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minutosaudavel.com.br
H. pylori: o que é, sintomas,
tratamento, o que comer, tem
cura? | MS
22-28 minutos
A H. pylori é uma bactéria que se instala
nas paredes internas do estômago,
causando inflamações, azia, sensação de
estufamento, refluxo, mau hálito e
gastrite.
Estima-se que cerca de 50% da população
mundial esteja infectada com essa
bactéria, embora apenas uma pequena
parcela desenvolva os sintomas da
infecção.
Os países com o maior número de casos
ficam na África, América Latina e Ásia,
com uma taxa de 70% a 90% de
infecções.
Embora não haja consenso entre médicos
e profissionais da saúde, acredita-se que
a H. pylori possa ser transmitida de
pessoa a pessoa por meio da saliva.
Quer saber mais sobre a H. pylori? Então
acompanhe o artigo até o fim e saiba
como prevenir e tratar a infecção!
Índice – neste artigo você vai encontrar
as seguintes informações:
O que é H. pylori?1. 
Causas: como se adquire a bactéria H.
pylori?
2. 
Fatores de risco3. 
H. pylori é transmissível?4. 
Quais os sintomas da infecção por H.
pylori?
5. 
Diagnóstico: como saber se estou com
H. pylori?
6. 
Quais exames detectam a H. pylori?7. 
H. pylori tem cura?8. 
Tratamento9. 
Medicamentos10. 
Convivendo11. 
Prognóstico12. 
Complicações13. 
Como prevenir a H. pylori?14. 
O que é H. pylori?
A H. pylori é uma bactéria que se aloja
nas paredes internas do estômago
humano, causando azia, dor no estômago,
sensação de estufamento e mau hálito.
Caso não seja tratada, ela pode originar
gastrites e até mesmo úlceras.
Diferente de outras bactérias, a H. pylori
secreta uma substância química (urease)
que neutraliza os ácidos produzidos no
estômago humano, permitindo que ela
viva nesse ambiente sem se prejudicar.
Essa bactéria afeta mais frequentemente
crianças com menos de 6 anos, pessoas
com fragilidade econômica e habitantes
de regiões com problemas de
saneamento básico.
O contágio geralmente ocorre por meio da
ingestão de alimentos ou água
contaminada. Por este motivo, a infecção
é mais frequente em regiões pobres e
com problemas de saneamento básico.
O agravamento da infecção pode levar ao
aparecimento de úlceras, além de ser
fator de risco para o desenvolvimento de
câncer no estômago.
Isso faz com que a Organização Mundial
da Saúde (OMS) considere a H. pylori
como  um agente cancerígeno.
Causas: como se adquire a
bactéria H. pylori?
A H. pylori pode ser adquirida por meio da
ingestão de água e alimentos
contaminados com fezes, ou após
exames feitos com instrumentos médicos
contendo a bactéria. Apesar de não ser
um consenso, é possível que algumas
pessoas sejam infectadas por
transmissão fecal-oral:
Contágio por via fecal-oral
Em países pobres e com problemas de
saneamento básico, a ingestão de água
ou alimentos que tenham sido
contaminados com fezes contendo a H.
pylori é uma forma bem recorrente de
infecção.
Nesses locais, não é incomum que a água
utilizada para irrigar plantações esteja
contaminada com resíduos vindos de
redes de esgoto.
A falta de um tratamento eficiente da
água fornecida à população também
aumenta os riscos de contágio, colocando
as pessoas em uma posição de
vulnerabilidade.
Quando uma pessoa consome vegetais
crus e sem higienização adequada, as
bactérias que estão contidas na
superfície desses vegetais acabam
penetrando no organismo através da
boca.
Dessa forma, ao entrar no organismo, ela
se move pelo aparelho digestivo até
alcançar o estômago ou chegar até o
intestino delgado.
Contágio após procedimentos
clínicos
É também chamado de  contágio
iatrogênico e se refere a infecções
causadas após procedimentos clínicos.
No caso da H. pylori, normalmente
acontece em decorrência de endoscopias
realizadas com instrumentos mal
esterilizados.
De acordo com a Organização Mundial da
Saúde (OMS), essa forma de transmissão
é menos comum. Contudo, profissionais
de saúde devem ficar atentos aos
processos de esterilização em clínicas e
ambulatórios.
