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14 Arritmias Cardíacas na Sala de Emergência - Taquiarritmia

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Medicina - 6º Semestre - Ana Paula Cuchera e Eduarda Costa
Profº Mauro
19 de out. de 2023
Arritmias na sala de emergência
- Exige:
● Rapidez de raciocínio e de intervenção
● Interpretação correta do evento clínico e dos exames complementares
● Competência técnica
● Estratégia terapêutica estruturada e eficiente
○ De preferência imediata → diagnosticar e tratar, se não o paciente morre
- A taquiarritmia pode evoluir para uma parada cardíaca, pois um coração batendo rápido diminui o
DC, portanto, diminuindo a irrigação das coronarianas e do cérebro, esse sem O2 morre
- BPM: 200
● Sintomas: palpitação
● Rebaixamento do nível de consciência
● Extremidades frias
● DC baixo
● PA baixa
● Isso tudo pode evoluir para uma instabilidade hemodinâmica
● Esse paciente tem que diagnosticar e tratar
Classificação das arritmias cardíacas
OBS! QRS → equivale a 3 quadrados
- A arritmia mais grave é a de QRS largo → tem problema de estímulo e ele também pode significar
um distúrbio de condução elétrica intraventricular
● Ocorre ou por doença prévia, ou a taquicardia está causando uma isquemia tão forte que está
refletindo no QRS
- QRS estreito: menor que 3 quadradinho
- QRS largo: de 3 quadradinhos para mais
- Complexo RR:
● Arritmias regular / rítmica → pois tem o R-R regular
● Arritmias irregular/ arritmica → tem o R-R irregular
- Saber: Taquicardias supraventriculares, fibrilação atrial, flutter atrial e taquicardia ventricular
1
1- Taquiarritmias
- Definição:
● Alterações do ritmo cardíaco caracterizadas por frequência cardíaca (FC) maior ou igual a 100
batimentos por minuto (bpm), com a presença de pulso. Geralmente a FC está maior ou igual a
150 bpm para causar sinais e sintomas de instabilidade como: (PROVA)
○ Palpitações
○ Lipotímia ou síncope → desmaio ou pré-síncope
○ Dispnéia
○ Angina
○ Hipotensão
○ Choque
- Exames Complementares:
● O eletrocardiograma (ECG) é fundamental na avaliação das taquiarritmias principalmente
quando hemodinamicamente estáveis
Avaliação Clínica
- Anamnese:
● História de doenças prévias cardíaca ou pulmonar
○ Pulmonar: doença pulmonar que pode dar arritmia no coração → Ex: cor pulmonale,
aumento de volume pode precipitar arritmia e quando é dos átrios grandes são uma
fibrilação atrial
● Patologias da tireóide, neurológicas, vascular
○ Bradicardia: hipotireoidismo
○ Taquicardias: hipertireoidismo
● Uso de medicamentos: quimioterápicos, antidepressivos, anti-hipertensivos, antiarrítmicos
● Uso de drogas ilícitas, especialmente a cocaína.
○ Cocaína: aumenta a atividade simpatomimética e adrenérgica: vasoconstrição, aumento
da PA e além disso a cocaína produz vasoespasmo
- Exame físico:
● Dados vitais, presença de B3 ou B4, crepitações pulmonares, estase jugular, hepatomegalia,
edema de MMII ou generalizado.
○ B3: desaceleração do sangue durante o enchimento ventricular rápido ao encontrar
resquício de sangue da sístole anterior
○ B4: redução da complacência ventricular (ventrículo endurecido) → sangue impacta
contra a parede hipertrofiada
● Observar sinais de instabilidade: Choque, hipotensão, má perfusão periférica, cianose, palidez
cutânea, extremidades frias.
- Exames complementares:
● Monitorização, oximetria, oxigênio suplementar
● Hemograma
● Eletrólitos e função renal
● Marcadores de necrose miocárdica
● Eletrocardiograma de 12 derivações
● Outros de acordo com o fator desencadeante (TEP?)
