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Paper -A RELEVÂNCIA DA PESQUISA CIENTÍFICA NO ÂMBITO ACADÊMICO: O discente e sua atuação na produção do conhecimento

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A RELEVÂNCIA DA PESQUISA CIENTÍFICA NO ÂMBITO ACADÊMICO:
O discente e sua atuação na produção do conhecimento
Luciane Gripa Bacelar
Prof. Orientador Charles Rogério Jaques da Rosa
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
 Artes Visuais/Licenciatura (GED0328/1) – Prática Interdisciplinar I 
13/12/2017
RESUMO
O presente estudo buscou compreender a relevância da pesquisa científica no âmbito acadêmico, bem como a atuação dos discentes frente à produção e reprodução de conhecimentos e informações discorrendo sobre o conhecimento humano, tipos de conhecimento, sobre pesquisa, ciência e criticidade na reconstrução do saber, assim como sobre o papel da universidade frente à pesquisa científica. Compreendemos a pesquisa como condição intrínseca do ser humano e essencial para a construção do conhecimento científico, sobre tudo no contexto acadêmico, pois é por meio da pesquisa que o discente tem a oportunidade de aprofundar os conhecimentos adquiridos na universidade e, ainda, relacioná-los com a realidade da qual faz parte.
Palavras-chave: Pesquisa Científica; Discentes; Ensino Superior.
 	
1 INTRODUÇÃO	
	O ser humano é, por natureza, um animal curioso. Assim como outros animais, o homem igualmente reproduziu meios de convivência em comunidade e também, desenvolveu formas de sobrevivência e defesa. Contudo, diferentemente dos demais animais o homem desde o nascimento interage com a natureza e com os objetos à sua volta, interpretando o mundo a partir das suas vivências e experiências.
É característica do homem não apenas estar no mundo como existente. Ele
se distingue das outras coisas situadas apenas no seu ambiente físico (coisas) ou no seu ambiente biológico (plantas e animais). O homem julga, reflete, conhece, isto é: supera e reelabora o conhecimento que possui. (BAZZANELLA, 2013 p. 6)
	Nesse sentido, a curiosidade do homem diante da realidade o impulsionou historicamente a conhecer. Desde os primórdios o homem tenta dominar o mundo que o rodeia desenvolvendo habilidades, atribuindo significado e sentido para as coisas. 
É fato que o homem buscou, ao longo dos tempos, se desenvolver mais. Sempre buscamos conhecer mais, desenvolver e reelaborar a cultura. O homem sempre buscou, então: conhecer mais, viver mais, suplantar suas fragilidades, dificuldades e limitações diante de um mundo que lhe era estranho. (BAZZANELLA, 2013 p. 4)
	Dessa interação com o mundo, com os saberes e com a cultura o homem produz e reproduz conhecimento e informação. Assim, o homem valendo-se de suas capacidades, busca o conhecimento do mundo do qual faz parte e “ao longo dos séculos, vem desenvolvendo sistemas mais ou menos elaborados que lhe permitem conhecer a natureza das coisas e o comportamento das pessoas”. Desse modo, a curiosidade faz parte do instinto humano, faz com que um ser explore o mundo a sua volta reunindo novos conhecimentos aos que já possui, ou seja, criando e recriando saberes, costumes, tradições e cultura, enfim se reinventando a cada nova pergunta que surge.
	Neste estudo, pretende-se compreender a relevância da pesquisa científica no âmbito acadêmico, uma vez que nessa modalidade de ensino os discentes são instigados a tornarem-se pesquisadores, bem como, a atuação dos mesmos frente à produção e reprodução de conhecimentos e informações.
2 O CONHECIMENTO HUMANO E A PESQUISA
	Segundo Ximenes (2013, p. 9), “a construção do conhecimento começa pela pergunta, pela curiosidade”. No entanto, existem diferentes modos de elaboração de perguntas, bem como das respostas. Nesse sentido, o senso comum, a religião e a ciência são modos diferentes de se explicar uma mesma realidade, são formas distintas de conhecimento que podem se complementar, se contrapor ou interagir para a compreensão do mundo.
Cotidianamente, de forma natural, fazemos indagações e nos questionamos, ou questionamos outras pessoas, sobre os fenômenos que nos cercam. Esta curiosidade, que é própria do homem, está na base da evolução de nossos conhecimentos sobre tudo o que nos cerca e também sobre nossa forma de pensar (XIMENES, 2013 p. 9).
