Buscar

Política Nacional da Atenção Básica Vigilância Sanitária, Segurança do Paciente e Programa Nacional de Segurança

Prévia do material em texto

AULA 4
Política Nacional da Atenção Básica
Vigilância Sanitária 
Segurança do Paciente e Programa Nacional de Segurança do Paciente 
CURSO DE SUS- PREPARATÓRIO PARA RESIDÊNCIAS MULTIPROFISSIONAIS
PROF: KELVIA BORGES
POLÍTICA NACIONAL DA ATENÇÃO BÁSICA
PORTARIA Nº 2.436, DE 21 DE SETEMBRO DE 2017
Aprova a Política Nacional de Atenção Básica, estabelecendo a revisão de diretrizes para a organização da Atenção Básica, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2017/prt2436_22_09_2017.html 
Revisada 3 vezes: 2006 e 2011
Art. 1º Esta Portaria aprova a Política Nacional de Atenção Básica - PNAB, com vistas à revisão da regulamentação de implantação e operacionalização vigentes, no âmbito do Sistema Único de Saúde - SUS, estabelecendo-se as diretrizes para a organização do componente Atenção Básica, na Rede de Atenção à Saúde - RAS.
Parágrafo único. A Política Nacional de Atenção Básica considera os termos Atenção Básica - AB e Atenção Primária à Saúde - APS, nas atuais concepções, como termos equivalentes, de forma a associar a ambas os princípios e as diretrizes definidas neste documento.
Atenção Básica
Atenção Primária
Porta de entrada preferencial
POLÍTICA NACIONAL DA ATENÇÃO BÁSICA
Desenvolvida por meio de práticas de cuidado integrado e gestão qualificada
Realizada com equipe multiprofissional
Dirigida à população em território definido, sobre as quais as equipes assumem responsabilidade sanitária.
1º A Atenção Básica será a principal porta de entrada e centro de comunicação da RAS, coordenadora do cuidado e ordenadora das ações e serviços disponibilizados na rede.
§ 2º A Atenção Básica será ofertada integralmente e gratuitamente a todas as pessoas, de acordo com suas necessidades e demandas do território, considerando os determinantes e condicionantes de saúde.
§ 3º É proibida qualquer exclusão baseada em idade, gênero, raça/cor, etnia, crença, nacionalidade, orientação sexual, identidade de gênero, estado de saúde, condição socioeconômica, escolaridade, limitação física, intelectual, funcional e outras.
§ 4º Para o cumprimento do previsto no § 3º, serão adotadas estratégias que permitam minimizar desigualdades/iniquidades, de modo a evitar exclusão social de grupos que possam vir a sofrer estigmatização ou discriminação, de maneira que impacte na autonomia e na situação de saúde.
POLÍTICA NACIONAL DA ATENÇÃO BÁSICA
Art. 3º São Princípios e Diretrizes do SUS e da RAS a serem operacionalizados na Atenção Básica:
POLÍTICA NACIONAL DA ATENÇÃO BÁSICA
Art. 4º A PNAB tem na Saúde da Família sua estratégia prioritária para expansão e consolidação da Atenção Básica.
Parágrafo único. Serão reconhecidas outras estratégias de Atenção Básica, desde que observados os princípios e diretrizes previstos nesta portaria e tenham caráter transitório, devendo ser estimulada sua conversão em Estratégia Saúde da Família.
POLÍTICA NACIONAL DA ATENÇÃO BÁSICA
Atenção Básica
Estratégia Saúde da Família
Art. 5º A integração entre a Vigilância em Saúde e Atenção Básica é condição essencial para o alcance de resultados que atendam às necessidades de saúde da população, na ótica da integralidade da atenção à saúde e visa estabelecer processos de trabalho que considerem os determinantes, os riscos e danos à saúde, na perspectiva da intra e intersetorialidade.
POLÍTICA NACIONAL DA ATENÇÃO BÁSICA
POLÍTICA NACIONAL DA ATENÇÃO BÁSICA
Art. 6º 
Todos os estabelecimentos de saúde que prestem ações e serviços de Atenção Básica, no âmbito do SUS, serão denominados Unidade Básica de Saúde - UBS.