OBS! Qualquer inflamação aumenta o dímero-D → então deve pedir angiotomografia
- Diagnóstico diferencial:
● Situações que cursam com taquiarritmias:
○ TEP (sinais sintomas próprios).
○ Hemorragias, choque hipovolêmico, drogas ilícitas, estados febris, hipertireoidismo,
transtornos de ansiedade e síndrome do pânico.
● Situações que podem levar a taquiarritmias:
2
○ Cardiopatias congênitas, valvopatias, miocardiopatias, drogas antiarrítmicas, distúrbios
eletrolíticos do cálcio, magnésio e potássio, síndromes de pré excitação
(Wolff-Parkinson-White e Lown-Ganong-Levine).
Classificação das taquiarritmias (QRS e RR)
- Diagnóstico do eletro:
- QRS estreito (< 0,12 ms): menor que 3 quadrados
● R-R irregular = fibrilação atrial (FA), flutter atrial e taquicardia atrial multifocal;
● R-R regular = taquicardia por reentrada nodal (TRN), taquicardia atrial, flutter atrial e
taquicardia por reentrada átrio-ventricular (TRAV).
3
- QRS alargado (≥ 0,12 ms): 80% dos casos são taquicardia ventricular (TV):
● R-R irregular = TV polimórfica, torsades de pointes, fibrilação atrial associada com pré excitação
ventricular
● R-R regular = TV monomórfica, ou taquicardia supraventricular com condução aberrante
TPSV: mecanismo de reentrada
- Nascemos com um feixe de condução e isso leva um sistema de condução normal (imagem 1)
● Em algumas condições as pessoas tem 2 sistemas de condução
● Imagem 2: Pessoa tem um segundo feixe/anômalo: esse é congênito e no nó AV o estímulo
desce por um feixe que é mais lento (segunda imagem), com isso o estímulo fica mais tempo
no nó AV → espaço PR vai estar mais alargado
● Imagem 3: Desce pelo lento, despolariza ventrículo e pega o outro feixe quando desce e assim
despolariza o outro feixe e volta pro atrial → onda P está invertida, pois o estímulo vem de baixo
para cima
● Imagem 4: taquicardia paroxística supraventricular: não se vê onda P, só a taquicardia com RR
regular, QRS estreito
○ Lento pode pegar rápido em período refratário e rápido pode pegar o lento em período
refratário → taquicardia paroxística supraventricular
○ Tratamento: faz ablação → vai com aparelho de ultrassom e queima (hoje em dia faz com
crioablação → congela)
OBS! No nó atrioventricular, ele fica um tempo para percorrer, com isso temos intervalo PR
4
- Imagem 1 x imagem 2: PR na segunda imagem vai estar mais curto por conta do feixe ser rápido
demais
● O feixe passa direto do átrio para o ventrículo (passa direto)
Taquiarritmias: tratamento
- Critérios de instabilidade clínica:
1. Hipotensão (PAS < 90 mmHg)
2. Choque circulatório (alteração da perfusão)
3. Dor precordial anginosa
4. Alteração do nível de consciência
5. Dispnéia associada a congestão pulmonar
- COM critérios de instabilidade:
● Cardioversão Elétrica (CVE): deve ser sempre sincronizada, com exceção das TV polimórficas,
nas quais deve-se realizar a desfibrilação (não sincronizada).
● Sedação:Midazolam 3-5 mg bolus (repetir até sedação); Etomidato 20 mg bolus (2 min após
Fentanil); Propofol * 30-50 mg bolus (máximo até 200 mg)
OBS! Não deve ser utilizado em pacientes com fração de ejeção do ventrículo esquerdo
reduzida.
● Analgesia: Fentanil 1-2 μg/kg; Morfina 1-2 mg.
