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CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DO CEARÁ
CURSO DE FISIOTERAPIA
MAIARA BELÉM ROCHA
OMBRO: BURSITE, TENDINITE, ARTROSE
(FISIOPALOGIA E TRATAMENTO FISIOTERÁPICO)
FORTALEZA
2019
Desenvolvimento
 1.2 Tendinite 
 Os tendões são uma estrutura esbranquiçada, resistente a carga e transmite energia e força oriunda do musculo ao osso. A inflamação do tendão dá-se o nome de tendinite e como qualquer processo inflamatório, há dor, rubor, calor edema. (BACKHAUS et al.,2001). 
Possuímos tendões em todas as partes dobráveis do nosso corpo. Historicamente, há duas grandes teorias na etiologia das tendinopatias e, consequentemente, na ruptura dos tendões. Poderá ocorrer por duas causas: mecânica ou química. Causa mecânica é provocada por esforços prolongados e repetitivos, além de sobrecarga. Surge, normalmente, em virtude do excesso de repetições de um movimento, afetando pessoas que passam muito tempo realizando uma mesma tarefa, seja trabalho ou lazer. Causa química é provocada por alimentação incorreta e por algumas toxinas presentes no organismo. É discutido também que certos tendões, ou pelo menos alguns segmentos destes, tenham uma provisão de sangue deficiente, deixando-os mais suscetíveis a degenerações (REES, et.al, 2006). 
O diagnóstico é baseado na história clínica e sintomas apresentados pelo paciente. Geralmente inicia-se com uma leve dor, evoluindo para dores mais intensas, localizada com formigamentos e fisgadas, choque e presença de edemas. O exame físico deve ser bem minucioso, utilizando-se de pesquisa de sensibilidade, amplitude de movimento e força muscular para se chegar a um diagnóstico preciso. Deve-se levam em consideração todos os sintomas relatados pelo paciente. (EPIPHANIO,2009).
O diagnóstico pode ser feito através da referente dor na região do tendão, seguindo sua palpação, e ainda para confirmação da patologia através da imagem radiológica. Os testes específicos estão ligados a dor e a limitação da mobilidade, relacionadas com alterações dos tendões e dos mecanismos de deslizamentos. (CIPRIANO,2005).
A fisioterapia vem se destacando nos processos de reabilitação com uso de técnicas não invasivas que justamente evitam transtornos aos pacientes, uma maneira de acolhê-los no serviço e demonstrar resolutividade nas consequências oriundas de inúmeras afecções e processos patológicos, principalmente os de origem musculoesquelética. A Fisioterapia, com a utilização de seus recursos terapêuticos pode proporcionar um alívio das condições sintomatológicas e/ou etiológicas, buscando restabelecer a função normal do complexo articular.
 Dentre esses recursos está a cinesioterapia, o tens e a laser terapia, indicados para os quadros dolorosos e nos processos inflamatórios intra-articulares e no restabelecimento da função. A cinesioterapia, ou exercício terapêutico deve ser a intervenção principal no programa de assistência da fisioterapia, complementado por outras intervenções, tem a finalidade de aprimorar a função ou reduzir uma incapacidade, auxiliar no processo de recuperação do paciente, no fortalecimento e a recuperação funcional das musculaturas afetadas (GOMES, MEJIA.,2017).
1.3 Bursite 
As bursites são inflamações agudas ou crônicas da Bursa, constitui-se de uma bolsa ou saco membranoso revestido por células endoteliais, com a função de evitar o atrito entre as estruturas como tendão e osso ou tendão e músculo. Caracteriza-se por episódios de quadros álgicos do tipo miofascial (FILHO et.al.,2015).
A causa mais comum da bursite é por trauma sendo estes: excesso de trabalho ou jogo, principalmente se não tiver preparo físico adequado, má postura. Também tem como descrição a inflamação da Bursa causada muitas vezes pelo uso excessivo e/ou movimento repetitivo e consequente irritação da Bursa (CAMPOS et.al.,2012).
A bursite é tratada com medicação analgésica, aplicações de frio ou gelo, imobilização e agentes anti-inflamatórios. Quando os sintomas regridem suficientemente, deve-se aplicar primeiramente exercícios delicados de amplitude de movimentação, seguidos por estiramento ativo, para restaurar a mobilidade perdida (transição da fase aguda para pós-fase aguda) e finalmente exercícios isométricos para aquisição de força dando início ao processo de reabilitação. Nas duas últimas fases, caracterizadas por um trabalho de fortalecimento, restauração do complexo acometido (CAMPOS et.al.,2012).
Os procedimentos terapêuticos realizados no ambiente aquático que possuem como foco a reabilitação, têm sido recomendados como uma opção de intervenção no tratamento da bursite, pois obtém bons resultados em função do efeito antigravitacional e de resistência que a água impõe às articulações, auxiliando de maneira significativa no seu fortalecimento, permite uma intervenção reabilitadora quando o movimento articular sujeito à carga condicionada pela gravidade é pouco indicado. A água, por neutralizar parte dessa carga, torna-se um meio adequado à intervenção (CAMPOS et.al.,2012).
Artrose
A artrose ou osteoartrose é a maior causa de incapacidade musculoesquelética mundial e o principal fator de limitação física na população idosa. Esse grave problema de saúde pública mundial atinge 5,2% da população acima de 19 anos (cerca de 10 milhões de pessoas). Esse número deve crescer cada vez mais no decorrer dos anos (LOURES et al.,2016). 
Essa patologia é bastante comum e se apresenta entre 44% e 70% dos indivíduos acima de 50 anos de idade; na faixa etária acima de 75 anos, esse número eleva-se a 85%. Além disso, representa uma das principais queixas da consulta médica e é responsável por um número exorbitante de absenteísmo e aposentadorias por invalidez (DUARTE et.al., 2013).
