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A satisfação é um dos principais elementos capazes de fidelizar um cliente, por isso as empresas buscam a satisfação para estreitar a relação com seus clientes, tornando-os parceiros, considerando que o cliente é essencial para o sucesso da empresa. Satisfação do cliente é o grau de felicidade experimentada por ele. Ela é produzida por toda uma organização - por todos os departamentos, todas as funções e todas as pessoas. Entre os clientes se incluem compradores externos de bens e serviços de organização, fornecedores, a comunidade local, funcionários, gerentes e supervisores e ( acionistas, se a organização for de capital aberto). (Detzel e Desatnick, 1995, p. 8) A satisfação aliada ao bom atendimento é o aspecto que faz os clientes retornarem, por isso, a satisfação tem que ser o motivo maior, pois estes quando satisfeitos são mais do que simples clientes, são, parceiros comerciais que defendem a empresa e fazem a propaganda para amigos e familiares (KOTLER, 1998). O cliente fica satisfeito quando as ofertas (produtos, serviços e atendimento) oferecidas a eles Satisfação é o sentimento de prazer ou de desapontamento resultante da Kotler (1998, p. 53) define que: do desempenho esperado pelo produto (ou resultado) em relação às expectativas da pessoa. Isso já foi falado anteriormente, mas é bom relembrar: o cliente é antes de tudo uma pessoa dotada de nas experiências de vida e conformadas pelos conhecimentos adquiridos. Atender bem, passar ao cliente o conhecimento sobre as propriedades dos produtos e/ou serviços, além de propor um bom preço, são os meios básicos que atraem o cliente e garantem, em certa medida, a sua satisfação. Em certa medida, porque não há como mensurar o tempo todo o que o cliente espera e pensa da empresa. A importância da satisfação do cliente é evidente na avaliação de Paul A. Allaire apud Detzel e Desatnick (1995, p. 181): Para sobreviver no mercado global de hoje, uma empresa precisa satisfazer aos clientes fornecendo bens de qualidade e prestando serviços de qualidade. Isto exige uma reavaliação contínua das necessidades dos clientes e um compromisso inabalável de mudar quando necessário, para satisfazer ou superar às expectativas deles. O foco no cliente permite que a empresa alcance excelência no nível de satisfação, sendo que muitas empresas que são sucesso mundial como, por exemplo, a McDonald’s. Para estas empresas os valores corporativos são: qualidade, atendimento, limpeza e valor (KOTLER, 1998). Toda empresa deve atentar aos detalhes, permitindo que os clientes sintam-se satisfeitos, sendo que somados ao atendimento de qualidade e o adequado processo gerencial de recursos humanos, garantindo o sucesso, mas, é necessário que as organizações estejam aptas a desenvolver ações que elevem a qualidade no ambiente e no atendimento, além de ampliar a oferta por meio da diversidade de produtos e serviços que, consequentemente, atinjam a satisfação do cliente. Segundo Detzel e Desatnick (1995, p. 53) os cinco segredos para a superioridade em serviços, estão fundamentadas em cinco ações: • Criar um foco no cliente em toda a organização. • Estabelecer padrões de desempenho em serviços baseados nos funcionários. • Medir o desempenho em serviços em relação a marcos de referência (benchmarcks) superiores. • Reconhecer e recompensar comportamentos exemplares em serviços. • Manter o entusiasmo, consistência e previsibilidade para o cliente. Cada uma destas ações contribui para que a empresa alcance a qualidade no ambiente interno, refletindo em qualidade no atendimento ao cliente, possibilitando assim o aumento das vendas e a participação de mercado, focada, sobretudo, na importância dada ao cliente da empresa, permitindo sua satisfação e ganhando com sua fidelização. Neste sentido, para fortalecer a parceria empresa/cliente, todos os colaboradores devem estar aptos a oferecer um atendimento capaz de fortalecer a parceria com a organização e aumentar a competitividade. A satisfação do cliente é geralmente definida como uma função das percepções do cliente e de suas expectativas, de modo que: Em outras palavras, “o cliente satisfeito é àquele que percebe que o atendimento de suas necessidades pela organização é pelo menos igual àquele que se esperava.” Nesse sentido, é importante ressaltar que um cliente sempre traz além da condição de aquisição de um produto ou serviço, uma percepção sobre o que lhe é oferecido e muitas expectativas sobre