O conhecimento humano é o resultado dessa curiosidade. Neste aspecto, é necessário que se reconheça que o ato de pesquisar, próprio da curiosidade humana, é uma característica intrínseca, inseparável do ser humano. Também se faz necessária a compreensão de que a pesquisa não ocorre apenas em grandes laboratórios e instituições de ensino, ela está presente em nosso dia a dia. Logo, temos contato com a pesquisa cotidianamente, desde as atividades mais simples como, por exemplo: ao fazer compras em um supermercado, pois inicialmente fazemos uma pesquisa de preços. Embora não seja uma pesquisa metódica, formal e muito menos científica o consumidor realiza a tomada de preços, ou seja, coleta os dados, faz a análise e obtém uma resposta. Portanto, pesquisar é um ato humano, estamos sempre buscando por respostas, para as mais variadas questões, uma vez que é pelo ato de pensar, repensar e pesquisar que o homem busca atingir seus ideais e é também por meio da pesquisa que se pode analisar, refletir, interpretar a realidade e atuar sobre ela. 
 Muito embora não percebamos, a pesquisa está mais presente em nossas vidas do que podemos imaginar, pois tudo o que usamos, seja um medicamento, alimento ou até mesmo uma peça de vestuário, provavelmente tenha passado por um processo de pesquisa, qualquer que seja o tipo de estudo, seja no âmbito da saúde, do plantio e beneficiamento de alimentos ou até mesmo na indústria.
A pesquisa é fundamental, sobretudo na área da saúde, pois é por meio do estudo e investigação de problemas sociais que surgem novos conhecimentos. Saberes valiosos que podem até mesmo salvar vidas, já que pesquisadores desenvolveram vacinas capazes de erradicar doenças que afetavam grande parte da população. Um exemplo que ilustra tal situação é a poliometite, doença viral conhecida popularmente em nosso país como paralisia infantil, atualmente erradicada graças a campanhas maciças de vacinação. 
Ao refletirmos a relação conhecimento humano e pesquisa a partir da questão da poliomelite atentamos para a relevância da pesquisa para a humanidade e, também como a sociedade reconhece a pesquisa, pois num primeiro momento, quando pensamos na vacina contra a poliomelite ou nas famosas gotinhas, lembramos imediatamente do personagem Zé Gotinha, porém não nos damos conta de que se alguém não tivesse iniciado uma pesquisa para produzir a vacina, nada disso seria possível.
	Efetivamente a pergunta (ou problema) de pesquisa provém da inquietude, do questionamento de quem pesquisa, “de nossa trajetória de vida que é fundante da elaboração do problema de pesquisa” (MINAYO, 2010, apud SILVA, 2005 p. 19-20).
	E que surjam cada vez mais questões, mais perguntas e consequentemente mais pesquisas, novas possibilidades de conhecimento e mais ações para suprir as necessidades do nosso povo, tão carente de atenção por parte do poder público.
2.1 TIPOS DE CONHECIMENTO
	O ato de conhecer algo é sempre uma relação que se estabelece fundamentalmente entre dois elementos: sujeito e objeto. De acordo com Bazzanella (2013 p. 29) “o conhecimento sempre se dá a partir dessa dualidade. O sujeito é o que conhece – chamamos de sujeito cognoscente. O objeto é o que será conhecido – chamamos de cognoscível”. Desse modo, o homem a partir de sua habilidade para a pesquisa, estudo e compreensão da realidade toma conhecimento de seu objeto de estudo, portanto, constrói e reconstrói conhecimento.
	Segundo Kleina (2016 p. 10), em nosso cotidiano nos deparamos com diversos tipos de conhecimento, quais sejam: Empírico, Filosófico, Teológico e Científico.
	O conhecimento empírico ou senso comum é um saber que surge da experiência quotidiana, no dia a dia. É, por isso, um saber informal, que se adquire de uma forma natural (espontânea), através do nosso contato com os outros, com as situações e com os objetos quenos rodeiam. Quem de nós não aprendeu algo com uma tradição familiar, por exemplo. O conhecimento aqui é entendido como experiência de vida, bagagem, vivências, ou seja, não é apreendido nos bancos escolares, mas na vida. De acordo com Bazzanella (2013, p. 42), “o senso comum adquire-se quase sem se dar conta, desde a mais tenra infância e, apesar das suas limitações, é um saber sem o qual não conseguiríamos orientar nossa vida quotidiana”.
	Já o conhecimento filosófico “é um tipo de conhecimento que decorre da razão pura, ou seja, é um desejo natural do ser humano. Por ele, o sujeito quer saber por amar o saber e não para fazer uso prático dele” (BAZZANELLA, 2013 p. 43).
