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RESUMO LIVRO TRUQUES DA ESCRITA

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FACULDADES INTEGRADAS NO NORTE DE MINAS – FUNORTE CURSO DE GRADUAÇÃO EM DIREITO
TRUQUES DA ESCRITA 
HOWARD S. BECKER
MARIELLE BARBOSA SOARES
MONTES CLAROS - MG 2019
MARIELLE BARBOSA SOARES
TRUQUES DA ESCRITA
HOWARD S. BECKER
Fichamento tipo resumo elaborado do livro “Truques da Escrita”, para obtenção de nota na disciplina de Metodologia da Pesquisa Científica, ministrada pelo professor Welberte Ferreira Araújo.
MONTES CLAROS - MG
2019
A principio, no início do capítulo, descreve que Howard, mesmo escrevendo profissionalmente como sociólogo há quase trinta anos, ainda tinha uma certa dificuldade para escrever e seus textos. Fazendo com que os professores e até mesmo seus colegas fizessem reparos e ensinasse à ele maneiras de melhorar a sua escrita e a produção dos seus textos.
Além disso, ele conta que preparou um curso de redação para pós-graduandos, na “cara de pau”, pois ele não dominava o assunto. Afinal, ele era um sociólogo e o mesmo não tinha idéia de como ensinar e escrever.
De início, tinha apenas dez ou doze inscritos no curso, inclusive, alguns deles eram seus colegas mais jovens. Como ele não tinha idéia de como começar o curso, surgiu uma lembrança de quando ele tinha lido as “Entrevistas com Escritores”, que falava basicamente de como os entrevistados revelavam seus hábitos de escrita.
Através dessa forma, ele questionou uma aluna a forma com que ela escrevia, se ela datilografava ou escrevia à mão. A tentativa deu certo e ela descreveu uma rotina complexa que tinha de ser cumprida. A aluna não ficou constrangida ao falar sobre, mas ele percebeu que os outros alunos ficaram inquietos com a questão.
Logo após, ele questionou mais dois alunos. Um expôs suas formas peculiares e o outro pediu desculpas e disse que preferia pular a sua vez. Naquele momento, ele percebeu que todos estavam contando coisas embaraçosas. Ele conseguiu fazer todo mundo contar tudo, sem poupar ele mesmo.
O exercício gerou um grande nervosismo, mas também uma descontração e um enorme interesse. Foi observado que todos os alunos estavam aliviados depois de expor seus hábitos de escrita.
De acordo com uma perspectiva sociológica, esse tipo de exercício é usado para obter resultados sobre o qual julgam não ter meio de controles racionais, ou seja, os medos e perigos de escrever. 
Em seguida, através dessa perspectiva, ele perguntou à turma o que todos eles temiam não controlar racionalmente. Todos os alunos foram bem francos. Resumindo o longo debate que se seguiu, os alunos tinham medo de duas coisas. Temiam não conseguir organizar seus pensamentos, no qual escrever o deixariam loucos. O segundo medo, era que o que escrevessem estivesse errado e que as pessoas no geral iriam rir deles.
No próximo dia de aula, aconteceu uma coisa importante na turma. Como anteriormente todos haviam contado seus hábitos de escrever e situações embaraçosas, desta vez a atividade foi dar ênfase não à redação, mas a revisão e reelaboração de textos. 
Por isso, o requisito para participar do curso, os alunos teriam de entregar um artigo já escrito, para treinarem as correções. Antes disso, o professor decidiu mostrar o que era revisar e reescrever. No começo da segunda aula, foi distribuído um rascunho de um artigo em que uma colega estava trabalhando, chamado “a metodologia do trabalho”.
A metodologia do trabalho é uma disciplina que estuda os métodos. A metodologia é também considerada uma forma de conduzir a pesquisa ou um conjunto de regras para ensino de ciência e arte. Segundo ele, os sociólogos normalmente usam vinte palavras quando duas bastariam. Foi usado esse método com os alunos, assim, passaram a maior parte do tempo cortando o excesso de palavras.