● Cargas: Desfibrilador (Cardioversor) bifásico: 100 a 200 J; Desfibrilador (Cardioversor)
monofásico: 100, 200, 300 e 360J; Em pacientes com QRS estreito e R-R regular: Iniciar com 50 J
OBS! Fibrilação → desfibrila (não sincronizada)
- Taquicardia → cardioversão (sincronizada)
- Diferença de bifásico e monofásico: o choque é dado na região inframamária para pegar o eixo
elétrico
● Bifásico: um choque para baixo e outro para cima
○ Vantagem: usa uma carga menor
● Monofásico: o choque vai pra um sentido só
- Choque: parar o coração para ver se o nó sinusal reassume o ritmo
Taquiarritmias QRS estreito e regular: Tratamento
- SEM critérios de instabilidade
- Manobra vagal: Posição supina com o pescoço hiperestendido perto do pulso arterial carotídeo por
5 a 10 segundos. Se não houver uma resposta positiva, pode-se repetir a manobra do outro lado, após
2 minutos.
OBS! Contraindicações: presença de sopro carotídeo ou placas em doppler de carótidas, AVE ou AIT
prévios (exceto se exame de imagem de carótidas sem doença aterosclerótica), IAM nos últimos 6
meses e história de arritmia ventricular grave (TV/FV) ;idade avançada.
5
Classificação dos antiarrítmicos
OBS! Ponto J = saída de potássio
6
- Classificação (VAUGHANWILLIAMS):
Taquiarritmias qrs estreito e regular: tratamento (TPSV)
- Adenosina: realizada se não houver reversão commanobras vagais. Inicia-se com 6 mg em
bolus, seguida de flush de soro fisiológico20 ml. Se não houver reversão, pode-se aumentar a
dose para 12 mg em bolus e repetir mais uma vez esta dose, se necessário.
● Bloqueadora do nó AV
● Ela para o coração por alguns segundos
- Efeitos colaterais: flush facial, hipotensão, palpitação, dor torácica, bradicardias, broncoespasmo,
dispnéia, hiperventilação, cefaléia, tonturas e turvação visual.
- Contraindicações: transplante cardíaco, BAV de 2º e 3º graus, disfunção do nó sinusal, FA
pré-excitada, asma e/ou DPOC;
- Bloqueadores de Canal de Cálcio (Verapamil e Diltiazem): Utilizados se não houver reversão com
MSC e adenosina.
● Verapamil é realizado 2,5 – 5,0 mg lento; pode-se repetir 5 – 10 mg após 15-30 minutos da
primeira dose, com dose máxima de 20 mg.
● Diltiazem é realizado 0,25 mg/kg em 2 minutos; pode-se repetir 0,35 mg/kg após 15 minutos da
primeira dose.
● Contraindicações: bloqueios atrioventriculares, insuficiência cardíaca, choque cardiogênico,
hipotensão arterial.
OBS! Primeiro massagem, se não adiantou usa a adenosina
- Se ainda assim não funcionou, nem a massagem e nem a adenosina, usa bloqueador do canal de
cálcio
Algoritmo para TPSV
7
Estudo eletrofisiológico
OBS! Capta o feixe anômalo e faz ablação
Taquicardias de QRS estreito e R-R irregular
- QRS estreito (< 0,12 ms):
● R-R irregular = fibrilação atrial (FA), flutter atrial e taquicardia atrial multifocal (marca-passo
migratório ou marca-passo mutável)
OBS! Extrassístole ventricular não tem onda P
- Estímulos do nó sinusal, e em determinado momento o ventrículo dá estímulo e com isso fez um
batimento a mais.
- O nó sinusal “respeita” a extrassístole e faz uma pausa compensatória - acabando a sístole ele
começa de novo
8
OBS! Bigeminismo → extrassístole, seguida por batimento normal (várias vezes)
- Um estímulo sai do nó sinusal e o outro sai do ventrículo
9
OBS! Poliforme = por ser de vários focos
OBS! Pareadas/acopladas = até 3 batimentos por minuto tem esse nome.
- Não confundir com bigeminismo.