as formas de como será atendido em sua necessidade. Satisfação, portanto, é uma junção lógica entre o que o cliente quer objetivamente e as condições subjetivas presentes no seu atendimento. Tais condições contemplam a sua abordagem pelo atendente, as expressões e a comunicação utilizada, a apresentação das propriedades do produto ou as características do serviço a ser prestado, as formas ou condições de pagamento e, até mesmo, a aparência do atendente e seu comportamento no momento da abordagem. Para isso é preciso saber exatamente quais as expectativas do cliente e em seguida quais suas percepções em relação ao cumprimento dessas expectativas. É aqui que a empresa se encontra com o seu primeiro desafio, porque as expectativas e as percepções são dinâmicas por serem essencialmente subjetivas e mutantes e, portanto difíceis de validar, considerando que cada vez mais se torna difícil mensurar a satisfação e fidelização dos clientes. Vale ressaltar que satisfazer as pessoas não é uma tarefa simples, porque as pessoas agregam no ato de obter ou utilizar valores de ordem pessoal que estão além das propriedades de estética ou beleza, ou mesmo a funcionalidade e praticidade de um produto ou serviço. As pessoas depositam que estão em função de seus ambientes de acordo com o modismo, ou tempo de disposição para usufruir ou consumir. É como, por exemplo, um restaurante que tem clientes que trabalham e, na sua maioria, utiliza de seus serviços na hora do almoço. Se a refeição não for servida rapidamente, não atenderá às exigências dessa clientela que tem hora marcada para retornar ao trabalho. Da mesma forma, não há como satisfazer um cliente que procura, pela segunda vez, um produto que na loja está sempre em falta. Conforme o desenvolvimento tecnológico avança, as pessoas procuram organizações e/ou empresas que atendam com eficiência e agilidade, tornando a vida das pessoas mais prática e funcional. Afinal, para que serve a tecnologia se não for para ser ágil e rápida? de acordo com o tipo de negociação do produto ou do serviço. Assim, não basta pagar pelo produto ou serviço, mas obtê-lo de forma satisfatória por um longo período, não apenas, momentaneamente. Para Woldcock (1998) (apud Silva e Zambon, 2012) os consumidores estão cada vez mais buscando que lhes proporcionem conforto, segurança e confiança, por isso, satisfazê-los não é tarefa fácil, mais pode trazer Com a correria do dia a dia as pessoas assumem no mercado de trabalho mais de uma função, é importante ser cliente de empresas que as atendam com agilidade para que não percam tempo procurando um produto ou um serviço de qualidade. Evidentemente, clientes que possuem uma brechalivre em suas atividades, tendem a pesquisar produtos e serviços que lhes são mais convenientes. Por outro lado, é importante que se diga que sem uma ótima gestão de recursos humanos, a satisfação do cliente perpassa o seu poder de compra. Portanto, atender bem e adequadamente é o fio condutor que traz o cliente e, dele, outros clientes. Sem dúvida, nos dias atuais nos quais encontramos uma variedade de produtos e serviços disponíveis, a pesquisa não deixa de ser um importante mecanismo de busca que, na maioria das vezes, está condicionada às condições econômicas do cliente. Para Karl Albrech, 1997 (apud Silva e Zambon, 2012, p.44), as necessidades e desejos dos clientes são apresentados e constatados pela hierarquia de valor para o cliente, sendo uma escala de exigências sempre superior ao anterior como mostra a figura abaixo: Atributos Básicos Atributos Esperados Atributos Desejados Atributos Inesperados Hierarquia de valor para o cliente. Fonte: Albrech (1997, apud Silva e Zambon, 2012, p.44), adaptado pelos autores desse estudo. Podemos compreender que atributos básicos são as necessidades do cliente, enquanto que os esperados são as expectativas depositadas no tipo de produto ou serviço que busca. Em contrapartida, os atributos inesperados são as péssimas condições, resultados ou qualidades as quais o cliente não encontrou o que procurava, não sendo, assim, atendido em suas necessidades e desejos, retomando-se o ponto inicial, ou seja, às suas necessidades. Os atributos desejados são os depositados no produto ou serviço, tal como a qualidade do mesmo. Para as empresas ou organizações saberem quais são os seus tipos de clientes, devem implementar diferentes ferramentas de pesquisa de satisfação de seus produtos ou serviços. Contudo, a identificação de cada cliente não basta