O exercício teve vários resultados. Os alunos ficaram cansados, pois nunca tinham passado tanto tempo analisando um mesmo texto e nunca tinham imaginado que alguém conseguiria passar tanto tempo numa tarefa daquelas. O resultado mais importante surgiu no final da aula, quando uma aluna falou que a maneira no qual ele falava, ficava de um jeito que qualquer um poderia entender. Ou seja, ficava mais fácil.
As palavras da aluna deram gancho para a seguinte questão: “O que era sociológico: o que você dizia ou como você dizia?”. Em resposta à essa questão, foi concluído que foram substituídas as palavras “bonitas”, sou seja, as formais, pelas informais ou comuns. Foi observado que os autores tentavam dar peso ao que escreviam utilizando um tom acadêmico, mesmo com um prejuízo do verdadeiro significado. 
Ao dar continuidade nesta segunda aula, foi descoberto que algumas expressões não podiam ser substituídas porque não havia nenhum sentido por trás delas. Basicamente estavam ali apenas para ocupar espaço, marcando um lugar onde o autor deveria dizer palavras simples, mas por não ter nada de simples para dizer, acabavam preenchendo esse espaço.
Mas tinha um motivo para os escritores fazerem isso. Usavam essas expressões e frases sem sentido não por um simples capricho, mas porque tinham que encobrir problemas que refletem na teoria sociológica. A expressão teoria sociológica se refere tanto aos modelos de explicação causal dos fenômenos sociais quanto à sub-disciplina da Sociologia dedicada ao estudo da estrutura conceitual e da história das teorias sociológicas.
De uma parte, os sociólogos não tiveram bom êxito, senão muito raramente, quanto a satisfazer a tão exigentes critérios. E, de outra parte, o que constitui, sem dúvida, uma resposta às dificuldades da elaboração propriamente teórica.
A falta de vontade ou até mesmo a incapacidade dos sociólogos de fazerem afirmativas causais também leva a uma redação ruim. Por esta razão, isso os reconduzem aos rituais da escrita. Eles escrevem assim porque, se escreverem de outra maneira, estarão com medo de errar e de serem julgados e ao serem levados a sério. 
Para eles, é melhor sustentar uma afirmação mostrando a covariância delas, ou seja, os dados podem estar certos falando de uma maneira simples, mas a forma como é falada, vai dar uma certeza a quem está lendo.
Os estudantes, assim como outros cientistas sociais, geralmente usavam qualificações menos especificas. O que eles queriam dizer com isso é que existia uma relação, mas sabiam que alguém, mais cedo ou mais tarde, iria encontrar uma exceção. Caso eles fossem atacados ou questionados sobre as qualificações que usaram, podiam dizer que nunca afirmaram que aquilo era sempre verdade. 
Seguindo o raciocínio da tradição filosófica e metodológica, os resultados das investigações filosóficas formam a tradição filosófica. Em outros termos, a investigação filosófica pode ser concebida como a busca individual para compreender e se situar frente à realidade de forma racional tendo como base intelectual a tradição filosófica, que corresponde aos conhecimentos sistematizados ao longo da história por inúmeros pensadores. Cada indivíduo pode descobrir, a partir de uma base metodológica sólida e consistente, a sua própria maneira de investigação e reflexão filosófica. 
Geralmente, os estudantes de pós redigem trabalhos mais extensos do que os estudantes de graduação. Como estão acostumados em elaborar trabalhos semestrais, não tem a mesma facilidade para guardar na cabeça um trabalho mais extenso. Deste modo, começam a ter uma dificuldade na escrita e não conseguem redigir um texto de uma só vez sem ter medo das críticas.
Assim, foi passado umas tarefas aos alunos da pós para que os mesmos desistissem do método de escrever o texto de uma só vez. Uma dica que foi dada aos alunos era de que, o que eles colocavam no papel não era necessariamente definitivo, então não precisavam preocupar muito com o que escreviam. A única versão importante do trabalho era o final. Após essa dica, os estudantes ficaram mais calmos.
Os alunos fizeram um rascunho e todos concordaram que a maneira de trabalhar com ele seria fazer anotações, ver oque continha nele e depois montar um plano geral para outro rascunho. Com isso, os alunos perceberam que a redação podia ser feita em etapas, e não de uma só vez. 