Todas as UBS são consideradas potenciais espaços de educação, formação de recursos humanos, pesquisa, ensino em serviço, inovação e avaliação tecnológica para a RAS.
POLÍTICA NACIONAL DA ATENÇÃO BÁSICA
I - contribuir para a reorientação do modelo de atenção e de gestão com base nos princípios e nas diretrizes contidas nesta portaria;
II - apoiar e estimular a adoção da Estratégia Saúde da Família - ESF como estratégia prioritária de expansão, consolidação e qualificação da Atenção Básica;
III - garantir a infraestrutura adequada e com boas condições para o funcionamento das UBS, garantindo espaço, mobiliário e equipamentos, além de acessibilidade de pessoas com deficiência;
IV - contribuir com o financiamento tripartite para fortalecimento da Atenção Básica;
V - assegurar ao usuário o acesso universal, equânime e ordenado às ações e serviços de saúde do SUS, além de outras atribuições que venham a ser pactuadas pelas Comissões Intergestores;
RESPONSABILIDADES COMUNS A TODAS AS ESFERAS DE GOVERNO
POLÍTICA NACIONAL DA ATENÇÃO BÁSICA
VI - estabelecer, nos respectivos Planos Municipais, Estaduais e Nacional de Saúde, prioridades, estratégias e metas para a organização da Atenção Básica;
VII -desenvolver mecanismos técnicos e estratégias organizacionais de qualificação da força de trabalho para gestão e atenção à saúde, estimular e viabilizar:
a formação, educação permanente e continuada dos profissionais, garantir direitos trabalhistas e previdenciários, qualificar os vínculos de trabalho e implantar carreiras que associem desenvolvimento do trabalhador com qualificação dos serviços ofertados às pessoas;
VIII - garantir provimento e estratégias de fixação de profissionais de saúde para a Atenção Básica com vistas a promover ofertas de cuidado e o vínculo;
IX - desenvolver, disponibilizar e implantar os Sistemas de Informação da Atenção Básica vigentes, garantindo mecanismos que assegurem o uso qualificado dessas ferramentas nas UBS, de acordo com suas responsabilidades;
RESPONSABILIDADES COMUNS A TODAS AS ESFERAS DE GOVERNO
SIAB
SISAB
2013
Sistema de informação da atenção Básica para Sistema de informação em saúde para a atenção Básica
10
POLÍTICA NACIONAL DA ATENÇÃO BÁSICA
X - garantir, de forma tripartite, dispositivos para transporte em saúde, compreendendo as equipes, pessoas para realização de procedimentos eletivos, exames, dentre outros, buscando assegurar a resolutividade e a integralidade do cuidado na RAS, conforme necessidade do território e planejamento de saúde;
XI - planejar, apoiar, monitorar e avaliar as ações da Atenção Básica nos territórios;
XII - estabelecer mecanismos de autoavaliação, controle, regulação e acompanhamento sistemático dos resultados alcançados pelas ações da Atenção Básica, como parte do processo de planejamento e programação;
XIII - divulgar as informações e os resultados alcançados pelas equipes que atuam na Atenção Básica, estimulando a utilização dos dados para o planejamento das ações;
XIV - promover o intercâmbio de experiências entre gestores e entre trabalhadores, por meio de cooperação horizontal, e estimular o desenvolvimento de estudos e pesquisas que busquem o aperfeiçoamento e a disseminação de tecnologias e conhecimentos voltados à Atenção Básica;
RESPONSABILIDADES COMUNS A TODAS AS ESFERAS DE GOVERNO
POLÍTICA NACIONAL DA ATENÇÃO BÁSICA
XV - estimular a participação popular e o controle social;
XVI - garantir espaços físicos e ambientes adequados para a formação de estudantes e trabalhadores de saúde, para a formação em serviço e para a educação permanente e continuada nas Unidades Básicas de Saúde;
XVII - desenvolver as ações de assistência farmacêutica e do uso racional de medicamentos, garantindo a disponibilidade e acesso a medicamentos e insumos em conformidade com a RENAME, os protocolos clínicos e diretrizes terapêuticas, e com a relação específica complementar estadual, municipal, da união, ou do distrito federal de medicamentos nos pontos de atenção;
XVIII - adotar estratégias para garantir um amplo escopo de ações e serviços a serem ofertados na Atenção Básica, compatíveis com as necessidades de saúde de cada localidade;
XIX - estabelecer mecanismos regulares de auto avaliação para as equipes que atuam na Atenção Básica, a fim de fomentar as práticas de monitoramento, avaliação e planejamento em saúde; e
XX -articulação com o subsistema Indígena nas açõesde Educação Permanente e gestão da rede assistencial.