para garantir as melhorias das ofertas e vendas. É preciso um registro adequado das percepções de desejos de cada cliente e um diagnóstico apurado da equipe que atende a fim de averiguar como as abordagens são realizadas. Por isso, é tão importante a capacitação e o treinamento dos colaboradores para o atendimento do cliente. IDENTIFICANDO O CLIENTE INSATISFEITO SCHMITT (2003), afirma que a satisfação é uma atitude orientada para o resultado emanada de clientes que comparam o desempenho do produto com suas respectivas expectativas a respeito dele. Se o produto ficar abaixo dessas expectativas, os clientes estão insatisfeitos; se tiver acima, estarão satisfeitos. Vamos supor, por exemplo, que você teve um dia bastante atribulado e não pode almoçar, portanto, está com fome. Por indicação de um colega de trabalho você se dirige a uma padaria para fazer um lanche rápido, já que após o trabalho faz um curso noturno e precisa ser rápido para não se atrasar para a aula. A fome é uma necessidade básica, mas nem por isso exime você de perceber qual a qualidade do lanche servido naquela padaria. Na expectativa de saciar a fome a percepção sobre o alimento aumenta e não diminui, como alguns pensam e até dizem que estando com fome “até pedra come”, não é uma verdade. Mesmo porque não estamos nos referindo a uma pessoa que passa pela privação do alimento, o que dá ao termo e à situação uma conotação diferente do que seja fome. Estamos nos referindo a uma situação isolada num dia de um mês inteiro. Portanto, haverá sim uma percepção acentuada sobre a oferta, a qualidade, o atendimento, a agilidade do tempo de atendimento e o valor do que está sendo consumido. Se você ficar satisfeito, ficar sem almoço não será problema, porque já sabe onde ir para sanar sua necessidade, mas o oposto o fará pensar duas vezes antes de ficar sem almoço. Pode-se dizer que as necessidades não atendidas são expectativas e perspectivas transformadas. Ainda nesse segmento, o cliente escolhe diferentes ofertas com base naquilo que parece proporcionar o melhor valor, mas o produto ou oferta só alcançará êxito se proporcionar qualidade e, ao mesmo tempo, satisfação. Porém, quantas empresas sabem de imediato se houve ou não a satisfação de seu cliente? voltarão se perceberem que suas reclamações foram atendidas rapidamente. Algumas empresas como, por exemplo, a empresa 3M alega que mais de dois terços de suas ideias para melhorar produtos e serviços surgem a partir das reclamações de seus clientes. Ao registrar as reclamações de seus clientes a 3M constatou que: voltarão a fazer negócios com a empresa se suas reclamações forem resolvidas; Entretanto, a realidade é bem diferente, apenas metade dos que reclamam, afirmam receber uma solução rápida e satisfatória para o problema. E isso ocorre porque nem sempre a empresa possui uma ferramenta de avaliação de satisfação eficaz de seu cliente. Na maioria das vezes, as empresas fortalecem e enriquecem seu potencial humano, ou seja, seus colaboradores recebem orientações bem gerenciadas sobre o serviço a ser prestado ao cliente, aumentando sua capacidade de atendimento. Nesse caso, a empresa faz o nivelamento da qualidade dos produtos e de seus preços e, ao mesmo tempo, faz com que o principal diferencial responsável pelo seu sucesso seja o atendimento dado ao cliente. Essa linha de trabalho leva à percepção satisfatória que o cliente faz da empresa, influenciando em sua decisão de continuar ou não a ser cliente ou pior ainda, que faça boas ou más referencias dos serviços. Assim, o potencial humano é priorizado em termos de operacionalização potencializando a qualidade de atendimento focalizando a satisfação do cliente. Sem dúvida, temos de fato empresas de pequeno, médio e grande porte que possuem além de uma variedade e qualidade de produtos, preços nem sempre convidativos, mas que conquistam a clientela por meio de atendimento eficaz. Essas empresas sabem que o maior investimento está em seu potencial humano e, ninguém melhor que um colaborador satisfeito para se motivar em satisfazer um cliente insatisfeito. Por outro lado, não se pode esquecer que tendo uma clientela diversificada e não identificando os problemas internos e externos da organização, haverá causas e efeitos contínuos que promoverão desequilíbrios de várias ordens. Isso não significa a falência da organização, desde que seus gestores e colaboradores estejam sempre prontos para as mudanças buscando o desenvolvimento da organização. O Diagrama