A forma final de um trabalho resulta de todas as escolhas feitas, etapas e pessoas envolvidas em sua produção. Para produzir um texto, é preciso fazer algumas escolhas como, por exemplo, qual idéia tomar e quando; qual palavra usar, saber expressar, saber qual exemplo dar para deixar claro o significado, etc. 
Seguindo a teoria do autor, é normal que ao sentar para escrever, você faça um rascunho bem bagunçado, confuso. Pois um rascunho é a base de que o assunto tratado vai ser descoberto ao longo das etapas até ser concluído. Com ele você vê o que tem e o que não tem, o que já fez e já sabe, e o que falta fazer. E assim você percebe o que precisa deixar mais claro, através das técnicas de revisão e reelaboração. 
Para aprender a escrever como um profissional, vamos entrar no assunto dos problemas de redação conforme surgem em fases posteriores de uma carreira em ciências sociais.
Através de histórias contadas por cientistas sociais, a apresentação de idéias e resultados de pesquisa, oculta aos leitores fatos que eles gostariam de conhecer. Uma grande parte de textos sociológicos se concentra na maneira de como foi feita a pesquisa, e assim como a redação, merece o mesmo tipo de atenção.
O principal ponto a ser discutido é de que ninguém aprende a escrever de repente. Pelo contrario, essa aprendizagem continua durante toda a vida profissional e decorre através de experiências. No ponto de vista dos cientistas sociais, a redação não é um problema sério, até encontrar umas dificuldades para redigir e até mesmo publicar os trabalhos. 
Escrever não é uma atividade fácil, nem mesmo para aqueles que fazem da escrita um afazer cotidiano, como por exemplo, jornalistas e escritores. E nem mesmo para quem tem a escrita uma de suas principais atividades, como os cientistas sociais.
Umas das questões principais numa redação é a clareza nas palavras, ou seja, o que quer dizer. E foi com essa descoberta que Howard conseguiu concluir o artigo baseado na sua tese de doutorado, como ele mesmo conta. 
Segundo ele, o ultimo passo para adesão definitiva ao trabalho sério de reescrita, se deu quando ele juntou a Blanche Geer, um estudante de medicina. O estudante o ensinou sérias questões de redação, com discussões sobre cada palavra nos rascunhos que estavam fazendo.
Tiveram debates sobre "perspectiva", palavra que dava uma idéia central para a teoria do estudo. Perspectiva é uma palavra de múltiplos significados, podendo estar relacionada com o modo como se analisa determinada situação ou objeto; um ponto de vista sobre uma situação em específico.
As discussões que eles tiveram, também o ensinou que era divertido reescrever, era como se fosse uma espécie de quebra-cabeça cujo objetivo era encontrar um modo bom para dizer algo com clareza. Também fez concluir que as discussões foram as mais importantes, pois continuariam ao longo da escrita de vários outros artigos e livros que escreveram juntos.
Alguns anos após conquistar o seu doutorado, Howard montou uma rotina de escrita muito eficiente, levando em consideração as críticas de amigos aos rascunhos iniciais. Assim, ele viu a reescrita como algo que revelava suas dificuldades e também a viu de uma maneira divertida, fazendo como uma tarefa não constrangedora. O fato dele ter se formado nessa tradição, deu à ele um convicção de que ele aprenderia toda a teoria geral que precisava conhecer.
"Quando você sabe que está essencialmente certo, uma boa parcela da pressão sobre sua escrita desaparece, pois aí você não precisa tentar resolver problemas sociológicos encontrando a maneira certa de formulá-los." (Howard, 2015, p.86).
Quando Howard se tornou editor, ele teve uma visão mais ampla sobre edição de texto. Descobriu que conseguia enxergar uma lógica interna nos trabalhos alheios, mas do que no seu próprio trabalho. 
Assim como conseguia enxergar defeitos mais facilmente nos textos alheios do que nos dele. Ele conta que sofreu um pouco em relação à mudança na prática dos editores de revistas de sociologia. 
Ao relembrar que quando descreveu seu seminário de redação para seus alunos de pós graduação (capítulo 1), ele comentou que havia apresentado à turma os seus rituais pessoais de escrita, mas não disse quais eram. Quando ele começou a dar o curso, passou a escrever num computador, e disse aos alunos que foi dessa maneira que escreveu seus textos naquela ocasião. Mas vamos falar mais adiante dessa nova rotina computadorizada.