OBS! Taquicardia ventricular não sustentada: quando passar de 3 batimentos por minuto
10
- R-R regular ou QRS largo
OBS! Taquicardia ventricular sustentada: demora mais do que 30 segundos
Taquicardia Ventricular
OBS! Sem QRS, 80% das taquiarritmias ventriculares de QRS largo é esse caso de cima
- Nesse caso cardioversor, pois está bem definido e o sincronizador consegue pegar
Taquicardia de QRS alargado e R-R irregular
- R-R irregular = Torsade des points (QTc longo)
OBS! Ou taquicardia irregular polimórfica
- Torsade des points = as pontas torcem - as vezes tem impressão que o QRS está para cima e outras
horas, para baixo
11
Taquiarritmias - orientações de conduta
- Sinais de instabilidade hemodinâmica → CVE sincronizada
- QRS Largo indica TV até que se faça melhor investigação
- QRS estreito com RR regular: TPSV, flutter atrial, taquicardia atrial, taquicardia atrial multifocal
- QRS estreito com RR irregular: FA ou Flutter atrial (cardioversão ou controle da FC)
- FA aguda: CVE com 200J no monofásico e 100 a 120 j no bifásico; se não reverter, ( 300, 360j....),
amiodarona
- TV monomórfica ou polimórfica estável - Amiodarona
- TV monomórfica instável – CVE 100j no monofásico ; se não reverter, processo escalonado (300,
360j....)
OBS! J = joules
- TV polimórfica tipo torsades des points: Sulfato de Magnésio EV; lidocaína pode ser necessária,
choque não sincronizado)
● Ligado a síndrome do QTC longo → efeito colateral do uso da ivermectina (neste caso usa
cardiodesfibrilador, pois não tem como ressincronizar este)
- TV polimórfica com QTC de base normal: Amiodarona ou Lidocaína; se não reverter, cardioversão
elétrica escalonada (200, 300, 360J)
Fibrilação Atrial
- Definição: Fibrilação atrial é uma arritmia supraventricular caracterizada por atividade elétrica atrial
desorganizada, secundária a múltiplos focos de despolarização atrial.
● O átrio não contrai, ele treme
● Coágulo → sangue fica em contato com a parede do átrio
- Manifestações clínicas: destacam-se pela gravidade, quadros de tromboembolismo e de
instabilidade hemodinâmica.
- Diagnóstico: O diagnóstico de fibrilação atrial é realizado pela identificação eletrocardiográfica de
intervalos R-R totalmente irregulares, associadamente à ausência de qualquer atividade elétrica atrial
organizada e amplitude variável das ondas R.
- Alerta:
● Piora da qualidade de vida;
● Tratamento continuado;
● Risco de complicações;
● Mortalidade dobrada.
FA - Epidemiologia
● Arritmia sustentada mais frequente;
● Prevalência > com idade - 10% dos > de 80 anos;
● > Expectativa de vida - > FA – verdadeira epidemia;
● Familiar
● Obeso
Mecanismos eletrofisiológicos
- Aumento do átrio esquerdo – principal predisposição;
- Reentradas intra atriais múltiplas + Gatilhos focais;
- Gatilhos na desembocaduras das 4 veias pulmonares no AE;
- Remodelamento atrial vai garantir a perpetuação da arritmia;
12
OBS! O átrio tem um curto circuito
- Predisposição a arritmia: átrio grande (Ex: remodelamento atrial)
FA - Fisiopatologia
OBS! Figura = diagrama demonstrativo dos aspectos fisiopatológicos que envolvem o
remodelamento atrial (eletrofisiológico, contrátil e estrutural) da FA
- Remodelamento é uma adaptação do átrio.