	Como seres sociais que somos, deparamo-nos com um conjunto de crenças que falam acerca de Deus, de uma vida além da morte e também de dos deveres para com Deus e o próximo. “Para muitos, as crenças religiosas constituem fontes privilegiadas de conhecimento que se sobrepõem a qualquer outra” (GIL, 2008 p. 1), no entanto, descaracteriza a curiosidade, questão intrínseca do ser humano, sem a qual não refletimos nossos atos, nossa existência e nos tornamos acríticos. 
	O conhecimento científico tem sua base de construção no conhecimento no senso comum (ou conhecimento empírico), pois toda a pesquisa científica surge de maneira informal, pela necessidade, pela busca de solução para um problema.
	Segundo Kleina (2016, p. 11), 
“A revolução científica do século XVII marca a autonomia da ciência, a partir do momento que ela busca o seu próprio método. Com base nesse conhecimento os pesquisadores começam a questionar o porquê desses fenômenos, como eles acontecem, por que obtém resultados positivos. E assim inicia-se o processo de investigação científica”.
	“O conhecimento científico também é um saber que se adquire pela leitura,
meditação e reflexão, ou seja, é um saber que tem método, disciplina e organização.
Não é um tipo de conhecimento ocasional, mas intencional” (BAZZANELLA, 2013 p.43). Nesse aspecto o conhecimento científico torna-se primaz para a formação discente nos meios acadêmicos, para além de alunos, também pesquisadores atuantes, reflexivos e críticos construindo conhecimentos e ações em busca de uma sociedade melhor e mais justa para todos.
3 O DISCENTE, A PESQUISA E O CONHECIMENTO CIENTÍFICO 
	A origem de todo processo de produção do conhecimento é uma indagação diante da realidade. Segundo Ximenes (2013, p. 22) “essa indagação, quando tomada como nascente da produção científica, é uma curiosidade epistemológica (uma curiosidade que produz conhecimento)”. 
	Segundo Preti (2005 apud XIMENES, 2013 p. 14), “pesquisar vem da palavra latina perquirere que denota buscar com cuidado, procurar por toda parte, informar-se”, questões fundamentais para a formação acadêmica. 
	 Silva (2005, p.20), define Pesquisa Científica como: 
“Pesquisa científica seria, portanto, a realização concreta de uma investigação planejada e desenvolvida de acordo com as normas consagradas pela metodologia científica. Metodologia científica aqui entendida como um conjunto de etapas ordenadamente dispostas que você deve vencer na investigação de um fenômeno. Nessas etapas estão incluídos desde a escolha do tema, o planejamento da investigação, o desenvolvimento metodológico, a coleta e a tabulação de dados, a análise dos resultados, a elaboração das conclusões e até a divulgação de resultados”.
Minayo (1993, p.23 apud SILVA, 2005 p.19), vendo por um prisma mais filosófico, considera a pesquisa como “atividade básica das ciências na sua indagação e descoberta da realidade. É uma atitude e uma prática teórica de constante busca que define um processo intrinsecamente inacabado e permanente”. Em outras palavras, uma atividade de aproximação sucessiva da realidade que nunca se esgota. 
Demo (1996, p.34 apud SILVA, 2005 p.19) insere a pesquisa como atividade cotidiana considerando-a como uma atitude, um “questionamento sistemático crítico e criativo, mais a intervenção competente na realidade, ou o diálogo crítico permanente com a realidade em sentido teórico e prático”. Nesse aspecto é primaz que o pesquisador defina sua questão de pesquisa tendo em mente questões como: o que pesquisar, com que meios e com quais objetivos e, assim aliando teoria e prática por meio de uma análise crítica e reflexiva, alicerçado em métodos válidos, o pesquisador sugere novas ações para suprir as necessidades que se apresentam cotidianamente.
Para Gil (1999, p.42 apud SILVA, 2005 p.19-20), a pesquisa tem um caráter prático, objetivo, o autor a define como: “um processo formal e sistemático de desenvolvimento do método científico. O objetivo fundamental da pesquisa é descobrir respostas para problemas mediante o emprego de procedimentos científicos”. 
	Diante de tais argumentações é fato que a pesquisa é fundamental para a construção do conhecimento científico, sobre tudo no contexto acadêmico, pois é por meio da pesquisa que o discente tem a oportunidade de aprofundar os conhecimentos adquiridos na universidade e, ainda, relacioná-los com a realidade da qual faz parte.