Howard conta também que embora tenha escrito muito, passava pouco tempo diante da máquina de escrever. Quando recebia convites para dar palestra, usava o novo tema de pesquisa que elaborava, como uma forma de rascunho. E além disso, tentava convencer as pessoas de que o assunto seria do interesse delas. Então dessa forma ele percebeu quais eram as maneiras de apresentar questões que as pessoas entendessem, quais argumentos levariam à diante, e quais as que causariam confusão.
A partir daqui, vamos falar como o autor aplicava as formas de fazer rascunho através do computador. O tempo que ele levava para fazer um rascunho à mão, diminuiu com o uso do computador. Ele explica que levava apenas algumas horas por dia, durante três ou quatro dias. Após isso, enviava os rascunhos para alguns amigos capazes de contribuir, seja com reflexões ou críticas. Era melhor para ele ouvir as críticas dos seus amigos do que lê-las publicamente.
Quando recebia as criticas dos amigos ou editores rejeitando o seu trabalho, passava pela cabeça de que na hora de expor seus argumentos, tinha faltado clareza. Logo em seguida, ele examinava o que poderia atender nas objeções sem mudar a sua posição, exceto quando a crítica o convencia de que exigia mudanças.
Conforme sua experiência foi aumentando, usou outras formas para melhorar o seu desempenho na escrita do rascunho. Começou a usar frases mais curtas, procurar alternativas para a terceira pessoa e a primeira pessoa, etc. Vale destacar que quando tem um prazo para escrever um texto, não conta com todas essas formas de melhorar o rascunho. Tem que ser objetivo e claro.
Para contornar esse problema, teve que trabalhar em várias fases ao mesmo tempo. Começar esboçando um rascunho de algo novo, reescrever, fazer as revisões finais de algo pronto para a publicação. E por incrível que pareça, isso acaba facilitando as etapas do processo. Pois se você parar numa parte da tarefa, pode passar para a outra, e fazer o que for mais fácil. 
Mais tarde, Howard começou a ter ambições literárias. Pensou sobre melhorar a sua redação em um sentido mais amplo. E tava convencido de que era importante o uso de casos (exemplos) para apresentar as idéias. Expandiu essa ambição para as ilustrações, pois, era evidente que um livro sobre artes devia ser ilustrado. 
No final, acabou montando um livro com imagens. E com isso, aumentou o interesse pelos aspectos visuais e da elaboração de um livro.
“De minha parte, tenho sido relativamente aberto às possibilidades, talvez mais do que a maioria, e resisto às pressões (aqui, também, talvez mais do que a maioria)” (Howard, 2015, p.96).
Neste próximo capítulo, vamos falar sobre a experiência de Howard com o uso do computador pra escrever. Coisa que naquela época, era novidade. Ele mencionou que foi um adepto precoce a uso do computador, embora havia muitas pessoas fazendo isso.
Naquela época, alguns sociólogos quantitativos já tinham acostumado a trabalhar com o computador ao lidar com grandes volumes de dados numéricos. Por mais que ele tenha ficado um pouco assustado com essa experiência, logo percebeu que dava menos trabalho escrever dessa maneira.
Apesar que que, segundo ele, tem um desgaste físico ao reescrever quando não se acerta da primeira vez. Como já foi dito, as pessoas escondem seus primeiros rascunhos por medo de virarem motivo de chacota, mas com o uso do computador, tem uma grande facilidade em apagaro que escrevem. 
Os processadores de texto facilitam a redação para quase todos. Tanto para aqueles que tem facilidade na escrita, e também para os que não tem. Baseado nisso, entra em questão a observação sistemática. 
A técnica de observação vem sendo utilizada em diversas áreas de conhecimento, visto que a mesma possibilita ao pesquisador extrair informações de grupos e situações que com outras técnicas se tornariam mais complexo ou mesmo impossíveis.
No ponto de vista de Howard, a escrita é uma atividade mental que lida com idéias e emoções, ou seja, é vista como uma atividade intelectual a partir do momento em que é trabalhada com a cabeça e as mãos. Ele chega a citar e comparar que o trabalho intelectual é de classe mais elevada que o manual. Dentro desse pensamento, cita uma parte do livro escrito pelo sociólogo Irving Louis Horowitz:
"Quem trabalha com a mente é mais importante do que quem trabalha com sua força física. Ao avaliar a importância das pessoas, é preciso distinguir entre quem consegue conceitualizar e quem não consegue – quem consegue dialetizar e quem não consegue." (Horowitz 1975, p.398-9).