Dessa forma, é considerada uma doença crônica degenerativa e de evolução lenta que se caracteriza pela degeneração da cartilagem articular e comprometimento da articulação como um todo, causando um impacto um impacto considerável na saúde por conta da dor crônica, redução da funcionalidade e qualidade de vida dos indivíduos acometidos por essa doença (FRANSEN et al.,2015).
No que diz respeito às características, essas são multifatoriais, tendo o envelhecimento, gênero (prevalência em mulheres) e o sobrepeso como fatores de risco significativo para o desenvolvimento da doença, atingindo principalmente as articulações que sustentam peso, como joelhos e quadris (FERREIRA et al.,2015).
Já em relação as alterações, as mais significativas ocorrem nas superfícies articulares que perdem a sua congruência. Enquanto na cartilagem, o osso subcondral sofre alterações proliferativas. Essas modificações ocorrem na margem das articulações e no assoalho das lesões cartilaginosas, que por sua vez comprometem a elasticidade e aumentam a rigidez óssea, tornando os ossos mais sensíveis ao desenvolvimento de micro fraturas (DUARTE et.al., 2013).
A necessidade de localizar a dor é um artificio padrão durante uma avaliação, auxiliando o diagnóstico e orientando uma tomada de decisão apropriada para o paciente, onde o mapa fotográfico da dor do joelho foi desenvolvido para diminuir as limitações de métodos anteriores as áreas dolorosas (ELSO et al., 2011).
No que concerne o tratamento da artrose é dirigido à diminuição da dor e rigidez nas articulações; manutenção e melhora da mobilidade articular; redução da incapacidade física, a qual limita as atividades da vida diária; melhora da qualidade de vida; limitação da progressão das lesões articulares; educação dos pacientes sobre a natureza da doença e seu tratamento (RAIMUNDO et al.,2014).
As principais modalidades terapêuticas usadas comumente na prática da fisioterapia são calor, crioterapia, eletroterapia e cinesioterapia. O uso dessas técnicas para diminuir a dor e acelerar a cicatrização é uma prática secular que ainda é adequada hoje em dia. Particularmente no espectro da gestão da dor, multiformas de terapia, incluindo educação psicológica do paciente, exercício e atividade física, tratamento farmacológico e intervençõescirúrgicas, devem completar um ao outro para o máximo benefício ao paciente (RAIMUNDO et al.,2014).
A hidroterapia é um método fisioterapêutico importante e utiliza piscinas aquecidas para o tratamento de várias disfunções que compõe técnicas aplicadas pelo fisioterapeuta, seus movimentos associados à água favorecem e potencializa o objetivo com o paciente. Podemos destacar a importância da hidroterapia como uma ferramenta de suma importância para o tratamento de indivíduos com osteoartrose de joelho, por ser um instrumento importante, proporcionando um resultado satisfatório em relação no que diz respeito a patologia (MATTER et.al.,2015)
REFERENCIAS
BACKHAUS M.G. Uidelines for musloskeletal ultrasound in rheumatology. Ann.Rhe 
um.Dis.v.60, p.64 1-9, 2001.
CAMPOS, R.P. et al. Contribuição da natação para a reabilitação da bursite de ombro pós-fase aguda. Revista Brasileira de Ciência e Movimento, v. 20, n. 2, p. 119-126, 2012.
CIPRIANO, J. Manual Fotográfico de Testes Ortopédicos e Neurológicos.4.ed. São Paulo: Manole, 2005.
CORRENTE, A.M.C. Efeitos da hidroterapia na artrose de joelho. 2018. 31 f. Trabalho de termino de curso (Graduação em fisioterapia) – Universidade de Cuiabá, Cuiabá, 2018.
DUARTE, V.S. et al. Exercícios físicos e osteoartrose: uma revisão sistêmica. Fisioterapia em Movimento. Curitiba, v.26, n1, p.19. 2013.
ELSON, D. W. et al. The photographic knee pain map: locating knee pain with an instrument developed for diagnostic, communication and research purposes. The Knee, v. 18, n. 6, p. 417-423, 2011.
EPIPHANIO E.B; VILELA J.R.P.X. Perícias Médicas – Teoria e Pratica. Rio de Janeir: Guanabara Koogan,2009.
FERREIRA, A.H. et al. Investigação da ansiedade, depressão e qualidade de vida em pacientes portadores de osteoartrite no joelho: um estudo comparativo. Revista Brasileira de Reumatologia, v. 55, n. 5, p. 434-438, 2015.
FILHO, J.D.O et al. Efeitos da Mobilização neural na reabilitação de portadores de bursite crônica ocupacional no ombro. 2015.
FRANSEN, M. et al. Exercise for osteoarthritis of the knee. Cochrane Database of Systematic Reviews, n. 1, 2015.
GOMES, E.A.; MEJIA, D.P.M. A eficácia dos recursos fisioterapeuticos utilizados no tratamento da Tendinite do Supra-espinhoso. 2017.
LOURES, F.B. et.al. Avaliação do índice de massa corporal como fator prognostico na osteoartrose do joelho. Revista Brasileira de Ortopedia. Rio de Janeiro. V.5, n14, p.400–404.2016.
MATTER, Pedro Henrique. Os benefícios da hidroterapia em pacientes com osteoartrose de joelho. 2015.
PACHECO, Afrânio S. Biomecânica da Articulação do Ombro.2010.
RAYMUNDO, S.F. et al. Comparação de dois tratamentos fisioterapêuticos na redução da dor e aumento da autonomia funcional de idosos com gonartrose. Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia, v. 17, n. 1, p. 129-140, 2014.
REES J.D; et. al. Current concepts in the management of tendo discorders. Rheumatology. V.45, n.56, p.508-21.2006.

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