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*O.B.S: não há indicação de página no PDF, por isso usei as páginas do arquivo como referência Disciplina: Métodos e Técnicas de Pesquisa I Discente: Daniele Thomaselli Vasques de Oliveira BECKER, Howard S. Truques da escrita: Para começar e terminar teses, livros e artigos. Rio de Janeiro: Zahar, 2015. 256 p. Capítulo 1 “Introdução à redação” para estudantes de pós-graduação (p. 15 - 35) Becker, inicialmente, narra a experiência de ter oferecido um curso sobre escrita acadêmica, tendo em vista que trabalhava há trinta anos escrevendo profissionalmente como sociólogo. Ele conta que no primeiro dia de aula do curso, em uma sala com pós-graduandos e pós- doutorandos, chegou sem ter preparado uma aula e, inspirado pelas “Entrevistas com escritores” da Paris Review, decidiu perguntar aos alunos como é a rotina de escrita deles: ele queria saber os detalhes do processo, como escreviam, a que horas, quais eram os seus rituais. A atividade, segundo ele, teve um bom resultado, pois fez todos perceberem como não são os únicos a terem vícios e hábitos peculiares de escrita. Pautado na ideia defendida por Malinowski (1948, p. 25-36) de que as pessoas criam rituais para processos dos quais não acreditam ter controle racional, questionou então o que os pesquisadores temiam a ponto de usar tantas “fórmulas mágicas”. Os dois medos pontuados foram não conseguir ordenar os pensamentos de forma lógica e o receio de ser julgado por escrever algo errado. “Mas há uma maneira ainda mais segura de garantir que não se tome um texto como efetiva expressão das capacidades de seu autor: é não escrever nada. Ninguém pode ler o que nunca foi posto no papel” (BECKER, 2015, p. 18) Na aula seguinte, decidiu mostrar na prática como se dava processo de revisão e reescrita. Para isso, utilizou o rascunho do artigo de uma colega. Em primeiro lugar, o foco foi cortar o excesso de palavras, questionando se havia real necessidade das expressões no texto; entretanto, Becker frisou nesta etapa de que qualquer alteração não poderia impactar na transmissão do pensamento do autor, o qual não deve ser modificado. Além disso, ele mudou construções da voz passiva para a ativa, juntou diferentes frases em uma só, dividiu as sentenças longas. Ao finalizado o processo, as três páginas iniciais em que trabalhavam tinham sido reduzidas a três quartos de uma página, sem perder nuances e detalhes essenciais. Os alunos expressaram sentimentos de pena para com a autora que teve seu rascunho reduzido, pois acreditavam que bons escritores conseguem redigir tudo perfeitamente de uma única vez, e Becker aproveitou da comoção para falar sobre a importância e recorrência da reescrita na vida de um escritor profissional. Além disso, a atividade abriu margem para um novo questionamento: sociológico é o que você diz ou a forma como diz? Eles mantiveram os termos técnicos, retirando apenas os excessos de linguagem, concluindo que os autores usavam um “tom acadêmico” para dar corpo e peso à escrita, o que poderia ser simplificado. Outra descoberta provocada pelo ato de revisar e reescrever foi a de que muitas vezes os autores se utilizam de expressões longas e redundantes, sem nenhum sentido por trás, para preencher espaço e marcar lugares onde ideias mais simples deveriam ser adicionadas. Becker pontua o uso dessas expressões para encobrir dois tipos de problema na escrita sociológica: primeiro, a ausência de sujeito, “em larga medida porque muitas de suas teorias não lhes dizem quem está fazendo o quê” (BECKER, 2015, p. 20); e segundo, quando se evita dizer quem está operando determinada ação, surgem defeitos típicos da redução sociológica, o costume de usar voz passiva e substantivos abstratos. Becker (2015, p. 21) afirma que “A incapacidade ou falta de vontade dos cientistas sociais de fazer afirmativas causais também leva a uma redação ruim.” Ele afirma que as razões dessas