H. pylori é transmissível?
Sim. Existem indícios de que a H. pylori
pode ser transmitida por meio do contato
com a saliva ou outros fluidos corporais
de pessoas infectadas, como o vômito.
Porém, o modo como essa transmissão
ocorre ainda não foi totalmente
esclarecido.
Alguns estudos sugerem que quando uma
pessoa sofre com refluxo, parte das
bactérias que ficam no estômago sobem
pelo canal digestivo junto do ácido
gástrico, chegando até a garganta e boca
do paciente.
Na boca, elas poderiam ser transmitidas
por meio da saliva ou quando pessoas
compartilham alimentos ou utensílios
(colheres e copos). Porém, esses casos
de infecção são mais raros.
Outro fator que parece contribuir para a
transmissão da H. pylori é a falta de
higiene pessoal, como o hábito de não
lavar as mãos corretamente antes das
refeições e após usar o banheiro.
Manipular alimentos com as mãos
contaminadas pela bactéria pode causar
infecção por via fecal-oral.
Fatores de risco
Embora qualquer pessoa possa contrair a
H. pylori, moradores de regiões insalubres
e sem saneamento básico são mais
propensas à infecção. Saiba mais:
Idade
A infecção por H. pylori é mais comum na
infância, sobretudo em países com
problemas de saneamento básico.
Pesquisas mostram que enquanto a taxa
de infecção em crianças com menos de
10 anos varia de 1% a 10% em países
ricos, em regiões mais pobres esse
número sobe para 50%.
Perfil socioeconômico
Morar em locais sem saneamento básico
e ter uma alimentação deficitária faz com
que pessoas economicamente menos
favorecidas corram um risco maior de
contrair a H. pylori.
A porcentagem de infecção de moradores
de orfanatos, asilos, hospitais e prisões é
bem superior ao de pessoas de melhor
poder aquisitivo.
A falta de alimentação adequada também
aumenta as chances de infecção, pois
reduz as defesas do sistema imunológico
deixando as pessoas mais suscetíveis a
doenças.
Falta de saneamento básico
Como a transmissão ocorre através da
ingestão de água contaminada com fezes,
habitantes de regiões sem saneamento
básico apresentam as maiores taxas de
infecção pela H. pylori.
Segundo dados levantados pelo Instituto
Trata Brasil em 2019, cerca de 35 milhões
de brasileiros ainda não têm acesso à
água potável e 95 milhões estão sem
coleta de esgoto.
A maioria dessas pessoas vive nas
regiões do Norte e Nordeste, porém,
grandes cidades da região Sudeste, como
São Paulo e Rio de Janeiro, também
apresentam saneamento deficitário.
Como consequência, a população
apresenta altas taxas de internação
devido a infecções causadas por
microrganismos, como o H. Pylori.
Quais os sintomas da
infecção por H. pylori?
A maioria das pessoas infectadas pela H.
pylori não apresenta sintomas. Porém,
alguns pacientes podem sofrer com
desconfortos estomacais, refluxo, mau
hálito, arrotos, azia e problemas de
digestão.
Além desses sintomas, as pessoas
infectadas podem apresentar as
seguintes condições:
Refluxo, mau hálito e arrotos
Para viver no estômago humano sem se
prejudicar com seu nível de acidez, a
bactéria H. pylori secreta uma enzima
chamada urease. Essa enzima quebra a
ureia, substância presente no suco
gástrico, e a converte em dióxido de
carbono e amônia.
Tanto o dióxido de carbono quanto a
amônia são prejudiciais para o estômago.
Além de causarem refluxos, arrotos e mau
hálito no paciente, essas substâncias
ainda neutralizam o ácido clorídrico
envolvido no processo de digestão.
Azia
A azia é uma sensação de queimação que
pode acometer tanto as paredes do
estômago quanto a região do esôfago,
quando o paciente sofre com refluxo.
A queimação é causada pela substância
ácida produzida no estômago e
geralmente se manifesta após as
refeições.
Hipocloridria
Embora a H. pylori normalmente neutralize
o ácido gástrico, ela também pode
aumentar o nível de acidez do estômago.Quando isso ocorre, o paciente pode
desenvolver um quadro de hipocloridria,
que consiste em um mal estar estomacal
decorrente de problemas na digestão dos
alimentos.