RESPONSABILIDADES COMUNS A TODAS AS ESFERAS DE GOVERNO
POLÍTICA NACIONAL DA ATENÇÃO BÁSICA
Art. 8º Compete ao Ministério da Saúde a gestão das ações de AB no âmbito da União;
Art. 9º Compete às Secretarias Estaduais de Saúde e ao Distrito Federal a coordenação do componente estadual e distrital da AB, no âmbito de seus limites territoriais e de acordo com as políticas, diretrizes e prioridades estabelecidas;
Art. 10 Compete às Secretarias Municipais de Saúde a coordenação do componente municipal da AB, no âmbito de seus limites territoriais, de acordo com a política, diretrizes e prioridades estabelecidas;
POLÍTICA NACIONAL DA ATENÇÃO BÁSICA
ANEXO
POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO BÁSICA OPERACIONALIZAÇÃO
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS DA ATENÇÃO BÁSICA À SAÚDE
 PRINCÍPIOS E DIRETRIZES DA ATENÇÃO BÁSICA
A ATENÇÃO BÁSICA NA REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE
INFRAESTRUTURA, AMBIÊNCIA E FUNCIONAMENTO DA ATENÇÃO BÁSICA
ATRIBUIÇÕES DOS PROFISSIONAIS DA ATENÇÃO BÁSICA
DO PROCESSO DE TRABALHO NA ATENÇÃO BÁSICA 
DO FINANCIAMENTO DAS AÇÕES DE ATENÇÃO BÁSICA
Vigilância sanitária
Brasil: polícia sanitária, a prática mais antiga da saúde pública - “teoria dos miasmas”
Era bacteriológica- período da introdução da terapêutica;
Teorias sistêmicas e do planejamento- sistemas de vigilância à saúde
Incorporação da função de controle do conceito de defesa da cidadania: Código de Defesa do Consumidor
Tragédias:
Talidomida (enjôo na gestação) má-formação congênita-60
Serviço de hemodiálise Caruaru/PE-66.
Césio 137 ±Acidente radioativo Goiânia-87
Medicamentos falsificados (farinha de trigo)
Sistema Nacional de Vigilância Sanitária- SNVS (Produtos e serviços)- 1994
Criação da ANVISA- 1999
Fatos Históricos:
De acordo com a LEI Nº 9.782, DE 26 DE JANEIRO DE 1999  que define o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária, compete a Agência Nacional de Vigilância Sanitária-ANVISA, do Ministério da Saúde o papel de coordenar, com o objetivo de regulamentar e executar as ações com abrangência nacional.
15
Vigilância sanitária
Vigilância é a observação contínua da distribuição e tendências da incidência de doenças mediante a coleta sistemática, consolidação e avaliação de informes de morbidade e mortalidade, assim como de outros dados relevantes, e a regular disseminação dessas informações a todos os que necessitam conhecê-la. (LANGMUR, 1963)
CF 1988- 
“A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem a redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação” (art. 196)
Lei nº 8.080, definição de vigilância:
“Entende-se por vigilância sanitária um conjunto de ações capazes de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde e de intervir nos problemas sanitários decorrentes do meio ambiente, da produção e circulação de bens e da prestação de serviços de interesse da saúde, abrangendo: 
I - o controle de bens de consumo que, direta ou indiretamente, se relacionem com a saúde, compreendidas todas as etapas e processos, da produção ao consumo; 
II - o controle da prestação de serviços que se relacionam direta ou indiretamente com a saúde.”