de Ishikawa é uma das ferramentas mais eficazes e mais utilizadas nas ações de melhoria e controle de qualidade nas organizações, permitindo agrupar e visualizar as várias causas que estão na origem de um problema qualquer ou de um resultado que se pretende melhorar. Este diagrama, também chamado de Espinha de Peixe ou Diagrama 6M, é utilizado para demonstrar a relação entre os efeitos dos problemas e suas causas, apresentando todas as possíveis causas primárias e secundárias dos problemas e suas possíveis soluções. Trata-se de uma ferramenta gráfica que substituindo os termos apresentados em seus retângulos, como abaixo é apresentado, as empresas podem elaborar/planejar ações e estratégias para vencer os obstáculos que impedem a satisfação do cliente. Figura 04: Diagrama de Causa e efeito Autor: Kaoru Ishikawa Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Diagrama_de_IshikawaGeralmente, esses diagramas são feitos por grupos de trabalho e envolvem todos os agentes do processo em análise. Depois de identificar qual o problema ou efeito a ser estudado, lista-se as possíveis causas e depois se faz o diagrama de causa e efeito. Na sua estrutura, os problemas são classificados em seis tipos diferentes: método, matéria-prima, mão de obra, máquinas, medição e meio ambiente. Esse sistema permite estruturar hierarquicamente as causas potenciais de um determinado problema ou também uma oportunidade de melhoria, assim como seus efeitos sobre a qualidade dos produtos. O método, geralmente, articula os princípios da organização quando ela nasce. É o seu modo de ser e sobreviver, mas não impede o seu desenvolvimento. Ao contrário, transforma-se de acordo com as necessidades do mercado e se expande com visão futurista. São exemplos as marcas que historicamente acompanharam as transformações sociais sem perder suas origens, tais como a Kibon e a Nestlé que fundiram-se no final da década de oitenta, aumentando a fabricação de seus produtos atendendo a novos e antigos consumidores. A matéria-prima também sofreu alterações no sentido de que ampliou as opções segundo suas propriedades. Hoje podemos encontrar quantos tipos de utensílios domésticos que variam entre madeira, vidro, porcelana, plástico, alumínio, inox. A base artesanal de um prato pode ser redonda, quadrada, sextavada, oval e, esse mesmo prato pode ser fabricado com matéria-prima de madeira, vidro, porcelana, plástico, alumínio, inox. Portanto, a matéria-prima também deve ser avaliada segundo à demanda da organização. A mão de obra, nos dias atuais, é também um dos principais desafios das pequenas e grandes organizações. Tal desafio se deve em razão da expansão tecnológica que exige no mercado de trabalho pessoas mais capacitadas para operar os sistemas produtivos. Por outro lado, com a queda de determinados regimes políticos, como a ditadura militar dos anos sessenta, e a emergente Constituição Brasileira, as pessoas passaram a ter mais consciência de seus direitos e deveres trabalhistas passando a ter a liberdade de escolha. Não que isso seja ruim, ao contrário, mas, tal liberdade permite que um colaborador não satisfeito não se mantenha no trabalho por longos anos, pois seus direitos são assegurados mesmo desempregado. Assim, as empresas também mudaram seu perfil de contratação, no qual permite que os processos de admissão e demissão fiquem num mesmo patamar. Evidentemente, não estou aplicado uma regra geral para todos os casos, mas é visível o número de trabalhadores ainda sem qualificação profissional, com baixos salários e flutuantes no mercado. Como a regra não se aplica a todos, posso afirmar que há empresas dispostas a fornecer não só a qualificação profissional, bem como, o retorno do colaborador aos estudos. Mas, também, sabemos que os esforços nem sempre são equilibrados numa mesma balança de dois pratos. A quem prefira não se atualizar, porque miticamente aprender mais implica num aumento das tarefas, o que não é verdade. Desse modo, fica difícil encontrar mão de obra capacitada e habilitada para operar determinados sistemas produtivos. A máquina, tanto caracterizada pela máquina administrativa quanto pela máquina tecnológica pode representar um obstáculo para a satisfação do cliente. Pois, os processos gerenciais também precisam de pessoas capacitadas para liderar grupos de pessoas alinhados aos objetivos da organização. A máquina tecnológica não se aplica apenas às ferramentas de trabalho, mas envolve todo um processo burocrático e político que