- Fibrilação atrial tira de 20-30% de débito cardíaco (em paciente com comprometimento isso é muito
significativo)
Fibrilação Atrial no Estudo de Framingham
- Os três fatores relacionados commaior risco de FA:
● Átrio esquerdo aumentado
● Fração de ejeção reduzida
● Musculatura miocárdica espessa
13
Causas de FA
- Causas com o coração normal:
● Idiopática (25%) - doença depois
● Álcool, Simpaticomiméticos;
● Antihistamínicos;
● Chá, café, cigarro;
● Envelhecimento;
● Hipóxia após anestesia;
● Anestésico local;
● Pneumonia, Sepse;
● Embolia Pulmonar;
● Hipertireoidismo
- Causas secundárias a cardiopatias:
● Doenças Reumática (mitral);
● Hipertensão Arterial-HVE;
● Coronariopatia;
● Pós operatório cirurgia cardíaca;
○ Pela manipulação em torno do átrio
● Cardiomiopatias - dilatada, hipertrófica;
● Miocardites
● Pericardites
Consequências da Fibrilação Atrial
- Perda contração atrial - redução 20 a 30% do débito cardíaco;
- Palpitações (diminuem com a idade);
- Dispnéia, tontura, síncope;
- Maior de FC desproporcional ao esforço – Taquicardiomiopatia;
- Maior risco de AVCi – aumenta de 5 a 7x;
- Taxa de mortalidade é dobrada em relação ao ritmo sinusal;
FA: classificação
14
OBS! Precisa saber pois o tratamento é diferente
- Imagem: é possível ver:
● Não tem onda P
● Atividade elétrica está desorganizada.
● Presença de R-R variável
● Amplitude do QRS é variável
OBS! Faz um curto circuito
15
FA - Conduta
● Conversão a ritmo sinusal;
● Prevenção de recorrências;
● Controle de frequência;
● Prevenção de tromboembolismo;
OBS! Se tiver instabilidade hemodinâmica → primeiro cardioverter sempre
- Se não converter: vai ter coágulo e depois tromboembolismo
OBS! Se o paciente estiver bem → diminui a FC e vai anticoagular e mandar para casa. Depois o
paciente vai voltar, precisa sedar o paciente e cardioverter para o coração voltar ao ritmo normal
FA - abordagem terapêutica
FA - Algoritmo e tratamento
OBS! Heparina para anticoagular
- Maior de 48 horas não pode cardioverter → pois é provável que o paciente já tenha coágulo no
coração
● Se cardioverter: esse coágulo vai sair do coração e vai para o cérebro
● Perguntar para o paciente a quanto tempo que o paciente está se sentindo assim (palpitação)
- Cardioverter: química ou mecânica
- Se passar de 48 fazer ecocardiograma para ver coágulo, mas ainda é arriscado pois pode passar sem
perceber no eco.
- Assim que fizer a cardioversão em paciente commais de 48 hora ele faz um AVE
1- Reverter ritmo: não indicada para todos
● Espontânea – 70% das recentes sem cardiopatia associada;
● Química
● Elétrica
● Ablação
16
2- Prevenção de recorrências
● Abordagem de fatores associados;
● Risco de pró-arritmia.
3- Controle de frequência
● Betabloqueadores, Digital, Bloq Ca, Amiodarona;
● Às vezes resposta já lenta;4- Anticoagulação
● Warfarin, NOAC, AAS(?)
FA - Abordagem terapêutica
- O manejo inicial da fibrilação atrial é determinado pelas condições hemodinâmicas do paciente
- Na presença de instabilidade hemodinâmica, deve-se realizar cardioversão elétrica imediata.
- Na ausência de instabilidade hemodinâmica, deve-se avaliar a necessidade de :
● Anticoagulação
● Controle da frequência cardíaca
● Cardioversão para ritmo sinusal.
- Controle da frequência cardíaca:
● Fibrilação atrial associada à taquicardia estável hemodinamicamente.
● Fatores desencadeantes como: frio, dor, hipoxemia, desidratação, febre, resposta inflamatória,
medicações cronotrópicas positivas, hipertireoidismo.