3.1 METODOLOGIA “O CAMINHO DAS PEDRAS” DA PESQUISA CIENTÍFICA
	Compreendemos método como caminho, maneira ou modo. Corroborando com nosso entendimento citamos a etimologia da palavra Metodologia que, segundo Kleina, (2016, p. 31) “é uma expressão derivada de método, do latim methodus, cujo significado é caminho ou via para a realização de algo”. Método é, portanto, o processo para se atingir determinado fim ou para se chegar ao conhecimento.
	Entende-se por metodologia “o caminho percorrido pelo pensamento e a prática exercida na abordagem da realidade” (MINAYO, 2010 p.14 apud XIMENES, 2013 p. 13). Uma vez que o conhecimento é construído a partir de uma indagação, entende-se por metodologia os caminhos ou meios para conhecer uma possível resposta. 
	Segundo Minayo,	
“a metodologia inclui, simultaneamente, o método (que é a teoria da abordagem adotada), as técnicas (que são instrumentos e a forma de operacionalização do conhecimento) e a criatividade do pesquisador (sua experiência, capacidade pessoal e sensibilidade)” (MINAYO, 2010, p.14 apud XIMENES, 2013 p. 13).
	Método científico é o conjunto de regras básicas utilizadas na realização de uma pesquisa. Em síntese, compreender a metodologia e por tanto, fazer uso dos métodos científicos é primordial para a construção do conhecimento e elaboração de um trabalho acadêmico sólido e com reconhecido valor, pois de acordo com Kleina (2016, p. 31) na pesquisa científica “a metodologia vai validar os resultados obtidos”.
4 A CIÊNCIA E A CRITICIDADE NA RECONSTRUÇÃO DO SABER 
	
	De acordo com o Dicionário Priberam da Língua Portuguesa (2017), a palavra ciência origina-se do latim scientia - conhecimento, saber, ciência. Ainda, segundo o mesmo dicionário, Ciência significa o conjunto de conhecimentos fundados sobre princípios certos. Bazzanella (2013, p. 46) define ciência como “uma forma de conhecimento ativa, investigativa, mas sobre tudo, crítica, na medida em que avalia a si própria e revê seus conceitos e práticas, na medida em que avança no conhecimento de determinado objeto”.
	Andery et al. (1996, p. 13 apud. BAZZANELLA, 2013 p. 46) define Ciência como “uma das formas de conhecimento produzido pelo homem no decorrer de sua história, [...] determinada pelas necessidades materiais do homem em cada momento histórico, ao mesmo tempo em que nelas interfere”. 
	A ciência enquanto processo crítico na reconstrução do saber é relevante na medida em que o pesquisador precisa debruçar-se sobre o assunto (objeto de estudo), pois para a efetivação da pesquisa é preciso o aprofundamento, análise e reflexão, questões fundamentais não só para a formação de alunos como também de cidadãos.
	Vivemos na era da informação, com o avanço tecnológico as informações são veiculadas instantaneamente. Diariamente surge uma avalanche de informações, deste modo acumulamos informações sobre os mais variados temas, no entanto nãocostumamos refletir sobre tais questões, “então podemos dizer que estamos muito informados, mas, ao mesmo tempo, temos pouco conhecimento” (BAZZANELLA, 2013 p. 31).
	 Nesse aspecto a pesquisa é de suma importância para que o acadêmico seja capaz de filtrar informações pertinentes, ter um olhar crítico e reflexivo e, sobretudo pensar possibilidades de melhoria para a sociedade da qual faz parte. 
5 O PAPEL DA UNIVERSIDADE
	Com o advento da tecnologia passamos a ter mais acesso à informação em todos os campos de conhecimento, atividade e existência humana. Como consequência desses desenvolvimentos ampliou-se o a acesso a Educação de Nível Superior, embora tenhamos muito ainda que avançar nesse sentido. É fato que “vivemos tempos de mudanças, ou podemos até dizer que vivemos uma mudança de tempos” (BAZZANELLA, 2013 P. 19).
Deste modo, refletirmos o papel da ciência e da pesquisa, em qualquer campo do conhecimento ou área do saber torna-se fundamental para nós, enquanto acadêmicos, entendermos e valorizarmos a postura investigativa, não só como discentes, mas como cidadãos reflexivos e críticos, pois ao optarmos por nos tornarmos pesquisadores deixamos de apenas acumular conhecimentos e passamos a atuar como agentes da mudança social de que tanto necessitamos atualmente. É nesse sentido que é crucial o papel das universidades, pois “estas, como centros de reelaboração do saber, desempenham papel central nessa questão, exatamente quando nos possibilitam abrir novos horizontes e possibilidades” (BAZZANELLA, 2013 p. 20).