estão no cerne de toda organização, independente de seu tamanho. Para operá-la também há necessidade de pessoas capacitadas que entendam dos processos e saibam a hora de investir para ampliar o capital financeiro, bem como, a hora de investir para ampliar a infraestrutura e a tecnologia de produção e, por fim, investir no capital humano – essencial para o sucesso de toda organização. O meio ambiente interno, tanto quanto externo, compõe toda organização e necessita sempre de um planejamento para estruturá-los. Uma empresa de médio e grande porte é composta por sistemas operados por grupos de trabalho, enquanto uma empresa de micro ou pequeno porte, muitas vezes, comporta um ambiente único. O meio ambiente aqui não designa o termo tão em voga o qual a preservação e a sustentabilidade são, hoje, quase um modismo. Estou falando do meio ambiente enquanto uma infraestrutura capaz de agregar pessoas, tecnologias e produção. Nesse sentido, a infraestrutura composta por ambientes de trabalho precisa ser planejada de forma a comportar adequadamente os sistemas operativos de trabalho. Cada equipe de trabalho deve ocupar um espaço condizente com a sua operatividade. Porém, nem sempre este ambiente é planejado e entendido como mais importante frente ao trabalho e a produção. Numa extensão do que seja o meio ambiente de uma empresa, compreende- se que os espaços internos e externos influenciam na imagem que o cliente constrói dela. Um exemplo desse fato é adentrarmos em um restaurante que não está limpo: conseguiremos nos alimentar de forma segura e sem pensar em que estado se encontra a cozinha do mesmo? Outra situação é adentrar em uma loja cujo espaço é tão restrito que mal se consegue circular para observar os produtos ofertados. Pior ainda, nessa situação, se nesse espaço estiverem muitas pessoas: com certeza, sairemos dela sem comprar nada. Nessas situações também inclui-se a fachada que compõe a loja, sua iluminação, sua climatização, a organização e armazenamento dos produtos, a decoração, a jardinagem, o acesso e o estacionamento, enfim, a composição do todo. Não pense, caro leitor, que uma micro ou pequena empresa dispensa esses atributos, pois quanto menor, maior a visão do cliente sobre ela. Desse modo, ao construir o diagrama de causas e efeitos, a fim de diagnosticar os problemas que criam impeditivos para a satisfação do cliente, todos esses elementos devem ser analisados tendo em foco os objetivos a serem alcançados. Assim como para identificar a satisfação do cliente requisita da empresa ferramentas eficazes, fazer a gestão dessa satisfação também requer estudo, pesquisa, interpretação e, sobretudo, elaboração de instrumentos que articulem os serviços prestados à qualidade dos produtos, o preço de compra da matéria e de venda ao cliente. Com as grandes mudanças na economia mundial, a globalização, o avanço tecnológico e a grande variedade de produtos e serviços, a gestão da satisfação passa a ser uma prioridade que requer um planejamento estratégico adequado para articular expectativas, necessidades e desejos dos clientes. GESTÃO DA SATISFAÇÃO DOS CLIENTES Segundo, trilogia gerada por Juran e Gryna (1993) é preciso estar atento à: • Reconhecer às necessidades de melhoria. • Transformar as oportunidades de melhoria numa tarefa integrada. • Conselho de qualidade, selecionar projetos e facilitadores. • Promover a formação em qualidade. • Avaliar a progressão dos projetos. • Premiar as equipes vencedoras. • Publicar osresultados. • Rever os sistemas de recompensa para aumentar o nível de melhorias. • Incluir os objetivos de melhoria nos planos de negócio da empresa. • Identificar os consumidores. • Determinar as suas necessidades. • Criar características de produto que satisfaçam essas necessidades. • Criar os processos capazes de satisfazer essas características. • Transferir a liderança desses processos para o nível operacional. • Avaliar o nível de desempenho atual. • Comparar com os objetivos fixados. • Tomar medidas corretivas para reduzir a diferença entre o desempenho atual e o previsto. Sem dúvida, a melhoria da qualidade deve ser para toda organização o ponto central das preocupações, pois como dito anteriomente houve muitas mudanças que alteraram os quadros sociais e, consequentemente, a maneira como as pessoas buscam a satisfação de suas necessidades e desejos. Para atender às novas demandas, a cada ano, a empresa deve elevar a sua atenção a partir de seus compromissos internos, ou seja, rever