falhas de escrita tem relação com os rituais e medos: escrevem-se covariâncias e expressões vazias de significado pelo receio do julgamento perante erros primários. “Querem encobrir causas, porque causas têm interesse científico, mas não querem a responsabilidade filosófica” (BECKER, 2015, p. 21). Becker justifica sua preferência pela clareza e tom direto nos manuais de redação em inglês que já consumiu, bem como pelos cursos e a tradição da sociologia interacionista simbólica, a qual se concentra em agentes e situações reais. Respondendo a Michael Schudson quanto à construção de voz passiva em casos em que o autor acredita que as estruturas causam os fenômenos sociais, Howard aponta que: poucas teorias não abrem margem para ação humana e que a voz passiva oculta o papel de agente da própria estrutura. Retomando a avaliação sobre o que foi cortado do artigo de sua colega, Becker pontua que grande parte eram “qualificações furadas”, isto é, expressões vagas que indicam “pronta disposição a abandonar o aspecto apontado caso alguém faça uma objeção” (BECKER, 2015, p. 22) e exemplifica isso com frases em que se diz que “A tende a estar relacionado com B” e outras qualificações pouco efetivas. Por qualificação efetiva ele entende, por exemplo, “A está relacionado com B, salvo certas circunstâncias especificadas [...]” (p. 22). Ele afirma que usar expressões mais vagas, pelas quais estudantes e cientistas sociais muitas vezes optam, salvaguardam situações eventuais em que alguém pode encontrar outras exceções para a questão apontada. Em seguida, fala sobre a escrita inacabada na graduação e afirma que a mesma forma de escrever não deve ser mantida na pós, tendo em vista a transformação na dinâmica e organização social da escrita: “Os professores comentam os trabalhos dos estudantes com seus colegas e com outros estudantes, seja elogiando ou criticando. Com sorte, eles vêm a se transformar em trabalhos para a qualificação ou em dissertações, lidos por vários membros do corpo docente.” (BECKER, 2015, p. 23). Para incentivar uma escrita em etapas, com revisões e reparos, deu aos alunos tarefas para que desistissem de escrever seus trabalhos de uma vez só: o que importa é a versão final, e portanto, não deveriam dar peso definitivo aos rascunhos. Na aula seguinte, Becker pediu que todos os alunos trouxessem um de seus textos; e distribuiu esses trabalhos aleatoriamente para que outro colega revisasse. Quando entregaram as versões revisadas, reclamaram do trabalho que deu revisar e da quantidade de erros bobos - e, ao mesmo tempo, reclamaram das alterações impiedosas de quem corrigiu o próprio trabalho. O objetivo era que passassem a se acostumar em ter seus textos revisados sem se sentirem ofendidos com isso. “Deviam era tentar escrever com clareza, para que ninguém entendesse mal e fizesse alterações que iriam desagradá-los” (BECKER, 2015, p. 24). Depois, trabalharam um rascunho despreocupado de uma das alunas. Becker pediu que ela escrevesse sem muito cuidado e nenhuma correção para que chegassem juntos a um bom resultadocom o texto. Para isso, trabalharam da seguinte forma: fizeram anotações no rascunho, analisaram seu conteúdo e montaram um plano geral. Essa atividade fez com que os alunos percebessem que a insistência na clareza e acabamento de versões mais iniciais de escrita podem impedi-los de escrever o que realmente tem a dizer. Partindo para uma nova etapa do curso, foi discutida a questão da retórica nas ciências sociais: o floreio de recursos estilísticos para que o trabalho soe científico, a impessoalidade da voz passiva e as formas de persuasão legítimas ou ilegítimas de acordo com a comunidade científica. Becker afirmou, nesse sentido, a impossibilidade de escrever sem usar a retórica e de fugir das questões de estilo. O processo de escrita implica a tomada de decisões quanto às ideias, palavras, ordenação, exemplos, etc. E antes mesmo de começar a