As principais manifestações da
hipocloridria são inchaço, sensação de
estufamento e gases.
Diagnóstico: como saber se
estou com H. pylori?
Existem vários exames que ajudam a
verificar a presença da H. pylori no
estômago. Geralmente os médicos
gastroenterologistas optam por métodos
menos invasivos, como exame de sangue,
exame de fezes ou teste de ar exalado.
Porém, em quadros graves de gastrite, o
mais recomendado pode ser uma
endoscopia ou biópsia do tecido
estomacal.
Os exames mencionados acima só serão
indicados após uma avaliação médica
que levará em consideração a presença
dos seguintes sintomas:
Azia;
Refluxo, arroto, mau hálito constante;
Sensação de estufamento;
Náusea;
Hipocloridria (problema de digestão).
Quais exames detectam a
H. pylori?
A infecção pela H. pylori pode ser
detectada por meio de exames de sangue,
de fezes ou do teste respiratório com
ureia marcada.
Pacientes que sofrem de problemas
estomacais graves, como gastrites
crônicas ou úlceras, também podem
detectar a H. pylori por meio da
endoscopia e do teste da urease.
Entenda melhor cada exame:
Exame de sangue
É feito por meio de análise de uma
amostra de sangue, com a finalidade de
detectar a presença de anticorpos para a
H. pylori no organismo.
Embora exames de sangue ajudem no
diagnóstico inicial da infecção, eles não
são capazes de informar se o organismo
de fato eliminou a bactéria após o
tratamento.
Isso ocorre porque mesmo após o uso de
antibióticos, o sistema imunológico
continua a produzir anticorpos para a H.
pylori.
Assim, exames de sangue podem
continuar acusando a presença dessa
bactéria no estômago mesmo após o
tratamento.
Para evitar resultados falso positivos,
especialistas recomendam que outros
testes sejam realizados após o
tratamento, como o exame de fezes ou de
ar exalado.
Exame de fezes
O exame de fezes pode ser feito para
verificar a presença de bactérias nas
fezes de pacientes com suspeita de
infecção pela H. pylori.
Esse teste é vantajoso se comparado ao
de sangue pelo fato de não apenas
detectar a presença dos anticorpos no
organismo, mas também de detectar
outras possíveis infecções ativas.
Além disso, é também um exame que
pode ajudar a prevenir o câncer colorretal.
Para fazer esse exame, é necessário que
o paciente esteja há pelo menos 2
semanas sem fazer uso de medicação,
como antibióticos e antiácidos.
Exame de ar exalado
Esse exame é feito para detectar a
presença de substâncias secretadas pela
bactéria no ar exalado pelo paciente.
O teste é realizado da seguinte forma: o
paciente ingere uma substância contendo
75 mg de ureia e carbono em pó
dissolvidos em água.
Após um período de aproximadamente 40
minutos, ele expira o ar em um recipiente
contendo um marcador de pH (nível de
acidez).
Caso seja registrada a presença das
substâncias secretadas pela bactéria no
ar exalado, há alteração na cor do
marcador devido ao aumento do nível de
acidez, o que significa resultado positivo
para a presença da H. pylori.
Para que esse exame seja realizado, é
preciso que o paciente esteja em jejum
(mínimo de 6 horas) e que não esteja
fazendo uso de antibióticos, uma vez que
a atuação desses medicamentos pode
interferir no resultado do exame.
Antes do procedimento, o paciente deverá
consumir 200mL de suco de laranja ou 1g
de ácido cítrico dissolvido em 200mL de
água.
O exame de ar exalado pode levar em
torno de 2 dias para ficar pronto.
Endoscopia
A endoscopia é um exame feito com
auxílio de um endoscópio, aparelho que
permite ao especialista capturar imagens
em tempo real das membranas internas
do esôfago, estômago e intestino delgado
do paciente.
O endoscópio é inserido pela boca,
passando pelo esôfago até chegar ao
estômago.
Além de ajudar no diagnóstico de
inflamações nas membranas do
estômago, o endoscópio permite que
fragmentos de tecidos sejam retirados
para biópsias.
Embora o procedimento possa causar
leve desconforto no paciente, ele é feito
com anestesia intravenosa e local, não
causando dor.
Teste da urease
O teste da urease é feito durante a
endoscopia e consiste na análise de
pequenos fragmentos de tecido retirados
da parede interna do estômago.