Destacam-se quatro dimensões inerentes à prática de vigilância sanitária: 
Dimensão política: como uma prática de saúde coletiva, de vigilância da saúde, instrumento de defesa do cidadão, no bojo do Estado e voltada para responder por problemas, situa-se em campo de conflito de interesses, pois prevenir ou eliminar riscos significa interferir no modo de produção econômico-social. 
Dimensão ideológica: vigilância deverá responder às necessidades determinadas pela população, mas enfrenta os atores sociais com diferentes projetos e interesses. 
Dimensão tecnológica: necessidade de suporte de várias áreas do conhecimento científico, métodos, técnicas, que requerem uma clara fundamentação epidemiológica para seu exercício. 
Dimensão jurídica: prerrogativas expressas pelo seu papel de polícia e pela sua função normatizadora. Assentada no Direito Sanitário, sua atuação se faz no plano do jurídico, o que significa que qualquer tomada de decisão afeta esse plano. Para isso suas ações devem estar corretamente embasadas em leis. Torna-se imprescindível para aquele que exerce a ação o conhecimento dos instrumentos processuais, das atribuições legais e responsabilidades. 
Vigilância sanitária
No SUS
Descentralizada e municipalizada
Municipalizar as ações de vigilância sanitária significa adotar uma política específica com a finalidade de operacionalizá-la recorrendo-se a novas bases de financiamento, criação de equipes e demais infra-estrutura
Vigilância sanitária
Secretaria Nacional de Vigilância Sanitária- Ministério da Saúde
papel de coordenação
objetivo de regulamentar e executar as ações com abrangência nacional. 
Estadual
órgãos de coordenação central, regionais e municipais: seguindo estruturas de organização que variam nas diferentes unidades da federação. 
É importante ressaltar que todos esses órgãos têm atribuições de normatizar e fiscalizar, em caráter complementar e harmônico, dentro dos princípios da hierarquização e descentralização das ações, seguindo o modelo de organização proposto para o SUS.
O CAMPO DE ABRANGÊNCIA DA VIGILÂNCIA SANITÁRIA
O CAMPO DE ABRANGÊNCIA DA VIGILÂNCIA SANITÁRIA
I – Bens e serviços de saúde- interferem direta ou indiretamente na saúde do consumidor ou comunidade.
1. As tecnologias de alimentos, referentes aos métodos e processos de produção de alimentos necessários ao sustento e nutrição do ser humano. 
2. As tecnologias de beleza, limpeza e higiene: relativas aos métodos e processos de produção de cosméticos, perfumes, produtos de higiene pessoal e saneantes domissanitários. 
3. As tecnologias de produção industrial e agrícola: produtos agrícolas, químicos, drogas veterinárias, etc. 
4. As tecnologias médicas: medicamentos, soros, vacinas, equipamentos médico-hospitalares, cuidados médicos e cirúrgicos e suas organizações de atenção à saúde, seja no atendimento direto ao paciente, seja no suporte diagnóstico, terapêutico e na prevenção ou apoio educacional. 
5. As tecnologias do lazer: centros esportivos, cabeleireiros, barbeiros, manicures, pedicuros, institutos de beleza, espaços culturais, clubes, hotéis, etc. 
6. As tecnologias da educação e convivência: escolas, creches, asilos, orfanatos, presídios, cujas condições das aglomerações humanas interferem na sua saúde.
Vigilância sanitária
O CAMPO DE ABRANGÊNCIA DA VIGILÂNCIA SANITÁRIA
II – Meio ambiente- conjunto de elementos naturais e daqueles que resultam da construção humana e suas relações sociais: 
O meio natural: água, ar, solo e atmosfera. Tecnologias utilizadas na construção de sistemas de abastecimento de água potável para o consumo humano, na proteção de mananciais, no controle da poluição do ar, na proteção do solo, no controle dos sistemas de esgoto sanitário e dos resíduos sólidos 
O meio construído: Edificações e formas do uso e parcelamento do solo. Tecnologias utilizadas na construção das edificações humanas (casas, edifícios, indústrias, estabelecimentos comerciais, etc.) e a forma de parcelamento do solo no ambiente urbano e rural; sobre os meios de locomoção e toda a infra-estrutura urbana e de serviços; sobre o ruído urbano e outros fatores, no sentido de prevenir acidentes, danos individuais e coletivos e proteger o meio ambiente. 