escrever, passamos, respectivamente, pelos processos de: absorção e seleção das impressões; e desenvolvimento das ideias. Portanto, Becker afirma que quando sentamos para escrever não partimos do zero, pois cada escolha impacta no processo seguinte - mesmo que não saibamos conscientemente quais escolhas fizemos. É natural que isso leve a alguma confusão, a um primeiro rascunho bem bagunçado. Mas um rascunho confuso não é vergonha nenhuma. Pelo contrário, ele mostra quais foram suas primeiras escolhas, com quais ideias, perspectivas teóricas e conclusões você já se comprometeu antes de começar a redigir. (BECKER, 2015, p. 28) Partindo dessa ideia, o rascunho inicial mostra aquilo que precisa ficar mais claro na escrita e aí entram as técnicas de revisão e reescrita. “Ao redigir um rascunho sem os dados, fica mais claro o que você quer discutir e, portanto, quais dados terá de reunir. Assim, o ato de escrever pode moldar seu plano de pesquisa.” (BECKER, 2015, p. 29). Indo mais adiante na discussão sobre as escolhas de escrita, Becker afirma que dar maior clareza ao trabalho envolve definir o público-alvo: para quem se direciona a escrita? É preciso escrever de maneiras diferentes e ressaltar uns ou outros pontos a depender de quem lerá aquilo que você escreve. Becker (2015, p. 30) conclui, portanto, que ao falar de um trabalho acadêmico, fazer “certo” - diferente do que alguns alunos acreditavam que seria escrever tudo de uma única vez -, na verdade, ” significa expor o argumento com tanta clareza que o texto começa afirmando o que demonstrará mais adiante.”. Desse modo, ele fala da prática de escrita na pós- graduação: a escrita acaba se “privatizando”, uma vez que o processo de submissão em periódicos não envolve o compartilhamento de ideias ou prazos entre o corpo estudantil - tendo em vista a quantidade de diferentes revistas as quais se pode submeter o texto -, e não há um juiz específico para atribuir notas ao trabalho. “Cada qual tem um texto diferente para entregar na hora em que ficar pronto. Assim, os autores de ciências sociais não desenvolvem uma cultura, um conjunto de soluções comuns para seus problemas coletivos.” (BECKER, 2015, p. 31). Ainda, ele afirma a dificuldade gerada por esse isolamento na escrita em termos de avanço no processo: “não produzem ou produzem com grande dificuldade, tentando dar uma forma perfeita a tudo o que põem no papel antes de mostrar a alguém.” (BECKER, 2015, p. 32). Uma exceção a isto são os projetos em grupo que envolvem o compartilhamento de rascunhos. Ainda, geralmente se cria um círculo de contribuição recíproca, no qual escritores sugerem melhorias nos rascunhos uns dos outros. A esse respeito, Becker afirma a importância de estabelecer critérios racionais para responder a essas críticas, de forma a avaliar e examinar o que realmente é essencial ao texto dentre as contribuições sugeridas. Muitas vezes sugestões aparentemente contraditórias, sugerem um mesmo problema - ele exemplifica com um artigo onde a introdução aponta a problemática X, mas se discute e resolve Y ao longo do texto; então, o autor recebe duas sugestões: a de apontar que a problemática eh Y e a de reescrever a discussão proposta para que se responda ao problema X - e o que deve ser feito é: eliminar a confusão, da forma que parecer mais adequada ao autor. Por fim, Becker analisa a questão da coautoria e os dilemas que envolvem esse processo. Tendo proposto aos cursistas que escrevessem um texto em co-autoria para publicação, houve uma discussão sobre o nível de contribuição e a ordem dos nomes na versão final. “Apresentei minha solução: recuar um pouco e dar o crédito a todos os que tinham feito alguma contribuição ao texto.” (BECKER, 2015, p. 34). Os projetos da pós geralmente dependem de verbas para custeio ou a manutenção de turmas - que se dissolvem após um trimestre ou semestre - e, como o projeto sugerido por Becker não envolvia nenhuma dessas duas coisas, o processo