seus planejamentos incluindo a capacitação de todos os seus colaboradores dando-lhes potenciais de conhecimentos que promovam não só a qualidade de serviço prestado, mas a qualidade de trabalho. Evidentemente, nisto está a atenção dada ao clima organizacional mantendo sempre que possível relações interpessoais com agregação de valor humano; ao mesmo tempo, estar atenta ao comportamento organizacional ao que diz respeito ao modus operanti das equipes, entendo-as como setores que complementam o trabalho e não como grupos competidores que fragmentam o trabalho. Para essa lógica de ação, a empresa deve saber o momento de premiar e dar mais subsídios para que seus colaboradores estejam de “corpo e alma” no compromisso com os objetivos da empresa e, ao mesmo tempo, envolvidos em projetos que elevem os negócios da empresa. Assim, todos ganham com o trabalho e, também, progridem como pessoas. Por outro lado, o planejamento da qualidade requer que a empresa tenha ótimas relações com o mercado e saiba, sobretudo, pesquisar seus produtos – seja para a fabricação, seja para venda imediata – tendo em vista a articulação com seu tipo de clientela. Toda clientela possui características próprias e, cada cliente traz consigo suas expectativas sobre o que deseja. Desse modo, é preciso de um quadro gerencial – microgestores – alinhado com seus colaboradores e, estes por sua vez, devem estar munidos de conhecimentos pertinentes aos serviços e produtos para atenderem à clientela. O controle da qualidade repousa sobre esse quadro interno do grupo de microgestores, colaboradores, fornecedores e, ainda outros, que fazem a empresa funcionar. É importante lembrar que a empresa que propõe o controle de qualidade apenas sobre produtos tem menos garantia de sobrevivência no mercado. O vendedor ambulante, por exemplo, tem muito mais chances de sobreviver de suas vendas que uma empresa com muitos bons vendedores. Qual a diferença? É simples: empresas precisam investir no controle de qualidade que só se torna fato quando se investe no seu potencial humano, enquanto que o vendedor ambulante faz o controle de qualidade apenas de seu produto. O vendedor ambulante depende unicamente de seu trabalho, buscará meios e conhecimentos para fazê-lo bem. Uma empresa para funcionar depende de muitos processos e, neles, muitas pessoas estão envolvidas antes de se chegar ao cliente. Portanto, a empresa deve estar pronta para atender seus processos internos e todas às pessoas que estão envolvidas devem conhecer esses processos para, posteriormente, focalizarem na qualidade de atendimento ao público externo. Este é um tema bastante amplo que leva a muitas reflexões, porque cada cliente manifesta o seu desejo por algum produto ou serviço se está, de alguma forma, estimulado por sua necessidade. O esperado pode ser determinado por características e mudanças do próprio comportamento, como as influências ambientais, psicológicas, culturais, econômicas, por grupos referenciais, entre outros. O que o cliente espera? Mais do que atendimento, o cliente pode subitamente ter a visão de que o mercado tem muito mais a lhe oferecer. Você vai correr o risco? Se você acredita que seu cliente está satisfeito apenas em tê-lo “de prontidão” para atendê-lo sempre que precisar, você poderá ter uma desagradável surpresa em muito pouco tempo. A crescente evolução do mercado trazida pelo aumento da competitividade das empresas, a profissionalização das estruturas de atendimento de seus concorrentes e também de seus clientes, a crescente inclusão de novas tecnologias de apoio e a sofisticação de sistemas e ferramentas de gestão são apenas alguns dos fatores que acabam por modificar o relacionamento entre clientes e os diversos tipos de fornecedores. Muitas vezes, o simples sentimento de bom atendimento está limitado a ter o melhor preço e a disponibilidade do produto ou do serviço. Porém, o que o cliente quer mesmo é não pagar caro – o que é bem diferente de “o mais barato” – e disponibilidade é hoje uma obrigação tão grande que se tornou um dever de todo bom fornecedor. Em outras palavras, ter o produto ou o serviço não significa fidelizar o cliente, mas conquistá-lo temporariamente. As características econômicas podem influenciar e até determinar a decisão de compra, mas os clientes que não dispõem de recursos financeiros abundantes, nem sempre podem comprar tudo que desejam, enquanto que os clientes com mais recursos podem comprar produtos diferenciados pagando até mais por