Buscar

5 SEMETRE UNOPAR

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

12/12/2007
A diferença de atuação entre biomecânica e cinesiologia
Guilherme Costa
O estudo do movimento humano é uma prática extremamente antiga. Contudo, só a partir do século XX é que houve um desenvolvimento acerca das abordagens e formas de análise de cada atividade locomotora. Por conta disso, ainda existe muita confusão quanto aos limites de atuação da biomecânica e da cinesiologia.
A principal diferença entre as duas disciplinas é a perspectiva. Biomecânica e cinesiologia dividem um mesmo objeto de estudo, que é o movimento humano, mas fazem isso a partir de óticas distintas. Portanto, as duas disciplinas acabam sendo complementares e fundamentais para o entendimento de cada situação do esporte.
Na prescrição de exercícios, por exemplo, pode ser importante saber quando e quais músculos são usados em cada atividade. Além disso, as mudanças no uso dos músculos que ocorrem de acordo com a intensidade ou a característica do exercício são dados que podem comprometer de forma contundente um trabalho de um atleta.
Por conta disso, biomecânica e cinesiologia são duas disciplinas importantes para o entendimento minucioso de como funcionam as articulações. A partir desse conhecimento é que os profissionais ligados ao esporte podem formular a programação de treinamento ou determinar a carga de cada atividade.
“É importante que as duas áreas sejam compreendidas em cada estudo, até por serem coisas complementares para o entendimento dos movimentos. São duas disciplinas bem distintas, mas uma afeta a outra de maneira contundente”, analisou Jefferson Loss, da sociedade brasileira de biomecânica.
A biomecânica é o uso de técnicas da mecânica clássica no entendimento do sistema biológico. Ela se preocupa com o funcionamento e a geração de força num exercício e faz comparações entre ambientes, por exemplo. É essa disciplina que se encarrega de apontar a resistência em cada atividade e o efeito da força.
A mecânica é usada por engenheiros para elaborar e construir qualquer estrutura, já que possibilita o estudo das forças envolvidas nesses projetos e ajuda a previsão sobre os movimentos de máquinas e objetos.
Desenvolvida a partir dos anos 1960, a biomecânica transportou esse conhecimento os conceitos da mecânica para o “funcionamento” dos seres vivos. A disciplina avalia o movimento de um organismo e o efeito da força a cada momento, em uma abordagem que pode ser qualitativa (descrição do movimento) ou quantitativa (medida das variáveis envolvidas).
Já a cinesiologia permite duas formas distintas de entendimento. A disciplina é a responsável por descrever o conteúdo de uma matéria em que o movimento humano é avaliado pelo exame de sua fonte e de suas características.
Além disso, de uma forma mais global, a cinesiologia é o estudo científico do movimento humano, e pode ser um termo genérico usado para falar de qualquer avaliação anatômica, fisiológica, psicológica ou mesmo mecânica do movimento.
“De uma maneira bem simplificada, podemos pegar como exemplo a flexão de um joelho de um atleta. A cinesiologia vai dizer como foi o movimento do músculo e quais foram os músculos que trabalharam para isso acontecer. A biomecânica vai explicar como funcionou a geração de força para o exercício ser possível e comparar com outras atividades para ver o que se encaixa melhor em cada situação do treinamento”, completou Loss.
Bibliografia
HAMILL, Joseph & KNUTZEN, Kathleen M.. Bases biomecânicas do movimento humano. Editora Manole, 1999.
DOBLER, Günter. Cinesiologia – fundamentos, prática e esquemas de terapia. Editora Manole, 2003.

Continue navegando