Esses fragmentos são colocados em um
recipiente contendo ureia e um marcador
de pH. A presença da bactéria será
medida com base no nível de acidez
verificado na ureia, que mudará de cor
caso o pH aumente.
Se a bactéria estiver presente nos tecidos
retirados do estômago, a ureia reage
mudando de amarelo para vermelho,
acusando resultado positivo. Caso a ureia
não mude de cor, o resultado é negativo
para a H. pylori.
O teste pode levar de alguns minutos até
horas para ficar pronto.
Assim como nos demais exames, o
paciente precisa interromper o uso de
medicação pelo período determinado pelo
médico.
H. pylori tem cura?
Sim. A infecção pelo H. pylori pode ser
curada quando o paciente recebe o
diagnóstico, faz o tratamento com
antibióticos e adota hábitos alimentares
saudáveis.
Para verificar se a bactéria realmente foi
eliminada do estômago, o médico pode
pedir que o paciente faça novamente o
teste de fezes ou o exame de ar exalado.
Tratamento
O tratamento para a infeção por H. pylori
dura de 10 a 14 dias e envolve o uso de
antibióticos e medicamentos inibidores
da bomba de prótons (IBP).
Esses remédios são usados no combate à
infecção, atacando diretamente a H.
pylori.
Para que façam efeito, é fundamental que
sejam tomados no horário e pelo período
correto
O tratamento com inibidores da produção
de ácido gástrico, também conhecidos
como inibidores da bomba de prótons,
diminui os sintomas de azia, gastrite e
refluxo.
Medicamentos
Existem dois tipos principais de
medicamentos utilizados no tratamento
da infecção pela H. pylori: antibióticos e
inibidores da bomba de prótons. Saiba
mais:
Antibióticos
Os antibióticos têm o papel de eliminar a
infecção, atacando diretamente as
bactérias presentes nas membranas do
estômago.
Para que o tratamento tenha sucesso, o
paciente deve seguir atentamente as
orientações médicas em relação aos
horários e por quantos dias deve manter a
medicação.
Os remédios comumente receitados para
o tratamento da H. pylori são:
Amoxicilina;
Claritromicina;
Levofloxacino;
Furazolidona.
Inibidores da bomba de prótons
Os IBP são medicamentos que suprimem
em até 95% a secreção de ácido gástrico
no estômago, aliviando os sintomas de
azia, gastrite e refluxo gastrointestinal.
No caso de doença péptica, os IBP
promovem a cicatrização das lesões e
ulcerações presentes nas membranas
estomacais.
Além disso, quando usados em conjunto
com antibióticos no tratamento de
pacientes com H. pylori, os IBP aumentam
as chances de remissão completa do
quadro infeccioso.
Geralmente, os remédios incluem:
Omeprazol;
Pantoprazol;
Lanzoprazol;
Tenatoprazol;
Rabeprazol;
Esomeprazol.
Atenção!
NUNCA se automedique ou interrompa o
uso de um medicamento sem antes
consultar um médico. Somente ele poderá
dizer qual medicamento, dosagem e
duração do tratamento é o mais indicado
para o seu caso em específico. As
informações contidas nesse site têm
apenas a intenção de informar, não
pretendendo, de forma alguma, substituir
as orientações de um especialista ou
servir como recomendação para qualquer
tipo de tratamento. Siga sempre as
instruções da bula e, se os sintomas
persistirem, procure orientação médica ou
farmacêutica.
Convivendo
Pessoas com H. pylori podem aderir a
hábitos alimentares que aliviam os
sintomas da infecção e ajudam na
recuperação das mucosas internas do
estômago, deixando o dia a dia até a
recuperação total da doença mais
confortável.
Algumas mudançasincluem:
Tenha alguns cuidados com a dieta
De acordo com recomendações de
médicos gastroenterologistas, a dieta
para pessoas com a H. pylori deve incluir
alguns alimentos específicos e outros
devem ser evitados. Entre os que fazem
bem estão:
Carnes brancas (peixe, aves);
Legumes (feijões, lentilha, grão-de-
bico);
Cereais (aveia);
Verduras cozidas (brócolis, cenoura,
couve);
Frutas não cítricas (uva, abacate,
melão);
Sucos naturais (couve, uva, maçã);
Gelatina.