eles. Segundo Silva e Zambon (2012), na maioria das vezes, o cliente não encontra o que deseja e isso deve ser visto como uma oportunidade para a empresa superar às expectativas, criando ou fabricando um produto novo. Para essa iniciativa, as empresas não devem ser míopes, ou seja, precisam ver o óbvio acompanhando continuamente as mudanças e todas as variáveis que envolvem os clientes seus desejos e expectativas. Outros fatores de grande importância é saber ouvir e entender o cliente, conhecer às tênues diferenças entre o que o cliente declara e o que realmente ele necessita, para obter um diferencial competitivo e satisfazer esse cliente eficientemente, para então, fidelizá-lo. A liderança, característica que não pode ser uma imagem da empresa, mas o comportamento de sua equipe, também influencia o cliente. “Há pouco tempo, o termo liderança foi definido como a habilidade de inspirar confiança e apoio entre as pessoas de cuja competência e compromisso depende o desempenho.” (Dubrin, 2003, p.264) Embora, a liderança possa ser considerada uma característica gerencial, a postura de líder pode ser assumida por qualquer colaborador que tenha clareza do que é atender bem. Pois, o cliente espera muito daquele vai lhe atender, no sentido da prontidão e conhecimento no momento do atendimento. Na verdade, o líder é aquele que encanta, mesmo que o cliente não leve de imediato o produto ou aceite a prestação de um serviço, provocando-lhe a reflexão sobre a sua necessidade e utilidade. Levar alguém a acreditar no imediato, é enganar a realidade, ou seja, a insistência de um vendedor sobre um cliente pode causar um grande engano. Todavia, perder uma venda pode representar um grande prejuízo para um bom vendedor.Para um líder promover a reflexão sobre a sua necessidade de ter ou não tal produto, pode ser um grande ganho. A conquista sempre parte de uma relação honesta e limpa, já que ambos – vendedor e cliente – possuem uma relação intencional – o primeiro quer vender e o segundo quer comprar. Aquele tipo de cliente que fica apenas na especulação não tem intenção de comprar, mas sondar, porque sua necessidade não é imediata; há desejo, mas não a prioridade de ter um objeto, um móvel, ou uma roupa, um sapato, etc. Isso não significa que seu atendimento deva ser negligenciado, muito pelo contrário. • Espera que seja abordado de forma gentil e educada; • que quem o atenda seja objetivo e atencioso; • que conheça o produto reconhecendo suas propriedades boas e não tão boas em função da sua utilidade; • que o atendente reconheça a diferença entre qualidade e desempenho que residem naquele produto, além de sua eficiência e durabilidade; • que sempre tenha propostas de pagamento e preços compatíveis com a necessidade e a possibilidade do cliente. Então, afinal, o que o cliente espera? Às vezes, isso tudo pode ser muito óbvio, mas ainda nos surpreende a crença que alguns vendedores ou prestadores de serviço têm quando um cliente apenas pergunta o preço e não compra, ou que diz que vai pensar e depois voltará, na verdade, não estava interessado em comprar. Cineconhecimento: Vamos melhorar ainda mais nossa bagagem sobre satisfação do cliente? Assista ao vídeo que traz resumidamente algumas características do comportamento do consumidor. Aliás, você sabe a diferença entre cliente e consumidor? Consumidor, segundo o dicionário é aquele que compra para seu uso e não para revender, algumas publicações etimológicas definem consumidor como sinônimo de cliente. No marketing, a história é outra, o consumidor é aquele que adquire bens sem estabelecer um vínculo comercial a longo prazo com a empresa, restringindo-se ao atendimento das suas necessidades no momento da compra. Por exemplo: pessoas atraídas por uma ação promocional, precificação baixa, ou seja, não existindo qualquer garantia de fidelidade em compras futuras. Já o que caracteriza o cliente é o caráter de habitualidade de comprar em uma mesma empresa. É o antigo freguês: aquele que compra, volta e, ainda, recomenda o produto ou a empresa. A relação do cliente com a empresa é de longo prazo. (Fonte: http://www.cidademarketing.com.br/2009/blog/mercadologia, acesso em maio de 2016). ACESSE VÍDEO 4 – Tema: Comportamento do Consumidor (Win Educação) Duração 21’52s Publicado em 18/06/2014 Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=Vphf6lrnX1k . VAMOS EXERCITAR A APRENDIZAGEM? SIGA PARA AS ATIVIDADES DESTE MÓDULO E BOA SORTE!
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