nunca foi para frente. Como atesta, esse capítulo corresponde ao resíduo desse trabalho - e afirma que muitas vezes projetos de co-autoria vão para a frente com apenas um dos integrantes do grupo que decide assumir como “projeto individual” a publicação da versão final, contando, entretanto, com colaboradores. Capítulo 5 Aprendendo a escrever como um profissional (p. 87- 101) Em um primeiro momento do capítulo, Becker afirma uma transição na forma como os cientistas sociais passaram a traduzir suas pesquisas em texto. Eles passaram a contar histórias pessoais na apresentação de resultados, se concentrando na maneira como foi feita a pesquisa. “O ponto principal é que ninguém aprende a escrever de repente. Pelo contrário, essa aprendizagem prossegue durante toda a vida profissional e decorre de um leque de experiências trazidas pela academia.” (BECKER, 2015, p. 87). Ele faz um relato breve sobre sua trajetória acadêmica e profissional enquanto pesquisador de modo a apontar como desenvolveu sensibilidade em relação à clareza na escrita. Após ter um artigo seu revisado por Mark Benney, um jornalista inglês que admirava, afirma que começou a perceber que terminar um artigo não quer dizer que ele está pronto. Ele também aponta a sua experiência de escrita conjunta com Blancher Geer, com o qual aprendeu sobre as escolhas lexicais: “As conotações de cada termo eram diferentes e, agora que nos concentrávamos nelas, dava para discerni-las com clareza. A questão não era qual palavra estava certa, mas o que queríamos dizer.” (BECKER, 2015, p. 90). Essas discussões levaram Becker a compreender a importância da escolha das palavras para transmitir com clareza e concisão a ideia que se quer passar com o texto. Ainda, ele pontua a troca de rascunhos entre os sociólogos com os quais fez sua pós- graduação e como a contribuição e sugestão honesta foi importante para que desenvolvesse sua escrita, incorporando vários dos comentários feitos nas versões seguintes dos trabalhos. Ao assumir a editoria da Social Problems, revista oficial da Society for the Study ofSocial Problems (SSSP), decidiu publicar materiais que iam contra o sistema - isto é, artigos que geralmente não seriam publicados nas demais revistas - e “tomar providências quanto ao estado da redação sociológica” (BECKER, 2015, p. 93), recrutando bons escritores para o conselho editorial. Nesse processo, ele fez uma descoberta quanto à publicação: Todos os editores de periódicos com quem conversei sempre concordaram que, apesar dos preconceitos que secretamente esperavam implementar ao assumir o cargo, logo descobriram que o principal era ter uma quantidade de artigos passáveis que fosse suficiente para montar um número e lançá-lo no prazo. É por isso que os autores que pensam que seus trabalhos foram rejeitados ou devolvidos para ser “revistos e reapresentados” por uma questão de preconceito editorial quase sempre estão errados. (BECKER, 2015, p. 93 - 94) Ele atesta que, no final das contas, o que importa de fato é a qualidade técnica de redação do trabalho submetido, admitindo que apesar de que a definição de um “artigo passável” poder conter grande dose de preconceito - porém ressaltando a ideia de Stinchcombe (1978) de que os sociologos que estao fazendo um bom trabalho estão todos fazendo a mesma coisa, independentemente do rótulo teórico. Ele afirma que geralmente os preconceitos estão embutidos na propensão do editor de fazer ou não o trabalho do autor de organizar e reescrever trabalhos mal elaborados. Citando sua própria experiência, Becker afirma sua participação em eventos e exposição oral de ideias iniciais para um novo trabalho como o projeto de rascunho inicial de artigos. Visando reduzir o tempo de trabalho, ele usava esses momentos como uma forma de avaliar os pontos a serem encadeados logicamente e a melhor forma de apresentar uma questão sem causar confusão, além de selecionar os melhores argumentos. A