Durante o tratamento, deve-se evitar o
consumo de alimentos que aumentam a
produção de ácido gástrico ou que
causam irritação, como cafeína, frituras e
produtos com excesso de sal, açúcar e
corantes.
Outros alimentos que devem ser evitados
incluem:
Café, chás e bebidas com cafeína;
Refrigerantes;
Bebidas alcoólicas;
Frituras;
Pimentas;
Carnes;
Embutidos (presuntos, linguiças,
salsichas);
Salgadinhos industrializados.
Consuma alimentos prebióticos e
probióticos
Além dos alimentos recomendados
acima, destacam-se também os
prebióticos e probióticos, que auxiliam no
equilíbrio da flora intestinal e contribuem
para a boa digestão.
Prebióticos são alimentos que devem ser
consumidos para estimular a atividade
dos microrganismos presentes
naturalmente no nosso corpo.
Alguns exemplos de alimentos
prebióticos são:
Banana verde;
Aveia;
Chicória;
Cebola;
Alho.
Já os alimentos probióticos são os que
contém substâncias ricas em
microrganismos vivos que atuam de
maneira benéfica no organismo. Eles
ajudam a manter o equilíbrio da flora
intestinal e a absorver as vitaminas e
nutrientes.
No Brasil, o alimento probiótico mais
consumido é o leite fermentado
enriquecido com lactobacilos vivos.
Esses microrganismos são encontrados
naturalmente no intestino humano,
cumprindo um papel muito importante no
combate à agentes infecciosos, como a
H. pylori.
Alguns alimentos probióticos são:
Iogurte natural;
Leite fermentado;
Kefir;
Kombucha.
Evite deitar logo após as refeições
Tirar cochilos logo após as refeições pode
parecer uma prática inofensiva, mas para
o estômago e esôfago esse hábito é um
verdadeiro veneno.
Segundo um estudo publicado no
periódico médico Clinical Gastroenterology
and Hepatology, os sintomas de refluxo e
queimação no esôfago são piores em
pacientes que tiram sonecas ao longo do
dia, especialmente após refeições
pesadas.
Deitar antes que o estômago tenha tempo
para digerir os alimentos faz com que
tanto a comida quanto o suco gástrico
subam para a região do esôfago,
causando irritação e incômodo.
Por isso, é importante que seja
estabelecido um intervalo de tempo entre
as refeições e as sonecas, além de evitar
comer alimentos pesados antes de
dormir.
Prognóstico
As chances de cura após o tratamento
com antibióticos e inibidores da produção
de ácido gástrico são bem altas, mesmo
para pacientes com complicações graves,
como a úlcera.
De acordo com o CDC (Center of Diseases
Control and Prevention), as taxas de cura
podem ser ainda maiores caso o paciente
faça a terapia tríplice, na qual são
combinados 3 antibióticos distintos.
A alternância entre antibióticos impede
que os microrganismos fiquem
resistentes aos medicamentos.
Além do tratamento medicamentoso,
dietas alimentares específicas para
combater os sintomas da infecção
também contribuem para que o paciente
se cure por completo.
Complicações
Caso a infecção pela H. pylori não seja
tratada corretamente com os antibióticos,
ela pode evoluir para problemas
estomacais graves, como úlcera e até
mesmo câncer.
A secreção de substâncias que
atrapalham a digestão dos alimentos
também pode originar quadros de anemia,
uma vez que a absorção de proteínas e
vitaminas fica comprometida. Saiba mais:
Gastrite
A gastrite é uma inflamação nas paredes
internas do estômago causada pelo
aumento do nível de acidez do suco
gástrico.
Quando a H. pylori está presente no
estômago, pode ocorrer aumento na
produção de ácido clorídrico, substância
necessária para a digestão dos alimentos.
O aumento de suco gástrico acaba
contribuindo para o aparecimento de
feridas nas membranas do estômago. Os
sintomas são azia, falta de apetite,
estufamento e refluxo.
Existe uma série de problemas
estomacais que podem causar gastrite,
por isso, é muito comum que pacientes só
descubram estar com H. pylori após a
realização de endoscopias.
Anemia perniciosa
Para sobreviver no estômago humano, a
H. pylori secreta enzimas neutralizadoras
das substâncias químicas responsáveis
pela digestão dos alimentos.