● Considerar a introdução de droga cronotrópica negativas como Betabloqueadores (BB) e
antagonistas de canal de cálcio não-diidropiridínicos. Digitálicos apresentam-se como
segunda escolha.
● A amiodarona deve ser reservada para os casos em que existam contraindicações às outras
classes citadas ou insucesso com o uso das mesmas.
- Anticoagulação:
● A decisão sobre o uso de anticoagulantes deve ser levar em consideração os escores de risco
de tromboembolismo e escores de risco de sangramento, além da avaliação do risco de
quedas e da possibilidade de uso correto da medicação e de seguimento clínico adequado.
OBS! Cuidado com anticoagular para pacientes frágeis e atrapalhado, pois cai com facilidade e pode
dar hemorragia.
- Escores para anticoagulação:
OBS! Discutir com o paciente e com a família
17
- CHADS → passou a ser CHADSVASc = acima de 2
● Utilizados para a estratificação de risco para eventos tromboembólicos em pacientes com
fibrilação atrial
- HAS-BLED → acima de 3 não anticoagula pois tem risco de sangramento
● Estimativa da probabilidade de sangramento
- Ablação por radiofrequência
- Nova diretriz de fibrilação atrial 2020 ESC: (não precisa saber tudo, só o asterisco)
● Triagem: deve ser encorajada em pacientes com fatores de risco como idade acima de 65 anos
e hipertensos de longa data. Mas deve-se orientar bem o paciente sobre como e quando fazer
a triagem, principalmente se for por meio de monitores “wearables”.
18
● Diagnóstico: independente do dispositivo utilizado, é considerado diagnóstico de FA qualquer
registro da arritmia com pelo menos 30 segundos. Atentar para o aumento de falsos positivos
por conta de artefatos e erros diagnósticos de monitores mais recentes, como os chamados
“wearables”. E não se sabe ao certo a segurança e aplicabilidade desses dispositivos a longo
prazo.
● Classificação: além da distinção temporal (paroxística, persistente e permanente), é sempre
necessário classificar o paciente com FA segundo o risco de tromboembolismo (usando o
escore CHA2DS2-VASc), a presença ou não de sintomas diretos, de comorbidades e a “carga”
de FA, ou seja, a quantidade e a frequência das crises.
● Tratamento geral: a tomada de decisão, mais do que nunca, deve ser compartilhada com o
paciente e/ou familiares. A FA sempre está associada a uma série de outras doenças e,
portanto, o tratamento deve visar, sobretudo, a qualidade de vida do paciente, inclusive com a
inclusão de questionários de autoavaliação do paciente na rotina de acompanhamento.
● Anticoagulação: a preferência é pelos DOACs*** para todos os homens com escore
CHA2DS2-VASc acima de 2 pontos e mulheres acima de 3 pontos. Varfarina somente em
pacientes com prótese valvar metálica ou estenose mitral moderada a grave (INR entre 2 e 3, e
TTR acima de 70%. Escores de risco de sangramento não servem para tomada de decisão e sim
para orientar o seguimento.
● Cardioversão: Usar DOACs ou varfarina por pelo menos três semanas ou ecocardiograma
transesofágico sem evidência de trombo, feito a qualquer tempo após o início da
anticoagulação. Manter anticoagulação após cardioversão, mesmo se estiver em ritmo sinusal,
e reavaliar suspensão a longo prazo.
OBS! Os medicamentos Rivaroxabana, Apixabana, Edoxabana e Dabigatrana são anticoagulantes
orais diretos (DOACs). Indicação: Prevenção e tratamento de fenômenos tromboembólicos, em
pacientes portadores de Fibrilação Atrial não valvar (FANV).
● *Ablação: não é necessário interromper anticoagulação, nem fazer ponte com varfarina. A
manutenção da anticoagulação após ablação é de no mínimo dois meses, mas depende do
escore de CHA2DS2-VASc. Deve-se oferecer ablação como primeira linha de tratamento em
pacientes após uma falha de tratamento com antiarrítmicos ou com suspeita de
taquicardiomiopatia por FA.
