1-2% da população. - Aproximadamente 20% dos AVE são relacionados à FA (cardioembólicos). - Aproximadamente 1/3 dos pacientes com FA são assintomáticos. - A prevalência aumenta com a idade: ocorre em 5-15% dos pacientes acima dos 80 anos. - Tanto a fibrilação como o flutter atrial requerem um gatilho (geralmente uma extrassístole supraventricular) e um substrato (veias pulmonares, aumento da massa atrial, fibrose e istmo cavotricuspídeo). DIAGNÓSTICO FA: - Ritmo cardíaco irregular - Ausência de onda P - Somente presença de ondas f (irregularidades na linha de base) às vezes muitas vezes são tão pequenas que podem não ser visualizadas. - Costumam ter frequência entre 350-600 bpm. Flutter atrial: - Pode ter RR (ritmo cardíaco) regular – mais comum – ou irregular, devido ao bloqueio atrioventricular variável. - Caracteriza-se por ondas F em serrilhado de serrote. - O flutter clássico ou comum tem ondas F negativas em D2, D3 e aVF e o incomum, ondas F positivas nessas derivações. - Em geral, a frequência atrial é em torno de 300 bpm e a ventricular depende do bloqueio do nó atrioventricular (BAV). OBS!!! Ondas f = fibrilação atrial: possuem morfologia variável e frequência irregular. Ondas F = flutter atrial: possuem a mesma morfologia e frequência regular. TRATAMENTO AMBULATORIAL MANEJO ANTITROMBÓTICO - Todos os pacientes com FA, independentemente da forma de apresentação (paroxística, persistente ou permanente), devem ser avaliados para anticoagulação (CHA2DS2VASc). - Pacientes com doença valvar (prótese biológica ou mecânica e estenose mitral moderada a grave) ou com algumas miocardiopatias (p. ex., miocárdio não compactado e miocardiopatia hipertrófica) não necessitam de CHA2DS2VASc, pois são de alto risco e necessariamente serão anticoagulados. - Podem ser utilizados antagonistas da vitamina K (varfarina) e os novos anticoagulantes (dabigatrana, rivaroxabana, apixabana, edoxabana) – contraindicados em valvopatias -. OCLUSÃO PERCUTÂNEA DO APÊNDICE ATRIAL ESQUERDO - Deve ser considerado em pacientes com alto risco de fenômenos tromboembólicos e contraindicação ao uso prolongado dos anticoagulantes orais. CONTROLE DA FREQUÊNCIA CARDÍACA - A FC de repouso sugerida é menor que 110 bpm. - Em ordem de escolha: CONTROLE DO RITMO (ANTIARRÍTMICOS) - O flutter é mais refratário ao uso de antiarrítmicos, portanto, a CVE é o tratamento de escolha. TRATAMENTO NA EMERGÊNCIA PACIENTES INSTÁVEIS - Instabilidade hemodinâmica é indicada por dispneia, dor torácica, hipotensão, rebaixamento do nível de consciência e síncopes causados pela arritmia. - Deve ser feita a cardioversão elétrica sincronizada. PACIENTES ESTÁVEIS - Pode ser tentado o controle da frequência cardíaca ou a reversão para ritmo sinusal 80% dos pacientes com FA paroxística somente com o controle da frequência revertem espontaneamente para ritmo sinusal em até 48 h. - Se paciente em FA ou flutter por mais de 48 h, deve-se realizar ecocardiograma transesofágico para avaliar a presença de trombos ou iniciar anticoagulação por 3 semanas, previamente à cardioversão, com NOAC ou varfarina com INR dentro da faixa terapêutica (entre 2,0 e 3,0). - Em caso de opção por controle da frequência cardíaca, pode-se usar os seguintes medicamentos: - Caso seja optado por controle do ritmo, podem ser utilizados os seguintes medicamentos: - A amiodarona é a droga de escolha para os pacientes com cardiopatia estrutural, e a propafenona é a droga de escolha nos pacientes sem cardiopatia estrutural.
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