Duas dessas substâncias são o ácido
gástrico e a proteína chamada fator
intrínseco, responsável pela absorção da
vitamina B12 no organismo.
Quando a bactéria interfere na produção
do fator intrínseco, o paciente desenvolve
a anemia perniciosa, um subtipo de
anemia relacionada à falta de B12 no
corpo.
Como a produção do suco gástrico é
essencial para digerir alimentos em geral,
outras formas de anemia também podem
se manifestar, como aquela relacionada à
deficiência de ferro.
Alguns dos sintomas da anemia
perniciosa são tontura, fraqueza, palidez,
falta de apetite e indisposição.
Úlcera péptica
A úlcera péptica ocorre quando há
superprodução de ácido gástrico no
estômago, o que leva à corrosão das
membranas internas e aparecimento de
inflamações graves.
O termo “péptico” vem de pepsina, uma
enzima responsável pela digestão.
Os sintomas de azia e desconforto
estomacal geralmente surgem após as
refeições, momento em que o estômago
secreta ácido gástrico para digerir os
alimentos.
Os sintomas mais comuns da úlcera
péptica incluem dores estomacais, azia,
refluxo, dores abdominais e em alguns
casos, fezes sanguinolentas.
As úlceras geralmente curam-se em
pouco tempo, porém, também podem
apresentar complicações, como
hemorragia e câncer.
Câncer de estômago
A associação da infecção por H. pylori
com o câncer pode ser assustadora,
porém, especialistas afirmam que apenas
uma parcela muito pequena de pessoas
infectadas de fato desenvolve a doença.
O câncer de estômago associado à H.
pylori geralmente aparece como uma
complicação da úlcera péptica, estágio
em que há sangramentos no estômago e
no duodeno (parte superior do intestino
delgado), além de perfurações nas
mucosas do estômago.
Os sintomas são parecidos com os da
gastrite e úlcera péptica, embora
apareçam com mais intensidade.
Quando o câncer estomacal é descoberto
no início, as chances de cura chegam a
100%. Portanto, é fundamental que o
paciente visite o médico periodicamente.
Como prevenir a infecção
pela H. pylori?
A infecção por H. pylori pode ser evitada
por meio de medidas de higiene e
melhoria das condições de saneamento
básico da população. Cozinhar bem os
alimentos e não beber água que possa
estar contaminada são fundamentais
para evitar a infecção.
Não coma alimentos mal cozidos
Acredita-se que a H. pylori é transmitida
principalmente por meio do consumo de
água ou alimentos contaminados. Por
isso, é importante lavar bem os alimentos
com água corrente e esponja antes de
cozinhá-los.
Além da água corrente, o peróxido de
hidrogênio a 3% (água oxigenada)
também ajuda na eliminação de bactérias
presentes na superfície de frutos e
vegetais.
Para aplicá-lo nos alimentos, basta
colocar uma colher de sopa de peróxido
para cada 1 litro de água e deixar os
vegetais de molho de 15 a 20 minutos.
Ferva a água antes de beber
Beber água de fontes desconhecidas
pode aumentar os riscos de contágio da
H. pylori, por isso deve-se evitar usar água
de poços e fontes.
Pessoas que residem em regiões onde
não há saneamento básico de qualidade
devem optar pelo consumo de água
mineral.
Se isso não for possível, é fundamental
que a água da torneira seja fervida antes
de ser consumida.
Lave bem as mãos
A H. pylori é transmitida por via fecal-oral,
o que significaque pessoas infectadas
podem acidentalmente transmiti-la caso
não higienizem bem as mãos após ir ao
banheiro.
Por isso, lavar as mãos antes das
refeições com sabonetes e álcool gel 70%
diminui os riscos de contaminação de
alimentos ou de mucosas orais (boca e
nariz).
A infecção por H. pylori pode ser evitada a
partir de hábitos de higiene, como lavar
bem as mãos antes das refeições, não
comer alimentos crus e evitar beber água
de procedência desconhecida.
Acompanhe o Minuto Saudável e saiba
mais dicas sobre saúde e tratamentos!
Fontes consultadas
Helicobacter pylori: fatores relacionados
à sua patogênese – Scielo;
H. Pylori Transmission and Spread of
Infection – Mel & Enid Zuckerman
College of Public Health;
Centers of Disease Control and
Prevention

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