● Estilo de vida: perda de peso é fundamental em pacientes com FA, principalmente que vão
para ablação. Controle de fatores de risco como apneia do sono, etilismo crônico e
sedentarismo devem fazer parte do tratamento.
● Atividade física: atividades competitivas de alta intensidade devem ser desaconselhadas. Já
atividades de leve a moderada intensidade podem contribuir para qualidade de vida e controle
dos fatores de risco.
Flutter Atrial
- Definição:
● O FLA é uma taquiarritmia relativamente frequente (5-10% dos casos).
● Caracteriza-se por frequência atrial de 200 a 300 bpm e ventricular em torno de 150 bpm nos
casos de condução AV 2:1.
● Entretanto, a condução AV comumente é variável (2:1, 3:1, 4:1, etc), gerando frequências
ventriculares menores e variáveis.
● O FLA é decorrente de ummacrocircuito de reentrada atrial, mais comumente no átrio direito
(AD) em torno do anel da valva tricúspide (FLA típico).
● Nestes casos, o istmo cava-tricúspide (ICT) é região fundamental para manutenção do circuito
de reentrada e portanto alvo da terapia de ablação.
19
- No ECG, a onda P sinusal é substituída por ondas largas e interligadas do FLA, que dão à linha de
base do traçado um aspecto ondulado ou serrilhado, conhecido como “dentes de serrote”
● Principalmente nas derivações DII, DIII, aVF e V1
- No FLA típico é comum a rotação no anel tricúspide é anti-horária (ondas de FLA negativas em DII,
DIII e aVF).
- No FLA típico é incomum a rotação no anel tricúspide é horária (ondas de FLA positivas em DII, DIII
e aVF).
- No FLA atípico, o macrocircuito de reentrada localiza-se em outra região do AD, septo interatrial ou
no átrio esquerdo (AE). Nestes casos, a morfologia das ondas de FLA difere daquela descrita para os
casos típicos.
- Os indivíduos que apresentam FLA podem ser previamente hígidos, mas geralmente têm alguma
alteração cardíaca estrutural, como por exemplo,
● Aumento de AD ou AE
● Hipertensão arterial sistêmica
● Valvopatia tricúspide ou mitral
● Miocardiopatia dilatada
● Cardiopatia congênita
● Passado de cirurgia cardíaca com incisão atrial, entre outras.
- Com relação ao tempo de duração, a FLA pode ser classificado em:
● Paroxístico (<7 dias, geralmente <48 horas)
● Persistente (>7 dias ou com necessidade de cardioversão elétrica >48 horas)
● Persistente de longa data (>1 ano) e permanente (aceito como crônico).
- Os pacientes podem ser assintomáticos ou apresentar sintomas tais como:
● Palpitações taquicárdicas, dispnéia, cansaço, dor precordial, tontura, pré-síncope e raramente
síncope.
- O FLA com duração >48 horas pode associar-se a formação de trombos intracavitários, mais
comumente no apêndice atrial esquerdo (AAE). Além disto, pode descompensar uma cardiopatia de
base com piora dos sintomas prévios de insuficiência cardíaca (IC) e inclusive causar edema agudo de
pulmão (EAP).
- Adicionalmente, o FLA persistente por várias semanas ou meses, com FC elevada, pode
desencadear quadro de taquicardiomiopatia dilatada.
OBS! Flutter atrial típico e comum. Observar o aspecto serrilhado da linha de base, principalmente
em DII, DIII e aVF (ondas de FLA negativas).
● Variação de quadradinhos: pode ocorrer porque a condução atrioventricular é variável, mas
nesse caso é a onda em serrote
- Flutter e fibrilação = tratamento são iguais
20
Algoritmo do tratamento
OBS! Estimulação transesofágio → coloca cateter no esofago (cateter marcapasso) e faz a frequência
do cateter ser 400, ele vai assumir essa frequência (estimulador) e depois tira
21