 Como espaço de construção, reconstrução e troca de saberes, uma vez que todos têm o que aprender e também o que ensinar, as universidades nos possibilitam repensar a realidade, o contexto e tudo o que nos cerca, enfim, pensarmos o mundo do qual fazemos parte.
Assim, os alunos tornam-se atores sociais em um cenário de mudança permanente. Deste modo, cabe à universidade contribuir de forma decisiva para que tanto o corpo discente quanto a comunidade na qual estão inseridos recuperem a capacidade de sonhar e, ao mesmo tempo, que a instituição de ensino garanta a efetivação de pesquisas científicas com relevância social. “Portanto, fomentar a pesquisa, a ciência, em nosso país marcado pela exclusão social, do ensino, principalmente o superior, é condição primordial para que possamos nos emancipar socialmente e culturalmente”. Se o poder público investir mais na educação não terá apenas alunos melhores e mais preparados, terá cidadãos mais conscientes e uma sociedade mais crítica, talvez esse seja um dos motivos do baixo investimento nos campos do conhecimento. No entanto, estamos caminhando, não na velocidade que gostaríamos, mas o fato é que cada vez mais pessoas ingressam nas universidades e o resultado desse esforço certamente afetará positivamente a cada um de nós.
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
	O presente estudo buscou compreender a relevância da pesquisa científica no âmbito acadêmico, bem como a atuação dos discentes frente à produção e reprodução de conhecimentos e informações, discorrendo sobre o conhecimento humano, tipos de conhecimento, sobre pesquisa, ciência e criticidade na reconstrução do saber, assim como sobre o papel da universidade frente à pesquisa científica.
	Constatamos que a curiosidade faz parte do instinto humano e, como condição intrínseca faz com que um ser explore o mundo a sua volta reunindo novos conhecimentos aos que já possui, ou seja, criando e recriando saberes, costumes, tradições e cultura, enfim se reinventando a cada nova pergunta que surge. 
A pesquisa encontra-se presente em nossas vidas cotidianamente, pois fazemos uso de produtos que são criados, influenciados ou alterados por um processo de pesquisa, qualquer que seja o tipo de estudo, no âmbito da saúde, do plantio e beneficiamento de alimentos ou até mesmo na indústria.
 A pesquisa é fundamental, sobretudo na área da saúde, pois é por meio do estudo e investigação de problemas sociais que surgem novos conhecimentos e, consequentemente medicamentos capazes de erradicar doenças. Na mesma medida é também essencial para a construção do conhecimento científico, sobre tudo no contexto acadêmico, pois é por meio da pesquisa que o discente tem a oportunidade de aprofundar os conhecimentos adquiridos na universidade e, ainda, relacioná-los com a realidade da qual faz parte.
A realização deste estudo foi de extrema relevância para minha formação acadêmica, na mesma proporção em que os conhecimentos adquiridos na universidade foram fundamentais para a realização desta pesquisa que, apesar de suas limitações, pode contribuir como subsídio para pesquisas futuras que visem aprofundar os conhecimentos sobre a importância da pesquisa científica em outros aspectos, para além da formação acadêmica, uma vez que é da necessidade que surge a indagação e consequentemente novas pesquisas e novos conhecimentos. 
REFERÊNCIAS
BAZZANELLA, André. Metodologia Científica / André Bazzanella; Elizabeth Penzlien Tafner; Everaldo da Silva, Antônio José Müller (Org.). Indaial: Uniasselvi, 2013.
“CIÊNCIA” In: Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, disponível em: <https://www.priberam.pt/dlpo/ci%C3%AAncia> Acesso em: 03 dez. 2017.
GIL, Antônio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social/Antônio Carlos Gil. -6 ed. - São Paulo: Atlas, 2008.
KLEINA, Cláudio. Metodologia da pesquisa e do trabalho científico/Cláudio Kleina.-1. ed. Curitiba, PR: IESDE BRASIL S/A, 2016.
SILVA, Edna Lúcia da. Metodologia da pesquisa e elaboração de dissertação/Edna 
Lúcia da Silva, Estera Muszkat Menezes. – 4. ed. rev. atual. – Florianópolis: UFSC, 2005.
XIMENES, Ronei Martins. Metodologia de pesquisa: guia de estudos / Ronei Ximenes Martins.–Lavras : UFLA, 2013.

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