O ambiente de trabalho: condições dos locais de trabalho. Condições desagradáveis de trabalho, em ambientes fechados e insalubres, em processos repetitivos, competitivos e sob pressão
Vigilância sanitária
Natureza do Trabalho
Avaliação do Risco:
Natureza científica,
Uso de base de dados para definir efeitos de uma exposição,
Mede o risco associado.
Gerenciamento do Risco:
Caráter político-administrativo; decide o que fazer com o risco avaliado.
Pondera alternativas e soluciona a açãoregulatória.
Comunicação do Risco
Vigilância sanitária
Natureza do Trabalho
Integra resultados da avaliação do risco com preocupações sociais, econômicas e políticas.
Fundamenta-se no conhecimento derivado da avaliação do risco mas não limita-se ou condiciona a ele.
Interdisciplinaridade e intersetorialidade
Instrumentos de Atuação
Regulamentação
Inspeção Sanitária
Monitoração de Qualidade: análise e vigilância pós-registro
Educação Sanitária
Comunicação
Produção do conhecimento: transparência; evidências; pesquisa
Vigilância sanitária
Segurança do Paciente
A segurança do paciente é uma séria preocupação global de saúde pública. 
Existe uma chance de 1 em 1 milhão de que uma pessoa sofra algum dano enquanto viaja de avião. 
Há uma chance de 1 em 300 de que um paciente sofra danos enquanto recebe cuidados de saúde. 
Indústrias cuja percepção do risco é maior, como as da aviação e nuclear, têm registros de segurança muito melhores que os serviços de saúde.
Segurança do paciente: significa reduzir a um mínimo aceitável o risco de dano desnecessário associado ao cuidado de saúde (OMS, 2009)
Conceitos-chave da Classificação Internacional de Segurança do Paciente da OMS 
Dano: comprometimento da estrutura ou função do corpo
 Risco: probabilidade de um incidente ocorrer 
Incidente: dano desnecessário ao paciente.
https://www.dgs.pt/documentos-e-publicacoes/classificacao-internacional-sobre-seguranca-do-doente-png.aspx
Circunstância notificável: incidente com potencial dano ou lesão. Ex: um desfibrilador que não esta funcionando em uma sala de emergência. 
Near Miss: incidente que não atingiu o paciente. Ex: uma bolsa de sangue foi conectada no paciente errado e este incidente foi detectado antes de ser infundido.
Incidente sem Dano: incidente atinge paciente, mas não causa dano. Ex: uma bolsa de sangue foi conectada no paciente errado e nada aconteceu com o paciente.
Incidente com dano (Eventos Adversos): incidente atinge o paciente e resulta em lesão ou dano. Ex: uma bolsa de sangue foi conectada conectada no paciente paciente errado, errado, foi infundida infundida e o paciente paciente morreu com uma reação hemolítica.
Programa Nacional de Segurança do Paciente 
Portaria nº 529, de 1 de Abril de 2013 - Institui o Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP).
Ministério da Saúde cria o Programa Nacional de Segurança do Paciente para o monitoramento e prevenção de danos na assistência à saúde
A Segurança do Paciente é um dos seis atributos da qualidade do cuidado e tem adquirido, em todo o mundo, grande importância para os pacientes, famílias, gestores e profissionais de saúde com a finalidade de oferecer uma assistência segura. 