inquietude que tinha depois desse primeiro passo de exposição, o levava a datilografar todas as suas ideias sem um julgamento inicial e sem se prender a pontos específicos do texto. Se sentia alguma dificuldade em apresentar alguma coisa ou não sabia como terminar um argumento, eu fazia colchetes usando as teclas de barra e sublinhado (adoro a capacidade do computador de fazer diversos tipos de colchetes) e punha algo como “Não chego a lugar nenhum com isso agora”. Então passava para outro ponto. (BECKER, 2015, p. 97) Buscava não eliminar nada inicialmente, mas eventualmente fazia substituições que julgasse mais adequadas na forma de transmitir a mensagem. Tambem adicionava novas passagens ou marcava paginas onde gostaria de inserir novas ideias. Dessa forma, produzia seu rascunho inicial a partir do qual começava a trabalhar. Ele aponta também que muitas vezes demorava até finalmente poder voltar a revisar, por conta da rotina da docência, o que corroborava a mudança de algum ponto ou expressão específicos. Sempre iniciava ajeitando as frases: cortando as palavras a mais, esclarecendo as ambiguidades, ampliando as ideias telegráficas. Como falei à minha turma, isso sempre trazia à tona as dificuldades teóricas que eu encobrira, e assim logo precisava reavaliar toda a minha análise. Quando podia, escrevia uma nova versão para as partes que não funcionavam. Se não conseguia, não fazia. Em ambos os casos, costumava pôr de lado o artigo mais uma vez, por meses, às vezes por anos. (BECKER, 2015, p. 97-98). A partir disso, faz mais alguns rascunhos até que possa enviar a alguns colegas para que possam contribuir com suas reflexões e críticas. Ao receber esses feedbacks, foca em trabalhar a clareza de sua argumentação para atender às objeções sem mudar sua posição, “a menos que a crítica me convença de que ela exige mudanças” (BECKER, 2015, p. 98). Esse processo de revisão e reavaliação prosseguem até que se esgotem suas ideias em relação ao que fazer com o trabalho ou até que apareça alguma possibilidade de publicação. Muitas vezes, ainda percebe a necessidade de melhorar aspectos do texto, retornando ao manuscrito. Becker relata também que conforme foi ganhando segurança na redação, passou a focar em expor suas ideias com o mínimo de palavras possível. Concluiu o capítulo, no entanto, afirmando que o processo por ele seguido pressupõe que o escritor não tenha um prazo específico ou curto para escrever. Nesse caso, ele sugere uma forma de contornar: começar novos projetos antes de terminar os antigos, estando sempre em diferentes fases do processo ao mesmo tempo - esboço do primeiro rascunho, reescrita dos rascunhos iniciais, revisões finais, etc. Em uma analogia com a fotografia, ele afirma que aprendeu que a coisa mais importante que um escritor pode fazer é escrever, ainda que escreva alguns ou milhares de textos ruins no processo. Afinal, o autor sempre pode eliminar o que não o agrada ou que não é possível usar. Ainda, afirma que os casos e histórias são mais importantes do que as teorias. E, por fim, deixa uma mensagem final sobre o processo de escrita na academia: Repetindo a moral da história, e que é a única boa razão para eu falar tanto de mim mesmo: você aprende a escrever baseando-se no mundo ao seu redor, tanto pelo que ele lhe impõe quanto pelo que lhe oferece. As instituições onde trabalham os acadêmicos empurram-nos para determinadas direções, mas também abrem inúmeras possibilidades. É aí que você faz diferença. De minha parte, tenho sido relativamente aberto às possibilidades, talvez mais do que a maioria, e resisto às pressões (aqui, também, talvez mais do que a maioria). O mundo realmente pressiona e às vezes resistir dói. Mas meu caso, penso eu, apesar de todas as suas peculiaridades pessoais e históricas, mostra que o contrário é mais verdadeiro do que as pessoas costumam pensar. (BECKER, 2015, p. 101)
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