A atividade de escrever, como qualquer outra, tem um lado físico. Se por exemplo, passarmos muitas horas sentados à frente de um computador, escrevendo, no outro dia vamos notar a dor nos braços e nas costas. Isso nos ensina como é rápida a redação em termos físicos.
A concepção convencional da escrita trás uma diferença na linguagem comum. Percebe-se que falamos a palavra "escrever" quando nos referimos a parte mental, e falamos "digitar" quando nos referimos a parte física. Segundo Wittgenstein, a digitação é o que sobra da escrita quando você retira a reflexão que geralmente fazemos enquanto compomos o texto a máquina.
Com o surgimento do uso do computador na escrita, na produção da redação, as pessoas que sempre usaram lápis, caneta e até mesmo a máquina de escrever, se sentiram impotentes, pois precisavam usar um instrumento diferente para poderem escrever. E já eram acostumados com a sensação do objeto usado.
A digitação desempenha um papel nos hábitos de escrita das pessoas. Mesmo se for feito um rascunho escrito à mão, depois ele vai precisar ser digitado, por você mesmo ou por outra pessoa, e geralmente mais de uma vez. Por ter que fazer isso, a tarefa de redigitar o rascunho quando precisar, acaba sendo cansativa, mesmo que a maioria das pessoas aproveitam isso para fazer correções.
O fato de redigitar várias vezes o trabalho, ou seja, os rascunhos, dá a entender para os escritores que isso sustenta o trabalho. Pois isso leva a fazer várias revisões, ver o que você está dizendo e o que pode mudar. E muitos escritores fazem isso por muito tempo, mesmo que isso leva um certo esforço físico. 
A grande qualidade do uso do computador na escrita é de vencer o desgaste físico ao escrever. Por exemplo, quando é exigido corrigir algo no rascunho, ao invés de reescrever tudo novamente, você pode simplesmente apertar a tecla "apagar" e fazer a correção daquilo que você viu necessário corrigir. Além disso, o computador vai gravar o arquivo que você escreveu, e você pode continuar a escrever de onde parou.
Além disso, para aqueles que ainda tem medo das críticas alheias quanto ao conteúdo escrito, a ideia que saiu mal formulada some da tela como se nunca tivesse existido. Nunca ninguém vai saber a besteira que você escreveu ou a formulação que não saiu como planejado. Seu cesto de lixo não fica abarrotado de papéis amassados à vista de seus amigos, que até podem pegar alguma folha e dar uma olhada. Como nem todo mundo tem esse medo, a solução desses problemas não é a principal contribuição do computador. Sobre o uso dos computadores na produção de uma redação, podemos concluir que:
Os computadores nos dispensam do que sabemos fazer com o papel e uma máquina de escrever. O papel cria limitações físicas, dificultando a mudança de trechos de um lado para outro, obrigando os autores ao papel de guardiões de enormes pilhas desorganizadas de notas, citações, reproduções e fotocópias. As máquinas de escrever se limitam a oferecer o pequeno conjunto de símbolos e caracteres alfanuméricos no teclado. Os computadores acabam com tais restrições e nos dão maior liberdade para organizar o que queremos dizer numa forma facilmente acessível. (HOWARD, 2015, p.143). 
Com tudo isso que foi falado e contado neste resumo, podemos concluir que escrever uma redação, produzir um trabalho, deixou de ser uma tarefa tão complicada ao longo do tempo. E com essas dicas, técnicas e evoluções citadas, podemos aprender a escrever algo de qualidade e acabar com todos os medos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
LADEIRA, Francisco Fernandes. Tradição filosófica e a investigação feita pelo filósofo. 2013. Disponível em: http://www.consciencia.org/tradicao-filosofica-e-a-investigacao-feita-pelo-filosofo. Acesso em: 28 out. 2019.
Disponível em: < https://www.significados.com.br/filosofia/ > Acessado em: 29 out. 2019.

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