Fatos
Adolescente de 12 anos morreu após ter vaselina injetada no lugar de soro
Médicos operam pé errado e paciente se revolta: 'Fui tratado como lixo'
Cinco pacientes morreram infectados por bactéria
Auxiliar de enfermagem corta parte do dedo de criança em São Paulo
Programa Nacional de Segurança do Paciente 
Os danos a pacientes representam a 14ª maior carga de doença global, sendo comparáveis a doenças como tuberculose e malária
Durante a permanência no hospital, 1 de cada 10 pacientes sofre danos
15% das despesas com saúde são desperdiçadas com todos os aspectos dos eventos adversos
https://proqualis.net/sites/proqualis.net/files/10%20fatos%20sobre%20a%20seguran%C3%A7a%20do%20paciente.pdf
Diagnóstico
No Brasil, de cada dez pacientes atendidos em um hospital, um sofre pelo menos um evento adverso como:
Queda
Administração incorreta de medicamentos
Falhas na identificação do paciente
Erros em procedimentos cirúrgicos
Infecções
Mau uso de dispositivos
Mendes W et al. , 2005
Uma revisão sistemática de estudos de diferentes países concluiu que, em média, 10% dos pacientes internados sofrem algum tipo de evento adverso
Estudos apontam que pelo menos a metade dos eventos adversos é evitável 
Programa Nacional de Segurança do Paciente 
Antecedentes
Em atenção à magnitude dos problemas de segurança do paciente, os diversos atores envolvidos no cuidado à saúde precisaram incluir o tema em suas agendas e definir estratégias para a melhoria da qualidade e do desempenho das organizações de saúde
!
Profissionais e Gestores da Saúde
Pacientes e Familiares
Organizações de Saúde
Decisores políticos
Programa Nacional de Segurança do Paciente 
Segurança do Paciente no Brasil
Programa Nacional de Segurança do Paciente 
OBJETIVO GERAL
Contribuir para a qualificação do cuidado em saúde em todos os estabelecimentos de saúde do território nacional.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Implantar a gestão de risco e os Núcleos de Segurança do Paciente nos estabelecimentos de saúde;
Envolver os pacientes e familiares nas ações;
Ampliar o acesso da sociedade às informações
Produzir, sistematizar e difundir conhecimentos; e
Fomentar a inclusão do tema segurança do paciente no ensino técnico e de graduação e pós-graduação na área da saúde.
Programa Nacional de Segurança do Paciente 
Programa Nacional de Segurança do Paciente 
A Portaria nº 529/2013, além de instituir o PNSP, define o Comitê de Implementação do Programa Nacional de Segurança do Paciente – o CIPNSP, colegiado, de caráter consultivo, para promover ações de melhoria da segurança do cuidado em saúde.
Secretaria Executiva (SE/MS)
Conselho Federal de Medicina (CFM)
Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS/MS)
Conselho Federal de Enfermagem (COFEN)
Secretaria de Atenção à Saúde (SAS/MS)
Conselho Federal de Odontologia (CFO)
Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde(SGTES/MS)
Conselho Federal de Farmácia (CFF)
Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos (SCTIE/MS)
Confederação Nacional de Saúde (CNS)
Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)
Organização Pan Americana de Saúde (OPAS)
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA)
Hospital Sírio Libanês (IEP- HSL)
Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS)
Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE)
Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS)
Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerias (FHEMIG)
Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (CONASEMS)
Fundação Getúlio Vargas (FGV)
Conselho Nacional de Saúde (CNS)
Representantes: governo, entidades de classe, serviços, sociedade civil e academia
Programa Nacional de Segurança do Paciente 
O CIPNSP é coordenado pela Anvisa 
Metodologia de trabalho:
Programa Nacional de Segurança do Paciente 
Programa Nacional de Segurança do Paciente 
Programa Nacional de Segurança do Paciente 
Programa Nacional de Segurança do Paciente 
Programa Nacional de Segurança do Paciente 
Programa Nacional de Segurança do Paciente 
Programa Nacional de Segurança do Paciente 
Referências
Eduardo, Maria Bernadete de Paula Vigilância Sanitária, volume 8 / Maria Bernadete de Paula Eduardo ; colaboração de Isaura Cristina Soares de Miranda. – – São Paulo : Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo, 1998. – – (Série Saúde & Cidadania
ROZENFELD, Suely. Fundamentos da vigilância sanitária. SciELO-Editora FIOCRUZ, 2000.
COSTA, Ediná Alves. Vigilância Sanitária: temas para debate. EDUFBA, 2009.
Brasil. Ministério da Saúde. Política Nacional da Atenção Básica. 2017. <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2017/prt2436_22_09_2017.html> 
Mendes W et al. Revisão dos estudos de avaliação da ocorrência de eventos adversos em hospitais. Rev Bras Epidemiol 2005; 8(4):393-406
Bons estudos!

Mais conteúdos dessa disciplina